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MÓDULO 1

• Introdução
• Definição
• Vantagens, Consequências e Objetivos
• Componentes do QA/QC
• Diretrizes Básicas do QA/QC
• QA/QC Manager
• Conceitos Básicos
1
INTRODUÇÃO
PROJETO MINERAL
Fatores que Contribuem para a sua Viabilidade

 Teor da jazida
 Massa/Volume/Caixa (Modelo Geológico Consistente)
 Processo de Beneficiamento do Minério
 Valor de Mercado das Commodities
 Autorização do Governo / Licença Ambiental

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ETAPAS DA ATIVIDADE MINERAL

1000 alvos 100 alvos


15 Depósitos 4 Recursos Minerais 1 Mina
preliminares prioritários

Prospecção Exploração Scope Definição de Estudo Pré- Estudo de Implantação


Operação
Mineral Mineral Study Recursos Viabilidade Viabilidade do Projeto

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo (Anos)

3
INTRODUÇÃO 4

PROJETO MINERAL - Fases de um Projeto


Compreendem as atividades direcionadas à caracterização das
Etapa 1: macro-feições e atributos do potencial geológico, ou seja, a
Levantamentos Básicos infraestrutura geológica. Seu objetivo é identificar e caracterizar
as áreas potenciais e respectivas vocações.
Etapa 2: Corresponde ao conjunto de atividades sistematizadas,
Prospecção Mineral objetivando a descoberta de jazidas minerais.

É a fase de estudo de uma ocorrência mineral já descoberta,


Etapa 3:
objetivando o conhecimento da viabilidade do seu
Exploração Mineral
aproveitamento econômico.

Esta etapa refere-se ao período de maturação do


Desenvolvimento empreendimento e compreende as atividades de implantação
do projeto de aproveitamento econômico da jazida.

Entende-se por lavra, o conjunto de operações coordenadas,


Operação/Lavra objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a
extração das substâncias minerais úteis que contiver, até o
beneficiamento das mesmas.
Projeto Mineral 5

Etapas de Desenvolvimento de um Projeto de Prospecção Mineral

PROGRAMA DE PESQUISA E EXPLORAÇÃO PROSPECTOS DE PESQUISA E


MINERAL - (Etapas 1 e 2) EXPLORAÇÃO MINERAL - (Etapas 1 e 2)
Grande área de pesquisa e exploração mineral, Corresponde a áreas de pesquisa e
pode corresponder a um estado, região do exploração mineral dentro de programas de
pais, ou ainda, uma porção de um estado. pesquisas de pesquisa.

ALVOS DE PESQUISA - (Etapa 3)


Áreas reduzidas dentro de programas ou prospectos de pesquisa, áreas com anomalias
geofísica, geológica e geoquímica, as quais serão detalhadas com campanhas
geológicas.

PROJETOS DE PESQUISA (Etapa 3: Conceitual e Pré-Viabilidade)


Alvo e/ou conjunto de alvos promissores para determinada commodities, ou melhor,
corresponde a uma descoberta, a qual será desenvolvida na forma de um projeto ou
negócio para a empresa.
INTRODUÇÃO
PRINCÍPIO BÁSICO

“A responsabilidade pela qualidade em uma


empresa pública ou privada é de todas as pessoas
que nela trabalham, independentemente do posto
que ocupam, do local onde estejam, ou do serviço
que prestam”.

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INTRODUÇÃO
EXPRESSÕES QUE MATAM NOSSA CRIATIVIDADE

 Estamos muito bem sem isto.


 Nossa! De onde você desenterrou essa ideia?
 Nosso pessoal já tentou antes.
 Ah...! É muito complicado.
 Em time que está ganhando não se mexe.
 Sempre foi assim. Por que vai ser diferente agora?
 Exige muito trabalho, não temos tempo.
 Vamos deixar para depois.
 E se não der certo?
 Isto não funciona.
 Já tivemos essa ideia e não deu certo.
 É muito teórico, na prática não funciona.
 O importante é saber se tem....
 Nossa é muito para a minha cabeça... 7
INTRODUÇÃO
Caso Bre-X

• 10/maio/1996: O preço das ações da Bre-X supera US$ 200.


Empresa tem valor de mercado líquido de mais de US $ 6 bilhões.
• Junho 1996: Bre-X diz que Busang possui recursos de 39 milhões de
onças de Au. Um mês depois a estimativa chega a 47 milhões de
onças de Au.
• 16/fev/1997: Após disputa de 10 meses com o governo indonésio,
Bre-X e Freeport McMoRan chegaram a um acordo para o
desenvolvimento de Busang. Bre-X fica com 45%; Freeport com
15%, o governo indonésio e grupos privados ligados ao governo
ficam com 40%.
• 17/fev/1997: Bre-X divulga nova estmativa, aumentado os recursos
de Busang para 71 milhões onças de Au.

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INTRODUÇÃO
Caso Bre-X

• 19/Fev/1997: Notícias que o depósito de Busang pode conter até


200 milhões onças de Au.
• 12/março/1997: Freeport realiza Due Dilligence e conduz teste
em testemunhos e recupera pequenas quantidades de Au.
Freeport exige reunião com o geólogo chefe do projeto Michael
De Guzman no final do mês para discutir os resultados do teste
em amostra de testemunho.
• 19/março/1997: Michael De Guzman cai de um helicóptero sobre
a selva da indonésia. Há relatos de que foi encontrado uma carta
de suicídio, mas houve rumores de que Michael De Guzman foi
assassinado, ou ainda, pode até mesmo ter forjado a sua própria
morte.

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INTRODUÇÃO
Consequências Imediatas do Caso Bre-X

• Reclamações, insatisfações e baixa das bolsas de valores que


negociavam ações de companhias de mineração;

• Desaceleração de investimentos em pesquisa e exploração


mineral no mundo, fechamento de projetos, etc...

• Revisão severa dos códigos reguladores da mineração;

• Preparação de uma nova regulamentação e recomendações de


melhores práticas.

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INTRODUÇÃO
Consequências Imediatas do Caso Bre-X

• Tendência mundial de auto-regulamentação da indústria


mineral, decorrente principalmente da tentativa de resgatar
sua credibilidade em virtude de fraudes de grande impacto no
mercado e também de recuperar sua capacidade de atrair
capital de risco.

• Regulamentação da declaração pública de recursos e reservas


torna-se mais rígida, requerendo conhecimentos específicos e
experiência profissional cada vez maiores dos auditados e
auditores.

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INTRODUÇÃO
Comentários

• JORC ressalta como princípios fundamentais: transparência,


materialidade e competência.

• As consequências de decisões errôneas ou não-ótimas


embasadas em má informação podem ser enormes e ter sérias
implicações, inclusive legais, não importando, do ponto de vista
da culpabilidade, se houve dolo ou não.

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INTRODUÇÃO
Códigos Minerais após Caso Bre-X

• Canadá: NI-43-101 (National Intrument)

• Austrália: JORC (Joint Ore Reserves Committee)

• Sul África: SAMREC (South African Code for the Reporting of Exploration
Results, Mineral Resources and Mineral Reserves)

• Estados Unidos: SEC (Securities and Exchange Commission)

• Internacional: CMMI-CRIRSCO (Mining and Metallurgical Institutes + Mineral


Resources/Reserves International Reporting Standards Committee) participam
Australia, South Africa, UK, Canada e USA.

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INTRODUÇÃO
A Qualidade na NI 43-101

Toda informação escrita de natureza científica ou técnica


relacionada com projetos mineiros, deve:

• Especificar se uma Pessoa Qualificada verificou os dados nos


quais se baseia essa informação, incluindo a amostragem, as
análises e provas;
• Descrever o programa de garantia da qualidade e as medidas de
controle da qualidade;
• Descrever a natureza e as limitações da verificação;
• Explicar quaisquer deficiências encontradas na verificação.

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QA/QC MANAGER

O QA/QC Manager é um Qualified Person (QP) como definido pela


NI 43-101 e pode ter as seguintes características:

• Pode ser um engenheiro ou geólogo.

• É uma pessoa e não uma empresa.

• Deve ter no mínimo 5 anos de experiência.

• Deve ter experiência relevante no projeto que trabalha;

• Deve ser membro de uma associação profissional.

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QAQC MANAGER - ATRIBUIÇÕES
O QA/QC Manager é responsável por todas as atividades relacionadas ao
QA/QC, incluindo:

• Preparar e certificar padrões e brancos ou pela compra de padrões.


• Selecionar e validar os laboratórios primários e secundários.
• Confeccionar MD’s para contratar laboratórios.
• Inserir amostras de controle de qualidade.
• Supervisionar a amostragem e a composição dos lotes.
• Auditar os laboratórios (preparação física e de análises químicas).
• Validar os lotes analíticos e dar carga no banco de dados.
• Planejar ações corretivas e/ou mitigatórias quando necessário.
• Manter registro de tudo.
• Submeter duplicatas grossas, amostras gêmeas e duplicatas de material
pulverizado.
• Estudar a variância da amostragem.
• Confeccionar o relatório de QA/QC parcial e final do projeto. 16
INTRODUÇÃO
Melhores Práticas - NI 43-101

• QP – Pessoa Qualificada: orientar o projeto e assegurar que os


procedimentos utilizados são replicáveis;
• Modelo geológico consistente;
• QA/QC: resultados dentro dos intervalos de confiança;
• Procedimento de Amostragem;
• Registros e verificação dos dados;
• Sondagem: coordenadas, fiscalização, recuperação, etc..;
• Integridade da amostra;
• Preparação física da amostra: protocolo;
• Análises e testes de laboratórios;
• Armazenamento de testemunhos e rejeitos;
• Interpretações: logs de descrição geológica (muito importante),
seções, etc..
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INTRODUÇÃO
ASPECTOS HISTÓRICOS

• Historicamente, o QA/QC se iniciou no setor industrial na década de 30,


nos EUA, em função do alto índice de refugos (Bell Telephone
Laboratories).

• As ferramentas foram desenvolvidas pelas empresas de telefonia e outros


centros de alta tecnologia (análises de dados oriundos de inspeções e
ênfase na prevenção).

• Inglaterra (1935) – padrões normativos “British Standard BS 600”.

• Catalisador: os americanos na segunda guerra mundial (suprimentos


militares) – produção de suprimentos militares de boa qualidade, em
maior quantidade, com menor custo e menor preço (American War
Standards Z1.1 – Z1.3).
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INTRODUÇÃO
ASPECTOS HISTÓRICOS

• 1946: Problema de qualidade nos produtos japoneses


detectados pelos americanos (telefones) – Japão implantou um
sistema eficiente de controle de qualidade.

• 1949: Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE) criou


um grupo de QA/QC (gerenciamento da qualidade).

• Recentemente, vários outros países perceberam as vantagens


do QA/QC.

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DEFINIÇÃO

O que significa?
QA/QC?
QA?
QC?
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QC: QUALITY CONTROL
CONTROLE DE QUALIDADE

PROCEDIMENTOS OU CONJUNTO DE AÇÕES QUE TEM POR


OBJETIVO FINAL MANTER O NÍVEL DESEJADO DE QUALIDADE
DOS DADOS.
• É adequado se executado ao longo do tempo, ou melhor, durante a
obtenção dos dados de interesse. Caso contrário pode trazer prejuízo a
qualidade dos dados.

• Ele deve ter persistência temporal, para que seus efeitos possam ser
percebidos ao longo da vida do projeto e viabilizar a realização do QA,
inclusive, diminuindo os investimento para levá-lo a cabo.

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QC: QUALITY CONTROL
CONTROLE DE QUALIDADE

Por exemplo:

• Como manter a perda de massa em níveis aceitáveis durante as


operações de cominuição (britagem)?

• Como assegurar que ela não comprometeu a confiabilidade na


integridade da amostra?

• Como quantificar a perda de massa ao longo do tempo?

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QC: QUALITY CONTROL
CONTROLE DE QUALIDADE

COMO ATUA?

