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DIVISÃO DE ENGENHARIA

Curso: Engenharia de Minas

Nível: 3ᵒ Ano

Turma: A, Diurno

Planificação Mineira III

2º Grupo

Tema:

CARACTERIZAÇÃO GEOMECÂNICA DOS MACIÇOS ROCHOSOS

Docente:

MSc: Fernando Elias Jorge

Tete, Março de 2023


Discentes:
Absalão Raul Tembe

Humeide Ibraimo Pedro Nagoli

Nilsa Boaventura Massangaie

Tinache Anold Chibururu

CARACTERIZAÇÃO GEOMECÂNICA DOS MACIÇOS ROCHOSOS

Trabalho de investigação, elaborado


no âmbito da avaliação da cadeira de
planificação mineira III, leccionada no
Instituto Superior Politécnico de Tete,
pelo decente: Msc. Fernando Elias
Jorge

Tete, Março de 2023


Índice
Introdução .................................................................................................................................. 1

Objectivos .................................................................................................................................. 1

Geral:.......................................................................................................................................... 1

Específicos ................................................................................................................................. 1

CARACTERIZAÇÃO GEOMECÂNICA DO MACIÇO ROCHOSO ..................................... 2

Maciço Rochoso......................................................................................................................... 2

Descontinuidade ......................................................................................................................... 2

Classificação geomecânica ........................................................................................................ 3

Sistemas de Classificação Geomecânica de Maciços ................................................................ 4

Objectivos da classificação do maciço rochoso ......................................................................... 4

Sistema GSI (Geological Stress Index)...................................................................................... 5

Sistema RMR (Rock Mass Rating) ............................................................................................ 7

Sistema Q (Tunnelling Quality Index) ..................................................................................... 11

RQD (Rock Quality Designation) ............................................................................................ 12

Correlação entre RMR e Q ...................................................................................................... 13

Conclusão................................................................................................................................. 15

Referencias bibliograficas ........................................................................................................ 16


1. Introdução
Na rotina operacional de minas subterrâneas de metais básicos ou preciosos, a sondagem com
recuperação de testemunhos é um procedimento importante e visa promover um melhor
detalhamento das características do corpo mineralizado. A utilização mais usual dos
testemunhos de sondagem é para a retirada de amostras para análises químicas laboratoriais
de teores, mas estes por sua vez, também podem ser utilizados para classificação
geomecânica tridimensional do maciço rochoso através de métodos geoestatísticos.
Na mineração, em que na maioria das vezes são compreendidos projectos de grande porte,
que lidam com maciços rochosos, e com custeio muito oneroso, a investigação de viabilidade
técnico-económica para extracção segura e rentável do minério é necessária. A caracterização
e classificação do maciço rochoso determinará o caminho a ser seguido no planejamento dos
cortes, de forma a garantir a segurança dos trabalhos. O maciço rochoso é aquele que inclui
além da rocha intacta, as descontinuidades, blocos, água e estado de tensões (JAQUES,
2014).

A caracterização e classificação geomecânica são etapas importantes em projectos de


engenharia que envolvam escavações de rochas, tanto a céu aberto, quanto subterrânea, e visa
principalmente garantir a segurança das actividades através da aplicação de metodologias
para definição do grau de qualidade do maciço do rochoso, que por sua vez, dará subsídios
para definição das metodologias de escavação, dimensões, estruturas de suporte e contenção.
O presente trabalho fala da caracterização geomecânica do maciço rochoso.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral:
 Abordar a caracterização geomecânica dos maciços rochosos
1.1.2. Específicos
 Falar dos sistemas de classificação geomecânicas de maciços rochosos
 Descrever o sistema de classificação RMR
 Descrever o sistema de classificação Q
 Descrever o sistema de classificação RQD
 Descrever o sistema de classificação Índice Geológico

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2. CARACTERIZAÇÃO GEOMECÂNICA DO MACIÇO ROCHOSO
2.1.Maciço Rochoso
Rocha também pode ser compreendida como materiais sólidos consolidados que compõem o
maciço rochoso, sendo formada por um conjunto de minerais em grande massa ou fragmentos
(AZEVEDO & MARQUES, 2002).

De maneira mais completa, o maciço rochoso é um meio sólido descontínuo formado


essencialmente pela rocha intacta e descontinuidades que as cortam, e que compreendem a
água e estado de tensões presente no local. Esses planos de fraquezas (descontinuidades)
podem, tipicamente, se apresentar nas mais diversas escalas, seja em centímetros ou dezenas
de metros (AZEVEDO & MARQUES, 2002).

