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Etapas de projeto
O projeto arquitetônico é considerado o mais complexo dentre todos os projetos para construção, e
não é para menos, afinal, é dele que derivam os demais, também conhecidos como projetos
complementares. Para tanto sua confecção exige uma série de critérios e etapas que englobam
estudos de viabilidade, elaboração de programas de necessidades, criação, dimensionamento,
avaliação, correção, complementação e síntese. Desta forma o projeto arquitetônico da sua
concepção à sua finalização atravessa quatro etapas principais de processo. São elas, segundo a
norma NBR 6492: estudo preliminar; anteprojeto; projeto executivo e “As built”.
1 - Estudo preliminar
Nesta fase do projeto se estuda o programa de necessidades, fazendo uma interação entre as
necessidades do cliente e as exigências normativas do tipo de edificação a ser construída, levando
em consideração todos os aspectos relevantes para a conformação do projeto como, adequação do
programa ao terreno, à legislação vigente, a aspectos psicológicos, estéticos, dimensionamento de
espaços em função do uso, etc.
O grau de complexidade do programa varia de projeto para projeto. Uma casa, por exemplo, tem
um programa básico bem mais simples que um hospital, dada a complexidade deste último, que
envolve questões de ordem de saúde pública, entre outros inúmeros aspectos. Porém não é por isso
que o programa menos complexo não tenha sua importância, pois a casa também tem funções
básicas que podem influenciar na vida do indivíduo contribuindo para sua vida cotidiana de forma
positiva ou negativa.
Desta maneira, é nesta fase do processo que se delineia o partido arquitetônico, ou seja, a forma
arquitetônica, estilo e os usos específicos para aquele projeto. É o momento do ato criativo em si, da
transformação de necessidades consolidadas temporariamente em forma de rascunho e
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representadas pela primeira vez graficamente. Nesta fase, mais que em todas as outras, se faz
necessária a interação entre arquiteto, empreendedor e cliente, pois é daqui que saem as definições
para todas as etapas a seguir.
Obs.: Alguns autores sugerem que haja uma interação desde esta fase entre os demais profissionais
envolvidos no processo como um todo, mas isto não está normalizado e ainda é fruto de estudos e
discussões.
Nesta fase do processo, uma vez já elaborado o estudo preliminar, define-se definitivamente o
partido arquitetônico e fecham-se todas as arestas e indefinições do projeto. De maneira que já
possam ser pensadas de maneira mais direcionada os demais projetos complementares. É de
extrema importância que se compreenda que, apesar do projeto arquitetônico ser a base para os
demais projetos, estes não devem ser pensados isoladamente entre si, pois há uma forte relação de
interdependência entre os mesmos, que devem ser definidas ao longo de todo o processo. A fim de
evitar incompatibilidades de projetos na hora da execução da obra.
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3 - Projeto executivo
Esta é a fase mais detalhada e que exige total atenção e minúcia por parte de todos os profissionais
envolvidos no processo, pois é o documento base da obra em si, é a partir desta etapa do projeto que
se pode definitivamente materializar o projeto. Como se sabe, uma obra exige uma série de
cuidados e especificações claras, objetivas e exatas para sua perfeita execução, o que vem solicitar
do projeto executivo riqueza de detalhe e precisão.
Nesta fase o projeto executivo como um todo deve ser corrigido em função da obra já executada, a
fim de que se tenha um projeto mais próximo possível do construído, pois este projeto será guia
para reforma e futuras ampliações, indicando principalmente a localização das instalações e
posicionamento da estrutura, além de servir de documento de resguardo dos construtores e
projetistas sobre a situação real da obra entregue ao cliente. O cliente final, o morador, tem o direito
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