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UNIVERSIDADE CATÓLICA MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia

Mineração de Pláceres
Exploração marinha

DE:
DENISE YOLANDA HELDER JEREMIAS
DILAN IGOR FERRÃO
HILARIO JUSTINO
VICENTE DAVID
JOSE WESTON
ERQUELIDIO BENTO

Primeiro Trabalho de investigação da cadeira de Mineração Especifica, do curso de


engenharia de minas, 4 Ano por orientação do docente Naftal Zefanias

TETE, ABRIL. 2022


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
1.1. Objetivo geral...............................................................................................................1
1.2. Objetivo específico.......................................................................................................1
1.3. Metodologia.................................................................................................................1
2. MINERAÇÃO DE PLÁCERES...........................................................................................2
2.1. Definição......................................................................................................................2
2.2. Depósitos de Pláceres (placers)....................................................................................2
2.3. Gênese dos pláceres......................................................................................................3
3. MÉTODOS DE PROSPECÇÃO E LAVRA........................................................................3
3.1. Prospeção.....................................................................................................................3
3.2. Lavra de placer.............................................................................................................3
4. OS MÉTODOS SÃO CLASSIFICADOS EM:....................................................................4
4.1. Método Hidráulico.......................................................................................................4
4.1.1. Monitores hidraulico.............................................................................................4
4.1.2. Dragas Autotransportadoras (Hopper Trailing Suction Dredges).........................6
4.1.3. Dragas de Sucção e Recalque (Cutter Suction Dredges).......................................7
4.2. Métodos de mecânico...................................................................................................7
4.2.1. Alcatruzes (Bucket-ladder dredgers)....................................................................7
4.2.2. Retroescavadeiras (Backhoes)..............................................................................8
4.2.3. Mandíbulas (Grab Dredgers)..............................................................................10
5. IMPACTOS AMBIENTAS................................................................................................11
6. CONTROLO E MONITORAMENTO..............................................................................11
7. CONCLUSÃO...................................................................................................................12
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................13
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa abordar sobre a mineração de pláceres. A mineração a


céu aberto e definida como uma escavação superficial para a remoção de minerais de
interesse económico. E é empregado para explotação de minerais metálico e não
metálico.
Basicamente neste trabalho falaremos sobre a mineração de plácer, A lavra de
pláceres compreende a lavra de sedimentos inconsolidado nas aluviões, dunas, praias e
outros depósitos sedimentares. os principais bens minerais lavrados são ouro,
cassiterita, ilmenita, rutilo, zircão, monazita e diamante.

1.1. Objetivo geral


 Abordar sobre a mineração de pláceres e a sua decorrência.
1.2. Objetivo específico
 Conceituar a mineração de pláceres;
 Descrever os métodos de extração aplicadas a mineração de pláceres
 Identificar a aplicação de cada método.
1.3. Metodologia

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho, foram as intensas pesquisas


na internet, manuais, dissertações e apostilas.

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2. MINERAÇÃO DE PLÁCERES
2.1. Definição

Pláceres (placers) são acumulações sedimentares formadas pela concentração


mecânica de minerais detríticos de valor econômico, incluindo diversos bens metálicos
ou pedras preciosas, originados a partir da decomposição e erosão de rochas-fonte,
principalmente ígneas, mas também de rochas metamórficas e sedimentares.
Estes minerais detríticos são geralmente conhecidos como “minerais pesados”,
em função de sua alta gravidade específica (entre 21 e 2,9 g/cm³) superior à do quartzo
(2,65 g/cm³).

