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Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S.

Martinho, entre o século XVIII e 1930

Raul Brandão enfatiza o trabalho árduo das mulheres na preparação


do pescado, uma tarefa que acaba por ser transversal ao tempo histórico:
“São elas que toda a noite, quando se pesca toda a noite,
separam o peixe, o amanham, secam no tendal e o levam para os
armazéns de salga. E pela manhã põem-no a caminho para as
Caldas (20Km) ou para Alcobaça (12Km) com o peso de duas
arrobas à cabeça” 236.

Fig. 68 - Frete do pescado ao dorso de burros. (Fot. de Álvaro Laborinho)

Fig. 69 - Peixeiras da Nazaré com canastras de castanho à cabeça para vender o peixe em
Alcobaça. Troço que liga Fervença a Alcobaça (coleção Alvão, Biblioteca Municipal de Alcobaça).

236
Raul BRANDÃO, Os Pescadores, Lisboa, Publicações Europa-América, sd, 121.

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Américo Costa menciona que a seca do carapau “tem um enorme


consumo nos concelhos de Alcobaça, Nazaré e Caldas”237. Como re-
fere o etnógrafo José Diogo Ribeiro, o jantar dos jornaleiros longe de
casa consistia em broa e peixe seco, carapau e sardinha proveniente
da praia238.

237
Américo COSTA, Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insu-
lar, vol.VIII, Porto, Tipografia Domingos de Oliveira, 1943, 566.
238
José Diogo RIBEIRO, Turquel Folclórico. Parte 1 Superstições, Espozende,
1927, 25.

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6. A constituição de sociedades
e parcerias de pesca
As escrituras notariais da Nazaré revelam, a partir da década de
90 do século XIX, um grande incremento na constituição de parcerias
e sociedades de pesca condizentes com uma maior intensificação da
atividade e uma inovação nos métodos utilizados na pesca. Nas escri-
turas de fundação são assinaladas as artes de pesca a que se dedicam
(tendo como principal objetivo a captura da sardinha e do carapau,
mas também o peixe grosso pescado à linha e espinel, considerados
peixes de açougue); o capital da sociedade (em numerário, aparelhos,
redes e embarcações) que especifica o quinhão respetivo dos parcei-
ros e permite saber o seu número ou a presença de sócios “capitalis-
tas” que, no caso das companhas de arte xávega, podem ser apenas
modestos proprietários rurais, ou homens das artes como carpinteiros
e calafates, entre outros, que tentam rentabilizar as suas economias, e
que não estão obrigados a servir no mar; o tipo e número das embar-
cações e sistemas fixos e volantes que mobilizam (armações redondas
e valencianas, cercos americanos, dando informações preciosas para
a sua difusão e representatividade) e a duração do contrato (embora
no caso das sociedades e parcerias de maior significado este apareça
como ilimitado).
Estas escrituras para além de nos facilitarem a profissão e empate
de capital dos associados permitem por vezes verificar a abrangência
geográfica dos investidores, o que revela não só a atratividade destas
sociedades marítimas, como as estratégias de diversificação de inves-
timento por parte de lavradores, comerciantes, entre outras profissões
(vide Quadro 19).
Sabemos assim que a Parceria União do Pescal, constituída em
1891, se dedicava à pesca por meio de armações fixas, assim como a

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Parceria União de Pesca (1892) e a Parceria Fraternidade (1893). Nou-


tras parcerias e sociedades descrimina-se a tipologia das armações de
pesca, como as armações redondas (Sociedade das Armações Redon-
das, 1900); as armações fixas com copo à valenciana (Sociedade Car-
valho & Silvério, 1901); os cercos americanos utilizados na pesca da
sardinha (a arte de cerco contava inicialmente com galeões)239, como a
Sociedade Raposo & Breyner (1901) que iniciou a atividade ou o Cer-
co do Alto Mar (1904), que também se dedicava à arte xávega (redes
de arrastar para terra), assim como, em 1907, o Cerco dos Pescadores
da Nazaré e o Cerco Esperança, em 1908, o Cerco Vitória e o Cerco
Igualdade, em 1909, o Cerco Naval, o Cerco Praiense e o Cerco Li-
berdade240 (vide Quadros 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18 e 19).
Segundo Almeida D’Eça, era necessário dispor de uma soma de
capital significativa para poder colocar uma armação: “O custo do
apparelho completo, incluindo as embarcações d’uma armação
valenciana para a sardinha oscila 7 e 14 contos...”241. A proliferação
da utilização das armações nos anos sequentes acabou por condenar a
pesca de maior proximidade com as artes, dado que a sardinha não
conseguia atravessar a barreira imposta pelas armações242.
239
Segundo Laranjo COELHO estas embarcações foram posteriormente aban-
donadas devido ao peso excessivo e dificuldade de manobra em caso de intem-
périe e, por isso, substituídos pela lancha poveira. Possidónio Mateus Laranjo
COELHO, “A Pederneira - apontamentos para a história dos seus mareantes,
pescadores, calafates e das suas construções navais, nos séculos XV a XVII”,
in O Archeologo Português, vol. 25, 241-242. Já José Soares refere que: “O
nosso galeão (a lancha) era a única embarcação utilizada no cerco, sendo ape-
nas auxiliada pelas barcas de enviada, para transporte dos homens e da rede,
receber peixe e transportá-lo para terra”. José SOARES, 1oo anos de Naufrágio
na costa da Nazaré, Alcobaça, 1998, 183.
240
A novidade desta arte coloca-a sob mira da fiscalidade, nomeadamente com a
taxa decretada pelo Ministro da Marinha de 300.000 réis. Daí a reclamação que
os gerentes das cooperativas de pesca da Nazaré fazem chegar ao Parlamento
através do Deputado Afonso Ferreira na tentativa de travar a publicação no
Diário do Governo. Assembleia da República, Câmara dos Deputados, n.º 38, 22
de janeiro de 1922, 7.
241
Vicente Almeida D’EÇA, As Pescas Marítimas em Portugal, Sociedade de
Geographia de Lisboa 1909, 10.
242
“Nazaré”, in Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira, vol.18, sd, 509-510.

