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ENGENHARIA DE MINAS
MECÂNICA APLICADA
2° ANO TURMA-A
Discentes:
João Anastácio António
Joelma Daudo Pangaia
Joel Mussa Jó
Jaime Zeca Jaime Castigo
Jaime Juliao Massinga
Judson Ggodinho Karimo
Henoque Da lima Adelino
2 OBJECTIVOS .................................................................................................................... 3
9 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 23
2
2 OBJECTIVOS
2.1 Gerais
2.2 Específicos
Demostrar abordagem baseada principalmente nas características das
descontinuidades e no estado de tensões actuantes no maciço rochoso;
Compreender os parâmetros, geralmente usados, para caracterização geomecânica de
maciços rochosos;
Conhecer o parâmetro mais importante que governa o comportamento dos maciços
rochosos.
2.3 Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi usada a revisão bibliográfica por meio de
consulta a livros, artigos e revistas em sites de internet, tendo enfrentado algumas
dificuldades para aquisição de informação relativamente ao tema em causa e por conta disso
o grupo traz em linhas gerais sobre o tema.
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3 MACIÇOS ROCHOSOS
Os maciços rochosos consistem em unidades geológicas que compõem a superfície da Terra.
Eles são essencialmente formados por aglomerados de rochas, sejam elas ígneas,
sedimentares ou metamórficas, bem como pelas descontinuidades. Também são compostos
por um conjunto de blocos originados da rocha intacta, sendo limitados pelas
descontinuidades.
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O estado de alteração é vulgarmente indicado à custa da sua descrição baseada em métodos
expeditos de observação. Em solos, por exemplo, é de grande utilidade a indicação da
facilidade com que se desmonta o material com determinados tipos de ferramentas. Em
rochas é costume referir-se a maior ou menor facilidade com que se parte o material,
utilizando um martelo de mão, ou a sua coloração e brilho como consequência da alteração de
certos minerais como feldspatos e minerais ferromagnesianos
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resultante das operações de furação. A percentagem de recuperação obtém-se multiplicando
por 100 o quociente entre a soma dos comprimentos de todos os tarolos obtidos numa
manobra e o comprimento do trecho furado nessa manobra.
Este índice, que tem vindo a ser muito utilizado internacionalmente, é definido como a
percentagem determinada pelo quociente entre o somatório dos troços de amostra com
comprimento superior a 10 cm e o comprimento total furado em cada manobra. Em função
dos valores do RQD, são apresentadas na Tabela abaixo as designações propostas por Deere
para classificar a qualidade dos maciços rochosos. Em princípio, a determinação do RQD
deve ser feita apenas em sondagens com diâmetro superior a 55 mm, cuidadosamente
realizadas em que sejam utilizados amostradores de parede dupla ou tripla.
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RQD Qualidade do Maciço Rochoso
0 - 25% Muito fraco
25 - 50% Fraco
50 - 75% Razoável
75 - 90% Bom
90 - 100% Excelente
Quando não haja amostragem obtida por sondagens mas sejam identificáveis os traços das
descontinuidades em afloramentos rochosos ou em escavações, poder-se-á estimar o valor do
RQD recorrendo à relação proposta por Palmström (1982):
O parâmetro RQD deve representar a qualidade do maciço rochoso “in situ”. Quando se
realizam sondagens em maciços com forte anisotropia, nos quais se incluem muitas das
formações xistentas que ocorrem em Portugal, é frequente o desenvolvimento de novas
fracturas no material das amostras, segundo os planos de fraqueza, resultantes da
descompressão que se regista em consequência da sua retirada do maciço. Quando da
observação de amostras obtidas por furação, deverá ter-se cuidado de distinguir as fracturas
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naturais das decorrentes do processo de furação ou daquelas que foram causadas quer pelo
manuseamento do equipamento, devendo estas últimas ser ignoradas na determinação do
RQD.
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Em relação às duas características estruturais, o espaçamento das
descontinuidades que constituem fracturas e a espessura das camadas, a ISRM
propôs que fossem adoptados idênticos valores para os limites das várias
classes. As designações das classes dos espaçamentos das fracturas (F1 ... F5) e
as das espessuras das camadas (L1 ... L5) (cujos valores são coincidentes) são,
respectivamente apresentadas nas Tabela abaixo.
