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Materiais e Ensaios Tecnológicos

ARGAMASSAS
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• Definições
– Pastas
• Resulta das reações químicas do cimento com a água.
Quando há água em excesso, denomina-se nata.

– Argamassa
• São misturas íntimas de um ou mais aglomerantes,
agregados miúdos e água. Além dos componentes
essenciais da argamassa, podem vir adicionados outros,
com o fim de conferir ou melhorar determinadas
propriedades.
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• Característica

– As argamassas distinguem-se por apresentarem


características plásticas e adesivas durante sua aplicação e
por tornarem-se rígidas e resistentes após um certo
período de tempo.
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De um modo geral, as argamassas devem satisfazer as


seguintes condições;
• Resistência mecânica;

• Compacidade;

• Impermeabilidade;

• Constância de volume;

• Aderência;

• Durabilidade.
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• Utilização

– As argamassas são empregadas para


assentamento de tijolos, blocos, revestimentos,
etc. Servem ainda para revestimento das paredes
e tetos, e nos reparos de peças de concreto. A
escolha de um determinado tipo de argamassa
está condicionada às exigências da obra.
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• Agregados Utilizados

– areia silicosa e quartzosa

– areia siltosa e argilosa

– Pedriscos
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• Em argamassas especiais

 carbetos de sílico

 Micas

 pó de pedra

 pó de mármore

 argilas refratárias.
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• Os aglomerantes mais empregados são:


– a cal aérea (cal hidratada ou então a cal extinta
em obra)
– cimento Portland (comum, branco)
• Aditivos
– impermeabilizantes de massa (Vedacit, Sika 1,
etc.)
– adesividade (Bianco, Sika-Flex, etc.).
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• Classificação das argamassas:

– Segundo o emprego:

 Comuns quando se destinam as obras correntes,


podendo ser:
 Argamassas para assentamento de alvenarias;

 Argamassas para revestimentos;

 Argamassas para pisos;

 Argamassas para injeções.


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Argamassas para assentamento de alvenarias.

Principais funções das juntas de argamassa na alvenaria:

• Unir as unidades de alvenaria de forma a constituir um


único elemento;

• Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede


por toda a área resistente dos blocos;
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Argamassas para assentamento de alvenarias.

• Selar as juntas garantindo a estanqueidade da parede à


penetração de água de chuvas;

• Absorver as deformações naturais, como as de origem


térmica e as de retração por secagem, a que a alvenaria
estiver sujeita.
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Argamassas para assentamento de alvenarias.

Propriedades essenciais ao bom desempenho das


argamassas de alvenaria:

• Trabalhabilidade – consistência e plasticidade


adequadas ao processo de execução, além de uma
elevada retenção de água;

• Aderência;

• Resistência mecânica;

• Capacidade de absorver deformações.


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Argamassas para assentamento de alvenarias.

• Aderência:

Permitirá à parede resistir aos esforços de cisalhamento e


de tração, garantir a estanqueidade das juntas,
impedindo a penetração da água das chuvas.
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Argamassas para revestimentos;

ARGAMASSA DE REVESTIMENTO

•É utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os quais, geralmente,


recebem acabamentos como pintura, revestimentos cerâmicos,
laminados, etc.
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Argamassas para revestimentos;

O revestimento de argamassa pode ser constituído por várias camadas com


características e funções específicas:

Chapisco;

Emboço = cimento +areia grossa ou média + água;

Reboco = cimento + areia grossa ou média + água;

Camada única;

Revestimento decorativo monocamada (RDM).


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Argamassas para revestimentos

Diferentes alternativas de revestimento de parede: (a) emboço + reboco + pintura


(sistema mais antigo, atualmente pouco utilizado); (b) camada única + pintura; (c)
revestimento decorativo monocamada (RDM).
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Argamassas para revestimentos - FUNÇÕES;

Acabamentos: A próxima etapa de aplicação do


produto depende do tipo de acabamento que se
deseja obter podendo-se ter quatro tipos distintos:
raspado, alisado, chapiscado e travertino.
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• Argamassas para pisos;


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Argamassas para injeções.

Produto da mistura
conveniente de cimento, água
e, eventualmente, de aditivos,
para preenchimento de
bainhas ou dutos de
armadura de protensão de
peças de concreto protendido,
a fim de proteger a armadura
contra a corrosão e garantir a

aderência.
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– Segundo o tipo de aglomerante:

• Argamassas aéreas: Cal aérea e gesso.

• Argamassas hidráulicas: Cal Hidráulica e


cimento;
• Argamassas mistas: Argamassa com um
aglomerante aéreo e um hidráulico.
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– Segundo a dosagem.

• Pobres ou magras: Quando o volume de aglomerante é


insuficiente para encher os vazios do agregado.

• Cheias: Quando os vazios do agregado são preenchidos


exatamente pela pasta.

• Ricas ou gordas: Quando houver excesso de pasta.


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Segundo a Densidade da Massa


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• Argamassas de cimento:

– Podem ser usadas em estado de pasta (cimento e água) para vedações


ou acabamentos ("nata") de revestimentos, ou com adição de areia.
– A adição de areia torna-as mais econômicas e trabalháveis,
retardando a pega e reduzindo à retração.
– Devido à pega rápida do cimento (em torno de 30 minutos) as
argamassas com esse aglomerante devem ser feitas em pequenas
quantidades, devendo ser consumidas neste período.
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Argamassas para revestimentos - PROPRIEDADES;

Propriedades essenciais ao bom desempenho das argamassas de


revestimento:

•Trabalhabilidade (especialmente consistência, plasticidade e adesão inicial);

•Retração;

•Aderência;

•Permeabilidade à água;

•Resistência mecânica (principalmente a superficial);

•Capacidade de absorver deformações.


