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3° ANO/PÓS-LABORAL
TURMA: ÚNICA
PLANIFICAÇÃO MINEIRA I
TEMA:
Planificação Mineira I
Suporte em Minas Subterrâneass
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
II. OBJECTIVOS........................................................................................................5
2.1. Geral....................................................................................................................5
2.2. Específicos..........................................................................................................5
III. METODOLOGIA...................................................................................................6
V. CONCLUSÃO.........................................................................................................17
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II. OBJECTIVOS
II.1. Geral
Abordar em torno dos sistemas de suporte em minas subterrâneas.
II.2. Específicos
Abordar sobre a classificação doa suportes;
Abordar sobre as características dos suportes de minas subterrâneas;
Abordar sobre os métodos de dimensionamento de suportes;
Abordar sobre o controle dos riscos na implementação de suportes em minas
subterrâneas.
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III. METODOLOGIA
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IV. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
IV.1. Suporte em minas subterrâneas
IV.1.1. História dos métodos de suporte
Segundo Lane (2018) apud Gomes (2019), as primeiras escavações foram iniciadas na
pré-história, na busca pela ampliação das cavernas. Com o tempo, as civilizações
antigas foram desenvolvendo métodos de abertura de tunais para irrigação ou passagem
de pedestres, como foi feito na Babilônia.
De acordo com Martins (2017), a necessidade de extrair minerais surgiu com o caráter
sedentário e agrícola assumidos pelas civilizações. Muitos tuneis e galerias escavadas
foram suportados com vigas e esteios de madeira, surgindo assim, a necessidade de
desenvolver métodos de sustentação nas cavernas subterrâneas. Na época de colônias na
América do Sul, muitas minas metálicas foram suportadas com arcos de pedra e esteios
de madeira.
A figura 1 ilustra mina da América do Sul suportada com arcos de pedra e esteiros de
madeira.
Segundo SILVA et al., (1998) nos últimos anos as técnicas de suporte em escavações
subterrâneas apresentam uma grande evolução, tendo-se em visa a demanda por
estruturas cada vez mais baratas, resistentes, fácil instalação e que apresentam uma
redução da área escavada.
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Por conta dessa necessidade de grande porte e maior velocidade, Martins (2017), cita
que as pesadas estruturas de aço e espessas de concreto armado não apresentam
vantagens. Segundo o mesmo, surgiram sistemas baseados na ancoragem, que são
constituídos por uma combinação de tirantes, chumbadores, concreto projectado, tela
metálica e algumas vezes cambotas.
Suporte
Segundo Brady & Brown (2006), o termo suporte é amplamente usado para descrever
os procedimentos e materiais usados para melhorar a estabilidade e manter a capacidade
de transporte de carga das rochas perto dos limites das escavações subterrâneas. O
objetivo primário da pratica se sustentação é mobilizar e conservar a forca inerente da
massa rochosa para que ela se torne autossustentável.
De acordo com os mesmos autores, o suporte é a aplicação de uma forca reativa para a
superfície de uma escavação e inclui técnicas e dispositivos como madeira, aterro,
concreto projectado, tela e conjuntos de aço ou concreto ou revestimento.
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A classificação dos métodos de dimensionamento de suportes pode ser classificada por
fatores de segurança e probabilísticos como proposto por Cambulat (2008) apud Costa
& Henrique (2020) ou métodos empíricos ou desenvolvidos com base na experiência da
informação local (RMR, Q, MRMR, gráfico de estabilidade) de acordo com Safe Work
Australia (2011). BARTON & GRIMSTAD (1993) apud Costa & Henrique (2020)
definem relação de suporte de escavação (ESR) em função do uso da escavação e do
fator de segurança.
De acordo com Brady & Brown (2006), foi costume descrever formas de sustentação
como temporárias ou permanentes. Sustentação temporária era suporte instalado a fim
de garantir condições seguras de trabalho durante a mineração. O suporte permanente
era posteriormente instalado, sendo necessário ou não a remoção parcial ou total do
suporte temporário, caso fosse exigido a permanência da abertura por um longo período
de tempo. Atualmente os suportes permanentes são classificados como primário ou
secundário. O suporte primário ou reforço é aplicado durante ou imediatamente após a
escavação, para garantir condições seguras de trabalho durante a escavação subsequente
e para iniciar o processo de mobilização e conservação da resistência da massa rochosa.
Qualquer suporte adicional ou reforço aplicado em um estágio posterior é considerado
secundário ou mesmo terciário.