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Refira-se ainda que a prática da pesca à linha com o auxílio de


navios a vapor foi incrementada pela Parceria Aliança de Pesca (1903),
se bem que apenas um vapor haja sido utilizado, como se pode ver no
subcapítulo 3.3.3 (p. 56).
No ano de 1903, a indústria de pesca da praia da Nazaré mobili-
zava seis cercos americanos, seis armações valencianas, duas redon-
das e 112 companhas da arte xávega243.
A Nazaré, no ano de 1905, era considerada o sexto porto de
pesca do território nacional. As primeiras posições eram ocupadas
respetivamente por Setúbal, Aveiro, Vila Real de Santo António, Lis-
boa e Sesimbra244.
O progresso deste porto está ligado à constituição de sociedades
e parcerias de pesca, tecido empresarial e associativo que permitiu
disponibilizar capital e recursos indispensáveis à atualização da frota
de pesca e introdução de novas artes, permitindo um crescimento sus-
tentável do valor do pescado (vide Gráficos 2, 3, e 4). O gráfico 3
revela, em particular, a relação de importância das capturas entre as
diferentes artes mostrando a soberania das armações à valenciana e a
importância que se prefigura crescente, a partir de 1908, dos cercos
americanos.
Foram também constituídas sociedades para o comércio do pesca-
do, é o caso da “Sociedade de Pescarias e Viação da Nazareth”, funda-
da, a 15 de junho de 1904, com um capital social de nove contos e
duzentos mil réis, materializado em carros e gado muar e cavalar. No
artigo 1.º da escritura pode ler-se que “a sociedade tem por fim a explo-
ração do comércio de compra, revenda e exportação de pescarias e de
viação por veículos”. Esta sociedade, criada por tempo indeterminado,
tinha como sócio gerente António de Sousa Romão e tesoureiro Florin-
do Jacinto Pereira245. Em 15 de março de 1910 surge a sociedade
“Albertino, Meca & Companhia” que, para além dos ramos das conser-

243
Adolpho LOUREIRO, Da Foz do Lis a Peniche, Leiria, 2020, 65.
244
V. A. D’EÇA, “As Pescas em Portugal. As salinas”, in Exposição Nacional do
Rio de Janeiro em 1908. Secção portuguesa. Notas sobre Portugal, Lisboa,
1908, 279.
245
A.D.L, C.N.N., 1.º of., lv. 152 ou 34, fls.46-50, 15 de junho de 1904.

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vas e adubos orgânicos, de que falaremos mais à frente, também se


dedica “à compra, preparo e exportação do pescado”246. Logo a 13 de
abril do mesmo ano, é constituída uma sociedade comercial com a de-
signação de “Laranjo & Silva”, tendo como objeto “comissões e con-
signações de pescarias frescas, salgadas, prensadas e em salmoura”,
sociedade que apresenta um capital social de 200 contos247. Outra socie-
dade por quotas nasce a 28 de outubro de 1920, trata-se da “Empresa
de Pescarias limitada”. Esta firma agrega a atividade de pesca, ao pre-
paro e comercialização do pescado, pretendendo estabelecer sucursais
noutros pontos do país. Tem um capital social de 210 contos de réis248.
Corroborando, a importância deste porto de pesca, no periódico
A Nazaré pode ler-se:
“A Nazaré é hoje um dos pontos da costa de Portugal onde a
pesca é mais intensa, empregando os aparelhos aperfeiçoados, fi-
xos e volantes, como sejam as armações valencianas e os cercos
americanos. De forma que se a sardinha, o precioso e estimado
peixe, se aproxima da costa cai nos aparelhos fixos, e se passa mais
ao largo é apanhada pelos aparelhos volantes – que hoje na maioria
são propriedade de cooperativas de pescadores dando em resulta-
do serem os lucros da pesca divididos por centenas de famílias.”249

Mas a competição entre as diversas artes de pesca acabava por


constituir um constrangimento para a viabilidade económica e sobrevi-
vência das sociedades, como salienta Almeida D’Eça:
“Entre a grande variedade de apparelhos, alguns ha que são
antagonicas entre si; assim os cercos e galeões são antagoni-
cos com as armações, sardinheiras e artes chavegas; e os arrastos
com os aparelhos de linhas e redes fundeadas; onde trabalham um
d’estes apparelhos, não podem trabalhar os outros, porque mu-
tuamente se prejudicam.”250

247
A.D.L, C.N.N., 1.º of., lv. 201, fls.9-10, 22 de abril de 1910.
248
A.D.L, C.N.N., 1.º of., lv. 268, fls.16-25, 16 de outubro de 1920.
249
A Nazareth, n.º 253, 25 de janeiro de 1909.
250
V. A. D’EÇA, As Pescas Marítimas em Portugal, Sociedade de Geographia de
Lisboa, 1909, 8.

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De facto, a fortuna da pesca do porto da Nazaré passa a depen-