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• Propriedades das argamassas

– Trabalhabilidade:

• As argamassas para revestimentos deverão apresentar-


se como uma massa coesa que possui uma
trabalhabilidade apropriada.
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– Resistência mecânica

• As argamassas de cal são pouco resistentes, sua


resistência à compressão aos vinte e oito dias
varia de 0,2 a 0,6 Mpa podendo-se tomar um
valor médio de 0,4 Mpa.
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– Retração

• As argamassas de cal apresentam redução de volume


que será maior se as porcentagens de água e cal forem
elevadas. A ocorrência de fissura nas argamassas de cal
recém-colocadas é devido à secagem muito rápida pela
ação do sol e do vento.
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– Estabilidade de volume

• Os defeitos que podem ocorrer no reboco são devido à


ação do intemperismo ou devidos à falta de
estabilidade de volume.

– Resistência ao intemperismo

• As argamassas de cal aérea não resistem à água, por


isso nos revestimentos externos deve-se empregar
argamassas de cal hidráulica ou de cimento.
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– Resistência à ação do fogo:

• As argamassas de cal resistem a elevadas


temperaturas, servindo como proteção dos elementos
construtivos de madeira, aço, concreto, etc.

– Revestimento de gesso puro:

• A pasta de gesso na proporção de dez quilos de gesso


para 6 a 7 litros de água serve para revestimento
interno a execução de placas e blocos para divisões
internas.
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– Argamassas hidráulicas

• As argamassas hidráulicas resistem à ação da água e


resistem satisfatoriamente quando imersas na água. As
argamassas hidráulicas mais comuns entre nós são
preparadas com cimento portland.
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Preparo manual
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Preparo na betoneira
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MÉTODOS DE ENSAIO

•Determinação de resistência a compressão

Utiliza-se um corpo de prova cilindrico 5x10 cm no qual aplica-se


progressivamente e sem choques uma carga de compressão até que ocorra a
ruptura.

O resultado é expresso como a relação entre a carga de ruptura do corpo de


prova e a área da seção transversal na qual ocorre a ruptura.
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Ensaio de aderência de revestimentos de argamassa NBR 13.528

1. Furo 
Com uma furadeira acoplada a uma broca tipo serra-copo de 50 mm de diâmetro,
são feitos os furos para retirada do corpo de prova. Ao todo são feitos furos para a
retirada de 12 corpos de prova distribuídos de forma aleatória, contemplando juntas
e blocos.
2. Pastilhas
Após limpeza da superfície, sobre cada furo é colada uma pastilha circular com
resina epóxi, poliéster ou similar. A pastilha deve dispor de acoplamento para
equipamento de tração.
3. Arrancamento
O passo seguinte é a introdução do aparelho de arrancamento (dinamômetro de
tração) dotado de dispositivo para leitura de carga. As pastilhas são, então,
arrancadas.
4. Amostras
Por fim, as amostras são analisadas. É calculada a resistência de aderência à tração
de cada corpo de prova (Ra) em MPa e analisada a forma de ruptura de cada um
deles. 
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O ensaio de resistência de aderência à tração é


importante para verificar a interação entre as
camadas constituintes do revestimento (base,
camada de ligação, revestimento), determinando o
valor da tensão de aderência máxima que o
revestimento suporta, assim como qual a interface
do revestimento que apresenta menor resistência
às tensões atuantes no revestimento
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O processo pode ser demorado e, por isso


mesmo, precisa ser planejado. O ensaio deve ser
realizado no revestimento com idade de 28 dias,
no caso de argamassas mistas ou de cimento e
areia, e de 56 dias para argamassas de cal e
areia, contados após a aplicação da argamassa
sobre o substrato. A norma permite a realização
do ensaio em outra idade, caso seja do interesse
do construtor, mas, nesses casos, a idade deverá
ser registrada em relatório.
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CONCRETO
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O concreto é um material extraordinário:

1.Possui qualidades plásticas bastante conhecidas, pois se molda praticamente


a qualquer forma;

2.Tem boa resistência à compressão;

3.Resiste bem ao fogo;

4.É muito durável, podendo desempenhar o papel de material estrutural por


séculos, se utilizado adequadamente;

•Entretanto, sua resistência à tração é extremamente baixa, da ordem de 10%


da sua resistência à compressão;

•Seu peso também pode ser considerado como ponto negativo;


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Materiais que compões o concreto

O concreto é um material de construção resultante da


mistura, em quantidades racionais, de aglomerante
(cimento), agregados (pedra e areia) e água. Logo após a
mistura o concreto deve possuir plasticidade suficiente para
as operações de manuseio, transporte e lançamento em
formas, adquirindo coesão e resistência com o passar do
tempo, devido às reações que se processam entre
aglomerante e água. Em alguns casos são adicionados
aditivos que modificam suas características físicas e
químicas.
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Para se obter um concreto resistente, durável, econômico e


de bom aspecto, deve-se estudar:

•As propriedades de cada um dos materiais componentes;


•As propriedades do concreto e os fatores que podem alterá-
las;
•O proporcionamento correto e execução cuidadosa da
mistura;
•O modo de executar o controle do concreto durante a
fabricação e após o endurecimento.
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Denomina-se de pasta a mistura do


cimento com é água, e de argamassa
a mistura da pasta com agregado
miúdo. Considera-se concreto a
argamassa à qual foi adicionado
agregado graúdo.
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Fatores que influem na


qualidade do concreto
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• Qualidade dos materiais

Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade;

• Proporcionamente adequado

Deve-se considerar a relação entre as quantidades: de cimento e de


agregados, de agregados graúdo e miúdo, água e o cimento.