Os mesmos autores citam outra classificação dos suportes como activos ou passivos. O
suporte activo, descrito como tirante, no caso das ancoragens, impõe uma carga pré-
determinada à superfície da rocha no momento da instalação, sendo geralmente
indispensável quando é necessário sustentar as cargas de gravidade impostas por blocos
de rochas individuais ou por rocha solta. O suporte passivo, não é instalado com um
carregamento aplicado, mas desenvolve as suas cargas à medida que a massa rochosa se
deforma. Tais parafusos, no caso das ancoragens, são denominados cavilhas.
Por outro lado, Silveira (1987) apud Gomes (2019), classifica os suportes quanto a
deformabilidade, sendo eles rígidos e compressíveis. Os denominados rígidos são
susceptíveis de sofrer apenas deformações muito limitadas, de natureza elástica e
plástica dos materiais, constituindo, portanto, estruturas praticamente indeformáveis. Os
suportes compressíveis são caracterizados por deformar intensamente quando as cargas
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a que são submetidas atingirem determinados valores intensamente quando as cargas a
que são submetidos atingirem determinados valores.
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Segundo Silva (2018), é comum que se classifique as estruturas de sustentação
(conforme Silveira, 2005, adaptado por Silva, 2016 apud Boas, 2020) em:
Arcos (Cambotas)
Conforme a definição de Silva (2018), arcos (ou cambotas) são elementos metálicos
curvilíneos instalados, geralmente, com plano normal ao eixo da escavação e utilizados
como contenção passiva, sendo capazes de suportar o peso da rocha fracturada em volta
da cavidade do maciço rochoso.
Podem ser utilizadas com outros elementos de suporte como concreto projectado e telas,
permitindo uma maior segurança à área de trabalho. A sua finalidade é suportar as
cargas do terreno nas primeiras horas após a escavação. São considerados suportes de
alta deformabilidade, mas geralmente são considerados caros.
Telas
Des acordo com Boas (2020), elemento de revestimento composto por uma tela
metálica ou de poliéster que é posicionada e fixada na parede da escavação com o
intuito de garantir sustentação ao maciço rochoso em caso de deformação e impedir o
desprendimento de pequenos fragmentos de rocha.
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Existem diferentes composições e desenhos e são dimensionados de acordo com a
necessidade de cada escavação.
Pode ser aplicado via seca e via úmida se diferenciando pela origem do processo de
preparação da mistura. A via úmida é o processo mais moderno em que a quantidade de
água é dosada e adicionada antes da projeção. Na via seca, a mistura é preparada sem a
presença de água, acrescentando-se este elemento apenas na etapa de lançamento. Deste
modo, a quantidade de água utilizada é definida pelo aplicador.
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Figura 5 – Roboshot Semmco Alpha 2.0.
Fonte: Boas (2020).
Segundo Silva (2018), ancoragem trata-se da introdução rígida (fixação) de barra de aço
(tirante ou parafuso) ou flexível (cabo), em furos previamente executados através das
camadas adjacentes à escavação, com o preenchimento ou não do espação entre a barra
e a parede do furo com argamassa de cimento não retrátil ou com resina.
Haste (Parafuso)
De acordo com Boas (2020) é um conjunto composto por um parafuso metálico que é
utilizado para apoiar a periferia da rocha, firmando-se dentro do terreno, geralmente
com uma porca e uma arruela para sua fixação de maneira isolada ou associada com a
colocação de tela metálica ou outro elemento de suporte.
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Figura 6 – Exemplo de parafuso Splint-Set e seus elementos.
Fonte: Adaptado de Hoek & Wood (1987) apud Gomes (2019).
Segundo Pena (2016) apud Boas (2020), cable bolt ou cordoalha é um cabo metálico
flexível, composto normalmente por fios de aço, sendo um central e contornado por
outros em volta. Esse cabo é instalado no furo das laterais ou teto com cimento, de
acordo com uma malha regular para promover a sustentação dos tetos e laterais de uma
escavação.
Por serem equipamentos flexíveis se apresentam como boas opções de suporte, devido a
versatilidade ao se adequarem a instalações de variados tamanhos independentemente
do espaço disponível.
De acordo com Iannacchione et al., (2007) apud Gomes (2019), uma das questões de
segurança mais importantes em uma escavação subterrânea é a identificação dos riscos
de queda do teto. A fim de reduzir a incidência de acidentes causados por tais quedas.
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Figura 7 – Estrutura geral para avaliação de riscos de queda do teto e gerenciamento de
risco.
Fonte: Adaptado de Iannacchione et al., (2007) apud Gomes (2019).
De acordo com MOSHAB (1999) apud Gomes (2019), onde houver necessidade de
aplicação de sustentação, a avaliação de risco geotécnico deve apresentar as seguintes
informações:
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Há uma variedade de métodos de sustentação disponíveis que podem ser usados
individualmente ou combinação. Os principais métodos para limitar ou controlar
possíveis quedas de rochas são:
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V. CONCLUSÃO
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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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