Mediante a inserção de amostras de controle


(ferramentas de QA/QC) no fluxo de
amostras.....

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QA: QUALITY ASSURANCE
GARANTIA DA QUALIDADE
CONJUNTO DE PROCESSOS E PRODUTOS QUE TEM POR OBJETIVO
FINAL DEMONSTRAR, COMPROVAR E QUANTIFICAR O GRAU DE
CONFIABILIDADE DOS DADOS.

• Pode ser feito ao longo do tempo ou após o termino da obtenção


dos dados (post-mortem).

• Recomendamos a realização dos QAs ao longo da vida do projeto e


não somente uma avaliação global final.

• Importante ferramenta em auditorias e due diligences.

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QA: QUALITY CONTROL
GARANTIA DE QUALIDADE

COMO ATUA?

Mediante a preparação e implementação de


protocolos de trabalho, orientados a evitar os erros
operacionais, e a minimizar os erros aleatórios e
sistemáticos.

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22
QA/QC - SÍNTESE

QA: Atuar desde o início do projeto sobre as principais fontes de


erros, entender suas influencias, eliminando ou minimizando
seus efeitos.

QC: Monitorar os possíveis erros, quantificar ou avaliar seus


possíveis efeitos e com isso criar medidas corretivas.

QA ===== Prevenção
QC ===== Detecção

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VANTAGENS
CONSEQUÊNCIAS
OBJETIVOS
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POR QUE DEVO FAZER QAQC?

• Em alguns países, o programa de QA/QC é uma exigência


legal (Canadá, Austrália).

• O QA/QC passou a ser elemento obrigatório em auditorias de


estimativa de recursos e classificação de reservas.

• O programa de QA/QC detecta problemas, avalia impactos,


viabiliza ações corretivas e/ou mitigadoras e ajuda a manter os
processos honestos.

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POR QUE DEVO FAZER QAQC?

 Se não houver controle sobre a qualidade dos dados, qualquer


coisa pode acontecer, inclusive o pior.

 Toda a informação gerada tem que ser validada e ter


procedimentos e documentos que comprovem a sua execução
dentro de normas de boa prática.

 Códigos reguladores sugerem que o relatório de QA/QC deve


ser de domínio público.

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POR QUE DEVO FAZER QAQC?

 Dados de boa qualidade, ou melhor, processos sob controle


reduzem riscos e, frequentemente, melhoram a perspectivas do
projeto.

 O desconhecimento da qualidade dos dados pode levar a


riscos mal avaliados, riscos mal avaliados podem terminar em
desastres de toda natureza.

 QA/QC vem se estruturando ao longo do tempo e se


tornando uma das disciplinas mais importantes da indústria,
mas é bom ressaltar que QA/QC não é uma ciência exata.

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O QUE ACONTECE SE NÃO FOR FEITO O QA/QC?

 Péssima impressão para auditores.

 Toda a base de dados fica comprometida.

 Não há confiança nos recursos e as reservas não são provadas.

 Prováveis perdas financeiras e/ou desastres de grandes


proporções.

 Funcionários e colaboradores (consultores) podem ser levados


a tribunais para justificar sua negligência.

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CONSEQUENCIAS
QA/QC E AS PRINCIPAIS FONTES DE RISCOS

• Fator humano: troca de amostras, erros de transcrição (estes devem


ser detectados em tempo real).

• Negligência: contaminação, limpeza ineficiente, perda de amostras,


ausência de registros apropriados, britagem inadequada, quebras de
protocolos, entre outros.

• Incompetência: divisão/quarteamento, pesagem, secagem,


calibrações incorretas, analfabetismo, entre outros.

• Fraude e Sabotagem: falsificação e adulteração de dados e


amostras.

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CONSEQUENCIAS
QA/QC E A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DA EMPRESA

• QA/QC pobre ou a inexistência de QA/QC destila uma imagem


de amadorismo e incompetência.

• Por sua vez, um bom a excelente QA/QC transmite uma imagem


de profissionalismo e competência (imagem de total controle e
alto nível de competência).

• QA/QC se reverte na confiabilidade dos acionistas no


patrimônio da empresa.

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QA/QC É UM DEVER DA EMPRESA

É dever do diretor de uma empresa


assegurar que os dados que servem de
base para decisões corporativas
importantes sejam verdadeiros e
confiáveis.

SELO DE QUALIDADE

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QUAIS SÃO OS OBJETIVOS
PRINCIPAIS DE UM
PROGRAMA DE QA/QC?
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO PROGRAMA DE QA/QC

Evitar o uso de Prover meios de controlar Demonstrar que os


informação de má e assegurar a qualidade e vieses devido aos
qualidade durante os confiabilidade das processos de
trabalhos de construção amostras preparadas e dos amostragem,
do modelo geológico (2D resultados preparação física e
e 3D), estimativa de de análises químicas que análises químicas
recursos e classificação de são obtidos em são desprezíveis ou
reservas de projetos laboratório. aceitáveis e que
minerais. as variâncias neles
geradas são pequenas
em relação a variância
da geologia.

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EM SÍNTESE

Monitorar a precisão
Detectar e corrigir e exatidão dos
erros operacionais resultados químicos

PROGRAMA
DE QA/QC

Quantificar desvios
(vieses) mantendo-os
dentro de níveis
aceitáveis
37
COMPONENTES DO
QA/QC
MONITORAMENTO
CORRETIVO
INFORMATIVO
38
COMPONENTES DO QA/QC

MONITORAMENTO
• As operações são monitoradas e controladas de maneira
proativa.

• Qualquer desvio de padrões pré-estabelecidos (procedimento)


será detectado.

• Como primeiro benefício, o prestador do serviço logo saberá


que está sendo monitorado e ficará mais preocupado em
fornecer resultados de boa qualidade.

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COMPONENTES DO QA/QC

CORRETIVO
 Se qualquer coisa der errado, será detectado a tempo,
permitindo ações mitigatórias, tais como:

• Correção dos efeitos e,


• Eliminação das causas.

 Desse modo, o impacto de problemas na base de dados do


projeto será o menor possível.

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COMPONENTES DO QA/QC

INFORMATIVO
 Corresponde a geração e manutenção de dados que poderão ser
necessários para o estudo de um fenômeno ou evento particular que
passará desapercebido durante muito tempo ou que se julgava
equivocadamente como pouco relevante.

 Abrange também a disponibilização de dados e documentos para


quem quiser verificar por si mesmo a qualidade e integridade de sua
base de dados.

 Envolve ainda, a demonstração inequívoca de que todos os


esforços foram feitos no sentido de prover e utilizar informação de
qualidade no modelamento, estimativa e classificação de
recursos/reservas....

41
DIRETRIZES BÁSICAS DO
QA/QC
DIRETRIZES BÁSICAS DO QAQC

 Formar um grupo de trabalho para definir e/ou avaliar o


programa de QA/QC (Avaliação de Recursos, projeto e
laboratórios).

 Treinar equipes de campo e de laboratórios.

 Implantar o Programa de QA/QC em todos os projetos.

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DIRETRIZES BÁSICAS DO QA/QC

Procedimentos de sondagem e de amostragem de campo


Reunir o
Procedimento de preparação física das amostras (fluxograma).
grupo de
trabalho Elementos químicos a serem analisados e limites de detecção
antes do
início da Métodos de análises químicas.
campanha de
Ferramentas (amostras) de controle de qualidade: duplicatas,
sondagem brancos, padrões.
PARA
DEFINIR: Laboratórios: primário (laboratório de rotina), secundário e
terciário (check lab).

Tratamento dos dados e relatórios mensais ou de


acompanhamento e final de QA/QC.
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DIRETRIZES BÁSICAS DO QA/QC

 Acompanhar e manter o programa de QAQC: avaliação dos


dados, relatórios preliminares, auditorias, reuniões, etc;

 Definir procedimentos de envio de amostras e de recebimento


dos resultados;

 Coletar e certificar padrões de projeto;

 Definir os critérios de inserção de amostras de controle de


qualidade.

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PARTICIPANTES E RESPONSABILIDADES

Equipe de Laboratórios
Campo (Físico/Químico)
Participantes
Responsáveis

Avaliação
De Recursos
Representantes da área de tratamento de minérios e de meio-
ambiente também devem participar, sempre que necessário.
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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

Precisão
Exatidão
Contaminação

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

Repetibilidade
Precisão
Reproducibilidade

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

Precisão: A habilidade de repetir consistentemente os resultados


de uma medida/teste.

Precisão/Repetibilidade: condições onde resultados independentes


de teste são obtidos com o mesmo método, em idêntico material
de teste, no mesmo laboratório, pelo mesmo operador, usando o
mesmo equipamento em curtos intervalos de tempo.

Precisão/Reprodutibilidade: condições onde os resultados de teste


são obtidos com o mesmo método, em material de teste idêntico,
em diferentes laboratórios, com operadores diferentes, usando
equipamentos diferentes.
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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

 A precisão depende apenas da distribuição de erros


aleatórios e não se relaciona com o valor real ou especificado.

 A medida de precisão usualmente é expressa em termos de


imprecisão e computada como um desvio padrão dos
resultados de teste.

 Uma mais alta imprecisão é refletida por um desvio padrão


maior.

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

• Acurácia

• Exatidão

• Vício/Viés

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

ACURÁCIA: a proximidade de concordância entre o resultado de


teste e o valor de referência.
O termo acurácia, quando aplicado a um grupo de observações,
descreve uma combinação de componentes aleatórios e um erro
sistemático comum ou componente de vício.

EXATIDÃO: Proximidade de concordância entre o valor médio


dos resultados de teste e um valor de referência conhecido e
aceito. A medida de exatidão usualmente é expressa em termos
de vicio.

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

Vício/Viés
• É a diferença entre a esperança matemática dos resultados de
um teste e um valor de referência aceito.

• Vício é um erro sistemático, e se contrasta com erro aleatório.

• Pode haver um ou mais componentes de erros sistemáticos


contribuindo para o vício.

• Uma diferença sistemática maior em relação ao valor de


referência aceito é refletida por um valor maior de vício.

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CONCEITOS BÁSICOS DO QA/QC

VALOR DE REFERÊNCIA: é um valor que serve como uma


referência de comum acordo para comparações, e que é obtido
como:

 Um valor teórico ou estabelecido, baseado em princípios


científicos;

 Um valor atribuído, baseado em trabalho experimental


de alguma organização nacional ou internacional;

 Um valor de consenso, baseado em trabalho


experimental colaborativo sob os auspícios de um grupo de
cientistas ou engenheiro.
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PRECISÃO X EXATIDÃO

Exatidão Precisão
Sem Exatidão
Sem Precisão

Sem Exatidão
Exatidão
Precisão
Sem Precisão

Exatidão Média não enviezada

Precisão Variância pequena


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CONCEITOS BÁSICOS DO QAQC

CONTAMINAÇÃO:

• Corresponde a alteração das características composicionais da amostra,


podendo envolver a alteração da concentração de substâncias originalmente
presentes ou ainda a adição e/ou subtração de novos materiais.
• A transferência involuntária de material de uma amostra ou do meio
circundante a outra amostra.

• Pode ocorrer durante:


O processo de preparação física das amostras.
 Britagem primária e/ou secundária.
 Pulverização.
O processo de análises químicas.
 Reagentes.
 Vidros.
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MÓDULO 2

• Introdução à Teoria da Amostragem


• Técnicas de Sondagem
• Amostragem de Campo
• Preparação Física de Amostras
• O que precisa ser controlado

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NOTA IMPORTANTE

As amostras podem apresentar grandes e indesejadas


variações de composição.

Se os procedimentos de coleta de amostras não forem


executados com os cuidados recomendados, essas variações
podem produzir resultados geoquímicos inconsistentes, as
chamadas falsas anomalias.

EVITÁ-LAS É O GRANDE DESAFIO DAS EQUIPES DE


AMOSTRAGEM
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POR QUE FALAR DE AMOSTRAGEM?