2.2. Depósitos de Pláceres (placers)

Depósitos de placeres são acumulações sedimentares formadas de minerais


detríticos concentrados mecanicamente, originados da decomposição e erosão de
rochas-fonte consolidadas, principalmente as ígneas.
Esses minerais podem permanecer in situ ou serem transportados e
concentrados em areias e cascalhos de rios e praias, são conhecidos como minerais
pesados e, usualmente, possuem valor econômico, incluindo ouro nativo, platina,
cassiterita (estanho), rutilo e ilmenita (titânio), magnetita (ferro), zircão (zircônio),
wolframita (tungstênio), cromita (cromo), monazita (cério e tório) e pedras preciosas
(diamante). Os rios e as geleiras são os principais agentes transportadores destes
minerais para a região costeira, (Emery & Noakes, 1968).
Por definição, minerais pesados são os que têm peso especifico maior que o
dos minerais mais comuns em rochas sedimentares, tais como o feldspato e o quartzo,
com valores em torno de 2,6g/cm3, caracterizando-se por pesos específicos entre 2,9 a
21g/cm3.
Emery e Noakes (1968) classificam os minerais pesados com base nas
diferenças de densidade que determinam locais preferenciais de concentração dos
mesmos, ou seja, os pláceres são compostos por minerais pesados “pesados” (peso
específico entre 21 e 6,8 g/cm³), por minerais pesados “leves” (peso específico entre
5,3 e 4,2g/cm³) e por gemas (peso específico entre 4,1 e 2,9g/cm³). Os minerais
pesados “pesados” são aqueles em que os elevados pesos específicos opõem
resistência ao deslocamento por grandes distâncias, concentrando-se,
predominantemente, em canais fluviais, transportados apenas por curtas distâncias, 15
a 20 km da rocha-fonte, sendo representados pelo ouro, a platina e a cassiterita. Os
minerais pesados “leves”, por seu peso específico relativamente baixo, são mais
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facilmente transportados às zonas costeiras, concentrando-se em ambientes de
deposição de alta energia, compreendendo, principalmente, a ilmenita, o rutilo, o
zircão, a monazita e a magnetita. As gemas são minerais de baixa densidade e elevada
dureza, em que se destaca o diamante, que se concentram, principalmente, em
aluviões, mas também em praias e na plataforma continental.

2.3. Gênese dos pláceres

Os minerais pesados que compõem os placeres marinhos são oriundos de


rochas fontes, ígneas, sedimentares ou metamórficas, que sofreram intemperismo e
erosão, desagregando e liberando os minerais detríticos para o transporte pelos agentes
superficiais (rios, vento, águas pluviais, gelo e ação da gravidade),
Uma vez liberados das rochas fonte, estes minerais pesados podem ser
transportados até o litoral, junto com outros minerais detríticos, onde a ação das ondas
e correntes costeiras, ocasiona a retirada dos minerais mais leves e concentra aqueles
cujas densidades são mais elevadas, dando origem aos pláceres de praias, (Emery &
Noakes, 1968).

3. MÉTODOS DE PROSPECÇÃO E LAVRA


3.1. Prospeção

A prospeção das jazidas de minerais pesados na plataforma continental baseia-


se principalmente em:
métodos geofísicos: para determinação da espessura sedimentar e para a
visualização das principais superfícies de discordância e das irregularidades do fundo
e sub-fundo marinho. Principalmente utilizam se levantamentos batimétricos e
sonográficos do fundo, associados a levantamentos sísmicos, com equipamentos de
alta resolução, tipo boomer, sparker, ou mini air-gun.
O levantamento sísmico é sucedido por campanhas de testemunhagem e
sondagem, objetivando atingir os depósitos e superfícies discordantes visualizados na
sísmica. Como os sedimentos contendo os minerais pesados são normalmente areias
ou cascalhos, os testemunhadores a gravidade ou pistão são muito pouco efetivos.
Portanto, utilizam-se equipamentos mais robustos, como os vibracores, sondas Banka,
sondas rotativas ou à percussão, ou sondas por air-lift ou jet-probe.
A escolha do método de amostragem, depende do tipo de material a ser
penetrado, da profundidade do objetivo e da lâmina d´água.

3.2. Lavra de placer

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A escolha do método de lavra é afetada pelo volume do plácer, teores, distribuição dos
valores, profundidades, granulação do material, disponibilidade de água, localização, Clima,
Disponibilidade De Capital, Etc.

4. OS MÉTODOS SÃO CLASSIFICADOS EM:


4.1. Método Hidráulico

A atuação de bombas hidráulicas para succionar e recalcar os sedimentos, que


podem ser fragmentados mecanicamente por desagregadores ou hidraulicamente
através de fortes jatos de água, é uma das principais características deste processo.
Podemos citar os seguintes tipos de equipamentos: Dragas Autotransportadoras
(Hopper Trailing Suction Dredges) e Dragas de Sucção e Recalque (Cutter Suction
Dredges) e monitor hidraulico.

4.1.1. Monitores hidraulico

A lavra de pláceres com monitores hidráulicos consiste em utilizar a força


hidráulica nas frentes de desmonte para a desagregação do minério, é empregada
fundamentalmente onde os materiais são desagregados por ação de água à pressão
(pressões que variam de 15 a 200 m de coluna d’água), como as aluviões de ouro,
cassiterita, diamantes, ilmenita, rútilo, zircão, formações argilosas, arenosas e outras.
(Emery & Noakes, 1968)
Os equipamentos hidráulicos são equipamentos de desmonte, constituídos por
uma lança ou canhão orientável, de largo diâmetro, que projeta um jato de água sobre
o maciço rochoso que permite desagregar e arrastar os materiais, cujo estado de
consolidação é apropriado para tal finalidade.

