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Características dos Artigos de Malha

 Pela sua alta capacidade de Flexibilidade se ajustam as


mais complexas formas do corpo humano.
 Apresentam recuperação elástica ou seja tem a
propriedade de retornar as seu estado original após
cessar a tesão.
 O lado negativo é que isso reflete em deformação e
problemas de estabilidade dimensional.
 Por isso artigos de malha não são indicados em
aplicações que exijam maior rigidez, não deformação e
bom caimento.
Esticado no
Comprimento

Normal Esticado na
Largura
 A porosidade está intimamente ligada com o conforto
fisiológico térmico.
 Em temperaturas altas: a transpiração é facilitada,
evaporando pelos espaços existentes na malha.
 Em baixa temperatura: a porosidade e o aspecto
volumoso com que são feitos os tecidos de inverno
formam um colchão de ar que atua como isolante
térmico.
 A ausência de um ponto de ligação firme causa
variação dimensional no tecido.

 As propriedades variam de acordo com os seguintes


parâmetros:

- A fibra utilizada;
- O fio utilizado (título, torção, fiação, texturização);
- O tipo de contextura utilizada;
- A máquina utilizada.
Vantagens e Desvantagens

 Vantagens:  Desvantagens:

- Elasticidade e - Deformação;
Flexibilidade; - Enrolamento;
- Facilidade de Fabricação; - Estrutura Helicoidal;
- Variedade de contextura; - Emprego Limitado
- Conforto fisiológico.
Classificação da Malharia
Malha de trama: ao Malha de urdume: ao
menos fio um de trama é menos um fio proveniente
transformado em malha. do urdume é transformado
em malha.
Teares da Malharia por
Trama – Retilíneo e
Circular.
Tear Malharia por Urdimento
Principais Diferenças entre os tecidos de
malha.
Malha por Trama
Sentido de Formação
Malha por Urdume
Sentido de Formação
 A diferença fundamental entre os dois métodos de
tricotagem é que para produzir malha de urdume,
cada uma das agulhas do tear é alimentada pelo
seu próprio fio (pelo menos um).

 Para produzir malha de trama basta um só fio para


alimentar todas as agulhas do tear.
Fio de Malharia
 São geralmente volumosos e flexíveis.

 Características:
- Uniformidade;
- Flexibilidade;
- Elasticidade;
- Resistência.
Formação dos tecidos de Malha

Pontos de Ligação
Avesso e Direito
Lado direito: Lado Avesso:
Pernas mais Cabeça e Pés mais
evidentes; evidentes;
Colunas e Carreiras (curso)
 Coluna: são laçadas sucessivas dispostas na vertical do
tecido. Cada agulha é responsável por uma coluna no
tecido de malha.
- Ex: Se um tear possui 2000 agulhas, ao final do tecimento o tecido ira
ter 2000 colunas.

 Curso: são laçadas sucessivas dispostas na horizontal


do tecido. Cada fio é responsável por um curso (no giro
do terar de 360°).
- Ex: Se o tear recebe 90 alimentações por ciclo, a cada giro do tear (360°)
serão formados 90 cursos.
Tricotagem
 A tricotagem é a formação da laçadas pelos fios, com a
ajuda da agudas. Quando novas laçadas são formadas,
elas são puxadas através de outras laçadas formadas
anteriormente.
 Se puxarmos um fio da última carreira as laçadas irão
se desfazer, e o tecido poderá ser desmalhado com
facilidade.
Teares Circulares
 Os teares circulares são as máquinas mais comuns
da malharia de trama. Apresentam altíssimo
rendimento, e são capazes de produzir tecidos com
as mais diferentes características.

 Grande Diâmetro: que incluem as mono-fronturas


e as circulares dupla-frontura.
 Pequeno Diâmetro: próprias para a produção de
meias masculinas e femininas.
Tear monofrontura
Tear Duplafrontura
 No segmento de malharia circular, o mais tradicional
fabricante de máquinas é a empresa Alemã Mayer &
Cie, que iniciou sua produção em 1939.