der essencialmente da captura da sardinha. Saliente-se, no entanto,
que antes da difusão plena das armações e cercos, o valor da sardinha
no computo global era ultrapassada pelo outro pescado. No periódico
Correio da Nazareth de 1 de janeiro de 1899, pode ler-se: “O rendi-
mento do pescado no mez hontem findo foi o seguinte: Peixe do alto
mar 10:545$867; sardinha 6:042$077”251. Mas a maré, de facto, mu-
dou. No registo de receitas do ano de 1908, o peixe miúdo alcança
praticamente 85% do rendimento da safra, seguindo-se o peixe do
alto com 12,6%, o caranguejo com 1,2% e a lagosta com 1,1% 252. As
capturas de lagostas e lavagantes não deixavam de ser impressionan-
tes entre 1896-1910, como podemos comprovar no Gráfico 5 que
confronta o efetivo de capturas entre a Pederneira/Nazaré e S.
Martinho253. Mas a partir de 1911 verifica-se um declínio acentuado
nas capturas, em virtude de um provável esgotamento dos recursos,
entre outros condicionantes de matriz conjuntural.
O literato e romancista Raul Brandão, na obra Os Pescadores
(1923), carateriza o aparato de pesca sedeado na praia:
“Na Capitania estão matriculados trinta batelinhos para a pesca
da lagosta com covos, quarenta chatas com redes de caranguejo, qua-
renta e cinco aparelhos de arrasto, doze cercos, que só trabalham no
Verão, porque muita desta gente vai de Inverno à pesca do bacalhau
(maio a dezembro), seis armações valencianas, duas redondas e três
traineiras a remos”254.
No seu dicionário corográfico Américo Costa dá a seguinte nota:
“O número de pescadores anda por 2500 para 500 em-
barcações e por 6 mil contos anuais o rendimento bruto do
pescado. Contam-se umas quarenta e tantas companhias de
251
Correio da Nazareth, n.º 1, de 1 de janeiro de 1899.
252
A Nazareth, n.º 250, 9 de janeiro de 1909. Realce-se, no entanto, que os cercos
não laboravam neste período do ano.
253
A abundância de lagostas acaba por chamar a concorrência, nomeadamente
uma “invasão de traineiras francesas” que delapidam estes recursos no mar da
Nazaré e S. Martinho, assunto que foi levado ao debate parlamentar. Assembleia
da República, Câmara dos Deputados, n.º 43, 1 de março de 1926, 6.
254
R. BRANDÃO, Os Pescadores, sd, 115.

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arte xávega ou redes de arrasto; outras tantas de redes de


caranguejo; quatro armações valencianas; vários cercos ame-
ricanos; três barcos gasolinas para pesca no alto.”255

Para facilitar a mobilização das embarcações face ao crescimento


exponencial da atividade de pesca chegou a ser apresentado, na ses-
são camarária de 12 de fevereiro de 1900, um projeto de António
Bernardo Pereira Cabral para tração mecânica por meio de cabos e
pilares que a Câmara da Pederneira ficou de estudar256.

255
A. COSTA, Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular,
vol.VIII, Porto, Tipografia Domingos de Oliveira, 1943, 566.
256
Actas da Câmara Municipal do Concelho da Pederneira, 1898 a 1912,
Nazaré, 2018, 116.

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7. A indústria conserveira da Nazaré


Os métodos de conserva tradicionais não eram, no entanto, sufici-
entes para assegurar o trânsito e exportação do pescado excedentário
e assegurar a rentabilidade ansiada pela indústria de pesca. Esta
constatação é validada pelo periódico nazareno:
“Mas se é certo que a indústria de pesca está entre nós muito
desenvolvida outro tanto se não pode dizer das indústrias anexas,
tal como a preparação do peixe para exportação para o estran-
geiro e colónias. Muita sardinha que daqui podia ir de conserva
em azeite, salmoura e escabeche, vai unicamente salgada, e quan-
do muito prensada.”257

O periódico local anuncia com notável satisfação a instalação de


uma nova indústria conserveira salientando as vantagens inequívocas
para a vila piscatória:
“Há muito que aqui se fazia sentir a falta de fábricas onde a
nossa magnífica sardinha, pescada nesta costa em tão extraordi-
nária abundância, pudesse ser devidamente preparada em azeite,
para a exportação. Já aqui existia um estabelecimento modelar
para a fresagem e salga daquele precioso peixe, mas isso, na ver-
dade, não era suficiente (…). Atualmente estão pescando 7 arma-
ções valencianas e 2 redondas e na próxima temporada devem
pescar 12 cercos americanos. Não há, pois, a recear a falta de
peixe e a indústria das conservas em pouco será uma nova e im-

257
A Nazareth, n.º 253, 25 de janeiro de 1909. A propósito da introdução em
Portugal do método da prensagem da sardinha, consulte-se: Inês AMORIM, “Da
pesca à salga da sardinha: recursos, tecnologia da pesca e tecnologia da conser-
vação, na costa de Aveiro (2.ª metade do séc. XVIII a inícios de XIX)”, in http://
aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000188779, 31-32
(consultado a 25 de julho de 2022)

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Fig. 70 - Exterior da Fábrica Samaral. (Fot. de Álvaro Laborinho)

Fig.71 - Interior da Fábrica Samaral. (Fot. de Álvaro Laborinho)

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portante fonte de riqueza para a Nazaré, uma das mais florescen-


tes povoações do litoral português.”258.

E, em nota sequente, menciona que:


“Começou já a preparar sardinha de salmoura em latas a fá-
brica Maria, para larga exportação. Ainda esta semana deve inici-
ar a laboração a fábrica de conservas de peixe A. Santos & C., de
Lisboa, pois a instalação de máquinas acha-se quase concluída.”259

A atividade conserveira desenvolve-se com grande intensidade na


praia da Nazaré em virtude da abundância de pescado, sendo também
acompanhada pela indústria de adubos de peixe. Realce-se, todavia, a
volatilidade do negócio face à pouca resiliência empresarial nomeada-
mente ao nível de fundo de maneio, à pressão da concorrência interna
e ao mercado de exportações, situação que comprometia a rentabili-
dade e durabilidade do tecido industrial conserveiro. Uma especifici-
dade do desenvolvimento da indústria conserveira na Nazaré prende-
-se com a liderança dos industriais de Setúbal, o primeiro porto de
pesca nacional.
A primeira indústria ter-se-á instalado no ano de 1885, mas com a
acelerada industrialização da pesca nas primeiras décadas do século
XX verifica-se uma proliferação do tecido industrial conserveiro.
A 15 de março de 1910, as fontes notariais dão nota, como já
vimos, da constituição da firma Albertino, Meca & Companhia, com
um capital social de 3.000$00. Na escritura permite-se aos associa-
dos fazerem por conta própria exportação de pescado, mas interdita-
-se “a exportação de pescado em latas ou barricas”. A 1 de abril de
1920, altera-se o pacto da empresa e reforça-se o capital que passa a
10.000$00, passando a abranger o ramo dos adubos orgânicos260.
A 30 de março de 1911 verifica-se o pedido de prova por parte
da sociedade conserveira Santos & Amaral (Fábrica Samaral), in-

258
A Nazareth, n.º 270, 29 de maio de 1909.
259
A Nazareth, n.º 272, 13 de junho de 1910.
260
A.D.L., L.N.N., Dep. V-86-E-41, fls. 21v-23v.