Figure 1Diagrama ilustrando o efeito escala.

2.1.1. Descontinuidade
Além do conhecimento das características da matriz formadora do maciço rochoso, o
conhecimento das descontinuidades presentes é de fundamental importância, pelo fato de
serem as estruturas de menor resistência e onde provavelmente haverá ruptura ao receber os
esforços da obra (SANTOS, 2015). Essas estruturas consistem no principal fator responsável
pela perda de resistência do maciço rochoso.

As características das descontinuidades que afetam o comportamento geotécnico dos maciços


rochosos, são: orientação, espaçamento, rugosidade, persistência, preenchimento, abertura e
infiltração ou percolação de água (Figura 2).

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Figure 2 Características das descontinuidades passíveis de observação.

Dentre as características presentes no maciço rochoso, seja ela, matriz formadora ou grau de
alteração, as descontinuidades talvez sejam a principal peculiaridade por estarem ligadas
directamente à resistência e comportamento geomecânico do mesmo, que irá interferir na
estabilidade da obra. Grande parte das rupturas ocorre ao longo desses planos de fraqueza
(JAQUES, 2014).

2.2.Classificação geomecânica
A classificação geomecânica é obtida através da caracterização geomecânica do maciço
rochoso sendo uma etapa importante em projectos de engenharia que envolvam escavações
de rochas e solos, tanto a céu aberto, quanto subterrânea e visa, principalmente, garantir a
segurança das actividades pela aplicação de metodologias para definição do grau de
qualidade do maciço do rochoso.

A classificação geomecânica é base de muitas formulações empíricas para o


dimensionamento de escavações, principalmente no dimensionamento de túneis, galerias
subterrâneas e seus respectivos sistemas de suporte e reforço. Consiste, basicamente, em
definir uma nota ou qualidade ao maciço rochoso via cálculo de valores atribuídos aos
parâmetros geológicos e geotécnicos. (Bieniawski, 1989; Brady & Brown, 2004; Hoek &
Brown, 1997).

As classificações geomecânicas são utilizadas para caracterizar os maciços rochosos através


de um conjunto de propriedades identificadas por observação directa e ensaios realizados in
situ ou em amostras recolhidas em sondagens. O interesse destas classificações consiste

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também em sistematizar o conjunto de elementos geotécnicos que interessa caracterizar num
determinado maciço rochoso.

2.2.1. Sistemas de Classificação Geomecânica de Maciços


Os sistemas de classificação constituem-se, portanto, em uma metodologia simples e
objectiva para se classificar os maciços rochosos de complexo comportamento geomecânico,
caracterizando-os a partir das suas propriedades geológico-geotécnicas e zoneando os
domínios geomecânicos em função da sua finalidade para projectos de engenharia.

De acordo com a ABGE (1998), as classificações geomecânicas são muito importantes e


válidas em fase conceitual de projectos, pois constituem uma maneira não onerosa e simples
de se prever o comportamento de maciços rochosos ao serem solicitados, sobretudo, em
projectos de escavações subterrâneas. Neste caso, a classificação pode fornecer uma
estimativa do tempo de auto-sustentação das paredes, os sistemas de suporte adequados, além
da geometria das seções de escavação e da sequência de desmonte.

2.2.2. Objectivos da classificação do maciço rochoso


Segundo Bieniawski (1989) os objetivos da classificação do maciço rochoso são:
 Identificar os principais parâmetros que influenciam o comportamento do maciço;

 Dividir o maciço rochoso em classes de comportamento parecido;

 Fornecer uma base para o entendimento de cada classe;

 Relacionar a experiência de condições da rocha de um local com experiências de


outros locais;

 Obter dados quantitativos e linha de orientação para o projeto de engenharia e;

 Fornecer uma base de comunicação comum entre as pessoas envolvidas no projeto


(engenheiros e geólogos).
2.2.3. Tipos de sistemas de classificação geomecânica
Os sistemas de classificação mais difundidos e conhecidos, atualmente, são o RMR (Rock
Mass Rating) elaborado por Bieniawski (1973) e o sistema Q (Tunneling Quality Index)
proposto por Barton et al. (1974).

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Além desses, algumas outras metodologias também costumam ser utilizadas, como o RQD
(Rock Quality Designation) proposto por Deere (1963), e o GSI (Geological Stress Index)
idealizado por Hoek et al. 1994 (HOEK, 2000).