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0.5
𝜎3
𝜎1 ′ = 𝜎3′ + 𝜎 (𝑚 ′ + 𝑆)
𝜎𝑐𝑖
Em que σ1’ e σ3’ são, respectivamente, as tensões principais efectivas máxima e mínima na
ruptura e mi é uma constante da rocha intacta. Assim, a relação entre as tensões principais na
ruptura para uma dada rocha é definida por dois parâmetros: a resistência à compressão
simples σci e a constante mi.
Sempre que possível, os valores destas constantes devem ser determinados através de uma
análise estatística de resultados de uma série de ensaios triaxiais levados a cabo segundo as
recomendações da ISRM (1981).
Os valores do parâmetro mi podem ser estimados a partir da Tabela 2.1 estão no anexo 1
(Hoek, 1994).
Os mesmos autores apresentaram, também, um critério de resistência para os maciços
rochosos, que resultou da modificação da equação 2.1, e cuja versão actual é dada por:
𝜎3 𝑎
𝜎1 = 𝜎3 + 𝜎𝑐𝑖 (𝑚𝑏 + 𝑆)
𝜎𝑐𝑖
Onde:
𝝈𝟏 : Tensão efectiva principal maior;
𝝈𝟑 : Tensão efectiva principal menor;
𝝈𝒄𝒊 : Resistência à compressão simples da rocha intacta;
𝒎𝒃 : Valor reduzido da constante do material mi ou constante do maciço rochoso;
s e a: São constantes para o maciço rochoso.
𝐺𝑆𝐼 − 100
𝑚𝑏 = 𝑚𝑖 exp ( )
28 − 14𝐷
Onde:
10
mi: Constante da rocha intacta
GSI: Índice de resistência geológica;
D: factor de perturbação.
As constantes s e a são obtidas pelas seguintes equações:
𝐺𝑆𝐼 − 100
𝑠 = exp ( )
9 − 3𝐷
1 1 (−𝐺𝑆𝐼) −20
𝑎= + (𝑒 15 − 𝑒 ( 3 ) )
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O factor D depende do grau de perturbação ao qual o maciço rochoso foi submetido devido a
danos oriundos de desmonte e da relaxação de tensões. Este valor varia entre 0 para maciços
não perturbados e 1 para maciços muito perturbados. Na Tabela 2.2 (Anexo1) são dadas
orientações para a escolha do valor de D no caso da escavação de túneis (Hoek et al., 2002).
O valor de mb pode ainda ser estimado pela seguinte expressão (Hoek e Brown, 1997), válida
para valores de GSI superiores a 25: mb= ms .s1 / 3
As tensões normais e de cisalhamento estão relacionadas com as tensões principais foram
apresentadas por Balmer (1952), tendo posteriormente sido revistas por Hoek et al. (2002),
obtendo-se:
𝑑𝜎1′
′
𝜎1′ + 𝜎3′ 𝜎1′ + 𝜎3′ 𝑑𝜎3′ − 1
𝜎𝑛 = − ∗ ′
2 2 𝑑𝜎1
+1
𝑑𝜎3′
𝑑𝜎1′
√
𝑑𝜎3′
𝜏 = (𝜎1′ − 𝜎3′ ) ∗
𝑑𝜎1′
+1
𝑑𝜎3′
Onde:
𝑎−1
𝑑𝜎1′ 𝑚𝑏′ 𝜎3′
= 1 + 𝑎. 𝑚𝑏 . ( )
𝑑𝜎3′ 𝜎𝑐𝑖 + 𝑠
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Na grande maioria dos programas geotécnicos é expresso em termos dos parâmetros de
resistência de Mohr-Coulomb, sendo necessária estimar a coesão e o ângulo de atrito interno
equivalentes aos parâmetros estimados do critério de Hoek-Brown. A determinação destes
parâmetros é feita ajustando-se uma relação linear à envoltória não-linear, a gama de tensões
a considerar deve estar compreendida entre (Hoek et al.2002).
