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Carta Náutica

Janeiro 2013

Boletim do Centro de Documentação e Informação

Neste número:
Das últimas aquisições…
 Das últimas
aquisições «As Idades do Mar»
- As Idades do Mar
O mar é o tema central da exposição que o Museu
 Das nossas Calouste Gulbenkian apresenta até dia 27 de janeiro de
estantes 2013. Neste catálogo da exposição As Idades do Mar
- Álbum dos Navios estão retratadas mais de uma centena de obras, dos
da Marinha séculos XVI ao XX, provenientes de 51 instituições
Mercante nacionais e estrangeiras, com o apoio do Museu d´Orsay.
Portuguesa
Partindo de uma sondagem histórica da representação
visual do mar, a mostra procura identificar os temas
 Revista do mês
fundadores que levaram à sua extensa e recorrente
- Revista da
Armada representação na pintura ocidental.
A exposição desenvolveu o conceito que deu titulo ao
 O que se projeto em seis secções distintas: A Idade dos Mitos; A
passou por aqui As Idades do Mar, 2012,
Idade do poder; A Idade do Trabalho; A Idade das
 Análise das Fundação Calouste
Tormentas; A Idade Efémera; A Idade Infinita.
Atas do Conselho Gulbenkian, 278 págs.
de Administração

 Leitor do mês Van Goyen, Lorrain, Turner, Constable, Friedrich, Courbet, Manet,
- Sandra Monet, Signac, são alguns dos 89 autores presentes neste catálogo.
Rodrigues Também a pintura portuguesa, através de Henrique Pousão, Amadeu
de Souza-Cardoso, João Vaz, Maria Helena Vieira da Silva e Menez,
 Boletim entre outros, contribuíram para esta abordagem exaustiva com
Bibliográfico especial significado na história e cultura portuguesas.
 Dezembro 2012

 Ligações Se gostou deste vai gostar:


Interessantes
 Fundação  Tejo vivo, Carlos Salgado, ed. Gabinete de Comunicação da LTE, 1996, 92 págs.
Calouste
Gulbenkian
Das nossas estantes…
 Foto Final
«Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa»
 Contactos

Em junho de 1958 a Junta Nacional da Marinha


Mercante promoveu a edição de um excelente livro
dedicado à frota mercante portuguesa, o “Álbum de
Navios da Marinha Mercante portuguesa”, que
apresentava as características principais e uma
fotografia de cada navio ao tempo em serviço,
começando com o paquete VERA CRUZ de 1952, então
praticamente um navio novo e concluindo com o
rebocador FOZ DO LIMA.
Um álbum que é um testemunho de uma fase mais
próspera em termos de transportes marítimos
portugueses.
Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa,
Junta Nacional da Marinha Mercante, 1958.
147 págs.
Se gostou deste vai gostar:
 Evolução das técnicas de movimentação de mercadorias no porto de Lisboa,
Administração do Porto de Lisboa, 1992 , 20 págs.

Revista do mês
O artigo da publicação “Revista Da Armada” que aqui se destaca
– A Diversidade de Embarcações Tradicionais do Estuário
do Tejo – procura esboçar uma síntese interpretativa do
processo de formulação das embarcações tradicionais do Estuário
do Tejo como construtores culturais, na sequência da
obsolescência das mesmas. Uma perda de funcionalidade
ocorrida em resultado da modernização do sistema de
transportes da região de Lisboa e das evoluções técnicas e
tecnológicas nos transportes, em particular das embarcações
utilizadas para o transporte fluvial de mercadorias (tráfego local)
no Estuário do Tejo.
O autor explica os principais fatores que deram origem à diversidade destas
embarcações tradicionais de carga que abasteciam a cidade de Lisboa, que se ocupavam
do transporte de mercadorias de e para o Porto de Lisboa e que são um património dele
indissociável tendo perdurado até meados do século XX.

Faz a apresentação das diversas embarcações que sulcavam as


águas do Estuário do Tejo, dedicadas ao transporte fluvial de
mercadorias, deixando marcas na organização dos territórios
ribeirinhos e na sua cultura. A frota fluvial era constituída por
muitas centenas de unidades e na qual se incluíam as Fragatas,
os Varinos, as Faluas, os Cangueiros, os Botes, os Botes-de-
fragata, os Botes do Pinho, os Barcos de Água Acima, as Canoas e
os Catraios descrevendo também as características e funções das
embarcações do Tejo.