Figura 1: Monitor hidráulico

Vantagens
A utilização destes equipamentos apresenta as seguintes vantagens:

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 desmonte contínuo do material a explorar;
 infra-estrutura mineira reduzida;
 equipamentos mais econômicos;
 baixo custo de operação.

Desvantagens

 condições específicas do material a desmontar;


 grandes necessidades em caudal e pressão de água;
 necessidade de grandes áreas para retenção de resíduos;
 escassas probabilidades de seletividade;

Se começa por localizar um curso de água em cota elevada, acima do corpo


que se deseja lavrar e conduzir esta água por trincheiras, canais ou canos até à câmara
de carga que alimenta os canos que conduzem aos monitores. Em geral água deve ter
suficiente para assegurar trabalho contínuo, porém em certos casos, o trabalho terá que
ser intermitente. A extração do minério se faz mediante jatos de água, sendo material
concentrado em sluices.

Figura 2: Corte de uma explotação com arranque hidráulico

Na realização do desmonte hidráulico devem ser observadas as seguintes


regras:

 Os operários e os equipamentos que efetuam o desmonte devem estar protegidos por


uma distância adequada de forma que os possíveis desmoronamentos e deslizamentos
do talude não os atinjam;
 É proibida a entrada de pessoas não autorizadas nos taludes onde se realiza o
desmonte hidráulico;

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 O pessoal, no desmonte hidráulico deve estar provido de equipamento específico e
adequado para serviços em condições de alta umidade;

De acordo com as características mecânicas do maciço rochoso existem dois


esquemas de extração básicos:

1. Desmonte direto do material que se encontra na frente de trabalho;


2. Desmonte do material, após uma previa desagregação;

4.1.2. Dragas Autotransportadoras (Hopper Trailing Suction Dredges)

As dragas autotransportadoras realizam o transporte de sedimento de forma


contínua através de adaptações da boca de dragagem para o tipo de sedimento a ser
dragado e então conduzir, através de condutos forçados, o material dragado até as
cisternas e posterior disposição (GOES FILHO, 2004).
Nos bordos da embarcação, encontram-se braços articulados que realizam a
sucção do material, e devido ao sistema de autopropulsão, torna a operação não
estacionária (Vlasblom, 2003). A profundidade atingida chega até 29 metros
(AlfredinI, 2013).
Alfredini (2013) destaca o fenômeno de overflow associado ao transporte
realizado pelas dragas autotransportadoras. Este fenômeno consiste nas perdas de
sedimentos durante a viagem para despejo do material dragado, formando uma pluma
de dispersão, ocasiando impactos ambientais e econômicos, ambos negativos.

Figura 3: Ilustração do esquema operacional de uma draga autotransportadora mostrando a atuação das duas
bocas e dos dois tubos de sucção durante a dragagem, dispostos em cada lado da embarcação. Fonte: Sítio
eletrônico www.ihcholland.com.

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Aplicação
A versatilidade deste tipo de draga favorece sua utilização em áreas portuárias
em projetos de dragagem de manutenção de canais de acesso e bacias de evolução
(Goes Filho, 2004).
O sedimento em que esta draga melhor se adequa são argilas de fácil
desagregação devido ao entupimento das bocas de dragagem, silte, areia e cascalhos
(Vlasblom, 2003).

4.1.3. Dragas de Sucção e Recalque (Cutter Suction Dredges)


As dragas estacionárias de sucção e recalque com desagregador possuem
sistema de autopropulsão e tem o mesmo princípio de funcionamento, porém na boca
de dragagem há o equipamento denominado desagregador, que atua na escavação do
solo e formando lama, mistura de água com sedimento, que será succionada pela
bomba e transportada às cisternas ou por recalque diretamente para terra (Vlasblom,
2003).
Desta forma, as dragas com desagregador se tornam mais atrativas, devido a
sua versatilidade (AlfredinI, 2013) e maior rendimento nas operações de dragagem
(Goes Filho, 2004).