 A empresa italiana Orizio Paolo também se destaca na


produção de teares Circulares.
 Teares de Malharia Circular Grande Diâmetro são
basicamente formados por:
 Bancada
 Gaiolas.
 Elementos Formadores do Tecido de Malha.
 Puxador/Alargador.
 Sistema de alimentação.
 Painel de Controle.
 Sistema de Manutenção/Lubrificação.
Estrutura/bancada
 A qualidade dos artigos produzidos e o bom
funcionamento do tear dependem da boa estrutura
da máquina;

 A aceleração é controlada eletronicamente o que


garante uma partida suave;

 A parada é a etapa mais crítica para a estrutura;


 Da qualidade da estrutura também depende a
centralização entre cilindro e disco;

 Quando o tear for dupla frontura é importante não


haver folga entre os acionamentos do cilindro e
disco, já que estes estão alojados na estrutura do
tear;

 3 tipos de bancadas.
 Bancada Convencional
 Bancada Industrial

 Rolos de grande diâmetro


 Bancada para Tecido Aberto
Acionamento

 Sistema de motor e suas transmissões e freios das


máquinas;

 Tem grande importância para garantir o


funcionamento do tear sem irregularidades;
Puxamento do tecido
 Alargador
Auxilia na passagem da malha
tubular para uma forma plana

Assegura uma entrega da malha para o puxador-enrolador


sem dobras ou distorções.
• Puxador

 Tensiona o tecido de malha assegurando um bom


tecimento;

 Enrola regularmente, sem que danifique a superfície


do tecido ou forme vincos nas extremidades.
Tensão de puxamento

 Tensão excessiva de puxamento pode desgastar os


elementos de formação das malhas (pedras, agulhas,
platinas, cilindro, etc.) e ocasionar buracos no tecido
de malha;

 Uma tensão insuficiente pode causar malhas duplas ou


até quebra das agulhas.
Fornecimento de fios/Gaiolas
 Inicialmente usava-se a gaiola superior, com cones
colocados em suportes em cima da máquina;
 O aumento do número de sistemas, o peso dos cones,
esse tipo de gaiola caio em desuso;
 Hoje é mais utilizadas gaiolas apoiadas no chão;
 Dois tipos mais usados:
- Gaiola Lateral Circular
- Gaiola Lateral Plano
• Gaiola Lateral Circular

- Ocupa uma área menor e


racionaliza o fluxo de
material.

- Os fios devem passar


obrigatoriamente por dentro
de tubos.

- É utilizada somente para fios


de algodão.
• Gaiola Lateral Plana

- Maior versatilidade quanto ao tipo de fio colocado


(distribuição);
- Pode-se colocar ou não tubos para a condução de fios.
 Gaiola Superior

Os cones eram colocados em


cima do tear formando uma
gaiola superior.

Caiu em desuso pelo


aumento do número de
sistemas e pelo peso dos
cones.
Alimentadores Positivos
 Tem a finalidade de alimentar uma determinada
quantidade de fio por unidade de comprimento;

 Durante cada volta da máquina as agulhas recebem


uma quantidade certa de fio que não pode variar;

 O que garante a quantidade de fio alimentado é a


sincronização do sistema de alimentação positiva com
o cilindro da máquina.
Sensor de entrada
Sensor de saída

 Consiste:
- 1 a 4 polias acionadas por uma fita dentada;
- Um carrinho para enrolamento do fio;
- Um sensor de entrada e saída.
 Alimentador positivo para Elastano.
 O que determina a velocidade do carrinho e
consequentemente o consumo de fios é a velocidade da
fita dentada.

 Esta velocidade pode ser modificada através de uma


polia expansível, conhecida como roda de qualidade.

 A quantidade de fitas irá determinar quantos


consumos de fio a máquina pode ter.

Ex: uma máquina com 4 fitas poderá trabalhar com artigos que tenham 4
evoluções diferentes de fio.
Roda de Qualidade.
Fita dentada

Roda de Qualidade
Alimentação Negativa
 As próprias agulhas puxam a quantidade de fio
necessária para formação de malha ou fang;
 O alimentador de fio se encarrega apenas de
apresentar o fio numa tensão mais baixa e regular
possível;
Mais usados em máquinas jacquard e mini-
jacquard por causa dos consumos de fio diferentes em
todos os sistemas.
Ventiladores
 Sistema de ventilação flexível;

 Tem a função de manter limpo de resíduos todo o


percurso do fio no tear;

 Deve atingir todos os cones e bobinas de fios, os


sensores e disparadores, alimentadores e elementos
tricotadores, para evitar o acúmulo de fibras soltas
(no caso de fios fiados) e poeira.
 Isso ajuda a reduzir a produção de tecidos defeituosos
e as paragens da máquina quando embuchada por
acúmulos.

 Útil também para evitar esvoaços na área dos guia-fios


e das partes tricotadoras dos teares circulares.

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