Atualmente,
a Amostragem é parte integrante
(fundamental) do Programa de QA/QC

59
59
ENTÃO AMOSTRAGEM É?

Processo de Amostragem
 Pode-se definir amostragem como sendo uma seqüência de operações com o
objetivo de retirar uma parte representativa (densidade, teor, distribuição
granulométrica, constituintes minerais, etc.) de seu universo (população) para a
variável ou variáveis analisadas.

 Esta parte representativa é denominada de amostra primária ou global.

 Desta, pode-se retirar fração (ou frações) destinada(s) a análise ou ensaios de


laboratório.

 Esta fração é chamada amostra final ou reduzida, que deve ser representativa
da amostra global e, portanto, de toda a população.
60
INCREMENTOS DA AMOSTRAGEM

Incrementos são as frações de material retiradas de um todo


(universo), a fim de constituírem a amostra global ou final.

Cada incremento deve possuir aproximadamente a mesma massa


e ser distribuído em relação ao todo, devendo ainda ser tomado o
maior número possível de incrementos, para que se tenha uma
amostra mais representativa (lei das médias).

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O QUE É AMOSTRAGEM? O QUE É AMOSTRA?

Amostra: É uma parte ou porção extraída de um conjunto


(universo) por métodos que permitem considerá-la como
representativa do mesmo conjunto.
Amostragem:
 É a ação de recolher amostras representativas da qualidade ou das
características médias de uma população.

 É a técnica empregada na seleção de amostras representativas de


um todo.
 É a seleção de uma pequena parte estatisticamente determinada
de uma população a fim de inferir o valor de uma ou várias
características desse todo.
62
ERROS DA AMOSTRAGEM

Ao se executar uma amostragem, é improvável que


seja obtida uma amostra com as mesmas
características do material de onde foi retirada.

Isto se prende ao fato de, no decorrer das operações,


haver erros de amostragem, tais como:

63
ERROS DA AMOSTRAGEM

1) Erro de Operação: Está ligado ao operador.


Exemplo: falta de atenção, contaminação, etc.

2) Erro de Segregação: Quando a amostra é constituída por minerais com


significativas diferenças de densidade.
Exemplo: os minerais pesados tendem a separar-se dos menos
densos.

3) Erro de Integração de Incrementos: Devido à coleta de incrementos em


fluxos variáveis.
Exemplo: em um incremento, comete-se erro de segregação.

4) Erro Fundamental: Devido à massa da amostra tomada. Teoricamente a


massa ideal seria aquela que englobasse todo o seu universo. Como é
tomada apenas a parte desse todo, decorre-se em erro.
64
64
NOTA

Excetuando-se o Erro Fundamental, os demais erros poderão


ser evitados, pelo menos minimizados, através do uso de
equipamentos adequados:

 Amostradores automáticos para a retirada de frações da


amostra primária, e
 Homogeneizador/divisor para reduzir a amostra primária
a uma amostra final, com o objetivo de conseguir menor
quantidade de massa, mas que seja a mais
representativa do universo.

65
AMOSTRAGEM DE MINÉRIOS

Amostragem da
Amostragem Estatística
Industria Mineral

Os lotes de amostras são Os lotes de amostras são


compostos por objetos de igual compostos por objetos de pesos
peso diferentes

66
AMOSTRAGEM

Na amostragem estatística, o lote é composto de objetos bem


definidos e que, em geral, contribuem com mesmo “peso” para
os cálculos.
EXEMPLOS:
• Produção de parafusos  bitola;
• Produção de cátodos de cobre  [P];
• Produção de pelotas verdes  resistência.

Na amostragem de minérios fragmentados o lote é composto de


objetos que contribuem com diferentes “pesos” (ou massas) nos
cálculos.

67
O PROBLEMA PRINCIPAL

Como estimar a média de um lote a partir de uma amostra

Lote Amostra

N(ML) n(Ms)
Média: mL Média: ms

68
O PROBLEMA PRINCIPAL

Como estimar a média de um lote a partir de uma


amostra.
Amostragem de Fragmentos

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AS TRÊS GRANDES QUESTÕES DA BOA AMOSTRAGEM

 POR QUE REALIZAR UMA “BOA” AMOSTRAGEM?

 COMO REALIZÁ-LA?

 QUANTO MATERIAL DEVE SER COLETADO?

70
AS TRÊS GRANDES QUESTÕES DA BOA AMOSTRAGEM

Por que?

Uma boa amostragem é importante?

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POR QUE AMOSTRAR?

Praticamente todas as decisões tomadas sobre um projeto


mineiro, desde a exploração ao fechamento da mina, são
baseados em DADOS.

A BASE DE DADOS precisa ser, necessariamente, de QUALIDADE.

Pois a maioria das decisões tomadas, em geral, envolve um


CAPITAL IMENSO (MUITO DINHEIRO).

72
POR QUE AMOSTRAR?

A qualidade deve iniciar na BASE DE


DADOS !!

Então, a base de tudo é a AMOSTRAGEM !!

73
73
POR QUE AMOSTRAR?

Então, praticamente todas as decisões tomadas sobre um


projeto mineiro, da exploração mineral ao fechamento da
mina, são na verdade, baseadas em AMOSTRAS.

As AMOSTRAS, necessariamente precisam ter


QUALIDADE!!

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IMPORTÂNCIA DA AMOSTRAGEM

A importância da amostragem é ressaltada principalmente


quando entram em jogo:

A estimativa de recursos de depósitos minerais,


O controle de processos, em laboratório e indústria, e
A comercialização dos produtos.

Portanto, uma amostragem mal conduzida pode resultar em


prejuízos vultosos ou em distorção dos resultados, de
consequências técnicas imprevisíveis.

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QUAIS SÃO AS FONTES DE INFORMAÇÕES PARA A
ESTIMATIVA DE RECURSOS?

 Dados topográficos (superfícies, colar dos furos);

 Mapeamento geológico;

 Descrição geológica (furos, canais, trado, rocha, etc..);

 Amostragem;

 Análises de laboratório (teor e densidade).

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DO QUE DEPENDE A QUALIDADE DE UMA
ESTIMATIVA DE RECURSOS?

 Fatores geológicos (modelo geológico consistente);

 Amostragem, preparação física e análises;

 Registros e armazenamento dos dados (Organização dos


banco de dados);

 Método de processamento dos dados (Software,


método geoestatístcos).

77
Então
POR QUE AMOSTRAR?

Porque é necessário um Processo de Amostragem correto,


capaz de gerar amostras representativas do universo a ser
amostrado

Assim, ter uma base de dados confiável para tomar


decisões importantes e não correr riscos de perder dinheiro

78
COMO FAZER?

Observar em todas as etapas do protocolo de


amostragem o princípio fundamental introduzido por
Pierre Gy.

“A amostragem deve ser correta”

79
A QUE SE DEVE A NECESSIDADE DE SE
AMOSTRAR?

 Impossível analisar um lote como um todo.

 Necessário efetuar redução da massa inicial.

 Redução não pode ser efetuada de qualquer forma.

80
COMO OBTER AMOSTRAS REPRESENTATIVAS?

 Não é fácil obter amostras representativas;

 Não há como garantir que teremos tal amostra.

 O que podemos estabelecer é o seguinte: um protocolo de


amostragem que produza amostras cujas medidas de interesse
(químicas ou físicas) sejam:

 Representativas de todo o lote, e


 Tão consistentes quanto possível com outras amostras que
sejam obtidas repetindo-se o mesmo protocolo.

81
PROBLEMAS QUE DEVEM SER CONTROLADOS NA
AMOSTRAGEM

1) Tamanho das partículas / Grau de liberação


2) Segregação
3) Extração e integridade da amostra
1) Recuperação de testemunhos
2) Equipamentos e erros operacionais
3) Respeito a integridade da amostra
4) Delimitação da amostra
5) Desenho /Design dos coletores
6) Redução / Divisão da amostra

82
TAMANHO DA PARTÍCULA/GRAU DE LIBERAÇÃO!

Conjunto
Amostra Solução:
 Britar a amostra para
P95% passante a 1 cm e 2mm
(depende da massa).
 Homogeneizar e quartear.

Minério + Canga  Pulverizar a P95% passante


em 0.105mm.
 Quartear e tomar alíquota
para química.

83
TAMANHO DA PARTÍCULA/GRAU DE LIBERAÇÃO!

Tamanho da Diâmetro = ∞
Partícula

In Situ: Geoestatística

Quebrado: Teoria da amostragem de P. Gy

1 mm
Diâmetro = 0
Liberado
84
SEGREGAÇÃO
As partículas mais pesadas tendem a se localizar no
fundo (minério + ganga).
Depende da granulometria, forma e peso das partículas.

Homogêneo Caso geral Segregação máxima

85
SEGREGAÇÃO

Uma receita para diminuir o efeito


da SEGREGAÇÃO é fazer
amostragem por incrementos e
decidir um certo número de sub
amostras para constituir a amostra
primária.

Amostragem por incremento 86


EXTRAÇÃO E INTEGRIDADE DA AMOSTRA

É de vital importância para a


amostragem de minério.

Veja alguns exemplos!!!!!!!

87
87
Recuperação de testemunho na sondagem!

É muito difícil se ter uma situação ideal, na grande maioria das


vezes, trabalhamos em uma situação intermediária entre a
situação correta e a incorreta.

88
EQUIPAMENTOS E ERROS OPERACIONAIS!

Incorreto Correto

D>3dM
dM = Diâmetro da partícula

Divisor Riffle/Jones: mais recomendado e o mais utilizado.


Divisor rotatório: melhor desempenho, reduz o efeito de
segregação.
89
EQUIPAMENTOS E ERROS OPERACIONAIS!

Os Tubos e as pás devem ter uma


abertura adequada ao diâmetro
da amostra.

Errado Certo

Errado Certo
90
RESPEITO A INTEGRIDADE DA AMOSTRA

Utilizar sacos resistentes, com etiquetas interna e externa,


identificação da amostra estampada no saco e,
principalmente, guardá-la em local seguro.

91
DELIMITAÇÃO DA AMOSTRA

A delimitação da amostra está intimamente relacionada com a


representatividade da mesma. É importante uma delimitação
correta...
Certo
Errado

Altura do
banco

A amostra deveria
respeitar a altura do
banco

92
92
DELIMITAÇÃO DAS AMOSTRAS EM FUROS DE
SONDAGEM

93
93
DESENHOS DAS PÁS

As espátulas, pás, etc devem ter um desenho reto, com bordas


laterais, para não perder material.....

Desenho de
uma pá
segundo as
Normas
Japonesas 94
REDUÇÃO / DIVISÃO DA AMOSTRA

Amostragem por
incrementos

Amostra
Amostragem por
Lote
divisão

95
AMOSTRAGEM POR INCREMENTOS

Reserva: S

96
AMOSTRAGEM POR INCREMENTOS

97
AMOSTRAGEM POR DIVISÃO

98
REDUÇÃO / DIVISÃO DA AMOSTRA

Utiliza-se:

 Quarteamento em cruz/cruzeta

 Riffle/Jones

 Divisor Rotatório

 Divisor de Mesa
99
QUARTEAMENTO MANUAL EM CRUZ PILHA CÔNICA

 Quando se tem um pequeno volume de material, realiza-se uma pilha com


a forma de tronco de cone e divide-se em quatro setores iguais.
A seguir, formam-se duas pilhas cônicas, tomando-se, para uma, os setores
1 e 3, e para a outra, os setores 2 e 4.
Caso seja necessário dividir ainda mais a amostra, repete-se a operação com
uma das pilhas. 100
100
QUARTEAMENTO EM CRUZ
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3
C

A B
D
Procedimento correto
- Cone simétrico
- Torta fina e de mesma espessura
- Cruzeta corta toda a torta verticalmente, ao mesmo tempo
-A=B=C=D
- Qual é a amostra final ?