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Fig.72 - Anúncio da Santos Amaral & Cª Lda, no jornal O Lusitano, de 1913 (Conservas de
Portugal/Museu Digital da Indústria Conserveira).

dústria localizada na Avenida da República (Nazaré), de uma caldeira


multitubular produzida na oficina de Frederic Touché, em Paris, desti-
nada a fornecer vapor a dois autoclaves, um fritador e uma caldeira261.
Segundo relatório da Seguradora Atlântica, realizado a 28 de feverei-
ro de 1914, o valor do prédio fabril é estimado em 25.190$80, a que
se junta o valor da maquinaria, e demais inventário alcançando um
montante de 57.535$52,5262.
Outra empresa conserveira nasce a 14 de setembro de 1915. A
iniciativa vem agora de um empresário de Setúbal, onde a indústria já
estava desenvolvida. Trata-se de José Artur Santana que, na qualida-
de de sócio gerente e representante da firma Artur, Pinto, Coelho &

261
A.D.L., Governo Civil, Atividades Económicas, Livro de Registos das Decla-
rações para assentamento de geradores e recipientes a vapor, n.º 38, 30 de
março de 1911.
262
Folheto descrição dos valores que constituem a fábrica de conservas San-
tos Amaral & C.ª Lda. – Nazaré (Conservas de Portugal – Museu Digital da
Indústria Conserveira).

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Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Companhia., vem instalar uma fábrica na Avenida da República. A


firma, porém, não teve sucesso, sendo dissolvida a 4 de junho de
1918263. A 17 de setembro de 1918, José Artur Santana estabelece
um novo arrendamento, agora na qualidade de sócio gerente da firma
Santana, Limitada, de forma a instalar uma nova indústria conserveira
que, por sua vez, irá cessar a atividade a 5 de abril de 1922264.
Também a Sociedade Exportadora Limitada, com sede em Lis-
boa, requere concessão para explorar uma fábrica de conservas de
peixe na Avenida da República265.
A febre da indústria conserveira prosseguia, não obstante a difi-
culdade de sobrevivência aos ciclos económicos. A 22 de fevereiro de
1918, Francisco Xavier Correia, morador na cidade de Setúbal, sócio
e representante da firma comercial Perdigão & Companhia adquire a
António Brilhante uma propriedade rústica na Moura, freguesia da
Pederneira pelo valor de 800$00, celebrando, a 1 de agosto de 1918,
uma escritura de empreitada para edificação de uma fábrica de con-
servas ajustada pelo valor de 12.222$64 266. Já a 29 de agosto de
1918, “a firma comercial João Periquito & Irmão arrenda à empresa
Ferreira, Santos & Companhia”, de Setúbal, um armazém situado
no Bairro do Sul da Praia da Nazaré, pelo prazo de dez anos e com
uma renda anual de 500$00, destinado a indústria conserveira267. Tam-
bém a Empresa Portuguesa de Exportação, Limite, a 21 de de-
zembro de 1919, estabelece um novo arrendamento, por prazo de 9
anos, de uns armazéns onde possui uma indústria de conservas e “pios
para salga do peixe”. Poucos meses depois, um contrato de arrenda-
mento por dez anos, celebrado em 15 de abril de 1920, anuncia a
instalação de uma nova indústria conserveira na “travessa da subvila,
desta Praia da Nazaré”.

263
O Concelho da Nazareth, 21 de julho de 1918, n.º 21.
264
A.D.L., L.N.N., Dep. V-86-E-63, fls. 41-42v.
265
Leiria Ilustrada, 535, 01.04.1916.
266
A.D.L., L.N.N., Dep. V-86-E-24, fls. 29v-31.
267
A.D.L., L.N.A., Dep. V-6-C-57, fls. 23v-26v.

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8. A indústria de adubos de peixe


A captura dos crustáceos praticava-se durante a Primavera e
Outono, quando os cardumes volumosos assomavam à costa, pesca
executada pelas companhas que se dedicavam à arte xávega (vide
Quadro 14).
O caranguejo, também denominado de pilado ou mexoalho, era
pela sua abundância tradicionalmente utilizado, tanto em estado verde,
como em seco, para fertilizar as terras de campo, atividade que na
praia da Nazaré se perpetuou até à década de 50 do século XX.
Os lavradores ou intermediários arrematavam a “olho” ou à caixa
(30 quilos) a safra das redes268. Os boieiros da Cela, Valado e Maiorga
em carros de bois e galeras encarregavam-se de conduzir o adubo às
culturas hortícolas, milho, nabos e batatas. A adubação com pilado de
um hectare de milho, por volta dos anos 20, somava aos custos da
lavoura 105$00, mas o encargo justificava, obtendo-se mais de 40 a
50 hectolitros de cereal269.
O caranguejo que as companhas de pesca não conseguiam des-
pachar era preservado pela seca e salga. Na praia faziam-se mon-
tes de pilado que se cobriam de areia até secarem. Depois de se-
cos eram arrecadados, outra solução consistia na salga e entu-
lhamento do caranguejo em fresco. Mas este aproveitamento arte-
sanal começa também a sofrer a concorrência das fábricas de adu-
bos orgânicos.
A procura crescente de fertilizantes por uma lavoura que desejava
ampliar o quantitativo de produção e assim responder aos desafios do
268
Ernesto Veiga de OLIVEIRA; Fernando GALHANO; Benjamim PEREIRA,
Actividades Agro-Marítimas em Portugal. Lisboa, Publicações D. Quixote,1990, 145.
269
Joaquim Vieira NATIVIDADE, A Região de Alcobaça. Algumas Notas para o
Estudo da sua Agricultura, População e Vida Rural, Cooperativa Agrícola de
Alcobaça, 2016, 61.

