Você está na página 1de 1

Carta Náutica

Abril 2012

Boletim do Centro de Documentação e Informação

Neste número: Das últimas aquisições…


 Das últimas «Manual de Direito do Urbanismo»
aquisições
-Manual de Direito O Direito do Urbanismo, tal como o Direito do Ambiente,
do Urbanismo é um ramo do direito relativamente novo, encontrando-
se ainda em construção uma doutrina e jurisprudência
 Das nossas sólida.
estantes Tal reflete-se em diplomas legais por vezes difíceis de
- Os Navios do harmonizar e de, em geral, interpretar. Se tal sucede
Infante D. Henrique
com o cidadão comum na aplicação da lei geral ao seu
projeto ou obra no caso de obras que se localizem em
 Revista do mês
- The Economist
zonas sujeitas a regimes especiais o assunto complica-
se. As relações nem sempre fáceis entre a APL e as
 O que se passou câmaras municipais que são abrangidas pela sua área de
por aqui jurisdição devido a questões urbanísticas são disso fruto.
 Há uns anos… Esta obra é, portanto, muito útil, já que se debruça
sobre os atos de controlo prévio das operações
 Leitor do mês urbanísticas (isto é, as licenças, comunicações prévias e
- Alexandra autorizações).
Pessoa Trata a fundo a comummente designada “licença de
obras” e as novas figuras, incluindo uma reflexão sobre o
 Boletim regime especial das operações urbanísticas promovidas
Bibliográfico pela Administração Pública. Manual de Direito do
 Março de 2012 Urbanismo, Fernando Alves
Com interesse também o capítulo sobre fiscalização, Correia, Vol. III, Coimbra,
embargo e demolição, bem como os capítulos sobre as pág. 359
 Ligações
vicissitudes da licença (alteração, caducidade, revogação e
Interessantes
invalidade) e as implicações do silêncio ou inércia da
 CHAM — Centro
Administração.
de História de
Além-Mar
Se gostou deste vai gostar:
 A nova  Direito do urbanismo e legislação complementar: coletânea de legislação, José Miguel
ortographia… Sardinha, Coimbra, 1993
Bê-á-bá

 Foto Final Das nossas estantes…


 Contactos «Os Navios do Infante D. Henrique» - Quirino da Fonseca

Este livro, ilustrado com algumas gravuras


representando navios do Infante ou da sua época, relata
a memória do Infante D. Henrique e seus navios.
“Nos primeiros tempos da Nacionalidade portuguesa, as
navegações mais largas e aventurosas, exercendo-se em
geral no trato mercantil, se realizavam especialmente em
embarcações de vela, naves e barcas, as primeiras mais
possantes do que estas, mas umas e outras se reduzindo
a um tipo quase idêntico, apresentando formas rotundas,
raras vezes excedendo a capacidade de cem tonéis,
aparelhando de ordinário com um só mastro, onde
cruzava horizontalmente a única verga, nesta se fixando
uma vela quadrangular. No reinado de D. Afonso V, a
navegação já se desenvolvera entre nós, por forma que
os marítimos da Lisboa e Porto iam exercer a pesca
longínqua nas costas de Inglaterra ou da Bretanha”.

Os Navios do Infante D. Henrique,


Quirino da Fonseca
Ed. Comissão executiva das
Comemorações do Quinto
Centenário da Morte do Infante D.
Henrique, Lisboa,1958,
pág. 102

Se gostou deste vai gostar:


 O Infante D. Henrique: O navegador dos sonhos, José Jorge Letria, Lisboa,2010
 Navegadores portugueses, Elsa Pestana, Sintra, 2010

Revista do mês
Portos na tempestade
Portugal precisa de privatizar os seus portos para poder
atingir os plenos benefícios da sua localização. É este o tema
desenvolvido neste artigo publicado na conceituada e
provocativa revista britânica The Economist. Analisada a
eficiência portuária, intimamente associada à sua estrutura,
conclui-se que é o setor privado – introduzido em 1984 - que
impõe as melhorias no tempo de espera, nos custos e melhor
capacidade de utilização. Com portos mais profundos, maior
e melhor equipamento de assistência a navios de grandes
dimensões e bons acessos rodoviários que conduzam a carga
ao cliente final – podendo ainda chegar-lhe por ligações
marítimas de curta distância efetuadas por navios de menor
porte – Portugal poderá ganhar mercados em Sevilha,
Málaga e rivalizar com os portos espanhóis em Espanha e
Marrocos.
Segundo a The Economist para que seja possível atingir o
pleno desenvolvimento portuário português há que afrontar,
seriamente, dois grandes obstáculos: os poderosos
prestadores de serviços e sindicatos; para além disso há que
contar com investimentos altíssimos, como o custo dos
equipamentos, maior concorrência entre operadores e um
mercado de trabalho pouco competitivo.
O artigo indica três soluções para o desenvolvimento
portuário em Portugal: aumentar a concorrência, convidando
novos operadores; enfrentar os sindicatos, encorajando a
Conte-nos o que
entrada de outras empresas; adotar o modelo landlord port
tem lido!
Envie para com autoridade portuária privada, o que poderia render mil
CDI@portodelisboa milhões de euros ao Estado português, e, sabendo-se que a
.pt o seu eficiência portuária está diretamente relacionada com a
comentário sobre otimização das exportações, ter efeitos positivos na
um livro que economia.
tenha gostado
(ou não!), e Nota: Este artigo encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
partilhe com os previamente à intranet).
demais a sua
experiência.
O que se passou por aqui
Há uns anos...