Quarteamento Manual: cruzeta, não garante uma boa


representatividade, não elimina o efeito de segregação. Muito popular,
é usado na grande maioria das vezes por falta de opção e/ou
conhecimento. 101
QUARTEADOR JONES

• No. par de calhas (Pelo menos 12).


• Quanto maior no. de calhas, mais
confiáveis são as amostras obtidas.
• Inclinação das calhas: 45o.
• Calhas com igual largura.
• Largura da calha*: W > 2d + 5 mm
• Material: Aço inox

(*) Muitos fabricantes usam W=3.


Quando usado corretamente, geralmente oferece bons resultados na redução de
massa. 102
REGRAS PARA UTILIZAÇÃO DO JONES

• Usar bandeja e caixas de modo correto.

• Material nem muito seco nem muito úmido.

• Alimentar na linha central com a bandeja adequada.

• Alimentar vagarosamente.

• Treinar vários operadores.

103
CUIDADOS NA DIVISÃO DA AMOSTRA

Divisor Jones

Amostras após
divisão:
Vista superior Bandeja de
alimentação Massas diferentes
Errado 104
CUIDADOS NA DIVISÃO DA AMOSTRA

Divisor Jones

Amostras após
divisão:

Massas aproximadamente
Vista superior Bandeja de
iguais
alimentação
Certo 105
CUIDADOS NA DIVISÃO DA AMOSTRA

A1=A2 A1≠A2 106


DIVISOR ROTATÓRIO COM CALHA VIBRATÓRIA
AMOSTRA DE 2KG

107
DIVISOR ROTATÓRIO COM CALHA VIBRATÓRIA
AMOSTRA DE ATÉ 4KG

108
FORMA DE DIVISÃO DA AMOSTRA

Amostra: Mistura de areia grossa e fina

109
PRECISÃO DA AMOSTRAGEM

Etapas do Processo Precisão Var2

• Amostragem Primária 20% 0.0400


• Split após britagem 13% 0.0169
• Split após pulverização 8% 0.0064
• Analítica 4% 0.0016

0.0648

Erro do Processo: 25.48%

110
QUANTO COLETAR?

Depende da situação específica, mas a Teoria de


Pierre Gy fornece várias ferramentas para
responder essa questão, desde que seja
observada a correção dos procedimentos durante
todas as etapas da amostragem.

111
A FORMULA DE GY

a
Rel. Var = K d / Ms
Onde:
Rel. Var = Variância Relativa
Ms = Massa da amostra em gramas
d = diâmetro máximo de partículas em centímetros (d95%)
K = Constante
a=3
RESOLVE A MAIOR PARTE DOS PROBLEMAS
112
A FORMULA DE GY + D. BONGARÇON

a Onde:
d = K.d /Ms Ms Massa minima da amostra em gramas
Fator de distribuição de tamanho de
particula, o qual usualmente tem valor de
g
0,25. Para distribuição granulométricas em
faixas estreitas, usar g = 0,5

K= c.g.f.l
Dimensão da abertura que retem em media
d
5% de minerio em cm
Faor de forma: 0,2 para forma lamelar
f
(micas e etc) e 0,5 para os demais
Parâmetro de liberação: varia de 0 (não
l
lierado) a 1 (liberado)
Fator de composição, para ouro usar c =
c
densidade/teor em %
Var.Rel 2 Variancia da amostragem

a
d = c.g.f.l.d /Ms
113
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA FORMULA DE GY

Amostragem de frente de lavra em Mina de Au – Teor 0,5 ppm com


erro desejado de 10%
Cálculo da massa ideal para amostra de Au utilizando a Formula de Gy
a
d = c.g.f.l.d /Ms Massa (Kg) 4,17
a
Ms = c.g.f.l.d / d Ms 4167 Gramas
g 0,25
Densidade 19,3 d 0,00086356 cm
c= Densidade/Teor (%)
Teor (%) 0,00005 f 0,5
c 386000 l 1
c 386000
a 2,5
Var. Rel 2 0,01
d (mm) 0,595
Var. Rel 2 10% 114
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

? ?

QUAL A MELHOR FORMA DE AMOSTRAR UMA PILHA


DE UM FURO DE DETONAÇÃO?
115
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM DA CARGA DA CAÇAMBA DA LHD PARA ANALISAR O


TEOR DE Cu DE PRODUÇÃO.
A PÁ AMOSTRADORA É ADEQUADA ? 116
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

COMO AMOSTRAR A CARGA DE UM CAMINHÃO, VAGÃO?


117
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

COMO AMOSTRAR A CARGA DE UM CAMINHÃO DE 10-


20 OU 200 toneladas VISANDO UMA ANÁLISE QUÍMICA
SEM PERDER MUITO A PRECISÃO?
118
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

16 kg de ROM (Minério de
Cu) com top-size de 1 cm
é enviado para análise ou
1m de testemunho.

O quanto é “boa” essa


amostra?

119
QUESTÕES TÍPICAS DA AMOSTRAGEM

120
QUANTO É ANALISADO?

Na verdade, após a preparação física de uma


amostra de 10 kg, provavelmente, menos de
0,004% da massa total será tomada para análises.

121
EM TODA AMOSTRAGEM DEVE SER
ESTABELECIDO O SEGUINTE:

 Objetivo da amostragem

 Definição do lote a ser amostrado

 Dados a serem coletados

 Forma de coleta dos dados

 Grau de precisão desejado

122
LEMBRE-SE

Em toda amostragem deve

ser nomeado

O RESPONSÁVEL PELO PROCESSO

123
ALGUNS ASPECTOS CRÍTICOS DA AMOSTRAGEM

Pierre Gy:

“ Uma amostra é uma órfã sem memória e sem


herança genética ! ”

“UMA VEZ TOMADA, É TARDE DEMAIS !”

124
ALGUNS ASPECTOS CRÍTICOS DA AMOSTRAGEM

Pierre Gy:

“Toda importância é para análise química!”

“Investimentos da ordem de 1000:1 em favor dos


laboratórios de análises!”

125
ALGUNS ASPECTOS CRÍTICOS DA AMOSTRAGEM

Francis Pitard:

“Cálculos geoestatístcos feitos para casos reais mostram


que o impacto de uma amostragem e preparação de
amostras deficientes sobre o controle de teores em
minas, podem custar milhões de dólares a cada ano. E o
pior é que a perda não é percebida !”

126
O VALOR DE UMA DECISÃO

Exemplo: furos de detonação em uma mina a céu aberto.


O material acumulado (detritos da perfuração) pode ser
enorme, o que nos obriga a tomar uma amostra.
Seja um depósito de minério, com densidade de 2,5 t/m3 em
uma malha de perfuração de 10 m x 10 m, com altura de
banco de 15 m, com diâmetro de perfuração igual a 25 cm.

127
O VALOR DE UMA DECISÃO

A quantidade de material acumulado por furo, é:

Vamos encontrar agora o valor econômico que representa uma


decisão baseada em uma amostra de um furo.
Para tanto, vamos calcular a tonelagem que representa uma
amostra assumindo uma área de influência igual a da malha de
perfuração.

128
O VALOR DE UMA DECISÃO

129
O VALOR DE UMA DECISÃO

130
130
ALGUNS ASPECTOS CRÍTICOS DA AMOSTRAGEM

 Os colaboradores mais despreparados são os que trabalham na


amostragem;

 Orçamentos são pequenos demais;

 Laboratórios de preparação de amostras são frequentemente


sub-equipados;

 Supervisão das operações de amostragem é insuficiente.

131
O QUE VOCÊ NUNCA SE DEVE ESQUECER

O objetivo de uma boa amostragem é

Obter amostras representativas e


não enviesadas

132
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS DE AMOSTRAGEM PARA
A INDUSTRIA MINERAL

133
AMOSTRAGEM

Quando começa e quando termina a


amostragem?
Sondagem, Canal, Canaleta...
São amostragens?????

134
AMOSTRAGEM

Sondagem, Canal, Canaleta: São amostragens?????


Não é amostragem, é medição. Portanto, deve ser
tratado por métodos geoestatísticos. O
testemunho representa ele mesmo, os teores
podem variar lateralmente.

135
135
ENTENDER TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO
Amostragem /
Coleta Campo

Britagem

Divisão e Sub-
Amostra Preparação Física das
Amostras
Pulverização

Divisão e Sub-
Amostra

Digestão / Abertura
Química
Análise Química
Análise 136
• Técnicas de Sondagem
• Amostragem de Campo
• Preparação Física de Amostras
• O que precisa ser controlado
137
SONDAGEM ROTATIVA DIAMANTADA

138
SONDAGEM/AMOSTRAGEM

Rotativa Diamantada
Produto

FISCALIZAÇÃO

139
SONDAGEM/AMOSTRAGEM

140
GALPÃO DE TESTEMUNHOS

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E
FISCALIZAÇÃO
141
GALPÃO DE TESTEMUNHOS

Sistema de armazenamento de
testemunhos e reservas de amostras

Local apropriado para execução das


práticas de amostragem e descrição
geológica, dentre outras...
142
AMOSTRAGEM DE TESTEMUNHOS
MINÉRIO DE FERRO

Minério Compacto + Friável Contato entre Minério


Minério Compacto Compacto e Friável

143
SONDAGEM/AMOSTRAGEM (Check List)

O que precisa ser controlado na sondagem?


 Collar do furo (XYZ);
 Levantamento da linha de sondagem;
 Azimute e dip;
 Avanço/recuperação;
 Medidas de desvios;
 Contaminação;
 Armazenamento nas caixas;
 Transporte das caixas para o galpão ou local de descrição.

PROCEDIMENTO DE ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE SONDAGEM


144
GALPÃO DE TESTEMUNHOS (Check List)

O que precisa ser controlado no galpão de testemunhos?


 Receber e conferir caixas de testemunhos;
 Marcar caixas de testemunhos;
 Conferir boletins de sondagem;
 Fotografar testemunhos;
 Descrever geologia e geotecnia;
 Definir os intervalos de amostragem;
 Definir o corte do testemunho;
 Cortar testemunho;
 Amostragem para densidade;
 Amostragem para ensaios granulométricos e químicos.
 Enviar amostras para a preparação física.
PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GALPÃO DE AMOSTRAGEM 145
EXEMPLO DE PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM /
SONDAGEM ROTATIVA

Protocolo:
 Cortar ½ do testemunho (d = 6 cm, peso = 8 kg).
 Secar a 105°C em estufa.
 Britar a amostra para no mínimo 95% passante a 1
cm.
 Homogeneizar e quartear utilizando riffle (reduzir
massa para 4kg).
 Britar para no mínimo 95% passante a 0.2 cm.
 Homogeneizar e quartear utilizando riffle a amostra
para 400g.
 Pulverizar a 95% passante em 0.105mm.
 Quartear e tomar alíquota para química (100g, 50g,
10g).

