Você está na página 1de 1

Carta Náutica

Novembro 2013

Boletim do Centro de Documentação e Informação

Neste número:
Das últimas aquisições…
 Das últimas «Do Vasto e Belo Porto de Lisboa»
aquisições As notáveis fotografias que ilustram este livro — editado
- Do Vasto e Belo pela APL e pela By the Book — documentam parte
Porto de Lisboa importante das transformações por que passou o Porto de
Lisboa até adquirir definitivamente uma feição moderna.
 Das nossas Ao olhar para elas, facilmente se perceberá a razão que
estantes levou a APL a proceder ao seu restauro e digitalização.
- A Guide to the Mais de 6.000 negativos sobretudo em vidro, a preto e
Project branco, constituem uma memória visual não apenas
Management imprescindível à reconstituição de muito do que se
Body of passou, como também um exercício associado à
Knowledge compreensão do presente e a todas as emoções que as
(PMBOK Guide) imagens suscitam e transmitem.
Para efeitos da sua divulgação, e na sequência
de exposição no Museu do Oriente com o mesmo
 Revista do mês nome, “Do Vasto e Belo Porto de Lisboa”, edita-
- Port Technology se este livro, bilingue, com texto de Pedro
International Castro Henriques — e lançamento marcado para
dezembro.
 O que se passa
por aqui Do vasto e belo porto de Lisboa — The wide and beautiful port of Lisbon
- Resultado do Pedro Castro Henriques; trad. Miguel de Castro Henriques,
Inquérito Ed. APL, By the Book, 2013,
143 págs.
 Leitor do mês Se gostou deste vai gostar:
- Nuno Sanches
 Exposição de fotografia: 1º centenário, ed. APL - Administração do Porto de Lisboa,
Osório
2007, 48 págs.

 Boletim Das nossas estantes…


Bibliográfico
- Outubro 2013 «A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK
Guide)»
 Ligações
Interessantes O guia “Project Management Body of Knowledge”, também
- Rede Portuguesa conhecido como “PMBOK” é um livro que apresenta um conjunto de
para o práticas em gestão de projetos, publicado pelo Project Management
Desenvolvimento Institute (PMI). A 5.ª Edição (2013) é o documento resultante do
do Território trabalho atual realizado pelo Project Management Institute.
O Guia PMBOK identifica um subconjunto de conhecimentos em
 Foto Final gestão de projetos, que é amplamente reconhecido como boa
prática, sendo em razão disso, utilizado como base pelo PMI.
 Contactos
O Guia PMBOK também fornece e promove um vocabulário comum para se discutir,
escrever e aplicar na gestão de projetos possibilitando o intercâmbio eficiente de
informações entre os profissionais de projetos.
O guia é baseado em processos e subprocessos para descrever de forma organizada o
trabalho a ser realizado durante o projeto. Essa abordagem assemelha-se com outras
normas, como a ISO 9000 e o Software Engineering Institute's, CMMI.

A guide to the project management body of knwoledge (PMBOK guide) - 5th.


Ed. Newton Square: Project Management Institute, 2013,
589 págs.
Se gostou deste vai gostar:
 Project management: a managerial approach, ed. Jack R. Meredith, Samuel J. Mantel,
ed. John Wiley & Sons, 1995, 766 págs.

Revista do mês
PORTS AS SOURCES OF PROSPERITY FOR THEIR CITIES — Port
Technology International
Este artigo, publicado na revista Port Technology International, é da
autoria de Olaf Merk, responsável pelo Port-Cities Programme, da
responsabilidade da OCDE, organismo criado para colmatar o facto de
existirem tão poucos estudos relativos às cidades portuárias estando,
no entanto, a maioria dos grandes portos do mundo situados em
cidades. Fruto do trabalho desta organização é o relatório aqui
mencionado (disponível no Centro de Documentação e Informação) –
The competitiveness of global port-cities: synthesis report.