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Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Fig. 73 - Juntas de bois a puxar o barco do caranguejo. (Fot. de Álvaro Laborinho)

mercado, aliada a uma oferta abundante de pilado e resíduos de peixe,


constituiu um forte estímulo à instalação, em inícios do século XX, de
unidades industriais de fabrico de adubos270.
Como já referenciámos, a firma Albertino, Meca & Companhia
estende a atividade aos adubos de peixe, recuperando assim o des-
perdício da unidade industrial conserveira. O pedido de licenciamento
para uma fábrica a sul da foz do rio Alcoa, submetido a 1 de setembro
de 1915, encontrou oposição de quem reclamava contra uma indústria
considerada fétida e insalubre.
Na defesa do projeto, que vem a ser aprovado por alvará a 20 de
outubro do mesmo ano, argumenta-se:
“Então não é um perigo seja feito para a saúde pública que a
venda de mexoalho seja feito junto à povoação.
Não representa prejuízo para esta terra o facto de pelas ruas
centraes ser feito a qualquer hora o transporte de caranguejo.
É porventura, um bom reclame para a Nazaré mimosear os
forasteiros que nos visitam durante a época balnear com o cheiro
bem desagradável que se exhala na estação do Valado, bem mais
pestilento que o das fabricas de adubos orgânicos instaladas nas
peores condições de salubridade (…).

António Valério MADURO, Cister em Alcobaça. Território, Economia e


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Sociedade (séculos XVIII-XX), Porto, ISMAI, 2011, 138-145.

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José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Esta terra sem outras condições de vida que não sejam as


que proveem do mar exporta anualmente para diversos pontos do
país mexoalho no valor de alguns milhares de escudos e desperdi-
ça por assim dizer, grande quantidade de outras matérias que pro-
duziriam ótimos adubos (…) pela situação criada pela conflagra-
ção da guerra na Europa, a agricultura se vê e verá por largos
anos, mesmo depois da guerra a braços com as maiores dificulda-
des de aquisição de adubos, especialmente azotados.”271

Uma nova sociedade de adubos orgânicos, denominada de Em-


presa de Adubos Agrícolas Limitada, com o capital social de
5:000$00, é constituída a 27 de setembro de 1918, sendo a fábrica
instalada junto à Barra, na freguesia de Famalicão. O sócio Joaquim
Marques acaba por adquirir a quota de Augusto Gomes, realçando a
escritura que a aquisição inclui a marca registada Caranguejo272.

271
Arquivo Distrital de Leiria, Governo Civil, Atividades Económicas, Autos de
Concessão de Licenças Industriais, Dep. III-79-D-2, cx. 4, 1913-1933.
272
A.D.L., L.N.A., Dep. V-86-E-28, fl. 39v-41; 86-E-28, fl. 41-42v.

116
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

9. Conclusão
Como se pode verificar nos primeiros capítulos deste livro, pou-
cas informações existem, no atual estado do conhecimento, sobre as
características tipológicas dos barcos e artes de pesca da costa dos
Coutos de Alcobaça, no que respeita especialmente ao século XVIII e
primeira metade do seguinte. Por tal razão, este estudo sinóptico apoiou-
-se principalmente nas informações iconográficas disponíveis, nomea-
damente das obras de João de Souza (1785) e António Baldaque da
Silva (1891), sem descurar as limitações conceptuais que incidem so-
bre o primeiro destes autores (vide O. L. FILGUEIRAS, op. cit.,
1985). Foi sobretudo entre finais do século XIX e a primeira metade
do século seguinte que se pôde assistir a uma significativa evolução
morfológica e tecnológica das embarcações e artes, com particular
realce para a introdução da propulsão mecânica (a vapor e a explo-
são).
A transição do século XIX para o século XX transportou um con-
junto de novidades que alteraram substancialmente a atividade da pes-
ca. Verifica-se, ao longo deste curto período temporal, em que o es-
forço da investigação particularmente assenta, uma intensificação da
exploração dos recursos marinhos, com a introdução de novas artes
destinadas essencialmente à captura dos cardumes de sardinha na praia
da Nazaré. Produzem-se para isso novas embarcações e aperfeiço-
am-se as existentes, tornando-as mais robustas, seguras, iniciando-se
a motorização, e multiplica-se o número de homens e mulheres que
fazem da exploração dos frutos do mar toda a sua vida.
Para responder às crescentes necessidades de capital reforça-se
o associativismo, com a emergência de sociedades e parcerias de pes-
ca. A relação dos quinhões entre os associados não deixa de ser
reveladora da diferenciação socioeconómica e de uma afirmação gra-
dual do modelo capitalista de produção. Constituem-se, assim, as eli-

117
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

tes de empresários da pesca que passam a liderar a gestão social das


novas empresas de tipo mais ou menos cooperativo.
O exercício da pesca como uma prática de autossubsistência co-
meça a ser preterido por um modelo que privilegia o lucro, assistindo-
-se, de facto, à soberania do mercado, o que é acompanhado por uma
viva e expressiva modernização da atividade.
Para ampliar o financiamento atrai-se capital proveniente do uni-
verso da lavoura, do comércio e da indústria, num aro geográfico que
extravasa os limites concelhios, o que se explica não só pela estratégia
de diversificação de investimento, como pela expetativa de rentabili-
dade alta.
Para responder ao acréscimo de pescado constituem-se indústri-
as conserveiras, iniciativa empresarial que conta com muitos industriais
nacionais provenientes de outras costas marítimas, assim como socie-
dades que se dedicam à exportação de pescado. Outro filão de negó-
cio repousa nos adubos orgânicos, as novas indústrias passam a recu-
perar os desperdícios da atividade de pesca e graças a estes fertilizan-
tes incrementa-se a lavoura, nomeadamente de regadio, num tempo
em que os adubos químicos eram escassos e dispendiosos.
Assistimos, então, neste novo olhar que propomos, a uma recon-
figuração da relação da sociedade com os recursos do mar de uma
forma que se pretende mais moderna e logo menos sustentável, ao de-
senvolvimento de dinâmicas sociais e empresariais rumo a um modelo
estruturado de negócio, um novo figurino socioeconómico que irá, por
algum tempo, determinar a vida dos homens e mulheres da praia.