146
CORTE DE TESTEMUNHO: ½ ou ¼ ?

147
SONDAGEM/AMOSTRAGEM

EXEMPLOS DE PROBLEMAS
RELACIONADOS A AMOSTRAGEM DE
TESTEMUNHOS

148
148
SONDAGEM DIAMANTADA
VANTAGENS E DESVANTAGENS
 Execução e fiscalização: fácil execução e fiscalização, não requer fiscalização em
tempo integral.
 Retorno visual para caracterizar a geologia, geotecnia, densidade, etc...: ótimo,
as descrições geológicas e geotécnicas são viáveis e os produtos são de
qualidade.
 Velocidade: razoável, dependendo do material é possível ter uma produção
diária de 25 a 30 metros.
 Recuperação: muito boa.
 Corte: os testemunhos devem ser serrados.
 Amostragem/Coleta: relativamente fácil, retirar metade direita a cada intervalo
pré estabelecido pelo protocolo de amostragem.
 Custo: dependendo do material, diâmetro de sondagem e profundidade, pode
variar de R$ 500,00 a 2.000,00 / metro linear recuperado.
149
SONDAGEM ROTOPERCUSSIVA
OU CIRCULAÇÃO REVERSA
(RC / FP)

150
SONDAGEM CIRCULAÇÃO REVERSA
Sonda YG-100

151
SONDAGEM CIRCULAÇÃO REVERSA PARA MINÉRIO DE FERRO

152
SONDAGEM CIRCULAÇÃO REVERSA PARA MINÉRIO DE FERRO

Amostra Bruta de 1m (+/-50kg) 153


SONDAGEM CIRCULAÇÃO REVERSA PARA MINÉRIO DE FERRO

154
154
CIRCULAÇÃO REVERSA - PROBLEMAS

Sondagem Sobre Rocha Ultramáfica Intemperizada – Ni Laterítico

Ciclone
155
Caminhão de Apoio
CIRCULAÇÃO REVERSA - PROBLEMAS
Detalhe de uma amostra
recuperada de um
intervalo úmido

Cuidados com a contaminação


A cada mudança de amostra, erguer as ferramentas de
sondagem, “soprar” o ciclone e ao mesmo tempo bater
neste (com marreta) até se certificar que não está sendo
liberado nenhum material pela boca do mesmo. Então
fixar um novo saco plástico na boca do ciclone e
reiniciar a perfuração e coleta da amostra subsequente.
156
CIRCULAÇÃO REVERSA - PROBLEMAS

Detalhe do interior do
ciclone

A cada “manobra” (03 metros = comprimento da haste), além do procedimento


anterior, verificar com a mão o interior do ciclone certificando-se que não há retenção
de material nas paredes internas deste e, caso haja, proceder a devida raspagem e
escovação (se necessário lavagem). Havendo umidade na perfuração, executar o
procedimento anterior nos intervalos de cada amostragem (de metro a metro) 157
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA
AMOSTRAGEM DE CAMPO

As amostras são dispostas em baias. Cada baia contém amostras de


um único furo
158
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA AMOSTRAGEM DE
CAMPO

Amostras com pouca umidade postas ao sol para secar

159
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA AMOSTRAGEM DE
CAMPO

Exemplo de
amostra seca
ao sol, pronta
para passar
para a etapa de
divisão/
quarteamento.

Este procedimento garante uma


melhor performance do processo de
divisão da amostra.
Exemplo de amostra com secagem
irregular, ainda precisará de mais
algum tempo para secar.
160
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA AMOSTRAGEM DE
CAMPO

161
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA AMOSTRAGEM DE
CAMPO

162
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA

EXEMPLO DE ARMAZENAMENTO DE CHIPS PARA DESCRIÇÃO GEOLÓGICA

Minério de Cobre
Minério de Níquel Laterítico

163
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA

EXEMPLO DE ARMAZENAMENTO DE CHIPS PARA DESCRIÇÃO GEOLÓGICA

164
165

SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA


EXEMPLO DE ARMAZENAMENTO
DE CHIPS PARA DESCRIÇÃO
GEOLÓGICA
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA (CHECK LIST)

O que precisa ser controlado no patio de amostragem?


 Receber e conferir as amostras por furo;
 Organizar furos por baias;
 Definir plano de amostragem;
 Secar as amostras ao sol ou em estufa (105°C);
 Executar sucessivas divisões com quarteador tipo riffle
(amostragem);
 Retirar e/ou inserir amostras de controle de qualidade (duplicatas,
brancos padrões);
 Conferir e enviar amostras para a preparação física;
 Retirar material para a descrição geológica;
PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE PATIO/PRAÇA DE AMOSTRAGEM 166
SONDAGEM RC – CIRCULAÇÃO REVERSA
VANTAGENS E DESVANTAGENS

 Execução e fiscalização: fácil execução e difícil fiscalização, é necessário um


fiscal por sonda em tempo integral.
 Retorno visual para caracterizar a geologia, geotecnia, densidade, etc...:
muito ruim, é extremamente doloroso fazer DESCRIÇÃO GEOLÓGICA e
impossível fazer geotecnia.
 Velocidade: para furos rasos até 120m, leva cerca de um turno de trabalho.
 Recuperação: para os metros inicias (os 4 primeiros metros) a recuperação é
de <50%, para os metros seguintes, irá depender do que for interceptado e
da fiscalização.
 Corte: não tem corte de testemunhos.
 Amostragem: é preciso ter redução de massa antes do envio da amostra
para a preparação física. Se a amostra estiver muito úmida, pode haver
contaminação ou má recuperação.
 Custo: baixo em relação a sondagem rotativa (R$300-400/metro), porém,
com fiscal, o preço aumenta consideravelmente.
167
TRADO MECÂNICO

168
SONDAGEM/AMOSTRAGEM

Trado Mecânico

Descrição Geológica 169


AMOSTRAGEM: TRADO MECÂNICO

AMOSTRAGEM: DIVISÃO COM USO DE UM RIFLE (JONES)

170
TRADO MECÂNICO - VANTAGENS E DESVANTAGENS

 Execução e fiscalização: fácil execução e difícil fiscalização, é necessário um fiscal


por sonda em tempo integral.
 Retorno visual para caracterizar a geologia, geotécnica, densidade, etc...: muito
ruim.
 Velocidade: para furos rasos até 15m, cerca de duas horas de trabalho.
 Recuperação: excelente 100%.
 Corte: não tem corte de testemunhos.
 Amostragem: é preciso ter redução de massa no campo, antes do envio da
amostra para a preparação física. Se a amostra estiver muito úmida, pode haver
contaminação e/ou recuperação inadequada.
 Custo: não é baixo, se incluir fiscalização cada metro, pode chegar a R$500,00.

171
171
SONDAGEM ROTATIVA
TRICONE OU AIR FLOW

172
SONDAGEM ROTATIVA AIR FLOW- BAUXITA

173
DESCRIÇÃO GEOLÓGICA E AMOSTRAGEM DE CAMPO

Local de Amostra coletada


armazenagem dos para a
testemunhos após preparação física
sondagem
Testemunho estendido na calha
para descrição geológica e
amostragem
174
SONDAGEM ROTATIVA AIR FLOW VANTAGENS E
DESVANTAGENS
 Execução e fiscalização: Fácil execução e fiscalização, não requer
presença de fiscais em tempo integral.
 Retorno visual para caracterizar a geologia, geotecnia, densidade, etc...:
excelente.
 Velocidade: capaz de executar furos rasos 25 a 30 metros em metade de
um dia.
 Recuperação: excelente, 100% de recuperação. Pode haver problema
com o empolamento.
 Corte: Não requer corte.
 Amostragem: é preciso preparar local adequado e treinar equipes de
amostragem.
 Custo: Dependendo do diâmetro (4” ou 6”) pode alcançar R$700,00 o
metro linear recuperado.
175
PREPARAÇÃO FÍSICA
DAS AMOSTRAS

176
PREPARAÇÃO FÍSICA DAS AMOSTRAS

Deve ser feita segundo as características e necessidades do


PROJETO;

Dados de caracterização mineralógica e química de amostras


do PROJETO são fundamentais para a adequada condução dos
estudos de definição do fluxograma de preparação física;

Na ausência desse, recomenda-se como alternativa


provisória, avaliar rotas utilizadas com sucesso em depósitos
similares e escolher a mais indicada para o PROJETO.

177
177
PREPARAÇÃO FÍSICA DAS AMOSTRAS

Independente do caráter preliminar ou definitivo, todo fluxo de


preparação ou rota deve conter:
Cominuição com percentual passante menor ou igual a 95%;
Controles de granulometria de cominuição, perda de massa e
contaminação nas etapas de britagem e pulverização;
Geração de reservas de material britado e pulverizado;
Retirada de alíquotas de controle em cada etapa de
amostragem.

178
178
EXEMPLO DE FLUXOGRAMA DE PREPRARAÇÃO FÍSICA

Fluxogramas para Fluxogramas para


amostra Global amostra com
Frações

179
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

Lab. De Preparação Física Estufa 105oC Britagem

Divisão Pulverização Divisão

Alíquota Lab. Análises Químicas


10g, 50g 100g 180
FLUXOGRAMA – MINÉRIO DE
FERRO
TESTE PADRÃO
QUATRO FAIXAS
181
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA
Recebimento da amostra: definir Amostra
peso e Secar a amostra em estufa

Pesar

Estufa 105oC

182
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

ESTUFA

183
183
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

Peneiramento Top Size 100% Britador


Automático <31.5mm
>8mm
>8mm
>4mm
>4mm
>1mm
>1mm
>0.15mm
>0.15mm

<0.15mm
<0.15mm

184
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

DIVISOR ROTATÓRIO

185
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

PULVERIZADOR

186
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

DIVISOR DE MATERIAL PULVERIZADO

187
AMOSTRAGEM NO LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA
(Check List)

O que precisa ser controlado no Laboratório de Preparação Física?


 Receber e conferir as amostras;
 Temperatura da chapa;
 Britagem: equipamentos, calibragem...
 Divisão: tipo de equipamento...
 Pulverização: equipamentos, calibragem...
 Divisão final: tipo de equipamento...
 Empacotamento e identificação das alíquotas;
 Amostras de controle de qualidade;
 Envio de amostras para o laboratório de análises químicas;
 Operadores.
188
PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LABORATÓRIO DE PREPARAÇÃO FÍSICA
CUIDADOS NA PREPARAÇÃO FÍSICA DA AMOSTRA

NA COMINUIÇÃO:

 Utilizar equipamentos de baixa velocidade.

 Abaixo da capacidade nominal.

 Cuidado com a contaminação (poeira).

 Evitar perda de material.

 Limpar o equipamento com quartzo, se necessário, e dar


uma demão com rejeitos da próxima amostra.

189
FONTES DO ERRO DE PREPARAÇÃO

• Erro de Alteração:
• Composição química
• Composição física
• Composição mineralógica

• Erro Humano:
• Falta de treinamento
• Fraca manutenção e limpeza

• Fraude ou Sabotagem:

190
ERROS DE PREPARAÇÃO

• Erro de Contaminação:
• Poeira
• Material presente no circuito de amostragem
• Abrasão
• Corrosão

• Erro de Perda de Material Amostrado:


• Finos: cuidado com exaustores !
• Material deixado no circuito de amostragem

191
Exemplo de
Coleta de Amostras
Procedimento Operacional

192
AMOSTRAGEM DE FRENTE DE LAVRA - MINÉRIO DE FERRO

Amostragem de curto prazo


para minério de ferro –
amostragem de trincheira

Bloco de Lavra 50x25x15


Itabirito + corpos de Hematita
– ambos friáveis 193
AMOSTRAGEM DE FRENTE DE LAVRA - MINÉRIO DE FERRO

Minério de Ferro:
Sinter Feed, Pellet Feed e
porções com granulado de
alta Si, além de hematita
compacta e friável.
Equipamento de coleta
é inadequado para o
tipo de minério 194
NOTA IMPORTANTE
Se os objetivos da amostragem for:
1. Definir teor de Fe, Si, Al, P, Mn, etc. da amostra global
2. Definir a curva granulométrica e,
3. Química por faixa

Então:

Recomenda-se:
1. Trocar o equipamento de coleta: utilizar uma pá maior;
2. Fazer amostragem incremental, montar uma pequena pilha fora
da trincheira;
3. Reduzir massa da pilha por incrementos para se obter uma
amostra de massa ideal para o teste padrão (30-50kg);
4. Fazer duplicatas de campo (amostras gêmeas) medir a precisão
da amostragem de campo. 195
Amostragem de Minério de Ferro com uso de um
divisor rotatório de 12 canecas