• Manipulação adequada

Após a mistura, o concreto deve ser transportado, lançado nas formas


e adensado corretamente.
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• Cura cuidadosa

A hidratação do cimento continua por um tempo


bastante longo e é preciso que as condições
ambientes favoreçam as reações que se processam.
Desse modo, deve-se evitar a evaporação prematura
da agia necessária à hidratação do cimento. É o que
se denomina cura do concreto.
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Cimento

O cimento é obtido aquecendo-se calcário e


argila até a sintetização (clinquer de cimento).
Depois se mói a mistura até obter-se um produto
de textura fina. Os cimentos como aglomerantes
hidráulicos determinam as características do
concreto.
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Agregados

Como agregados podem ser utilizados materiais naturais e


artificiais, que apresentem resistência suficiente e que não
afetem o endurecimento do concreto. Os agregados devem
por isso ser isentos de impurezas (terra, argila, humus) e de
componentes prejudiciais (no máximo 0,02% de cloretos e
1% de sulfatos).
A forma dos grãos e a conformação superficial influenciam
muitas a trabalhabilidade e as propriedades de aderência do
concreto: agregados redondos e lisos facilitam a mistura e o
adensamento do concreto; agregados com superfícies
ásperas aumentam a resistência à tração.
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Água de amassamento

Quase todas as águas naturais são apropriadas para


amassamento. É necessário precaução quanto às águas de
pântano e as de rejeito industrial. A água do mar é
inadequada para estruturas de concreto armado e protendido
devido à corrosão provocada pelo teor de sal.
O teor de água do concreto fresco é dado pelo fator água-
cimento, isto é, pela relação em peso água-cimento. Esta
relação varia geralmente entre 0,3 e 0,6.
Quanto menor for o teor de água, maior é a resistência do
concreto e menor é a trabalhabilidade.
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Aditivos para concreto

Podem-se considerar como aditivos a incorporação


de menos de 5% do peso de cimento,
denominando-se adições àqueles produtos
acrescentados ao concreto em quantidades
maiores que 5%.
Os principais tipos de aditivos são: plastificantes,
incorporadores de ar, retardadores der pega,
aceleradores de pega, aceleradores de
endurecimento, colorantes, impermeabilizantes
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Propriedades do concreto fresco


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Consistência e trabalhabilidade

A consistência traduz as propriedades intrínsecas da mistura


fresca relacionada com a mobilidade da massa e a coesão
entre os elementos componentes, tendo em vista a
uniformidade e a compacidade do concreto.
As operações de transporte, lançamento e adensamento do
concreto devem permitir a obtenção de uma massa
homogênea e sem vazios.
A trabalhabilidade não é apenas uma característica inerente
ao próprio concreto, mas envolve também as considerações
relativas à natureza da obra e aos métodos de execução
adotados.
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Outro aspecto que deve ser considerado no


estudo da trabalhabilidade do concreto é a
segregação. A ausência de segregação é
essencial para que se consiga a conveniente
compacidade da mistura.
A segregação compreende a separação dos
constituintes da mistura, impedindo a obtenção de
um concreto com características de uniformidade
satisfatórias. A segregação pode ocorrer também
como resultado de uma vibração exagerada. Um
concreto em que isso venha a ocorrer será um
concreto mais fraco e sem uniformidade.
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Exsudação

Exsudação é a tendência da água de amassamento de vir à superfície


do concreto recém lançado. Em consequência, a parte superior do
concreto torna-se excessivamente unida, produzindo um concreto
poroso e menos resistente.
A água, ao subir à superfície, pode carregar partículas finas de
cimento,
formando uma pasta, que impede a ligação de novas camadas de
material e deve ser removida cuidadosamente.
A exsudação pode ser controlada pelo proporcionalmente adequado de
um concreto trabalhável, evitando-se o emprego de água além do
necessário. Ás vezes corrige-se a exsudação adicionando-se grãos
relativamente finos, que compensam as deficiências dos agregados.
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Propriedades do concreto endurecido


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Peso específico

O peso específico do concreto endurecido depende de


muitos fatores, principalmente da natureza dos agregados,
da sua granulométrica e do método
de compactação empregado Será tanto maior quanto maior
for o peso específico dos agregados usados e tanto maior
quanto mais quantidade de agregado graúdo contiver.
A variação do peso específico, contudo, é pequena,
podendo-se tomar para o
concreto simples um valor de 2,3 tf/m³ e para o concreto
armado de 2,5 tf/m³.
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Deformações

As deformações do concreto podem ser de duas naturezas:

•Deformações causadas por variação das condições


ambientes: retração e deformações provocadas por variações
de umidade e temperatura ambiente;

•Deformações causadas pela ação de cargas externas:


deformação imediata, deformação lenta, deformação lenta
recuperável e fluência.
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Retração