118
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

ANEXOS

119
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

120
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

ANEXO I – Quadros e Gráficos

Quadro 1 – Classificação dos barcos de pesca, de acordo


com as técnicas piscatórias, o contexto geográfico e critérios
administrativos273

273
Distinções, segundo C. ESCALLIER (op. cit., 1995), feitas por pescadores e
retomadas pela Administração até 1960.

121
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 2 – Características sumárias dos barcos nazarenos em


relação com as zonas piscatórias e as técnicas de captura*

*Ver nota 72.

122
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 3 – Tipologia das embarcações registadas na Nazaré


ao serviço do Cerco Americano274

Inventário elaborado por Cecília NUNES e Emílio VASCO, com base na consulta
274

do Livro de Registo de Embarcações, in O Mar da Nazaré. Álbum fotográfico


Álvaro Laborinho, CMN, IPM/Museu Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim
Manso, 2002, 33-35. Este inventário foi completado, no presente trabalho, com a
indicação dos galeões a vapor de 1903 e 1914 (ver notas 108, 109 e 110).

123
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 4 – Tipologia das embarcações ao serviço das Arma-


ções Redondas e Valencianas registadas na Praia da Nazaré
(adaptado)275

275
Inventário elaborado por Cecília NUNES e Emílio VASCO, com base na con-
sulta do Livro de Registo de Embarcações, in O Mar da Nazaré. Álbum foto-
gráfico Álvaro Laborinho, CMN, IPM/Museu Etnográfico e Arqueológico Dr.
Joaquim Manso, 2002, 33-35. Este inventário foi completado, no presente traba-
lho, com a indicação dos galeões a vapor de 1903 e 1914 (ver notas 53 e 54).

124
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 5 – Flotilha anual das embarcações de pesca


marítima de Nazaré e S. Martinho do Porto,
para o período 1896 - 1930276

276
As referências indicadas neste Quadro obtiveram-se a partir das publicações
do Ministério da Marinha, intituladas Estatística das Pescas Marítimas no con-
tinente e ilhas adjacentes, coordenadas pela Comissão Nacional das Pescari-
as, e editadas pela Imprensa Nacional entre 1899 e 1931, as quais se encontram
disponibilizadas no Arquivo Histórico da Marinha.

125
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

126
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 6 – Flotilha anual das embarcações de pesca em águas


salobras de S. Martinho do Porto, para o período 1899 - 1919277

277
As referências indicadas neste Quadro obtiveram-se a partir das publicações
do Ministério da Marinha, intituladas Estatística das Pescas Marítimas no con-
tinente e ilhas adjacentes, coordenadas pela Comissão Nacional das Pescari-
as, e editadas pela Imprensa Nacional entre 1899 e 1931 [Arquivo Histórico da
Marinha]. De notar que os dados apresentados se referem à Capitania da Nazaré
e à Delegação Marítima de S. Martinho do Porto, abrangendo a primeira os
portos de Nazaré, Vieira, Pedrogão e S. Pedro de Muel.

127
Quadro 7 – Artes de pesca marítima, número de aparelhos e de barcos em 1900, 1914 e 1930,
e espécies-alvo, na Nazaré e em S. Martinho do Porto278

128
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro
129
278
As referências indicadas neste Quadro obtiveram-se a partir das publicações do Ministério da Marinha, intituladas Estatística das
Pescas Marítimas no continente e ilhas adjacentes, coordenadas pela Comissão Nacional das Pescarias, e editadas pela Imprensa
Nacional entre 1899 e 1931 [Arquivo Histórico da Marinha]. De notar que os dados apresentados se referem à Capitania da Nazaré e à
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Delegação Marítima de S. Martinho do Porto, abrangendo a primeira os portos de Nazaré, Vieira, Pedrogão e S. Pedro de Muel.
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 8 – Artes de pesca em águas salobras, número de


aparelhos e de barcos em 1900 e 1914, e espécies-alvo,
em S. Martinho do Porto279

279
Ibidem.

130
Quadro 9 – Despesa em peixe seco e fresco em réis e % face aos gastos gerais em alimentação do
Mosteiro de Alcobaça280

131
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

* inclui cem milheiros de arenques


132
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

** inclui trezentos e cinco milheiros de sardinhas e 16 arrobas de polvo


280
António Valério MADURO, Requinte e Paladar. A Gastronomia Monástica Alcobacense, Porto, CEDTUR/
ISMAI, 2019, 77.
Quadro 10 – Despesa em peixe seco em réis e % face aos gastos gerais em alimentação
do Mosteiro de Alcobaça281

133
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930
134
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

281
António Valério MADURO, Requinte e Paladar. A Gastronomia Monástica Alcobacense, Porto, CEDTUR/ISMAI, 2019, 78.
Quadro 11 – Contratos de Parceria de Pesca da Praia da Nazaré (1891-1904) Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

135
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

136
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

137
Quadro 12 – Sociedades de Arte Xávega na Praia da Nazaré (1902-1924)

138
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

139
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

140
Quadro 13 – Cercos Americanos da Praia da Nazaré (1901-1913) Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

141
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

142
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 14 – Sociedades de pesca que incluem redes de pilado


(1918-1924)

143
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 15 – Sócios da Parceria União de Pesca (1892)