Os dados aqui apontados são expressivos e confirmam que o impacto de uma eficiente
atividade portuária nessas cidades implica dados económicos bastante favoráveis às
economias locais e não só—firmas distantes também beneficiam com essa eficiência na
importação e exportação. Três aspetos da política portuária são essenciais:
 Criação de clusters de serviços marítimos—de finanças, consultoria, jurídicos e
engenharia;
 Desenvolvimento industrial—as indústrias próximas dos produtos importados de que
necessitam e dos consumidores;
 Desenvolvimento das frentes de água—a herança do património portuário pode,
adequadamente capitalizada, transformar-se em rendimento turístico.
Os impactos negativos—igualmente relevantes—estão sobretudo relacionados com
fatores ambientais—a poluição do ar, solo e água, ruídos, congestionamento de
tráfego, ocupação de solos… A criação de emprego e o desenvolvimento económico
gerados deverão ser incentivos à criação de boas políticas ambientais.
Nota: Este artigo encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
Mais artigos selecionados:
Avaliação e comparação planos rodoviários nacionais - Engenho, outubro 2013
Brazil Not all are happy with Brazli's ports revolution - Container Management, outubro
2013
Container port sector remains dynamic and profitable despite changes - Container
Management, setembro/outubro 2013
Verification du poids des conteneurs_mieux vaut controler - Journal pour le Transport
International, outubro 2013

O que se passa por aqui


Publicações periódicas

À semelhança do que aconteceu


nos outros anos durante o mês de
Conte-nos o que novembro circulou o inquérito
tem lido! relativo às publicações periódicas
Envie o seu que os interessados pretendam
comentário sobre receber em 2014.
um livro que
tenha gostado
Recebemos mais de 1553 pedidos de 84 interessados, sendo que as publicações mais
(ou não!), e
desejadas foram a “Cluster do Mar”, a “Cargo” e a “APP-Associação dos Portos de
partilhe com os
Portugal”.
demais a sua
Por sua vez as temáticas que mais pedidos obtiveram no inquérito apresentam-se neste
experiência.
gráfico, em que a temática “Transportes/Navegação” apresentou mais pedidos, seguida
da “Generalidades” e da “Engenharia/Navegação”.
Arq. Alcino Soutinho
Como falar de um mestre que nos foi importante e que nos ensinou coisas tão
elementares mas também tão certas sobre a profissão?
O arquiteto Alcino Soutinho foi, durante vários anos, consultor para o Porto de Lisboa e
deixou marcas. Marcas que sempre utilizarei para desempenhar o meu trabalho. Marcas
que sempre observarei na minha relação profissional com os outros. Marcas de sensatez
nos projetos da Frente Ribeirinha que se concretizaram e que tiveram o seu
acompanhamento.
Dizia sempre que era essencial fazer-se pouco mas bem feito quando se quer
transformar o território, na verdade achava que bastava uma boa limpeza e
“arrumação” do espaço publico para libertar as vistas para o rio e pequenos toques de
desenho urbano a cerzir a “manta de retalhos” que por vezes o porto é.
Enfim, aprendi muito.
Destaco algumas das suas obras que merecem ser visitadas como a Pousada de D.
Diniz no interior fortificado de Vila Nova de Cerveira, as intervenções no Convento de
São Gonçalo em Amarante e ainda o edifício dos Paços do Concelho de Matosinhos.
Fico grato e honrado por o ter conhecido.

Arq. Rui Alexandre


Leitor do mês
«Histórias do Tejo» - Luís Ribeiro
"Há coisas que não mudam. De certa forma, ainda
hoje o Tejo se mantém tão heterogéneo e ecléctico
como ao longo da sua história. Iates privados e
cacilheiros navegam na mais perfeita igualdade,
sujeitos às mesmíssimas regras marítimas. Cargueiros
ferrugentos dos cinco cantos do mundo, tripulados por
marinheiros andrajosos, cruzam-se diariamente com
luxuosos paquetes, repletos de gente abastada a
bebericar cocktails no convés. Como se as águas não
distinguissem classes, numa demonstração de Nuno Sanches
democracia plena." Osório

Com este parágrafo do livro Histórias do Tejo, o autor, Luís Ribeiro, tenta transmitir
uma imagem actualizada do que será o nosso rio Tejo. Se consegue ou não, depende da
opinião de cada um. E o que é fascinante neste livro é precisamente o facto de a opinião
mudar à medida que se vai lendo cada capítulo.

São onze capítulos que contam episódios verídicos na sua essência, com pormenores
tipo José Hermano Saraiva que transcrevia diálogos completos como se estivesse um
gravador ao lado dos protagonistas. Certo é que não conseguimos ficar indiferentes.