A retração é a diminuição de volume do concreto desde o fim da cura


até atingir
um estado de equilíbrio compatível com as condições ambientes. A
Figura 01
ilustra a variação da retração ao longo do tempo. É representada por cs
ε.
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A retração se processa mais rapidamente


até uns 3 a 4 meses e depois mais
lentamente. Pode-se admitir que, para as
dimensões usuais, um quarto da retração
se dá aos 7 dias, um terço aos 14 dias e
metade em 1 mês, três quartos em 6
meses.
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Diagrama tensão-deformação

O diagrama tensão – deformação do concreto é


obtido em ensaio à compressão axial de um corpo
de prova cilíndrico com 15 cm de diâmetro e 30 cm
de altura.
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Métodos de ensaios
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Ensaio de abatimento ou Slump test

O ensaio do abatimento do concreto, também


conhecido como Slump Test, é realizado para
verificar a trabalhabilidade do concreto em seu
estado plástico, buscando medir sua consistência
e avaliar se está adequado para o uso a que se
destina.
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Ensaio de resistência a compressão


1.Determinar o diâmetro utilizado para o cálculo da
área da seção transversal com exatidão de +- 0,1 mm,
pela média de dois diâmetros, medidos
ortogonalmente na metade da altura do corpo de
prova.

2.Determinar a altura do corpo de prova que deve ser


medida sobre seu eixo longitudinal, com precisão de
0,1mm, incluindo o capeamento.
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PREPARO, RECEBIMENTO,
TRANSPORTE, LANÇAMENTO,
ADENSAMENTO E CURA DO
CONCRETO
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CONCRETAGEM
É o ato de preparar/pedir(o concreto), receber, transportar, lançar, adensar,
fazer o acabamento e cura da peça estrutural.
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Etapas da concretagem:

•Pedido ou preparo
•Recebimento
•Transporte
•Lançamento
•Adensamento
•Acabamento
•Cura
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PEDIDO OU PREPARO DO CONCRETO

•É uma série de operações executadas de modo a


obter um produto endurecido com propriedades
específicas detalhadas em um projeto.

•As propriedades do concreto dependem dos


materiais e suas proporções

•Feito na obra ou comprado de empresas


especializadas em fabricar concreto. Preparado
manualmente ou mecanicamente.
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Mistura manual

•Utilizada em serviços de pequeno porte, pequenas


quantidades de materiais.

•A mistura é feita com pás ou enxadas.

•O processo é iniciado pela mistura dos agregados


graúdos+areia e cimento.

•Homogeneizada a mistura aspecto visual se faz a adição da


água de maneira gradual
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Mistura manual

•Estas operações devem ser feitas em caixas plásticas ou


metálicas previamente molhadas, sobre um piso de superfície
uniforme;

•Cuidado especial deve ocorrer com a adição de água visto


que a dificuldade de se fazer a mistura provoca uma tentativa
de aumento no volume de água para facilitar o processo,
alterando assim o fator a/c.

RESISTÊNCIA
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Mistura mecânica

•Feita em betoneira, que proporciona a


mistura por tombamento do material. A
máquina gira em tomo de um eixo e o
material é misturado por paletas internas.
Existem betoneiras de eixo inclinado,
vertical e de eixo em espiral como os
caminhões betoneira.
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Mistura
•Operação de grande importância →
homogeneidade do concreto e seu desempenho,
principalmente com relação à resistência
mecânica, podendo influenciar sobre a
durabilidade.
•O início do processo de mistura → materiais são
colocados na betoneira, comum a correta ordem
de carregamento.
•Assim, melhor será a mistura ou menor será o
tempo demandado para esse fim.
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A betoneira normalmente empregada


em obra é, segundo classificação de
Petrucci (1998), intermitente, de
gravidade e eixo inclinado, As
tradicionais betoneiras de tambor com
maior capacidade podem ser
fornecidas com carregador, que
consiste em uma caçamba dosadora
→ despeja os materiais no interior da
betoneira.
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Recebimento

A realização do slump test é importante para


verificar a consistência do concreto, ou seja, se a
quantidade de água existente é compatível com as
especificações.
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Transporte

Transporte para obra

Este tipo de procedimento ocorre


quando o concreto é preparado em
usina. Pode ser efetuado através de
Caminhões betoneira.
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Caminhão betoneira

•São normalmente misturadores e agitadores, conf.


veloc. De rotação da betoneira → 6 à 16 rpm são
agitadores e de 16 à 20 rpm - misturadores.

•Quando os caminhões têm dupla finalidade, a


mistura pode ser terminada na obra. Quando o
material sai da usina com velocidade de agitação
pode-se fazer uma remistura rápida na obra.
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Problemas decorrentes do transporte para a


obra

•Pode ocorrer a hidratação do cimento devido às


condições ambientes e à temperatura;

•Evaporação da água devido também à fatores


ambientais;

•Absorção por parte do agregado em especial da


argila expandida. Neste caso é conveniente a
saturação antecipada do mesmo.
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Trituração que ocorre com a agitação do


material friável (que pode reduzir-se
facilmente a fragmentos de pó). A areia
modifica o módulo de finura ao passo que
a brita pode se transformar em areia.