2.2.3.1.Sistema GSI (Geological Stress Index)


Método de classificação Geological Stress Index (GSI) foi desenvolvido inicialmente para
maciços rochosos homogeneamente fracturados. Desenvolvido por Hoek et al. em 1994,
tinha como objectivo estimar parâmetros para o critério de resistência Hoek & Brown.

O GSI é um sistema que permite estimar as propriedades mecânicas dos maciços rochosos,
bem como, a redução da força do maciço para diferentes condições geológicas. O valor do
GSI está relacionado ao grau de facturamento e às condições superficiais das fracturas
(WYLLIE & MAH, 2004).

5
Figure 3 Ábaco para obtenção dos valores de GSI.

6
2.2.3.2.Sistema RMR (Rock Mass Rating)
Desenvolvido por Bieniawski durante 1972 e 1973, este sistema introduz o termo
classificação geomecânica. Esse sistema foi sendo modificado ao longo dos anos em
decorrência dos estudos de outros casos em engenharia e, por outros autores, foi sofrendo
algumas adaptações.

A classificação geomecânica é baseada no princípio da atribuição de pesos aos seis


parâmetros que Bieniawski considerou contribuírem mais significativamente para o
comportamento dos maciços rochosos, tendo em atenção especial o caso das obras
subterrâneas. O somatório dos pesos atribuídos a cada um destes parâmetros constitui um
índice, usualmente designado por RMR, ao qual corresponde uma das cinco classes de
qualidade de maciços, consideradas pelo autor.

Os parâmetros utilizados são os seguintes:

1. Resistência à compressão uniaxial da rocha intacta;


2. RQD (“Rock Quality Designation”);
3. Espaçamento das descontinuidades;
4. Condição das descontinuidades;
5. Influência da água;
6. Orientação das descontinuidades.

Cada parâmetro citado acima irá corresponder a um peso referente aos factores que de acordo
com Bieniawski são os maiores determinantes para o comportamento do maciço rochoso. O
resultado final é adimensional, sendo a orientação das descontinuidades um parâmetro de
ajuste. Todos, à excepção da condição das descontinuidades, são atributos quantitativos e são
encontrados a partir de levantamento geotécnico (SANTOS, 2015).

Para a aplicação deste sistema o maciço rochoso é dividido em zonas para classificação
separadamente. Normalmente os limites entre essas subdivisões são as estruturas geológicas
principais, bem como falhas, diques, zonas de cisalhamento ou mudança no tipo de rocha.
Ainda dentro dessas zonas, em regiões de mesma litologia, podem ocorrer casos que seja

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necessária uma nova subdivisão devido a mudanças significativas no espaçamento das
descontinuidades ou características dessas (HOEK, 2000).

Após a divisão do maciço em sectores, os parâmetros para cada região podem ser
determinados pelas medições de campo. Na Tabela 6 os seis parâmetros estão agrupados em
faixas de valores. O sexto e último parâmetro se refere ao ajuste da orientação das
descontinuidades, sendo um factor qualitativo e não quantitativo como os demais. Os valores
para o cálculo do RMR são extraídos dessa tabela. Ao final o maciço rochoso pode ser
classificado segundo cinco classes de maciços. Cada classe possui conjunto de 20 valores,
sendo que o RMR varia entre 0-100 (BIENIAWSKI, 1989).

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Valores
1 Resistência da rocha Compressão <10 4-10 2-4 1-2 Usar compressão uniaxial
intacta (MPa ) punctiforme
Compressão > 250 100-250 50-100 25-50 5-25 1-5 <1
uniaxial
Pesos 15 12 7 4 2 1 0

2 RQD (%) 90-100 75-90 50-75 25-50 <25


Pesos 20 17 13 8 3

3 Espaçamento das >200 200-60 60-20 20-6 <6


descontinuidades (cm)
Pesos 20 15 10 8 5

4 Condições das Superfícies muito rugosas, não Superfícies Superfícies Superfícies Enchimento mole
descontinuidades contínua e sem separação, parede pouco rugosas, pouco rugosas, estreitas ou com espessura
não alterada separação separação polida com >5mm ou separação
<1mm, parede <1mm, enchimento de 1-5mm(contínua)
da rocha paredes da <5mm ou
pouco rocha muito Separação de
alterada alterada 1-5mm

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(contínua)
Pesos 30 25 20 10 0