No caso para a obtenção do módulo de deformabilidade do maciço rochoso,
Hoek et al., (2002) propuseram as seguintes expressões:
𝐷 𝜎𝑒
𝐸𝑚 = (1 − )√ . 10(𝐺𝑆𝐼 − 10)
2 100
𝐷
𝐸𝑚 = (1 − ) . 10((𝐺𝑆𝐼 − 10)/40)
2
Para valores de σc> 100Mpa
Hoek et al. (1995) resume as características do maciço, nos quais o critério de ruptura de
Hoek-Brown assume que a rocha e ou maciço rochoso altamente fracturados se comportam
como um material homogéneo e isótropo, e utiliza uma aproximação de meio contínuo. Não
deve ser aplicado quando o tamanho dos blocos é da mesma ordem de grandeza da obra a
construir ou quando uma das famílias de descontinuidades é significativamente menos
resistente do que as outras. Para casos em que o comportamento do maciço rochoso esteja
governado por descontinuidades ou sistemas de juntas, critérios que descrevem a resistência
ao cisalhamento de juntas devem ser usados (critério de Barton - Bandis e o critério de Mohr-
Coulomb aplicado para descontinuidades).
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policristalinas, descontínuas e que podem exibir uma certa anisotropia derivada de uma
orientação preferencial na sua estrutura.
As rochas são então constituídas por grãos minerais sólidos interligados e por
descontinuidades ou vazios existentes entre esses grãos. As propriedades da matriz rochosa
dependem, assim, das características destes grãos (mineralogia), sendo muito influenciadas
pelo tamanho e arranjo espacial dos grãos minerais (estrutura ou textura da rocha) e também
pela forma, quantidade e distribuição das descontinuidades ou vazios. A determinação da
composição mineralógica das rochas conduz, juntamente com a sua textura, tamanho dos
grãos, cor, e outras propriedades, à sua classificação geológica.
Referem-se em seguida algumas propriedades físicas mais importantes na identificação das
rochas.
5.1 Porosidade
As descontinuidades representam os defeitos ou vazios existentes no meio contínuo formado
pelos minerais constituintes da matriz rochosa. A presença e o desenvolvimento destes vazios
estão estreitamente relacionados com a deformação e a roptura das rochas. A quantidade de
vazios é avaliada pela porosidade (n) que é a razão entre o volume de vazios de uma amostra
de rocha e o seu volume total.
𝑉𝑣
𝑛= (× 100)
V
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normalmente a água. A uma escala maior, para os maciços rochosos, podemos ainda
distinguir a porosidade primária correspondente ao volume dos poros entre os fragmentos das
rochas clásticas e a porosidade secundária produzida pela fracturação e alteração posteriores
da rocha. A primeira é característica de toda a massa rochosa e a segunda depende da história
de alteração da rocha, podendo variar muito no mesmo maciço rochoso.
𝑊 𝑊𝑠
𝛾= 𝛾=
𝑉 𝑉
Onde:
W – Peso total da amostra de rocha
Ws – Peso total da amostra de rocha seca na estufa
V – Volume total da amostra de rocha
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5.3 Permeabilidade
A facilidade de escoamento da água através de um meio contínuo é avaliada através do
coeficiente de permeabilidade (k). A permeabilidade das rochas, em comparação com a dos
solos, é geralmente muito baixa. O seu valor cresce sensivelmente com a fissuração e o grau
de alteração. O nível de anisotropia2 da permeabilidade depende da orientação preferencial
das fissuras.
O estado de tensão na rocha influencia consideravelmente a sua permeabilidade. O aumento
das tensões de compressão provoca o fecho das fissuras e a diminuição da permeabilidade,
mas, a partir de um certo limite, o aumento das tensões pode iniciar o aparecimento de novas
fracturas provocando o aumento da permeabilidade. A variação da permeabilidade da rocha
pode também variar com a pressão da água que circula nos seus vazios e descontinuidades: o
aumento da pressão da água tende a abrir as fissuras aumentando a permeabilidade.
Rocha n k (m / seg.)
Areia uniforme 29 - 50 5,0 x 10-5 – 2,0 x 10-3
Areia e seixo 20 – 47 1,0 x 10-5 – 1,0 x 10-3
Areia siltosa 23 – 47 1,0 x 10-5 – 5,0 x 10-5
Argilas > 49 1,0 x 10-10 – 1,0 x 10-7
Granodiorito 0,004-0,005 9,8 x 10-11
Granito 0,008 1,96 x 10-10
Basalto 0,007 2,94 x 10-10
Calcário 1 0,004 9,8 x 10-11
Calcário 2 0,03 9,8 x 10-10
Calcário 3 0,39 7,65 x 10-6
Tabela 2: Permeabilidades de solos e rochas.
5.4 Durabilidade
A durabilidade é a resistência da rocha aos processos de alteração e fragmentação sendo
também conhecida por alterabilidade. O contacto da rocha com a água e o ar, muitas vezes
através de obras de engenharia civil como escavações e terraplenos, pode ocasionar a
degradação das suas características mecânicas.