Fração P95% <31,5mm


Top Size após britagem primária 196
Resultado

Caneca Fe SiO2 Al2O3 P Mn PPC FeO TiO2 CaO MgO Fechamento 19098,42
1 32,30 53,20 0,17 0,044 0,030 0,70 4,01 0,01 0,14 0,49 101,14 1651,11
2 31,80 53,10 0,23 0,043 0,020 0,66 4,02 0,01 0,23 0,53 100,32 1361,75
3 32,20 53,10 0,22 0,043 0,030 0,69 3,46 0,01 0,13 0,47 100,86 1669,61
4 32,40 53,20 0,18 0,041 0,020 0,65 4,67 0,01 0,12 0,40 100,97 1802,24
5 31,70 53,50 0,21 0,041 0,030 0,53 3,67 0,01 0,12 0,44 100,27 1593,37
6 31,90 53,60 0,14 0,042 0,020 0,67 3,36 0,01 0,11 0,47 100,77 1602,32
7 32,10 53,60 0,11 0,043 0,020 0,72 3,46 0,01 0,11 0,47 101,02 1641,28
8 32,10 52,70 0,13 0,045 0,020 0,64 4,30 0,01 0,13 0,48 100,15 1406,30
9 32,50 51,90 0,17 0,044 0,020 0,59 4,01 0,01 0,12 0,53 99,89 1624,19
10 32,20 52,70 0,14 0,042 0,020 0,68 3,58 0,01 0,10 0,48 100,27 1362,59
11 32,30 51,30 0,17 0,039 0,020 0,65 4,13 0,01 0,09 0,38 99,03 1617,80
12 33,10 52,00 0,17 0,045 0,020 0,74 3,61 0,01 0,12 0,54 101,01 1765,86
Média 32,22 52,83 0,17 0,043 0,02 0,66 3,86 0,01 0,13 0,47 100,48 1591,54
SD 0,37 0,74 0,04 0,002 0,00 0,06 0,40 0,00 0,04 0,05 0,61 144,07
RSD 1,1% 1,4% 21,6% 4,2% 20,1% 8,6% 10,3% 0,0% 27,8% 10,4% 0,6% 9,1%

197
198

Amostragem de Canal/Trincheira
Problema: Geometria do canal x Massa da amostra (~1,5 kg)

Amostra G Coleta de material com uso de pá de jardineiro


Amostra F
Amostra E
Amostra D
Amostra C

Amostra B

Amostra A
199
Amostragem de Canal:
Solução: Definir a geometria do canal e coletar todo o
material, independe da granulometria. A massa da amostra
será de 3-4 kg.
Coleta de material com uso de pá de jardineiro
AMOSTRAGEM:
CONSIDERAÇÕES FINAIS

200
AMOSTRAGEM: CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Configura-se como a base da estimativa de teores e parte


fundamental da qualidade dos dados;

 Amostragem representativa é essencial: exata ou não


enviesada e reproduzível;

 Nenhum programa de QA/QC pode reparar as consequências


indesejáveis de uma amostragem mal feita;

 Deve ser feita segundo as características e necessidades do


PROJETO, respeitando-se os fundamentos da MODERNA
TEORIA DA AMOSTRAGEM.

201
AMOSTRAGEM DE TESTEMUNHO DE SONDAGEM
ROTATIVA DIAMANTADA

 Facilmente enviesável, uma vez que a ½ do testemunho nem


sempre retém as mesmas propriedades físicas do testemunho
inteiro;

 Cuidados no corte do testemunho;

 Não se trata verdadeiramente de uma operação de


amostragem, pois não possui variância relacionada a ela (a
metade da amostra representa ela mesma).

202
202
AMOSTRAGEM DE FRAGMENTOS (CHIPS) DE SONDAGEM
DE CIRCULAÇÃO REVERSA

 A PRECISÃO pode ser avaliada através de duplicatas de


campo.

 Para esse fim, tanto o método quanto o equipamento de


amostragem utilizado devem ser corretos (riffle);

 O risco de contaminação aumenta com a presença de


amostras úmidas;

 Recomenda-se efetuar limpeza do ciclone a cada amostra


(quando há umidade) ou a cada manobra (no caso de
amostras secas);
203
AMOSTRAGEM DE MATERIAL BRITADO

 A PRECISÃO pode ser avaliada através de duplicatas de brita.

 Geralmente mais controlada e relativamente melhor feita;

 Salienta-se, contudo, que o quarteamento manual e com


cruzetas não ganharam uma boa representatividade, sendo
melhor utilizado divisores do tipo riffle ou Jones (mais usado)
ou rotatório (melhor desempenho).

204
AMOSTRAGEM DE MATERIAL PULVERIZADO

 Trata-se da parte mais crítica de todo o processo de amostragem,


sendo frequentemente pouco controlada e mal feita;

 Nessa etapa é onde existe a maior probabilidade de segregação física


das amostras;

 É feita manualmente na grande maioria das vezes;

 O material pulverizado abaixo de 100 mesh (0,147 mm) usualmente


não flui bem em divisores.

 Para piorar a situação, tem ainda o fato de que microdivisores são


muito caros, fazem muita poeira e diminui bastante a produtividade;

 Afortunadamente, pesquisadores e fabricantes vêm aplicando


esforços no sentido de prover divisores mais acessíveis, de melhor
qualidade e desempenho.
205
AMOSTRAGEM X QAQC
Então?
Quando devo começar a fazer o QA/QC?
Como devo fazer o QA/QC?

206
MÓDULO 3
• Principais Processos a Serem Controlados
• Elementos de um Programa de QA/QC
• Ferramentas de QA/QC (QA/QC Tools)
• Avaliação dos Dados
• Ferramentas Estatísticas de QA/QC e Critérios
• Técnicas para Detectar Viés
• Definindo um programa de QA/QC
• Conteúdo Mínimo para um bom Programa de QA/QC

207
PRINCIPAIS PROCESSOS A SEREM
CONTROLADOS

• Processo de Amostragem/Coleta de Campo: precisão (erro) da


amostragem;
• Processo de Preparação Física: precisão do
quarteamento/amostragem após britagem primária e/ou
secundária e pulverização e, ainda a contaminação;
• Processo de Análises Químicas: exatidão, precisão e
contaminação.

Estes processos são monitorados usando-se amostras


de controle de qualidade ou ferramentas de QA/QC
inseridas aleatoriamente nos lotes analíticos.
208
PRINCIPAIS PROCESSOS A SEREM
CONTROLADOS

Elementos de um Programa de QA/QC:

 Universais

 Dependentes do Projeto

209
ELEMENTOS UNIVERSAIS

 Controle de perda de massa durante as etapas de


cominuição
 Controle de granulometria durante as etapas de
cominuição
 Controle de contaminação
 Controle de fechamento estequiométrico
 Controle de precisão
 Controle de acurácia e exatidão

210
ELEMENTOS UNIVERSAIS

Controle de perda de massa durante as


etapas de cominuição
 Feito através de ensaios específicos nas etapas de
britagem e pulverização.

 Corresponde a determinação de percentual de massa


não recuperada, realizada em amostras de controle, logo
após as etapas de britagem e pulverização.

211
ELEMENTOS UNIVERSAIS

Controle de granulometria durante as


etapas de cominuição

 Feito através de ensaios específicos nas etapas de britagem


e pulverização.

 Corresponde a determinação do percentual de massa de


fragmentos de dimensão inferior ao tamanho de cominuição
especificado, realizados em amostras de controle, logo após
as etapas de britagem e pulverização.
212
ELEMENTOS UNIVERSAIS

Controle de contaminação:
corresponde a determinação do nível de
contaminação sofrida por uma amostra de
controle (branco) durante a cominuição e
análises químicas.

Controle de fechamento
estequiométrico:
feito através de cálculos específicos para
todas as amostras analisadas.
213
ELEMENTOS UNIVERSAIS

Controle de precisão:
 Verifica a amostragem, preparação e dosagem.
 Utiliza padrões e duplicatas (de campo, material britado e
pulverizado).
 Feito através de amostras de controle de lote distinto e
mesmo lote (cegas).
 Deve ser realizado em todos os laboratórios envolvidos
(primário, secundário, terciário).

Controle de acurácia e exatidão:


 Verifica somente a dosagem.
 Utiliza padrões.
 Deve ser realizado em todos os laboratórios envolvidos
(primário, secundário, terciário).
214
ELEMENTOS DEPENDENTES DO PROJETO

 Controles personalizados (em função dos


erros possíveis)

 Brancos de projeto (padrões especais)

 Re-análises (amostras de controle cegas)

 Questões contratuais específicas (sobre-


limites, por exemplo)

215
FERRAMENTAS DE CONTROLE
DE QUALIDADE (QA/QC)

216
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QAQC)

Ferramenta de Controle:
Precisão/Repetibilidade

217
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

 Amostras Gêmeas (Twin sample)


 Duplicatas de Campo (Field duplicate)
 Duplicatas Grossas ou de Brita (Coarse duplicate or Crush
duplicate)
 Duplicatas de Material Pulverizado (Pulp duplicate)

Estas ferramentas podem ser de mesmo lote / lote distinto


ocultas (blind duplicates), compondo lotes individuais, etc...

218
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Amostras Gêmeas
Sondagem Rotativa: considerar a outra ½ do testemunho
como amostra gêmea ou dividir novamente a ½ do
testemunho, ¼ é a amostra original e o outro ¼ é a amostra
gêmea ou replicata.

Poços e pilhas: nova amostragem incremental próximo da


amostragem original.

Objetivo: estudar a homogeneidade do testemunho ou da


pilha, variabilidade da amostragem a menor distância, trocas
de amostras.

Obs: A coleta da outra metade do testemunho de sondagem rotativa não


configura uma operação de amostragem (cada metade representa a si mesma,
inviabilizando a sua classificação na categoria de duplicatas de campo).
219
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)
Duplicatas de Campo
Sondagem rotopercussiva (Circulação Reversa), poços e pilhas: é o
produto do quarteamento da amostra no campo.
MUITO IMPORTANTE! DÁ UMA IDEIA DA VARIÂNCIA DE TODO O
PROCESSO.
Se o lote for constituído por fragmentos de granulometria variável, o
erro de amostragem, provavelmente será alto.

Objetivo: Estimar a contribuição da variância nos processos de


Amostragem no Campo, Preparação de Amostra e Análise Química
com maior enfoque no controle do quarteamento executado no
campo.

 O ideal é que essas ferramentas sejam inseridas nos lotes analíticos de


forma cega e analisadas pelo laboratório principal junto com as amostras de
rotina.
 Em último caso, podem constituir lotes individuais de duplicatas e analisadas
pelo laboratório primário.
220
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Duplicata Grossa/Brita: duplicata tomada após britagem


primária e/ou secundária durante a etapa de preparação física
das amostras. AVALIA A VARIÂNCIA DA AMOSTRAGEM APÓS
BRITAGEM.

Objetivo: Estimar a contribuição da variância nos processos de


Preparação de Amostra e Análise Química, com maior enfoque
no controle do quarteamento do material britado (P95%).

 O ideal é que essas ferramentas sejam inseridas nos lotes


analíticos de forma cega e analisadas pelo laboratório principal junto
com as amostras de rotina.

 Em último caso podem constituir lotes individuais de duplicatas e


analisadas pelo laboratório primário.
221
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Duplicatas de material pulverizado: duplicatas tomadas após


pulverização final no laboratório de preparação física. AVALIA
A VARIÂNCIA DA AMOSTRAGEM APÓS PULVERIZAÇÃO.

Objetivo: Avaliar a precisão da Análise Química realizada pelo


laboratório primário e identificar possível troca de amostras.

 O ideal é que essas ferramentas sejam inseridas nos lotes analíticos


de forma cega e analisadas pelo laboratório principal junto com as
amostras de rotina.

 Em último caso podem constituir lotes individuais de duplicatas e


analisadas pelo laboratório primário.
222
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Ferramenta de Controle:
Precisão/Reproducibilidade

Duplicatas de material pulverizado


externas (laboratório secundário e
terciário)

223
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Duplicatas Externas ou de check de 5% das análises:


amostra adicional de duplicatas de material pulverizado
enviada para um laboratório secundário e em alguns casos
laboratório terciário ou arbítrio.

Objetivo: Avaliar a precisão da Análise Química em termos


de reprodutibilidade do laboratório primário em relação a
um segundo laboratório reconhecido internacionalmente.