5 Água Influxo por 10m <10 10-25 25-125 >125


subterrânea no comprimento Sem valor
do túnel

Pressão de água 0 <0,1 0,1-0,2 0,2-0,5 >0,5


na junta/
principal maior
Condições gerais Completa Húmido Molhado Gotejando Com fluxo
mente seco
Pesos 15 10 7 4 0

6 Orientação das descontinuidades Muito Favorável Razoável Desfavorável Muito desfavorável


favorável
Túneis e Minas 0 -2 -5 -10 -12
Peso Fundações 0 -2 -7 -15 -25
Taludes 0 -5 -25 -50

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Classificação do maciço rochoso
Somatório 100-81 80-61 60-41 40-21 <21
Classe I II III IV V
Descrição da Muito boa Boa Razoável Pobre Muito pobre
rocha

2.2.3.3.Sistema Q (Tunnelling Quality Index)


Desenvolvido por Barton et al. (1974), o sistema Q é considerado a principal contribuição no
que diz respeito à classificação de maciços pelas seguintes razões: o sistema foi proposto
após a análise de 212 casos históricos de túneis da Scandinávia, é um sistema de classificação
quantitativo, e como sistema de classificação tem a vantagem de predizer o tipo de
sustentação que poderá ser empregada em projectos de engenharia de túneis (BIENIAWSKI,
1989).

Para Hudson & Harison (1997) o sistema Q é mais complexo de se utilizar do que o sistema
RMR mas, diferentemente deste último, baseia-se na avaliação numérica direta da qualidade
do maciço rochoso por meio de seis parâmetros, agrupados em três quocientes multiplicados
entre si resultando no valor de Q a seguir:

Em que:

RQD - valor directo do rock quality designation;

Jn - índice do número de famílias de descontinuidades;

Jr - índice de rugosidade das paredes da descontinuidade;

Ja - índice do grau de alteração e/ou preenchimento das descontinuidades;

Jw - índice referente à condição do caudal de água subterrânea;

SRF - factor de redução do stress.

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De acordo com Bieniawski (1989), dados os valores de cada um dos seis parâmetros
necessários para a classificação, pode-se interpretá-los na Equação acima da seguinte
maneira:

 O primeiro e o segundo parâmetro estão relacionados à estrutura do maciço, de


maneira que o quociente (RQD/Jn) pode ser considerado a medida do tamanho dos
blocos;
 O quociente entre o terceiro e o quarto parâmetros (Jr/Ja) pode ser entendido como a
resistência ao cisalhamento entre blocos (ao longo das descontinuidades), ou seja,
quanto maior o valor de Jr em relação a Ja, maior a influência da rugosidade no
aumento da resistência ao longo do plano de cisalhamento entre os blocos;
 O quinto parâmetro refere-se à medida da pressão (ou caudal) de água, enquanto o
sexto parâmetro refere-se ao estado de tensões: a) em zonas alteradas, b) rochas
competentes – problemas de tensões, c) plastificação de rochas não competentes sob
a influência de altas pressões. O sexto parâmetro está relacionado à influência da
tensão total no intervalo de análise. O quociente (Jw/SRF) descreve a “tensão ativa”
operante no maciço.

2.2.3.4.RQD (Rock Quality Designation)


O RQD foi o primeiro índice quantitativo proposto por Deere (19630 para descrever a
qualidade do maciço rochoso. O objectivo era quantificar a qualidade das rochas obtidas nos
testemunhos de sondagens. Trata-se de uma medida indirecta das descontinuidades. Este
método fundamenta-se na porcentagem de recuperação, levando em consideração apenas
partes do testemunho que tenham mais que 10 cm de comprimento. O somatório dessas
partes dividido pelo tamanho total é o resultado do RQD (MESQUITA, 2008).

A classificação estabelecida por Deere é dada pela Tabela 5 a seguir:

Classe Qualidade da rocha RQD(%)


I Muito ruim <25
II Ruim 25-50
III Regular 50-75
IV Bom 75-90

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V Excelente 90-100

O valor obtido pela equação acima é dependente da orientação e comprimento do testemunho


de sondagem, e por esse motivo algumas variações podem ser encontradas. Apesar disso,
devido a sua simplicidade acaba por se tornar prático em muitos casos.

Figure 4 Cálculo do RQD.