«Registo do I Centenário do Inicio das Grandes Obras do Porto de Lisboa 1987»

Neste registo com várias ilustrações pode ver as


comemorações do “I Centenário do Inicio das Grandes
Obras do Porto de Lisboa 1987”,. Foi em 18 de agosto de
1987 que a APL promoveu a celebração condigna da data
de 31 de outubro de 1887, marco histórico evocativo do
primeiro centenário do inicio das grandes obras
portuárias.

Na Gare Marítima de
Alcântara procedeu-
se à sessão solene
inaugural de uma
e x p o s i ç ã o
demonstrativa da
vitalidade do porto.

Leitor do mês
«Kafka à Beira-Mar» - Haruki Murakami
Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e
desventuras) de duas estranhas
personagens, cujas vidas, correndo lado
a lado ao longo do romance, acabarão
por revelar-se repletas de enigmas e
carregadas de mistério. São elas Kafka
Tamura, que foge de casa aos 15 anos,
perseguido pela sombra da negra
profecia que um dia lhe foi lançada pelo
pai, e de Nakata, um homem já idoso Alexandra
que nunca recupera de um estranho Pessoa
acidente de que foi vítima quando jovem,
que tem dedicado boa parte da sua vida
a uma causa - procurar gatos
desaparecidos.
Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se
acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não
sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda,
a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino
permanecerão um mistério.
Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e,
simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme
talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo.
Esta é a sinopse do primeiro livro que li deste autor, e que me fez ir à procura de tudo o
resto que já se encontrava publicado no nosso país.
O aparente nonsense de algumas situações contadas, são descritas para que se
enquadrem perfeitamente na realidade. A forma como as diferentes histórias de
interligam, sem necessidade de que as personagens se cruzem. São características
comuns aos seus livros, tornando-se uma “imagem de marca” da sua escrita.
O autor descreve, nos seus livros, a realidade do dia a dia de uma qualquer cidade
japonesa, de um qualquer cidadão japonês, trazendo para essa realidade situações e
personagens totalmente irreais, sem que por isso se perca o contacto com o real.
Integrando-se, isso sim, aquelas situações e personagens na realidade.
Por tudo isto, é sempre com grande expectativa que aguardo a publicação dos seus
romances.

Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo
Centro de Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as
publicações que deram entrada no CDI, revistas ou livros
— destacando-se vários artigos na intranet; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês,
sob a forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas
através da catalogação enquanto as publicações
periódicas podem ser visualizadas através dos índices dos
respetivos artigos de modo a que facilmente o leitor possa
escolher o tema que o interesse.
As publicações periódicas são enviadas periodicamente a
todos os leitores que as tenham solicitado mas qualquer
leitor pode solicitar ao CDI a disponibilização de qualquer
livro ou artigo avulso que pretenda.
Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de
aceder previamente à intranet).

Ligação Interessante
A Enciclopédia Virtual da Expansão Portuguesa é um
projeto desenvolvido pelo Centro de História de Além-
Mar unidade de investigação interuniversitária, da

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da


Universidade dos Açores, que pretende disponibilizar a todos os interessados conteúdos
multimédia de natureza científica, educativa e cultural sobre a temática dos
Descobrimentos e da Expansão Portuguesa. Disponibiliza artigos, imagens, mapas,
cronologias e genealogias, de carácter sintético, mas dotados de grande fiabilidade
científica, encontrando-se em permanente ampliação e atualização. O projeto abrange
uma vasta área geográfica, que vai desde os Açores até ao Japão, e um intervalo de
tempo compreendido entre o início do século XV e o final do século XVIII.

A nova ortographia… Bê-á-bá


Patentes militares
É mantida a hifenização das patentes militares previstas no Estatuto dos Militares das
Forças Armadas (marinha):
Almirante Segundo-tenente Subsargento
Vice-almirante Subtenente ou guarda-marinha Segundo-subsargento

Contra-almirante Sargento-mor Cabo

Capitão-de-mar-e-guerra Sargento-chefe Primeiro-marinheiro


Capitão-de-fragata Sargento-ajudante Segundo-marinheiro
Capitão-tenente Primeiro-sargento Primeiro-grumete

Primeiro-tenente Segundo-sargento Segundo-grumete

Foto Final

“Entreposto de
Sta. Apolónia”

Abril de 1947

Acervo CDI

Questões ou Comentários? Envie para CDI@portodelisboa.pt, ou ligue 21 361 10 45.


Visite-nos na Rua da Junqueira, 94 - 1349-026 Lisboa
Caso receba esta Carta Náutica desformatada, seleccione, no Microsoft Outlook,
“Actions” e, depois, “View in Browser”.
Caso não pretenda receber esta Carta Náutica informe-nos.

Você também pode gostar