O ensaio “slake durability test”, consiste em submeter material rochoso previamente
fragmentado a ciclos normalizados de secagem, humidificação e acção mecânica. Os
fragmentos são colocados dentro de redes metálicas cilíndricas com determinada abertura
parcialmente imersas na água que rodam em torno de um eixo horizontal. O choque dos
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fragmentos de rocha entre si e o contacto com a água favorecem a sua desagregação e
alteração. A secagem dos fragmentos é realizada em estufas após o que pode seguir-se outra
humidificação e acção mecânica.
O índice de durabilidade (ID) corresponde à percentagem de rocha seca que fica retida nos
tambores de rede metálica após 1 ou 2 ciclos completos (ID1 ou ID2).
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𝐸𝑑
𝐺𝑑 = 𝜌𝑉𝑠2 =
2(1 + 𝑣𝑑 )
Coeficiente de Poisson:
𝑉𝑝2 − 2𝑉𝑠2
𝑣𝑑 =
2(𝑉𝑝2 − 𝑉𝑠2 )
Onde:
Ci: é a percentagem em volume do constituinte mineral i da rocha;
Vp,i: é a velocidade das ondas longitudinais no mineral i.
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I) Inclinação e direcção do furo de sondagem;
II) Comprimento total do furo;
III) Recuperação parcial dos furos em cada etapa de acoplamento de novos barriletes;
IV) Diâmetro do furo e do testemunho.
A descrição dos testemunhos de sondagem, principalmente para o caso de cilindros obtidos
por sondagens diamantadas, segue os mesmos quesitos discutidos para o mapeamento de
trincheiras, poços e galerias. Poder-se-ia, grosso modo, comparar a descrição dos
testemunhos de sondagem com o mapeamento de uma galeria, ou de uma trincheira onde
fosse esticada uma trena métrica à meia altura e a descrição das feições geológicas ficasse
restrita apenas às proximidades da trena. Nesse sentido, os testemunhos de sondagem
representam, pontualmente, a intersecção das feições geológicas de sub-superfície com uma
linha vertical ou inclinada.
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7.1 Ensaio de compressão simples ou uniaxial
Pese embora o facto de as rochas que constituem os maciços se encontrarem em geral
submetidas a estados de tensão triaxiais, tem interesse o estudo do comportamento das rochas
quando submetidas a compressão simples pois, tal estudo, permite pôr em evidência
fenómenos com interesse fundamental na mecânica dos maciços rochosos. O caso prático
mais importante em que os maciços rochosos se encontram submetidos a um estado de
compressão simples é o dos pilares de minas.
O ensaio de compressão simples é corrente na determinação das características mecânicas das
rochas. A resistência à compressão simples ou uniaxial é determinada num provete de rocha
de forma cilíndrica submetido a uma tensão normal 𝝈 nas bases igual à razão da força normal
N pela área da base A. Os provetes podem ter outras formas (cúbica ou prismática) mas
normalmente são retirados de tarolos recolhidos em sondagens. A preparação da amostra
deve ter um cuidado especial na rectificação da superfície das bases que irão sofrer
compressão para garantir uma forma cilíndrica perfeita.
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7.2 Classificação da resistência das rochas
Finalmente, refira-se a possibilidade de ser possível, através de análises expeditas, realizadas
com o recurso ao martelo de geólogo ou a uma faca, estimar os valores da resistência à
compressão simples. Para tal, bastará recorrer à classificação proposta pela ISRM que em
função do grau de qualidade da rocha, correlaciona a resistência à compressão simples (𝜎c) e
o índice de carga pontual (IS(50)) com o comportamento do material face àquelas análises
expeditas.
𝝈c IS(50)
GRAU DESIGNAÇÃO ANÁLISE EXPEDITA
(MPa) (MPa)
Extremamente A rocha lasca depois de sucessivos golpes
R6 >250 >10
elevada de martelo e ressoa quando batida
Requer muitos golpes de martelo para
R5 Muito elevada 100-250 4 – 10
partir espécimes intactos de rocha
Pedaços pequenos de rocha seguros com a
R4 Elevada 50-100 2–4 mão são partidos com um único golpe de
martelo
Um golpe firme com o pico do martelo de
R3 Mediana 25-50 1–2 geólogo faz indentações até 5 mm; com a
faca consegue-se raspar a superfície
Com a faca é possível cortar o material,
R2 Baixa 5-25 (*) mas este é demasiado duro para lhe dar a
forma de provete para ensaio triaxial
O material desagrega-se com golpe firme
R1 Muito baixa 1-5 (*)
do pico de martelo de geólogo
Extremamente
R0 0,25 -1 (*) Consegue-se marcar com a unha
baixa
NB: (*) Não são consideradas minimamente fiáveis as correlações com a resistência à compressão simples .