4.2. Métodos de mecânico

São caracterizados pela atuação mecanizada dos equipamentos para a remoção


dos sedimentos de fundo.
A dragagem é uma escavação abaixo da água de um depósito de pláceres de
detritos de material rochoso. Normalmente é utilizado em depósitos de baixo teor em
largas áreas superficiais e grande espessura.
draga é montada em uma escavação preparada para isto, que é inundada antes
de começar a lavra. Uma pesada haste metálica (agulha) na polpa do batelão o mantém
fixo num ponto, podendo a draga ter apenas movimentos de rotação em torno dela.
Tipos de dragas mecânicas

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Os equipamentos de dragagem mais conhecidos que utilizam este processo
são: Draga de Alcatruzes (Bucket line Dredge), Draga de Caçamba (Clam-Shell),
Caçamba tipo Mandíbulas (Grab Dredge), Escavadeiras Frontais (Dipper Dredges),
Retro-Escavadeiras (Hoes), Pás de Arrasto (Draglines).

4.2.1. Alcatruzes (Bucket-ladder dredgers)

A draga de Alcatruzes marca o início das operações de retirada de material de


fundo por caçambas de forma contínua (Goes Filho, 2004). Esta é uma draga
estacionária que realiza seu trabalho retirando o material de fundo de forma rotativa
por uma série de caçambas acopladas à estrutura que vai ao fundo. Alfredini (2013)
destaca a importância do trabalho contínuo frente aos outros tipos de dragas
mecânicas, assim como sua alta força de corte, mínima diluição e boa capacidade de
escavação. Por esta draga necessitar auxílio no seu deslocamento e em virtude do
material grosseiro e abrasivo na sua operação, reflete um alto custo na sua manutenção
(Alfredini, 2013). Os limites de profundidade variam de oito a trinta metros
(Vlasblom, 2003).

Figura 4: esquema operacional de uma draga de alcatruzes mostrando o conjunto de caçambas que atuam
continuadamente na remoção do material de fundo. Fonte: Sítio eletrônico www.ihcholland.com.

Vantagens

 Diluição do material dragado não e significante;


 O processo contínuo de escavação permite uma dragagem uniforme, com bom
controle da profundidade;
 Pode ser operado sob condições de ondas moderadas quando dragando as matérias
leves.
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Desvantagens

 Nível de ruido elevado, se comparado com outros tipos de dragas mecânicas;


 Baixa eficiência quando há necessidade de remoção de matérias em baixas
profundidades.

Aplicação

 destaca sua aplicação em quase todos os tipos de solo, desde silte e argila de menor
coesão até rochas com pouca resistência ao impacto da caçamba.

4.2.2. Retroescavadeiras (Backhoes)

As dragas retroescavadeiras não trabalham de forma contínua. Estas possuem


duas formas de atuação, para frente ou para trás, conforme a posição de sua única
caçamba (GOES FILHO, 2004). A retroescavadeira pode ser parte integral da
embarcação ou ser acoplada a ela e depois retirada para outras funções, sendo que este
tipo de equipamento também é utilizado em obras de terraplanagem (IADC, 2014).
Na realização do trabalho, a embarcação é ancorada e seu deslocamento é
auxiliado por outras outras embarcações (Vlasblom, 2003). Vlasblom (2003) define os
limites de profundidade de atuação que variam de 15 a 25 metros.

Figura 5: esquema operacional de uma draga retroescavadeira mostrando o carregamento em uma barcaça e seu
sistema de posicionamento no fundo, através de dois charutos de fixação do flutuante. Fonte: Góes Filho, 2004.

Vantagens

 Facilidade de trabalho em áreas confinadas;


 A aunsecia de ancoras e cabos auxiliares;
 Sua precisão de ancoras no controle e profundidade;
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 Requer pouca mão de obra para operação.

Desvantagens

 O nivelamento final da dragagem pode ser irregular dependendo da habilidade do


operador ou da variabilidade de matérias encontrados no fundo;
 Baixos níveis de produção se comparado com equipamentos em que o processo de
dragagem e relativamente continuo( alcatruzes ou de sucção).

Aplicação
Conforme seus diferentes tamanhos, Vlasblom (2003), destaca a aplicação das
dragas de menores dimensões em áreas portuárias com maiores dificuldades de acesso,
para pequenas quantidades de sedimento a serem removidos, trabalhos nas paredes do
cais onde a caçamba consegue atingir o determinado local de retirada.

4.2.3. Mandíbulas (Grab Dredgers)

A draga de mandíbulas é um equipamento que opera de forma não contínua através de um


guindaste acoplado, onde a caçamba atua verticalmente na retirada de material de fundo
(GOES FILHO, 2004). As caçambas leves (Clamshell) são utilizadas em solos facilmente
desagregáveis e caçambas pesadas (Orange Peel) em solos coesivos (Alfredini, 2013). As
dragas de mandíbulas quando autotransportadoras apresentam um custo maior em função das
exigências de navegação marítima e de despejo do material dragado. A profundidade atingida
depende do comprimento dos cabos do guindaste que leva a caçamba ao fundo (Vlasblom,
2003).

