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Nível: 3ᵒ Ano
Turma: A, Diurno
2º Grupo
Tema:
Docente:
Objectivos .................................................................................................................................. 1
Geral:.......................................................................................................................................... 1
Específicos ................................................................................................................................. 1
Maciço Rochoso......................................................................................................................... 2
Descontinuidade ......................................................................................................................... 2
Conclusão................................................................................................................................. 15
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral:
Abordar a caracterização geomecânica dos maciços rochosos
1.1.2. Específicos
Falar dos sistemas de classificação geomecânicas de maciços rochosos
Descrever o sistema de classificação RMR
Descrever o sistema de classificação Q
Descrever o sistema de classificação RQD
Descrever o sistema de classificação Índice Geológico
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2. CARACTERIZAÇÃO GEOMECÂNICA DO MACIÇO ROCHOSO
2.1.Maciço Rochoso
Rocha também pode ser compreendida como materiais sólidos consolidados que compõem o
maciço rochoso, sendo formada por um conjunto de minerais em grande massa ou fragmentos
(AZEVEDO & MARQUES, 2002).
2.1.1. Descontinuidade
Além do conhecimento das características da matriz formadora do maciço rochoso, o
conhecimento das descontinuidades presentes é de fundamental importância, pelo fato de
serem as estruturas de menor resistência e onde provavelmente haverá ruptura ao receber os
esforços da obra (SANTOS, 2015). Essas estruturas consistem no principal fator responsável
pela perda de resistência do maciço rochoso.
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Figure 2 Características das descontinuidades passíveis de observação.
Dentre as características presentes no maciço rochoso, seja ela, matriz formadora ou grau de
alteração, as descontinuidades talvez sejam a principal peculiaridade por estarem ligadas
directamente à resistência e comportamento geomecânico do mesmo, que irá interferir na
estabilidade da obra. Grande parte das rupturas ocorre ao longo desses planos de fraqueza
(JAQUES, 2014).
2.2.Classificação geomecânica
A classificação geomecânica é obtida através da caracterização geomecânica do maciço
rochoso sendo uma etapa importante em projectos de engenharia que envolvam escavações
de rochas e solos, tanto a céu aberto, quanto subterrânea e visa, principalmente, garantir a
segurança das actividades pela aplicação de metodologias para definição do grau de
qualidade do maciço do rochoso.
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também em sistematizar o conjunto de elementos geotécnicos que interessa caracterizar num
determinado maciço rochoso.
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Além desses, algumas outras metodologias também costumam ser utilizadas, como o RQD
(Rock Quality Designation) proposto por Deere (1963), e o GSI (Geological Stress Index)
idealizado por Hoek et al. 1994 (HOEK, 2000).
O GSI é um sistema que permite estimar as propriedades mecânicas dos maciços rochosos,
bem como, a redução da força do maciço para diferentes condições geológicas. O valor do
GSI está relacionado ao grau de facturamento e às condições superficiais das fracturas
(WYLLIE & MAH, 2004).
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Figure 3 Ábaco para obtenção dos valores de GSI.
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2.2.3.2.Sistema RMR (Rock Mass Rating)
Desenvolvido por Bieniawski durante 1972 e 1973, este sistema introduz o termo
classificação geomecânica. Esse sistema foi sendo modificado ao longo dos anos em
decorrência dos estudos de outros casos em engenharia e, por outros autores, foi sofrendo
algumas adaptações.
Cada parâmetro citado acima irá corresponder a um peso referente aos factores que de acordo
com Bieniawski são os maiores determinantes para o comportamento do maciço rochoso. O
resultado final é adimensional, sendo a orientação das descontinuidades um parâmetro de
ajuste. Todos, à excepção da condição das descontinuidades, são atributos quantitativos e são
encontrados a partir de levantamento geotécnico (SANTOS, 2015).
Para a aplicação deste sistema o maciço rochoso é dividido em zonas para classificação
separadamente. Normalmente os limites entre essas subdivisões são as estruturas geológicas
principais, bem como falhas, diques, zonas de cisalhamento ou mudança no tipo de rocha.
Ainda dentro dessas zonas, em regiões de mesma litologia, podem ocorrer casos que seja
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necessária uma nova subdivisão devido a mudanças significativas no espaçamento das
descontinuidades ou características dessas (HOEK, 2000).