Em todo caso há a necessidade de se alterar


o teor de água para evitar a perda de
trabalhabilidade.
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A ABNT NBR 14931:2004 recomenda que o


intervalo transcorrido entre o instante em que
a água de amassamento entra em contato
com o cimento e o final da concretagem
não ultrapasse 2 horas e 30 minutos, salvo
condições específicas ou influências de
condições climáticas ou de composições do
concreto.
Obs.: água de amassamento. (não pode
ter óleos, gorduras, cor,odor, material
sólido, ácidos, matéria orgânica, etc.)
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Altura de queda

•Se for empregado uso de direcionadores de fluxo (funil),


minimiza a possibilidade de ocorrer choque com a forma
e a armadura, alturas maiores podem ser admitidas →
Evita a segregação da argamassa/agregado graúdo.

•Concretagens durante períodos de chuvas somente


deverão ser interrompidos quando houver a lavagem
superficial do concreto, o que poderá determinar
alterações em uma camada significativa de concreto,
com diminuição da altura da peça.
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Quando a altura for superior a 2,5m, medidas especiais


deverão ser tomadas, para evitar segregação. Entre
elas:

•A abertura de janelas nas fôrmas, que permitem


diminuir a altura de lançamento e facilitam o
adensamento;
•A colocação de trombas de chapa ou de lona no interior
da fôrma;
•O emprego de concreto mais plástico e rico em cimento
no início da concretagem, até se obter, concreto menos
plástico e menos rico, porém de mesma resistência;
•A colocação de 5 a 10 cm de espessura de argamassa
de cimento, feita com o mesmo traço do concreto que
vai ser utilizado, porém sem o agregado graúdo.
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Altura de queda

•O agregado graúdo vai chegar primeiro à superfície,


encontrará uma camada de argamassa, que o
absorverá, evitando a formação do defeito “ninho de
pedra”, que é constituído de agregado com pouca ou
nenhuma argamassa para ligá-lo, formando o
concreto.
•Quando ocorrem os “ninhos de agregados”deve-se
recuperar o concreto, recompondo a peça com as
mesmas características e propriedades do concreto
original.
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•Pequenas imperfeições superficiais, embora possam


comprometer esteticamente a peça concretada, não devem
apresentar riscos maiores, em não se tratando de concreto
aparente.

•No lançamento de concreto em peças densamente armadas


adequações ao traço, como a redução da dimensão
máxima característica do agregado e da dosagem para
uma trabalhabilidade adequada. Deve-se estabelecer uma
ordem de lançamento

Concreto vai preenchendo a forma.


Concreto auto-adensável
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•Preparo das formas antes do lançamento do


concreto limpas para fazer a aplicação de
desmoldante que deverão apresentar facilidade de
aplicação, tempo reduzido de secagem, evitando, os
efeitos da ação de chuva ou poeira.

•Além disso, deverão apresentar imiscibilidade com


a água e pH neutro ou básico, poder de evitar a
aderência entre o concreto e a fôrma, não prejudicar
a aderência de revestimentos sobre o concreto, não
ser inflamável e tóxico, não ser escorregadio.
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A interrupção da concretagem e consequente formação de


“junta fria” (junta de concretagem) deve ocorrer em locais
previstos no projeto estrutural, nas seções com menores
esforços de cisalhamento.
A ABN TNBR 14931:2003 recomenda algumas precauções
para garantira ligação do concreto novo ao concreto já
endurecido:

•O concreto deve ser bem adensado até a superfície da


junta, onde se utiliza fôrmas temporárias, tipo “pente”
no local da interrupção;
•Antes de iniciar a nova concretagem, deve-se remover a
nata de cimento e limpar a superfície da junta, retirando
todos os detritos;
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•A nata superficial pode ser removida imediatamente após o


fim de pega do concreto com água sob pressão (“corte
verde”)- senão for possível, para a obtenção da aderência
entre o concreto existente e a camada a ser lançada, deve-se
apicoar a superfície da junta, deixando o agregado graúdo
aparente;

•Na retomada da concretagem, deve-se lavar a superfície


com jato de água sob pressão;

•Deve-se aplicar argamassa sobre a superfície do concreto


com a mesma composição da argamassa do concreto, afim
de evitar a formação de vazios;

•Lançar o concreto novo, adensar novamente.


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Introdução
ao
Concreto
Armado
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O concreto armado é uma


combinação de dois materiais
bem conhecidos pela
humanidade
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CONCRETO & AÇO


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Pode-se dizer que a descoberta do concreto armado aconteceu em meados de


1800, na França, por obra deJoseph Lambot;

•Construção de um pequeno barco com armação de barras de ferro, com formato


desejado, e preenchimento com argamassa de cimento.

•Joseph Lambotob teve, em 1855, a patente para o seu produto, denominado,


então, de “cimento armado”, designação que perdurou até o início do século XX.
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•A partir de 1904, foram realizadas obras no


Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Belo
Horizonte;

•Foi dessa época o primeiro prédio construído


em concreto armado de SãoPaulo;

•Primeira edificação em concreto armado


de São Paulo, datada de 1909.
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•O maior nome do concreto


armado do Brasil, na
primeira metade do século
XX, foi o do engenheiro
Emilio Baumgart, também
chamado de “pai do
concreto armado do Brasil”;
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Destacam-se entre suas obras:

1) Ponte Maurício de Nassau em Recife (ainda como estudante);

2)Ponte sobre o rio do Peixe em SC (maior vão livre conhecido na


época – 68 m);

3)O edifício do jornal “Anoite” no Rio de Janeiro (foi na época o mais


alto edifício em concreto armado do mundo – 104,75 m);

4)Edifício do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro;

5)Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro;

6)Hotel Glória no Rio de Janeiro.