8 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
O comportamento elástico de um meio contínuo anisotrópico depende em geral de 21
coeficientes independentes cuja determinação experimental é muito difícil de realizar de
modo completo. Através de um ensaio de compressão isotrópica realizado sobre uma amostra
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cúbica de rocha instrumentada com extensómetros do modo esquematizado na é possível
identificar o tipo de anisotropia da rocha.
Figura 4: Orientação do cubo e posição dos extensómetros para um ensaio de compressão isotrópica.
De acordo com o nível de deformações observadas nas três direcções ortogonais (𝜺i = ∆li/li) a
rocha poderá ser classificada num dos seguintes casos:
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mesma ordem de grandeza nas direcções em que é potenciada a abertura normal aos planos
de xistosidade, evidenciam que esta é a principal responsável pela anisotropia manifestada
pela rocha. Digno de registo, é de referir o facto de que neste tipo de rocha, bem como
noutras em que a anisotropia conferida pela xistosidade ou pela estratificação é muito
acentuada, ser comum o valor mínimo do módulo de elasticidade ocorrer para uma direcção
intermédia entre a normal e a paralela àquelas descontinuidades estruturais.
A maior deformabilidade (menor valor de E) das rochas na direcção perpendicular aos planos
de xistosidade (E1) explica-se pela existência de bandas de material mais compressível entre
os planos de xistosidade. Nesta direcção verifica-se também, como se verá adiante, a
resistência mais elevada à compressão.
Os maciços rochosos podem também exibir idêntico tipo de comportamento ditado pela
anisotropia da própria rocha ou pela orientação preferencial de descontinuidades. Tal
circunstância assume-se de elevada importância para alguns tipos de estruturas, como por
exemplo para barragens de grande porte, em que o comportamento anisotrópico das
fundações pode ser indesejável e obrigar a precauções especiais. Cada curva corresponde a
um local onde foram realizados ensaios segundo duas direcções. Como se vê a anisotropia é
acentuada, para todos os locais, e o andamento das curvas de variação do módulo de
deformabilidade (equivalente ao módulo de elasticidade para um material não elástico)
evidencia o facto, também verificado nos ensaios de compressão uniaxial, de o menor valor
se registar para uma direcção intermédia entre a normal e a paralela à xistosidade.
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9 CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o critério de ruptura de Hoek-Brown resume que as características do
maciço, assume que a rocha e ou maciço rochoso altamente fracturado se comportam como
um material homogéneo e isótropo, e utiliza uma aproximação de meio contínuo.
Não deve ser aplicado quando o tamanho dos blocos é da mesma ordem de grandeza da obra
a construir ou quando uma das famílias de descontinuidades é significativamente menos
resistente do que as outras.
Para casos em que o comportamento do maciço rochoso esteja governado por
descontinuidades ou sistemas de juntas, critérios que descrevem a resistência ao cisalhamento
de juntas devem ser usados (critério de Barton - Bandis e o critério de Mohr-Coulomb
aplicado para descontinuidades). Deste modo, pode-se entender que os maciços rochosos são
comummente heterogéneos, anisotrópicos, formados por blocos de rochas sobrepostos,
apresentando uma matriz denominada rocha intacta e superfícies de descontinuidades que o
compartimentam. Essa heterogeneidade e anisotropia apresentada pelos maciços conduzem a
diferentes tipos litológicos, presença de descontinuidades e variados graus de alteração. O
maciço rochoso deve ser reconhecido como um material descontínuo, que pode ter
propriedades diversas em pontos e direcções diferentes. Não é um material fabricado, mas um
material que foi frequentemente submetido a acções mecânicas, térmicas e químicas ao longo
de milhões de anos (Azevedo e Marques, 2002).
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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, I.C.D. e Marques, E.A.G. (2002): Introdução à mecânica das rochas. Viçosa,
UFV.
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