Tudo começa pelo princípio e no princípio o Tejo criou Lisboa. Criada a cidade, que viria
a ser uma das mais importantes do mundo no período áureo dos portugueses, o Tejo
assistiu a tudo o que se possa imaginar. Águas de sangue azul que acolheram muitas
rainhas que vinham, após casarem por procuração, ter com os seus maridos, reis ou
herdeiros do trono de Portugal, e que brilharam quando Isabel II de Inglaterra chegou a
Lisboa no seu luxuoso iate real para uma visita oficial. Decorria o ano de 1957 e o
príncipe Carlos era uma criança.

O Tejo, esse devorador de barcos, convivia lado a lado com os estaleiros que os faziam
nascer. Nas suas praias, em cujas águas as calhandreiras despejavam os dejectos
lisboetas, centenas de carpinteiros, ferreiros e calafetes trabalhavam dia e noite na
construção de grandes barcos que muitos sucessos e prestígio proporcionaram, e ainda
proporcionam, ao nosso país.

O inesquecível Tollan que naufragou em frente do Terreiro do Paço em 1980 e aí ficou,


como que em exposição até 1983, altura em que foi removido, e a fragata Gago
Coutinho, foram protagonistas de episódios diferentes. O primeiro pelos motivos
evidentes e a fragata por estar no Tejo no dia 25 de Abril de 1974, calmamente a
passar debaixo da ainda Ponte Salazar. O seu comandante, Seixas Louçã (pai de
Francisco Louçã), não foi avisado do que estava para acontecer e terá ficado furioso
quando o imediato do navio (de apenas 27 anos) lhe explicou que tinham que se dirigir
para perto do Terreiro do Paço e que a Marinha se tinha comprometido a não se imiscuir
no golpe contra o regime.

Quando a natureza enfureceu as águas, muitos lisboetas foram apanhados


desprevenidos e acabaram por morrer engolidos pela fúria do rio, quando junto dele se
tentaram salvar dos incêndios e da destruição provocada pelo terramoto de 1755. O
ciclone de 1941 afundou quase todas as embarcações fundeadas no Tejo e a tromba de
água de 1967 fez transbordar o rio, matando mais de 400 pessoas.

Há, também, um capítulo dedicado a poetas que eternizaram várias épocas do rio Tejo
através dos seus poemas. São os casos de Cesário Verde e Fernando Pessoa com alguns
dos seus heterónimos.

Definitivamente, um óptimo presente de Natal para cada um oferecer a si próprio.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos um Santo e Feliz Natal.

Histórias do Tejo,
Luís Ribeiro,
Ed. A Esfera dos Livros, 2012
320 págs.

Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo
Centro de Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as
publicações que deram entrada no CDI, revistas ou
livros; nele figuram, igualmente, as informações
destacadas durante o mês, sob a forma de legislação ou
de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são
apresentadas através da catalogação enquanto as
publicações periódicas podem ser visualizadas através
dos índices dos respetivos artigos de modo a que
facilmente o leitor possa escolher o tema que o
interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a
todos os leitores que as tenham solicitado mas qualquer
leitor pode requisitar ao CDI a disponibilização de livro
ou artigo avulso que pretenda.

Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de


aceder previamente à intranet).

Ligação Interessante
O IT pretende criar soluções, projetos a desenvolver para terceiros,
mediante acordos de colaboração. A Rede Portuguesa para o
Desenvolvimento do Território investiga e produz informação no
domínio do território, numa base permanente, desde 2012.

Foto Final

“Entreposto de Sta.
Apolónia fotografado
do terraço do Armazém
A”
S/D
Acervo do CDI

Questões , sugestões ou comentários? Envie para CDI@portodelisboa.pt, ou ligue 21 361 10 45.


Visite-nos na Rua da Junqueira, 94 - 1349-026 Lisboa
Caso receba esta Carta Náutica desformatada, selecione, no Microsoft Outlook,
“Actions” e, depois, “View in Browser”. Se alguma ligação não funcionar certifique-se que, se for
ligação à intranet da APL, está ligado a esta — se não tiver acesso solicite o documento ao CDI.
Caso não pretenda receber esta Carta Náutica agradecemos que nos informe.

Você também pode gostar