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Ponte sobre o Rio do Peixe – SC Ponte Emilio Baumgart (68m) (1930)


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Edifício do jornal “A Noite” – RJ (1930)


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Hotel Copacabana Palace – RJ (1923)


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Museu de Arte Contemporânea – RJ (1996)


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Estação Cabo Branco – João Pessoa / PB (2008)


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O concreto armado
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•O concreto é o material formado pela mistura dos seguintes


materiais:

Em função de necessidades específicas, são acrescentados


aditivos que melhoram as características do concreto fresco ou
endurecido.
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• A resistência do concreto endurecido


depende de vários fatores:

1.Consumo de cimento;

2.Quantidade de água na mistura;

3.Tipo de agregado;

4.Grau de adensamento;
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•Concreto armado = concreto + barras


de aço

•Em virtude da baixa resistência à


tração do concreto, as barras de aço
cumprem a função de absorver os
esforços de tração na estrutura;

•As barras de aço também servem


para aumentar a capacidade de carga
das peças comprimidas;

•O funcionamento conjunto desses


dois materiais só é possível graças a
aderência
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•Como vantagens do concreto armado sobre os demais


materiais estruturais podemos citar:

1.Economia;

2.Facilidade de execução em diversas formas;

3.Resistência ao fogo;

4.Resistência ao desgaste mecânico;

5.Praticamente não requer manutenção;

6.Resistência aumenta com o tempo.


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•Como desvantagens do concreto armado


podemos citar:

1.O elevado peso das construções;

2.Dificuldades para a execução de


reformas ou demolições.
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Estruturas de
Concreto
Armado
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•Concepção estrutural
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• Lajes são elementos planos, em geral


horizontais, com duas dimensões muito
maiores que a terceira, sendo esta
denominada espessura. A principal
função das lajes é receber os
carregamentos atuantes no andar,
provenientes do uso da construção
(pessoas, móveis e equipamentos), e
transferi-los para os apoios.
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•Lajes de Concreto Armado podem ser executados


com diferentes tipos de lajes:

Lajes maciças

Lajes nervuradas

Lajes cogumelo

Lajes pré-moldadas

Lajes alveolares
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•Lajes de Concreto Armado

Lajes maciças
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•Lajes de Concreto Armado

Lajes nervuradas: são empregadas para


vencer grandes vãos, geralmente
superiores a 8m, sendo constituídas por
nervuras, onde são colocadas as
armaduras longitudinais de tração;
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Entende-se por laje nervurada aquela


que a mesa de concreto resiste aos
esforços e as armaduras aos esforços de
tração, sendo que a nervura de concreto
faz a ligação mesa armadura.
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Lajes lisas ou cogumelo:

São consideradas lajes cogumelo as lajes


contínuas aquelas apoiadas em pilares ou
suportes de concreto, ou seja, sem vigas.
Podem ser apoiadas diretamente nos pilares
(LAJES LISAS) ou sobre capitéis (LAJES
COGUMELO).
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Lajes lisas ou cogumelo:


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Lajes pré-moldadas: podem ser convencionais, treliçadas ou


protendidas
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Lajes pré-moldadas: são pré-fabricadas as lajes


nervuradas, armadas em uma ou nas duas
direções, formadas por vigotas pré-fabricadas
de concreto estrutural, executadas
industrialmente, ou mesmo em canteiro de obra,
sob rigorosas condições de controle de
qualidade e intermediadas por elementos de
enchimento (como blocos cerâmicos, de
concreto, EPS etc) capeados por camada de
concreto lançado na obra.
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Lajes alveolares

A Laje Alveolar é constituída de


painéis de concreto protendido que
possuem seção transversal com
altura constante e alvéolos
longitudinais, responsáveis pela
redução do peso da peça.
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Vigas de Concreto Armado

São elementos lineares em que a


flexão é preponderante. Elementos
lineares são aqueles em que o
comprimento longitudinal superam
em pelo menos três vezes a maior
dimensão da seção transversal, sendo
também denominada barras.
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Vigas de Concreto Armado


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Pilares de Concreto
Armado

Pilares são elementos estruturais


lineares de eixo reto, usualmente
dispostos na vertical, em que as forças
normais de compressão são
preponderantes e cuja função principal é
receber as ações atuantes nos diversos
níveis e conduzi-las até as fundações.
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Durabilidade das estruturas


de CA
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A durabilidade das estruturas de concreto


é um dos aspectos de maior relevância
dentro da filosofia das modernas normas
de projeto;

•O descuido com a durabilidade tem


contribuído para acelerar a deterioração de
diversas estruturas relativamente novas;
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Os ataques químicos e ambientais


acontecem quando o concreto se
torna vulnerável, com baixa
resistência  proveniente da alta
porosidade, fissuração e insuficiente
cobrimento de armaduras
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Origem:- falha de projeto; -execução; -uso


inadequado; - falta de manutenção.