Nota: Este artigo encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
Conte-nos o que Mais artigos selecionados:
tem lido!  Reformes portuaires — Journal de la Marine Marchande, 21 dezembro 2012
Envie para
CDI@portodelisboa
 Novo terminal de contentores — APAT, dezembro 2012
.pt o seu
comentário sobre
um livro que O que se passa por aqui
tenha gostado O CDI, entre outras tarefas de pesquisa, dedica-se à análise sistemática das Atas do
(ou não!), e Conselho de Administração. As atas, manuscritas, iniciaram-se no dia 23 de abril de
partilhe com os 1907 com o relato da primeira reunião dos seus membros, nomeados por decreto de 18
demais a sua desse mesmo mês e publicado, na véspera, no Diário do Governo. O seu formato só foi
experiência. alterado em 1973, passando, nessa altura, a ser dactilografadas.
É neste acervo que o CDI recolhe informações de atividades várias executadas ao longo
dos tempos pelo porto, por vezes não diretamente portuárias. Desde sempre a
divulgação e publicidade do porto mereceram a devida atenção, na tentativa de captar
clientes entre as diversas empresas, nacionais e estrangeiras, e procurando que a
população em geral percebesse o seu valor.
Deparámos com várias referências a exposições em que o Porto de Lisboa deu
colaboração ativa, como o seguinte excerto publicado na ata de 17 de abril de 1929,
relativa à inserção de um anúncio publicitando o Porto de Lisboa no jornal “O Século”
em número dedicado à Exposição de Sevilha:

O exemplo mais flagrante da intensa atividade cultural desenvolvida pela Administração


Portuária foi a 03 de outubro de 1956, o esmerado cuidado imposto à organização da I
Exposição Fotográfica do Porto:

A diversidade de documentação à guarda do CDI permite


complementar esta informação com o catálogo que foi
cuidadosamente elaborado para a sua divulgação.

O estudo cuidadoso das atas continua em desenvolvimento.


Veremos que mais relíquias estarão encerradas nestes livros
manuscritos.

Seguramente vos daremos conta delas.

Leitor do mês
«Palomar» - Italo Calvino

Poderia fazer referência a tantos outros livros


que me marcaram, mas este que hoje sugiro,
poderei dizê-lo, é um dos meus preferidos.

Sandra Rodrigues

Palomar é o nome de um famoso observatório astronómico que durante muito tempo


ostentou o maior telescópio do mundo. Por intencional ironia, é também o nome do
protagonista destes textos curtos de Italo Calvino, pois este senhor Palomar é todo
olhos, mas funciona quase sempre como se fosse um telescópio ao contrário, voltado
não para a amplitude do espaço, mas para as coisas próximas do quotidiano. É como se
ele nos dissesse que as grandes questões do mundo e da existência também estão
presentes em cada objeto que observamos, em cada cena que presenciamos, e que
tudo é digno de ser interrogado e pensado.

Será possível encontrarmos um sentido nas coisas, no mundo à nossa


volta? E dentro de nós próprios? O senhor Palomar está muito longe de ter
alguma certeza quanto a tudo isso. Todavia continua à procura.

Em Palomar, fazendo uma sábia mistura de descrição, narração e reflexão, Calvino


revela a mesma inquietude de suas outras obras, sem esquecer o humor refinado que
contribui para a leveza dos seus textos.

Este livro é uma narrativa fascinante que conduz o leitor através de um inquérito de
resultados surpreendentes: O senhor Palomar é sem dúvida o autor, mas não só.
Qualquer um de nós o pode ser.

Palomar, Italo Calvino


Ed. Editorial Teorema, 2009
Págs. 134

Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo
Centro de Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as
publicações que deram entrada no CDI, revistas ou livros
— destacando-se vários artigos na intranet; nele
figuram, igualmente, as informações destacadas durante
o mês, sob a forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são
apresentadas através da catalogação enquanto as
publicações periódicas podem ser visualizadas através
dos índices dos respetivos artigos de modo a que
facilmente o leitor possa escolher o tema que o
interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a
todos os leitores que as tenham solicitado mas qualquer
leitor pode requisitar ao CDI a disponibilização de livro
ou artigo avulso que pretenda.

Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de


aceder previamente à intranet).

Ligação Interessante
Fundação Calouste Gulbenkian—A Biblioteca de Arte possui várias
coleções especiais que foram sendo incorporadas desde a sua criação,
em 1968, quer por doação, quer por aquisição de bibliotecas
particulares.

Atualmente, existem cerca de 180 coleções especiais, cuja particularidade e relevância


temática as torna importantes na investigação e pesquisa no âmbito da cultura e da arte
portuguesas, incluindo espólios de alguns artistas e arquitetos portugueses e arquivos
constituídos por espécies fotográficas.

Foto Final

Nº 9.98.351
S/Legenda

Acervo do CDI

Questões ou Comentários? Envie para CDI@portodelisboa.pt, ou ligue 21 361 10 45.


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