 Essa ferramenta normalmente compõe lotes individuais com cerca de 5%


de padrões e é naturalmente cega, pois é analisada por um laboratório
independente.
 O ideal é manter a mesma metodologia de analises do laboratório
primário.
 O envio dos lotes deve ser quinzenal e/ou mensal.
 Lotes grandes de 100-200 amostras não são recomendados.
224
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Ferramenta de Controle de Exatidão

Uso de material de referência certificado (Padrões) e/ou


check de 5% em laboratório secundário e terciário.

225
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QAQC)

• Padrões Comerciais: padrões certificados adquiridos no mercado.


Geralmente são utilizados no início da campanha de sondagem
enquanto aguarda-se a confecção de padrões com material do
próprio projeto.
• Padrões de Projeto: amostras produzidas sob condições especiais
com material coletado no projeto, analisado por vários laboratórios
(4 a 10 labs). Normalmente utiliza-se três padrões: baixo, médio e
alto teor.
Objetivo: Avaliar a exatidão da Análise Química realizada pelos
laboratórios envolvidos e identificar possíveis trocas de amostras.

 O ideal é que essa ferramenta seja inserida nos lotes analíticos de forma
cega e analisadas pelo laboratório principal junto com as amostras de
rotina.
 Em último caso podem ser inseridas nos lotes individuais de duplicatas e
analisadas pelo laboratório primário e secundário.
226
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Um bom padrão é aquele que teve:

• Boa coleta.
• Boa preparação física (sem contaminação, teste de
homogeneidade, etc.)
• Boa dosagem (análises químicas).
• Boa certificação (tratamento estatístico)

227
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

A coleta deve subsidiar a confecção de:


• No mínimo três padrões (baixo, médio e alto teor)
considerando os teores principais do depósito, tanto para
minério quanto para estéril.
• Padrões com teores próximos a qualquer outra concentração
crítica potencial (p. ex. elementos deletérios).
• Padrões que cubram eventuais ajustes nos procedimentos
analíticos (padrões mistos).
• Padrões cobrindo uma porção substancial da faixa de teores de
qualquer outra substância analisada rotineiramente.

228
CERTIFICAÇÃO DE PADRÕES
BANCO DE DADOS

Laboratórios Contratados 1) Teste de homogeneidade


Lab. A
nas alíquotas do padrão
Lab. B
Lab. C 2) 10 Laboratórios
Lab. D Internacionais
Lab. E
3) 20 alíquotas para cada
Lab. F
Lab. G laboratório.
Lab. H 4) Metodologias diferentes
Lab. I
Lab. J
229
Certificação de Padrões
CMR-SAP-MT
Certificação do Padrão
MRC-SAP-FEBT: Elemento: Ni%
0,800

0,750

0,700
Ni%

0,650

0,600

0,550
Lab. outlier
0,500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Lab. A •


Lab. B•


Lab. G

Lab. H
Lab. C

Lab. D


Lab. E

Lab. F

Lab. J
Lab. I
230
Certificação de Padrões
CMR-SAP-MT

Lab. outlier

231
Certificação de Padrões
CMR-SAP-MT

Lab. outlier

232
CERTIFICAÇÃO DE PADRÕES – TESTE DE
OUTILIER

SiO2%
233
CERTIFICAÇÃO DE PADRÕES

234
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Ferramenta de Controle de
Contaminação

235
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Três tipos principais de brancos:

1) Branco de Projeto
2) Branco de Preparação Física ou de Limpeza
3) Branco de Laboratório Químico (Solução branco,
controle interno do laboratório)

236
FERRAMENTAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE (QA/QC)

Branco de Projeto: material estéril, com as mesmas


características das amostras de rotina. O branco é introduzido
secretamente durante a amostragem e preferencialmente depois
de amostras mineralizadas.

Branco de Preparação Física: amostra de material britado


constituído essencialmente por quartzo é introduzida durante a
preparação física das amostras, preferencialmente, depois da
britagem/pulverização de amostras mineralizados.

237
Ferramentas de QAQC e Freqüência de Inserção

Check Freqüênci
Código Nome Definições e Objetivos
Stage a

LIMPEZA BRP BRANCO DE PROJETO Amostra estéril / Contaminação na preparação física. 5%

Amostra estéril (quartzo) / Contaminação na


LIMPEZA BRL BRANCO DE LIMPEZA 5%
preparação física.
Outra amostra no mesmo local da amostra original /
CAMPO AMG AMOSTRA GÊMEA 2.5%
Efeito pepita? Homogeneidade / heterogeneidade?
Divisão da amostra original no campo (poço, RC,
CAMPO DPC DUPLICATA DE CAMPO trado mecânico) / Precisão (repetibilidade) da 2.5%
amostragem (divisão) no campo.
Divisão após estágio de britagem primária
(P95%<Grid) / Precisão (repetibilidade) da
BRITAGEM DPB DUPLICATA DE BRITA 5%
amostragem durante a etapa de divisão grossa no
lab. de prep. Física.
DUPLICATA DE Divisão após estágio de pulverização final
MATERIAL PULVERIZADO (P95%<.mm). Pode ocorrer no mesmo lote, lote 5%
PULVERIZAÇÃO DPL DE MESMO LOTE distinto ou em lotes individuais / Precisão
(repetibilidade) dos ensaios químicos.

DUPLICATA DE Divisão após estágio de pulverização final


PULVERIZAÇÃO MATERIAL PULVERIZADO (P95%<.mm). Pode ocorrer no mesmo lote, lote
DPD DE LOTE DISTINTO 5%
/ QUÍMICA distinto ou em lotes individuais / Precisão
(repetibilidade) dos ensaios químicos.

DUPLICATA EXTERNA –
QUÍMICA DPS Precisão (reproducibilidade) dos ensaios químicos. 5%
LAB. SECUNDÁRIO
DUPLICATA EXTERNA –
QUIMICA DPT Precisão (reproducibilidade) dos ensaios químicos. 2.5%
LAB. TERCIÁRIO

QUIMICA PD PADRÃO Material de referencia certificado / Exatidão analítica. 5% 238


Avaliação dos Dados

239
AVALIAÇÃO DOS DADOS
Precisão da amostragem e do Laboratório Primário:
• Na amostragem, através das duplicatas de campo;
• No quarteamento, após britagem e pulverização (preparação física), através das
duplicatas de brita e de material pulverizado;
• Nas analises químicas, através das duplicatas de material pulverizado.

Exatidão do Laboratório Primário:


• Através dos padrões (Lab. Primário versus Valor de Referência);
• Através de duplicatas externas (Lab. Primário versus Lab. Secundário).

Contaminação do Laboratório Primário:


• Durante a preparação física, através dos brancos;
• Durante as análises químicas, através dos brancos de laboratório.

Precisão, exatidão e contaminação do Laboratório Secundário e Terciário:


• Nos lotes de controle, através da inserção de duplicatas, padrões e brancos.
240
AVALIAÇÃO DOS DADOS

Dois tipos de análise de dados:


• Lote a lote (QC, diário): procura por erros operacionais
e analíticos, lotes rejeitados.

• Global (QA, mensal...): verifica se existem tendências


(vícios) nas análises, qualifica e quantifica vieses, mede
o desempenho dos laboratórios envolvidos.

241
Ferramentas Estatísticas
e Critérios
(limites de confiança)

242
FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS

Antes de tudo, faz-se necessário destacar que ferramentas


estatísticas automáticas de QAQC podem trazer algum
risco associado caso não sejam previamente avaliadas.

A probabilidade e estatística fornecem a base para o


tratamento correto dos dados de QAQC, sendo, juntamente
com a amostragem e a química analítica, uma das
disciplinas que constituem o alicerce do controle da
qualidade (QAQC).

243
FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS
• Primeira coisa: cartas de controle (CONTROL CHART), média
móvel, diferença relativa.

• Comparações de teores: scatter diagrams, curvas de


precisão, cálculos de precisão, teste estatísticos.

• Histogramas para os dados de padrões.

• Estudo do viés: alguns precisam ser estudados


estatisticamente.

• Outliers: para dectá-los são necessários 20-30 amostras


para detectar outilier.

“É FUNDAMENTAL VISUALIZAR TODOS OS DADOS ANTES DE QUALQUER


CÁLCULO”
‘FERRAMENTAS AUTOMÁTICAS INDUZEM ERROS DE INTERPRETAÇÃO”
“PENSE SEMPRE EM PREVENIR, DETECTAR E CORRIGIR PROBLEMAS” 244
CRITÉRIOS – CONTROLE DE
GRANULOMETRIA E MASSA

• Controle de granulometria:
Lote a Lote: recomenda-se que a recuperação de massa no
passante deva ser igual ou superior a 95%.
Global: O percentual de ensaios aceitos na avaliação lote a lote
seja maior ou igual a 90%, e a media das recuperações de massa
no passante seja igual ou superior a 95%.

• Controle de perda de massa:


Lote a Lote: recomenda-se que a recuperação de massa no
passante deva ser igual ou superior a 95%.
Global: O percentual de ensaios aceitos na avaliação lote a lote
seja maior ou igual a 90%, e a media das recuperações de massa
no passante seja igual ou superior a 95%. 245
EXEMPLO DE GRÁFICO DE CONTROLE DE
GRANULOMETRIA E MASSA

Projeto X - Laboratório Y

246
EXEMPLO DE GRÁFICO DE CONTROLE DE
GRANULOMETRIA E MASSA

Projeto X – Laboratório Y

247
OBSERVAÇÃO:
LIMITE DE DETECÇÃO (DL)

Definição: É o valor mínimo que se detecta com


um dado grau de confiança.

No limite de detecção, uma variedade de efeitos é


ampliada, citando-se: “ruídos” ou instabilidade ,
perdas durante a extração, etc...

Por causa desses efeitos, a incerteza relativa


associada com o resultado tende a aumentar.

248
CRITÉRIO DUPLICATAS INTERNAS
LOTE A LOTE

Duplicatas de Polpa Scott Long: “Rule of thumb”

Avaliação da precisão analítica lote a lote

0,5 x (Dup1+Dup2) > 15 x DL (Abs(Dup1 - Dup2)/0,5*(Dup1+Dup2))x100 < 10%

DADO ACEITÁVEL

0,5 x (Dup1+Dup2) < 15 x DL (Abs(Dup1 - Dup2)  2 x DL

DADO ACEITÁVEL
249
DUPLICATAS DE MATERIAL PULVERIZADO

250
DUPLICATAS DE MATERIAL PULVERIZADO

251
CRITÉRIO DUPLICATAS INTERNAS
LOTE A LOTE

• Duplicata de campo/Amostra gêmea:


• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença absoluta deve ser menor ou igual a 4 vezes o
limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior ou igual a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença relativa deve ser menor do que 30%.

• Duplicata de material britado:


• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença absoluta deve ser menor ou igual a 3 vezes o
limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior ou igual a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença relativa deve ser menor do que 20%.

• Duplicata de material pulverizado:


• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença absoluta deve ser menor ou igual a 2 vezes o
limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior ou igual a 15 vezes o limite inferior de
quantificação, a diferença relativa deve ser menor do que 10%.
252
CRITÉRIO DUPLICATAS INTERNAS
GLOBAL
• Duplicata de campo:
• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de quantificação, o
percentual de pares aceitos seja igual ou superior a 90% e média das diferenças
absolutas seja inferior ou igual a 4 vezes o limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior a 15 vezes o limite inferior de quantificação, no
mínimo 90% dos pares com diferença relativa menor do que 30%.
• Duplicata de material britado:
• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de quantificação, o
percentual de pares aceitos seja igual ou superior a 90% e média das diferenças
absolutas seja inferior ou igual a 3 vezes o limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior a 15 vezes o limite inferior de quantificação, no
mínimo 90% dos pares com diferença relativa menor do que 20%.
• Duplicata de material pulverizado:
• Para pares com média menor a 15 vezes o limite inferior de quantificação, o
percentual de pares aceitos seja igual ou superior a 90% e média das diferenças
absolutas seja inferior ou igual a 2 vezes o limite inferior de quantificação.
• Para pares com média maior a 15 vezes o limite inferior de quantificação, no
253
mínimo 90% dos pares com diferença relativa menor do que 10%.
CRITÉRIO DUPLICATAS INTERNAS
GLOBAL

• Diferença Relativa: Critério Global


Se 90% dos pares apresentarem Diferenças
Relativas Absolutas:

254
CRITÉRIO DUPLICATAS INTERNAS
GLOBAL

Desvio Padrão Relativo

Quanto menor for o Desvio Padrão Relativo, melhor a


precisão, quanto maior, pior a precisão.
Valor aceitável < 10%
Nunca calcular precisão entre laboratórios;
Se houver viés, não calcular precisão.