2.2.4. Correlação entre RMR e Q


A partir do estudo de 111 casos históricos de diferentes continentes, vários autores
propuseram correlações entre os sistemas RMR e Q, destacando-se a proposta de
Bieniawski (1976) com a seguinte correlação para projetos de túneis na engenharia civil:

Para escavações mineiras, Abad et al. (1983) chegaram à seguinte correlação:

Hoek (2000) lembra que ambos os sistemas utilizam parâmetros de cunho geológico e
geométrico para obter valores quantitativos que resultam na classificação qualitativa dos
maciços rochosos. Além disso, em termos de semelhança, ambos consideram a influência da
água subterrânea e de algum componente das juntas (preenchimento e rugosidade)
influenciando a resistência do material rochoso.

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O mesmo autor ressalta que as principais diferenças entre os sistemas estão nas pontuações
dadas aos parâmetros que são semelhantes em ambos e na utilização de um ou mais
parâmetros de projecto diferentes. As principais diferenças, a saber, são:
1. No caso de rochas competentes, o sistema RMR utiliza a resistência à compressão
uniaxial directamente, enquanto o sistema Q trata da resistência in situ;
2. Ambos os sistemas consideram a geologia e a geometria dos maciços rochosos,
porém com ligeiras diferenças;
3. A influência da orientação das descontinuidades é um parâmetro directo no sistema
RMR, enquanto no sistema Q isso fica implícito na relação entre Jr e Ja, uma vez que
esses parâmetros serão aferidos para a descontinuidade com orientação mais
desfavorável;
4. A maior diferença entre estes sistemas reside no fato de o RMR não possuir um
componente directamente ligado à tensão confinante in-situ.

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3. Conclusão
Após, a elaboração do presente trabalho o grupo concluiu que, para a execução de trabalhos
em mineração é necessário a caracterização dos maciços rochosos, pois, esta permitiram aos
engenheiros conhecerem o material no qual estarão trabalhando e também concluiu que é
importante do uso de classificações geomecânicas como dispositivo na estimativa de
parâmetros relevantes ao maciço rochoso, em casos nos quais não é possível obtê-los em
ensaios de laboratório.

Realizar a caracterização e classificação geomecânica de um maciço rochoso significa fazer o


levantamento sistemático de todas as litologias da área de estudo, das descontinuidades
existentes, das condições de água subterrânea e o estado de tensões procedendo-se a trabalhos
de campo, ensaios de laboratório, e revisão bibliográfica, visando obter uma valoração de um
conjunto de parâmetros que melhor traduzam as condições geológico-geotécnicas e que serão
utilizados para, de acordo com os critérios do sistema de classificação de maciços adoptado,
definir aspectos qualitativos e quantitativos dos maciços rochosos investigados.

Faz-se necessária a caracterização e classificação de maciços rochosos com vistas a:


identificar os parâmetros mais significativos que influenciam o comportamento dos maciços;
dividir um determinado maciço rochoso em grupos de comportamento similar, ou seja, em
classes de maciços de variadas qualidades; prover uma base para compreensão das
características de cada classe de maciço rochoso.

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4. Referências bibliográficas
BIENIAWSKI, Z. T. (1989 ). Engineering Rock Mass Classifications. New York : John
Wiley & Sons .
DEERE, D. U. (1989). Rock Quality Designation (RQD) After Twenty Years. National
Technical Information Service. Gainesville, Florida. 22 p.

HOEK, E. (2000). Pratical Rock Engineereing. 2007 Edition.Disponível em: <


http://www.rocscience.com/hoek/corner/Practical_Rock_Engineering.pdf > Acesso
em: 14/03/2014.

JAQUES, D. S. (2014). Caracterização e Classificação de Maciços Rochosos da Mina de


Volta Grande, Nazareno, Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de
Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Viçosa.

Ingeniería geológica / Luis I. González de Vallejo... [et al.]. - Madrid [etc.] : Prentice Hall,
2002.
MESQUITA, J. B. (2008). Maciços Rochosos em Projetos Hidroelétricos: Proposta de
Classificação Geomecânica. Dissertação de Doutorado , Universidade Estadual Paulista ,
Instituto de Geociências e Ciências Exatas , Rio Claro.

Practical Rock Engineering / Evert Hoek, 2000 Edition, http://www.rocscience.com

SANTOS, T. B. (2015). Aplicabilidade das Classificações Geomecânicas e Retroanálise


para Estimação das Propriedades dos Maciços Rochosos. Dissertação de mestrado,
Universidade Federal de Ouro Preto , Departamento de Engenharia de Minas , Ouro Preto.

WYLLIE, D. C., & MAH, C. W. (2004). ROCK SLOPE ENGINEERING CIVIL AND
MINING (4th Edition ed.).

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