Após a divisão do maciço em sectores, os parâmetros para cada região podem ser
determinados pelas medições de campo. Na Tabela 6 os seis parâmetros estão agrupados em
faixas de valores. O sexto e último parâmetro se refere ao ajuste da orientação das
descontinuidades, sendo um factor qualitativo e não quantitativo como os demais. Os valores
para o cálculo do RMR são extraídos dessa tabela. Ao final o maciço rochoso pode ser
classificado segundo cinco classes de maciços. Cada classe possui conjunto de 20 valores,
sendo que o RMR varia entre 0-100 (BIENIAWSKI, 1989).
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Valores
1 Resistência da rocha Compressão <10 4-10 2-4 1-2 Usar compressão uniaxial
intacta (MPa ) punctiforme
Compressão > 250 100-250 50-100 25-50 5-25 1-5 <1
uniaxial
Pesos 15 12 7 4 2 1 0
4 Condições das Superfícies muito rugosas, não Superfícies Superfícies Superfícies Enchimento mole
descontinuidades contínua e sem separação, parede pouco rugosas, pouco rugosas, estreitas ou com espessura
não alterada separação separação polida com >5mm ou separação
<1mm, parede <1mm, enchimento de 1-5mm(contínua)
da rocha paredes da <5mm ou
pouco rocha muito Separação de
alterada alterada 1-5mm
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(contínua)
Pesos 30 25 20 10 0
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Classificação do maciço rochoso
Somatório 100-81 80-61 60-41 40-21 <21
Classe I II III IV V
Descrição da Muito boa Boa Razoável Pobre Muito pobre
rocha
Para Hudson & Harison (1997) o sistema Q é mais complexo de se utilizar do que o sistema
RMR mas, diferentemente deste último, baseia-se na avaliação numérica direta da qualidade
do maciço rochoso por meio de seis parâmetros, agrupados em três quocientes multiplicados
entre si resultando no valor de Q a seguir:
Em que:
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De acordo com Bieniawski (1989), dados os valores de cada um dos seis parâmetros
necessários para a classificação, pode-se interpretá-los na Equação acima da seguinte
maneira:
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V Excelente 90-100
Hoek (2000) lembra que ambos os sistemas utilizam parâmetros de cunho geológico e
geométrico para obter valores quantitativos que resultam na classificação qualitativa dos
maciços rochosos. Além disso, em termos de semelhança, ambos consideram a influência da
água subterrânea e de algum componente das juntas (preenchimento e rugosidade)
influenciando a resistência do material rochoso.
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O mesmo autor ressalta que as principais diferenças entre os sistemas estão nas pontuações
dadas aos parâmetros que são semelhantes em ambos e na utilização de um ou mais
parâmetros de projecto diferentes. As principais diferenças, a saber, são:
1. No caso de rochas competentes, o sistema RMR utiliza a resistência à compressão
uniaxial directamente, enquanto o sistema Q trata da resistência in situ;
2. Ambos os sistemas consideram a geologia e a geometria dos maciços rochosos,
porém com ligeiras diferenças;
3. A influência da orientação das descontinuidades é um parâmetro directo no sistema
RMR, enquanto no sistema Q isso fica implícito na relação entre Jr e Ja, uma vez que
esses parâmetros serão aferidos para a descontinuidade com orientação mais
desfavorável;
4. A maior diferença entre estes sistemas reside no fato de o RMR não possuir um
componente directamente ligado à tensão confinante in-situ.
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3. Conclusão
Após, a elaboração do presente trabalho o grupo concluiu que, para a execução de trabalhos
em mineração é necessário a caracterização dos maciços rochosos, pois, esta permitiram aos
engenheiros conhecerem o material no qual estarão trabalhando e também concluiu que é
importante do uso de classificações geomecânicas como dispositivo na estimativa de
parâmetros relevantes ao maciço rochoso, em casos nos quais não é possível obtê-los em
ensaios de laboratório.
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4. Referências bibliográficas
BIENIAWSKI, Z. T. (1989 ). Engineering Rock Mass Classifications. New York : John
Wiley & Sons .
DEERE, D. U. (1989). Rock Quality Designation (RQD) After Twenty Years. National
Technical Information Service. Gainesville, Florida. 22 p.
Ingeniería geológica / Luis I. González de Vallejo... [et al.]. - Madrid [etc.] : Prentice Hall,
2002.
MESQUITA, J. B. (2008). Maciços Rochosos em Projetos Hidroelétricos: Proposta de
Classificação Geomecânica. Dissertação de Doutorado , Universidade Estadual Paulista ,
Instituto de Geociências e Ciências Exatas , Rio Claro.
WYLLIE, D. C., & MAH, C. W. (2004). ROCK SLOPE ENGINEERING CIVIL AND
MINING (4th Edition ed.).
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