Causas:- sobrecargas; -impactos; -abrasão, -


movimentação térmica; -concentração de
armaduras; -retração hidráulica e térmica, -alta
relação água/cimento; -exposição a ambientes
marinhos; -ação da água; -excesso de vibração;
falhas de concretagem; -falta de proteção
superficial.
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Agressões podem ser:

Físicas: variação de temperatura, umidade;


Químicas: carbonatação, maresia, chuva ácida,
corrosão, ataques de sulfatos; ataque de ácidos; águas
brandas e resíduos industriais (cloretos);
Biológicas: micro-organismos, algas, solos e água
contaminada;

Sintomas:
Fissuras, -eflorescências, -desagregação, -lixiviação, -
manchas, -expansão por sulfatos, -reação álcalis-
agregado
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Características do Concreto

• Porosidade (compacidade)
• Fator água/aglomerante;
• propriedade importante para resistir à penetração
dos
•meios agressivos externos;
• Transporte e vibração inadequados:
• Segregação, exudação.
• Resistência mecânica;
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• Endurecimento do concreto (hidratação)


•Evitar fissuras precoces (devido à retração)
•Calor de hidratação (retração, expansão
térmica)
•cura do concreto, secagem prematura (24
horas).
•Eventual temperatura muito baixa durante a
concretagem (< 7 °C) – baixa umidade
•Temperatura e vento (falta de água).
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Cobrimento das armaduras

A espessura desta capa de concreto é importante


para garantir a proteção das armaduras frente aos
agentes agressivos.
Deve-se adotar o cobrimento mínimo previsto na
NBR 6118.
Algumas normas recomendam que em exposição a
agentes agressivos, este concreto deve possuir:
alto teor de cimento,
baixo fator água/cimento
espessuras superiores a 5 cm.
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Classes de agressividades de ambientes


Classe I – rural ou menos problemático;
Classe II – urbano;
Classe III – marinho ou industrial;
Classe IV – polos industriais, os mais agressivos;
Auxilia o projetista de estruturas ao:

Dimensionamento correto, especificar o cobrimento


das armaduras, e elaborar recomendações sobre o
traço do concreto, relação água/cimento,
compacidade.
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NBR 6118
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NBR 6118
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NBR 6118
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Causas de Patologia
1º Cobertura insuficiente das armaduras;
2º Falhas de execução;
3º Agressividade dos ambientes;
4º Falhas de projeto
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Degradação das Estruturas


Processo de corrosão se acelera entre 60 a 80
vezes em atmosferas industriais (produzem
cloro, soda, celulose, fertilizantes, petróleo,
químicas, ETEs...), comparados com meio rural;

Zonas industriais contaminadas por gases e


cinzas (H2S, SO2, NOX) reduz alcalinidade do
concreto e aumenta a velocidade de
carbanotação, destruindo a película passivadora
que protege o aço;
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Degradação das Estruturas


Orla Marinha (corrosão de 30 a 40 vezes
superior que meio rural).
Lugares com elevados índice de poluição e
Chuvas ácidas e CO2, microclimas (garagens de
edifícios, reservatório de água clorada). Meio
rural = 8 anos, litoral = 2 anos.
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Estrutura do Concreto
Proporciona dupla proteção às armaduras:
alcalinidade (capa passivadora para o aço); a massa
do concreto, (barreira física separa o aço do
contato direto com o meio);

Compacidade do concreto - propriedade para


resistir à penetração dos agentes externos, diminui
a carbonatação, ataque de cloretos e sulfatos;
diretamente
associada à relação água/cimento, que deve
ser a mais baixa possível.
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Estrutura do Concreto: Execução Criteriosa


Evitar mudanças drásticas de temperatura, e secagem
prematura.

Temperatura baixa durante a concretagem (< 7ºC)  inibi


as reações químicas de endurecimento do cimento e
permiti a evaporação da água de mistura.

Baixas taxas de umidade relativa do ar  a evaporação da


água pode se alta, tornando-se insuficiente para a reação
química do cimento.

É preciso estar atento às condições climáticas,


controlando sempre a temperatura e a umidade ideal.
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Corrosão das Armaduras

• Uma das principais manifestações patológicas no concreto


armado:
– recobrimento das armaduras abaixo dos valores recomendados
pelas normas da ABNT.
– o concreto executado com elevado fator água/cimento,
acarretando elevada porosidade do concreto e fissuras de
retração.
– o ausência ou deficiência de cura do concreto, propiciando a
ocorrência de fissuras, porosidade excessiva, diminuição da
resistência, etc.
– o segregação do concreto com formação de ninhos de
concretagem,
– erros de traço,
– lançamento e vibração incorretos, formas inadequadas, etc
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• O concreto proporciona às armaduras uma dupla


proteção.

– Uma barreira física que separa o aço do contato


direto
com o meio ambiente que contém elementos
agressivos ao aço;
– Capa passivadora formada meio alcalino do
concreto
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a)Corrosão química:

• Oxidação:
– reação gás + aço = Fe2 O3

• corrosão muito lenta:


– não provoca deterioração substancial das
armaduras.
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b)corrosão catódica :

– ocorre em meio aquoso


– principal e mais sério
processo de corrosão
encontrado na construção civil.
– a armadura se transforma em
óxidos e hidróxidos de ferro, de
cor avermelhada, pulverulenta e
porosa, denominada ferrugem.
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b) corrosão catódica :

– Presença de um eletrólito:
• sais dissolvidos do cimento - hidróxido de cálcio (CaOH2)

•anidro carbônico (CO ),

• íons cloreto (Cl-), íons sulfatos (S--),

nitritos (NO3-), gás sulfídrico (H2S), amônia(NH4+),

• óxidos de enxofre (SO2, SO3)


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b) Aumento da velocidade da corrosão em regiões


industriais, orlas marítimas, poluídas.
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Carbonatação

CO2 + componentes alcalinos do concreto


(Ca(OH)2) = < pH do Concreto

A velocidade de carbonatação está associada:

• à porosidade do concreto,
• a umidade do concreto,
• à temperatura e a
•umidade relativa do ar.
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Estrutura do Concreto: Execução Criteriosa


Concreto  maturado por 15 a 20 horas  submetê-lo a
temperaturas mais baixas;
A velocidade de endurecimento está relacionada à temperatura
do concreto. +T, + endurecimento; Vento e temperatura
aceleram a evaporação da água.
A água do concreto se evapora através da superfície úmida (10
a 12 horas)  após por difusão (lento)  impedir a secagem do
concreto durante as primeiras 24 horas.