Figura 6: esquema operacional de uma draga de caçamba (Clam-Shell) mostrando o guindaste responsável pela
movimentação da caçamba e os cabos presos ao flutuante que possibilitam o ciclo de corte de dragagem. Fonte:
Góes Filho, 2004

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Vantagens

 As caçambas são mais adequadas para para o trabalho em áreas confinadas como cais
ou em reentrâncias;
 Tem habilidade de trabalhar em trencho estreitos.

desvantagens

 Dificuldade na obtenção de leitos finais nivelados perfeitamente;


 A necessidade de retrabalhos pela baixa precisão e a baixa taxa de produção;
 Taxa de produção e relativamente baixa se comparada com a maioria dos outros
equipamentos de dragagem.

Aplicação
A escavadeira é indicada para trabalhar com sedimentos arenosos (Alfredini,
2013), cascalhos e argila de fácil desagregação (Vlasblom, 2003).

5. IMPACTOS AMBIENTAS

Os impactos ambientais da explotação de recursos minerais marinhos por


intermédio de dragagens são imediatos em diversos níveis, incluindo: a lâmina d’água,
o fundo submarino e seus organismos, a linha de costa e até mesmo sobre as
comunidades costeiras que dependem do mar para sua sobrevivência, uma vez que as
atividades de mineração interferem diretamente com a pesca, a navegação e o turismo.
Os efeitos da dragagem do fundo submarinos sobre os organismos bentônicos
resultam de diferentes processos, dentre os quais:

 a eliminação direta dos na área dragada;


 a mudança na turbidez da água diminuindo sua produtividade e impedindo a
luminosidade de atingir o fundo;
 a modificação do substrato marinho;
 o despejo de rejeitos sobre o fundo submarino, eliminando grande parte da população
bentônica que não tem condições de escapar para a superfície após o soterramento.

6. CONTROLO E MONITORAMENTO

Medidas de controle e monitoramento ambiental são de uso corrente nas áreas


de exploração sendo mais ou menos efetivas, de acordo com a legislação ambiental

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vigente e com a eficiência dos órgãos de controle ambiental dos diversos países que
participam de atividades exploratórias no mar.
Os diversos programas incluem diferentes fases de estudos ambientais durante
o empreendimento, sempre incluindo o diagnóstico, avaliação de impacto e
monitoramento ambiental. A delimitação das áreas de explotação, conservando-se
áreas de maior sensibilidade ambiental e a limitação da extensão dos blocos e do
volume/espessura máxima permitida para explotação, tem sido uma forma comum de
controle definida pela regulamentação ambiental de muitos países (por exemplo África
do Sul, Austrália).

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7. CONCLUSÃO

Os jazigos de pláceres são acumulucoes sedimentares formadas pela concentração mecânica


de minerais detritos de valor económico, incluindo diversos bens metálicos ou pedras
preciosas, originadas a partir da decomposição e erosão de rochas fonte, principalmente
ígneas, mas também de rochas metamórficas e sedimentares.
A explotação dos placeres marinhos vem sendo uma importante atividade de
mineração em muitos países, contribuindo para o fornecimento expressivo de alguns
recursos minerais como a ilmenita, rutilo, zircão, cassiterita, ouro e diamantes.
As obras de dragagem devem ser planejadas com as visões técnica, ambiental e
econômica alinhadas, de forma a minimizar os impactos ambientais negativos
inerentes ao processo. Cada local a ser dragado deve ser caracterizado e identificadas
suas peculiaridades, a fim de se encontrar a draga mais adequada para o serviço com
base nas suas especificações técnicas.

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8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Emery, K.O.& Noakes, L.C., 1968. Economic placer deposits of the continental shelf.
Technical Bull. Economic Comission for Asia and Far East, U.N., 1: 95-110.
Goes Filho, H. A. (2004). “Dragagem e Gestão dos Sedimentos”. Dissertação (Tese de
Mestrado) - COPPE/UFRJ. RJ. Out. 2004
Vlasblom, W. J. (2003). “Introduction to Dredging Equipment”. CEDA. 27 p.
Alfredini, P; Arasaki, E. (2013). Engenharia Portuária: a técnica aliada ao enfoque logístico.
Edgard Blücher, São Paulo/SP, 1290 p.

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