144
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 16 – Sócios da Parceria Fraternidade (1893)

145
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 17 – Sócios da Parceria das Armações Redondas


(1900)

146
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Quadro 18 – Sócios da Parceria das Armações Redondas


(1900)

147
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Quadro 19 – Sócios da Parceria Aliança de Pesca (1903)

148
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

149
Gráfico 1 – Despesas do Mosteiro em trabalhos hidráulicos nas terras da Maiorga, Cela,
Pederneira e Alfeizerão282

150
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

282
A. V. MADURO, “Hidraulique planning and irrigation in the lands of the monastery of Alcobaça.
Management anda conflict (17th-18th centuries)”, in Les Cisterciense et l’eau. Hommage `a Paul Benoit,
Ciiteaux. Commentarii cistercienses, t. 71, fasc. 1-4, 2020, 359.
Gráfico 2 – O Porto da Nazaré: pessoal, embarcações e valor do pescado em contos de réis283

151
283
A. B. da SILVA, Estado Actual das pescas em Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1892, 125; A. LOUREI-
RO, Os Portos Marítimos de Portugal e Ilhas Adjacentes, vol. III, Lisboa 1904, 64-65; V. A. D’EÇA, “As
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Pescas em Portugal. As salinas”, in: Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção portuguesa.
Notas sobre Portugal, Lisboa, 1908, 279; A Nazareth, n.º 250, de 9 de janeiro de 1909.
Gráfico 3 – Valor do pescado em contos de réis capturado pelas Armações fixas
à Valenciana/Redondas, Cercos Americanos e Arte Xávega na Praia da Nazaré (1896-1910)

152
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro
Gráfico 4 – Aparelhos de Arte Xávega e valor do pescado em contos de réis
da Praia da Nazaré (1898-1910)

153
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930
Gráfico 5 – N.º de capturas de lagostas e lavagantes na Pederneira/Nazaré e
S. Martinho do Porto (1896-1910)

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José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

ANEXO II
Termos náuticos e de pesca
presentes nas escrituras notariais

Ancorote – pequena âncora (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.155 ou 37,


fls.48-50, 22 de novembro de 1904).
Aparelhos de arrastar - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.82, fls.74-75, 5
de abril de 1885).
Armação – aparelho de pesca permanente por meio de redes utilizado
na captura da sardinha (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.85, fls.73-74, 10
de novembro de 1889).
Armações de pesca fixa - (A.D.L, C.N.A., 12º of., lv.32, fls.13-15,
19 de fevereiro de 1891; 10º of., lv.95, fls.3-11, 26 de março de
1892).
Armações de redes - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.80, fls.98-99, 10 de
maio de 1882).
Armações redondas - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.125 ou 7, fls.6-12,
30 de dezembro de 1900).
Armações fixas com copo à valenciana - (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.132 ou 14, fls.1-3, 26 de novembro de 1901).
Arte chávega ou enchávega – redes de pesca de arrastar para terra
(A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.129 ou 11, fls.11-13, 17 de Setembro de
1901).
Arte chianga – na sociedade de Manuel Polaco e José Luís Fidalgo
detentora do barco Senhor dos Milagres, refere estas redes de arrasto
(A.D.L, C.N.A., 13º of., lv.190, fls.10-11, 28 de dezembro de 1931).
Artes – designa os aparelhos de arrastar para terra empregues na
pesca da sardinha (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.80, fls.98-99, 10 de
Maio de 1882).
Barca – embarcação que se utiliza nas armações de pesca da sardinha

155
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

e no frete do pescado, auxiliar dos galeões (A.D.L, C.N.N., 1º of.,


lv.80, fls.98-99, 10 de Maio de 1882; 1º of., lv.287, fls.7-8, 25 de
junho de 1922. Outra escritura refere as dimensões, nomeadamente
9,80m de comprimento, de boca, 3,24m e de pontal 1,06m (lv.296,
fls.38-39, 06/08/1923).
Barco de vigia - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.300, fl.48, 29 de janeiro
de 1924; A.D.L, C.N.A., 13º of., lv.32, fls.18-20, 7 de Maio de
1925).
Batel – barco utilizado na pesca do mar alto, na vigia dos cercos. Esta
escritura trata da venda de um batel pequeno designado das Enguias
cujos vendedores são José Mixórdia e Manuel Rato Godinho e o
comprador António Duarte Ferreira (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.67,
fls.46-47, 22 de outubro de 1854).
Batel (do peixe grosso no mar alto) - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.97,
fls.46-47, 29 de junho de 1896). Também utilizado na pesca lagosteira
(A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.292, fls.31-32, 4 de abril de 1923).
Bóca – rede de forma cónica que se utiliza na pesca da lagosta e
lavagante (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.155 ou 37, fls.48-50, 22 de
novembro de 1904).
Cabo de vaivém/vem e vem - (A.D.L, C.N.A., 12º of., lv.32, fls.13-
15, 19 de fevereiro de 1891).
Casca – refere seis arrobas de casca, o que designa a casca de salgueiro
ou de pinheiro manso utilizada em infusão para conservar e escurecer
as redes (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.128 ou 10, fls.13-16, 24 de julho
1901). Uma escritura, datada de 26 de junho de 1912, trata do
arrendamento de um barracão com caldeiras de cobre “destinadas a
fazer tinta para as redes de pesca”, para encascar as redes (A.D.L,
C.N.N., 12º of., lv.214, fls.24-26, 15 de julho de 1912).
Cerco americano – rede de cerco para a pesca da sardinha (A.D.L,
C.N.N., 1º of., lv.129 ou 11, fls.19-20, 20 de Setembro 1901).
Temporada de Verão 1 de Abril a 30 de setembro; Temporada de
Inverno 1 de outubro a 31 de março.
Chalavares – rede, de formato quase cónico, em que se deita o peixe
para o pesar ou medir (A.D.L, C.N.A., 12º of., lv.32, fls.13-15, 19