"A continuidade da cura úmida por mais dias repõe a perda de


água por evaporação. A falta de cura úmida do concreto faz
com que sua primeira camada perca a água de hidratação,
tornando-na fraca, com baixa resistência à abrasão, porosa e
permeável aos agentes agressivos", ressalta Granato.
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Normas
NBR 6118:2007 - Atenção especial para a
durabilidade das estruturas, o
cobrimento das armaduras e a relação
água/cimento do concreto. O objetivo foi
tornar as estruturas mais impermeáveis
aos agentes agressivos, aumentando sua
vida útil.
NBR 12655:2006 - incorporou os
princípios de redução de permeabilidade
do concreto por meio da relação
água/cimento, mais resistente ao ataque
por cloretos e sulfatos.
NBR15577:2008 – em relação ao
problema da reação álcali-agregado,
dedicada a orientar a mitigação deste
tipo de manifestação
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Tendências em reparos e recuperação


Pontes, túneis, viadutos, estruturas portuárias e off
shore  os escandinavos  técnica de proteção
catódica, e reabilitação de estruturas (que passam
por processo de Corrosão);

No setor de infraestrutura e industrial 


revestimentos uretânicos e poliuréia e inibidores de
corrosão que agem por migração;
Na recuperação a repassivação eletroquímica das
armaduras: extração eletroquímica de cloretos e a
proteção catódica com zinco termoprojetado.
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Técnica Eletroquímica
Extração de cloretos e a realcalinização do concreto;

Extração de cloretos: remoção dos íons de cloreto do interior do


concreto, por meio da indução de uma corrente eletroquímica
temporária, que leva à repassivação das armaduras.
Eletrólito (água da rede de abastecimento ou soluções saturadas de
hidróxido de cálcio)  evitar que o eletrólito se torne ácido e venha a
atacar o concreto, ou formar gás clorídrico, altamente tóxico.
Eletrodo (ânodo), (malha metálica (geralmente, de aço inoxidável)
aderida à superfície do concreto e recoberta por polpa de celulose. A
malha metálica é ligada à armadura (que funciona como cátodo) e em
seguida, aplica-se uma corrente contínua de baixa intensidade (entre
0,8 a 2A/m²).
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Etapas do diagnóstico
•Vistoria preliminar
•Anamnese
•Levantamento documental
•Vistoria detalhada
•Ensaios
•Conclusão - Compilação dos dados, análise
criteriosa e parecer final. Equipe multidisciplinar
para realizar a análise e o parecer.
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Reparos da armadura
Fissuração e
destacamento de
concreto dos pilares de
borda de condomínio
residencial  devido à
corrosão das armaduras
do concreto
(carbonatação, e
pequeno cobrimento das
armaduras)
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Reparos da armadura
1. Pilar de borda (fachada) 
fissuração e destacamento de
concreto;
2. Reparo corte da área
afetada e a escarificação do
concreto;
3. Limpeza do substrato com
água potável e pulverizador;
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Reparos da armadura
4. Aplicar uma argamassa cimentícia tixotrópica,
modificada com polímeros e, preferencialmente,
reforçada com fibras, que recebe depois o
acabamento com desempenadeira de madeira;
5. Uma manta de cura molhada com água é
aplicada sobre a argamassa  umidade 7 dias 
evita evaporação da água de amassamento e a
fissuração.
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Dentre os principais fatores de deterioração do concreto


armado, podem ser citados:

Ciclos de gelo e degelo → congelamento da água dos poros

Expansões térmicas e retração → variações de temperatura


→ diminuição de volume

Desgaste mecânico → abrasão em consequência do atrito

Reações expansivas → reação de sulfatos com os


compostos da pasta de cimento
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Carbonatação → reação do dióxido de carbono com a


água e o hidróxido de cálcio

Ação de cloretos → atacam a camada passivante do


aço, dando início ao processo de corrosão

Corrosão das armaduras → reação eletroquímica do


aço, resultando em óxidos de ferro (natureza expansiva
capaz de romper o cobrimento de concreto)
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Critérios que visam evitar a deterioração e


satisfazer as exigências quanto à durabilidade na
fase de projeto e execução:

1.Emprego de concreto com baixo fator


água/cimento;

2.Adoção de cobrimentos satisfatórios;

3.Limitação das aberturas de fissuras;

4.Detalhamento cuidadoso das armaduras para


evitar o congestionamento de barras;
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5.Uso de revestimentos protetores, como reboco


e pintura, revestimentos cerâmicos,
impermeabilizantes, etc;

6.Drenagem eficaz, capaz de evitar acúmulo de


água;

7.Definição de um plano de inspeção e


manutenção preventiva.

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