156
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

de fevereiro de 1891).
Chalupa lagosteira – embarcação destinada à pesca da lagosta
(A.D.L, C.N.A., 13º of., lv.222, fls.6-7, 10 de maio de 1933).
Coada – bocados de saco de rede (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.129 ou
11, fls.19-20, 20 de Setembro de 1901).
Companha – conjunto de homens que servem uma embarcação de
pesca (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.74, fl.5, 15 de fevereiro de 1864).
Fateixa – ferro utilizado para fundear pequenas embarcações (A.D.L,
C.N.N., 1º of., lv.129 ou 11, fls.11-13, 17 de setembro de 1901).
Ferros – âncora de pequena dimensão utilizada para fundear
embarcações e as armações de pesca (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.98,
fls.34-35, 29 de setembro de 1896).
Lances ou lanço – área concessionada pela parceria ou sociedade
para colocação das armações (A.D.L, C.N.A., 12º of., lv.32, fls.13-
15, 19 de fevereiro de 1891).
Lancha – embarcação utilizada na arte de pesca dos cercos americanos
e nas armações fixas (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.300, fl.49, 29 de
janeiro de 1924).
Lanchinha – pequena lancha (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.304, fls.30-
31, 9 de maio de 1924).
Lavadeiro – Cesto para medir sardinha. Gigo que leva cabaz e meio.
(A.D.L, C.N.A., 12º of., lv.32, fls.13-15, 19 de fevereiro de 1891).
“Mandador do mar” – Sinónimo de mestre (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.174, fls.17-27, 26 de janeiro de 1907).
Meias peças de corda – refere 15 meias peças de corda de linho em
bom uso (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.98, fls.34-35, 29 de setembro
de 1896; lv129 ou 11, fls.13-14, 18 de setembro de 1911).
Netas – designação que na Nazaré atribuem às artes de arrastar para
terra de dimensão mediana (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.67, fls.46-47,
22 de outubro de 1854;1º of., lv.80, fls.98-99, 10 de Maio de 1882).
Netinhas - designação que na Nazaré atribuem às artes de arrastar
para terra de dimensão reduzida (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.67,
fls.46-47, 22 de outubro de 1854; 1º of., lv.80, fls.98-99, 10 de
maio de 1882).

157
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

“O mar dê ensejo” – expressão que designa condições marítimas


favoráveis ao trabalho das artes de pesca (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.1, fls.1-2, 1 de agosto de 1918).
Odres/borrachos – recipientes de pele para o vinho (A.D.L, C.N.N.,
1º of., lv.98, fls.34-35, 29 de setembro de 1896). Os problemas de
consumo afetavam as companhas. Na sociedade estabelecida entre
Manuel Fernandes Vigia e José Avelino fica estabelecido “que não
se pagará quantia alguma devida à sociedade especialmente débito
proveniente da venda de vinho” salvo acordo entre os dois sócios
(A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.87, fls.49, 24 de março de 1892).
Palhabote – assinala a venda “de um palhabote, com três mastros,
movido a vela e a motores alimentados a gasolina”, com 83 ton
brutas denominado São Nazaré (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.304,
fls.25-26, 2 de Maio de 1924).
Paneiros - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.155 ou 37, fls.48-50, 22 de
novembro de 1904).
Peças de corda – (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.101, fls.29-32, 12 de
março de 1897).
Pios – Pias de pedra para salga de peixe (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.189, fls.19-29, 20 de novembro de 1908).
Quinhão (ou parte) da companha - (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.101,
fls.29-32, 12 de março 1897).
Quinhão da rede – percentagem dos lucros da companha destinada
para as reparações da rede e aparelhos (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.69, fls.27-29, 5 de outubro de 1855; 1º of., lv.101, fls.29-32, 12
de março de 1897).
Quinhão de um batel – parte que se tem num batel de pesca no mar
alto (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.108, fls.10-11, 2 de setembro de
1898).
Redes de arrasto ou de arrastar – aparelho de redes para a pesca
de costa que consta de saco e de alares (A.D.L, C.N.N., 1º of.,
lv.101, fls.29-32, 18 de janeiro de 1897).
Redinhas – armação de redes (A.D.L, C.N.N., 1º of., lv.80, fls.98-
99, 10 de maio de 1882).

158
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Notas das legendas das ilustrações


1
L.F. HENRIQUES, op. cit., 2017, 31 e 32, Fig. 12.
2
Ibidem.
3
Fernando MARIAS & Felipe PEREDA (ed.). El atlas del Rey Planeta: la
“descripción de España y de las costas y puertos de sus reinos” de Pedro
Teixeira (1634) (3.ª ed.), San Sebastián, Nerea, 2003.
4
Fernando MARIAS & Felipe PEREDA (ed.). El atlas del Rey Planeta: la
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Ibidem.
6
Ibidem.
7
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8
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9
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João Oliva MONTEIRO - O Contributo do Bilhete Postal Ilustrado para a
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Banhos, Catálogo da Exposição, Lisboa, Ministério da Cultura, 2010, 50-55.
13
João Oliva MONTEIRO – op. cit., 2005, 79-103.
João Oliva MONTEIRO – op. cit., 2010, 50-55.
14
J. O. MONTEIRO, op. cit., 2005, 79-103.
J. O. MONTEIRO, op. cit., 2010, 50-55.

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José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

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Sociedade Carvalho & Silvério

Sociedade Portuguesa de Pesca

Cerco do Alto Mar

162
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Cerco dos Pescadores da Nazaré

Cerco Esperança

Cerco Liberdade

Cerco Vitória

163
José Manuel de Mascarenhas | António Valério Maduro

Cerco Igualdade

Cerco Praiense

Cerco Nacional

164
Barcos e artes de pesca nas costas da Nazaré e de S. Martinho, entre o século XVIII e 1930

Cerco Liberal

J. Veríssimo Chita & Companhia

Empresa de Pescarias Limitada

Pejapés, Murraças, Matias & Anastácia

Cerco Naval

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