255
FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS PARA AVALIAR PRECISÃO
ATRAVÉS DAS DUPLICATAS

 Scatter plots
 Curva de precisão
 Cálculo do desvio padrão
 Gráfico de barras com desvio padrão relativo
 Desvio padrão relativo móvel
 Diferença relativa versus percentual acumulado

256
SCATTER PLOT - DUPLICATAS

Linha 45o

DRP = 10%

DRP = 20%
Duplicata

DRP = 30%

Original
257
SCATTER PLOT - DUPLICATAS

Linha 45o

DRP = 10%

DRP = 20%
Duplicata

DRP = 30%

Original
258
SCATTER PLOT - DUPLICATAS

Linha 45o

DRP = 10%
Duplicata

DRP = 20%

DRP = 30%

Original
259
EXEMPLO: DUPLICATAS INTERNAS
LIMITES GLOBAIS – CU% E AU G/T

Projeto X Projeto X
Alvo A – Precisão das Análises Químicas Alvo A – Precisão das Análises Químicas
Campanha 2004 Campanha 2004
Amostras Duplicatas

Amostras Duplicatas
Cu (%)

Au ( g / t )

Cu (%) – Analises Originais Au ( g/t ) – Analises Originais

Dados Linha 45º Amostras recusadas Dados Linha 45º Amostras recusadas

260
EXEMPLO: DUPLICATAS INTERNAS (PULVERIZADO)
LIMITES GLOBAIS – CL PPM

Projeto Y
Alvo A – Precisão das Análises Químicas - Campanha 2000/2001

Dados Linha 45º Amostras recusadas 261


EXEMPLO: DUPLICATAS INTERNAS
LIMITES GLOBAIS – AL2O3 TOTAL

262
EXEMPLOS DE GRÁFICOS DE DUPLICATAS: SIO2%

Check de Precisão Duplicatas de Brita 04”

263
EXEMPLOS DE GRÁFICOS DE DUPLICATAS: SIO2%

Check de Precisão Duplicatas de Mat. Pulverizado

264
EXEMPLO: DUPLICATAS DE MATERIAL
PULVERIZADO (MESMO LABORATÓRIO)

265
EXEMPLO: DUPLICATAS DE MATERIAL
PULVERIZADO (MESMO LABORATÓRIO)

Programa de Controle de Qualidade - Projeto XXX Programa de Controle de Qualidade - Projeto XXX
Campanha de Sondagem PETO Campanha de Sondagem XXX
Duplicatas Internas: Lab. XXX Duplicatas Internas: Lab. XXX
40,00 2,50

35,00

2,00
30,00

Ni (%) Duplicata
MgO (%) Duplicata

25,00
1,50

20,00 Amostras Recusadas Amostras Recusadas

7,37% 1,00
11,58%
15,00
RSD% RSD%

10,00 3,46% 3,05%


0,50

5,00

0,00 0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50

MgO (%) Original Ni (%) Original


DP's Linha 1:1 Avaliar 10% -10% DP's Linha 1:1 Avaliar 10% -10%

266
CURVA DE PRECISÃO – DUPLICATAS

15 x Limite Duplicatas de
50
Material
DRP = [(OR-DP)/Média] x 100 (%)

Inferior de
Detecção Pulverizado
30

DRP = +10%
10

-10
DRP = -10%

-30

-50

Teor Médio (OR:DP) 267


Curva de Precisão – Duplicatas

268
EXEMPLO DE CURVA DE PRECISÃO
QA GLOBAL – DUPLICATA DE CAMPO

269
EXEMPLO DE CURVA DE PRECISÃO
QA GLOBAL – DUPLICATA DE CAMPO
Projeto X – Laboratorio Y
Duplicatas de Material Pulverizado / Elemento: As ppm

270
EXEMPLO DE CURVA DE PRECISÃO
QA GLOBAL
DUPLICATA DE MATERIAL PULVERIZADO

Projeto X – Laboratório Y
Duplicatas de Material Pulverizado
Elemento:F ppm

271
Cálculo dos Desvio Padrão Relativo

Diferença Relativa: |A-B|/0.5*|A+B| <30%, < 20% e <


10% (campo, brita ou pulverizado)

• Passo 1: Calcular variância relativa;


Var. Rel. = Variância [(|A-B|/0.5*|A+B|)/2]

• Passo 2: Calcular desvio padrão absoluto:


Desvio Padrão Relativo = RAIZ (Var. Rel.)

• Passo 3: Calcular desvio padrão:

Desv.Pad*100 = Desvio padrão relativo (DPR) = PRECISÃO

272
PRECISÃO: GRÁFICO EM BARRAS COM DESVIO
PADRÃO RELATIVO MÉDIO – QA GLOBAL

273
PRECISÃO: DESVIO PADRÃO RELATIVO MÓVEL –
DUPLICATAS DE MATERIAL PULVERIZADO – QA
GLOBAL – ELEMENTO NI% (FUSÃO/ICP)

274
PRECISÃO: DESVIO PADRÃO RELATIVO MÓVEL
DUPLICATAS DE MATERIAL PULVERIZADO – QA
GLOBAL – ELEMENTO AU G/T (FUSÃO/ICP)

Projeto X – Precisão da Análise Au g/t Au_ICP21


Laboratorio X: Periodo 2009.

275
PRECISÃO: DESVIO PADRÃO RELATIVO MÓVEL
DUPLICATAS DE MATERIAL BRITADO – QA GLOBAL
ELEMENTO AU G/T (FA/AA)

276
PRECISÃO: DESVIO PADRÃO RELATIVO MÓVEL
DUPLICATAS DE MATERIAL BRITADO
ELEMENTO AU G/T (FA/AA)

277
PRECISÃO: DIFERENÇA RELATIVA VS.
PERCENTUAL ACUMULADO

278
PRECISÃO: DIFERENÇA RELATIVA VS.
PERCENTUAL ACUMULADO

279
Alguns
Exemplos de
Aplicação

280
EXEMPLO DE ESTUDO DE PRECISÃO
QA GLOBAL – DUPLICATA DE CAMPO AL2O3%

Check de Precisão - Duplicatas de Campo


DP1: Al2O3%

Exemplo de estudo de
precisão
Amostras Aceitas:
96,70%
QA global – Duplicata de
Amostras Campo
Recusadas:
3,30% Al2O3%

Check de Precisão - Duplicatas de Campo:


Al2O3%

281
Exemplo de estudo de precisão
QA Global – Duplicata de Campo Al2O3%
Check de Precisão - Duplicatas de Campo: Al2O3%

Check de Precisão - Duplicatas de Campo: Al2O3%

282
EXEMPLO DE ESTUDO DE PRECISÃO
QA GLOBAL – DUPLICATA DE CAMPO SIO2 %
REATIVA

283
EXEMPLO DE ESTUDO DE PRECISÃO
QA GLOBAL – DUPLICATA DE CAMPO SIO2 % REATIVA

284
EXEMPLO DE QAQC DE PROJETO DE FERRO – DUPLICATAS DE
MATERIAL PULVERIZADO – LABORATORIO INTERNO

285
EXEMPLO DE QAQC DE PROJETO DE FERRO – DUPLICATAS DE
MATERIAL PULVERIZADO – LABORATORIO INTERNO

Duplicatas de material Elementos


Total de Pares Pares Percentual de
Pares Aceitos Rejeitado Pares
pulverizado de lotes FeT% - FRX 301 263 38 13%
distintos. SiO2% - FRX 301 253 48 16%
Critério Global Al2O3% - FRX 301 255 46 15%
Mn% - FRX 301 253 48 16%
P% - FRX 301 253 48 16%
TiO2% - FRX 301 243 58 19%
LOI% - FRX 301 164 137 46%
FeT% - VU 301 265 36 12%
FeO% - VU 301 200 101 34%

Duplicatas de material
pulverizado de lotes Elementos
Desvio Padrão Relativo
distintos. (% )
Desvio padrão relativo
FeT% - FRX 1,8%
médio - Precisão dos SiO2% - FRX 2,7%
Ensaios Químicos Al2O3% - FRX 4,3%
Mn% - FRX 4,9%
P% - FRX 5,1%
TiO2% - FRX 5,4%
LOI% - FRX 10,0%
FeT% - VU 2,1%
FeO% - VU 14,4%
286
EXEMPLO DE QAQC DE PROJETO DE FERRO – DUPLICATAS
DE MATERIAL PULVERIZADO – LABORATORIO INTERNO

287
EXEMPLO DE QA/QC DE PROJETO DE OURO – DUPLICATAS 288
DE CAMPO, BRITA E MATERIAL PULVERIZADO –
LABORATORIO INTERNO

Problema: Geometria do canal x Massa da amostra (~1,5 kg)

Amostra G Coleta de material com uso de pá de jardineiro


Amostra F
Amostra E
Amostra D
Amostra C

Amostra B

Amostra A
EXEMPLO DE QA/QC DE PROJETO DE OURO – DUPLICATAS
DE CAMPO, BRITA E MATERIAL PULVERIZADO –
LABORATORIO INTERNO

Processo RSD SD Var2 Soma (Var2) Erro do Processo


Amostragem de Campo 36,37% 0,364 0,132
Split P75% < 2mm 21,63% 0,216 0,047 0,201 44,86%
Split P75% < 0,07 mm 14,90% 0,149 0,022

289
Precisão/Reproducibilidade
Entre Laboratórios…
Serve também como controle de
exatidão

290
CRITÉRIO DUPLICATAS EXTERNAS

Duplicatas Externas

Utilizar scatter plot: Lab A x Lab B para os principais


elementos.

QC Lote a Lote:

Na avaliação lote a lote, considera-se apenas os resultados


de pares com média maior ou igual a 15 vezes o limite
inferior de quantificação.

A diferença relativa deve ser menor ou igual a precisão


média dos dois laboratórios.

QA Global: A diferença relativa das médias entre os dois


laboratórios seja inferior a 4%
291
EXEMPLO 1 – DUPLICATAS EXTERNAS

1. Fazer Scatter plot entre os


resultados do Lab. A e Lab. B.
2. Calcular viés entre os labs.
3. Interpretar os resultados.

292
EXEMPLO 1 – DUPLICATAS EXTERNAS

Dif. Rel. = (Média Lab. A – Média Lab.B)/0.5* (Lab. A + Lab. B)*100

10.000

8.000

Lab. B
6.000

4.000

2.000

0.000
0.000 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

Lab. A
Média 3.263 3.771 293
Dif. Rel. -14.455%
EXEMPLO 1 – DUPLICATAS EXTERNAS

8.000

6.000
Lab. B
4.000

2.000

0.000
0.000 2.000 4.000 6.000 8.000

Lab. A

294
EXEMPLO DE PLOT DE DUPLICATA
EXTERNA

295
EXEMPLO DE PLOT DE DUPLICATA EXTERNA

Reta identidade

Reta de regressão

Equação da Reta

296
EXEMPLO DE PLOT DE DUPLICATA EXTERNA

Check entre laboratórios


Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram
Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram
Witlab Principal Lab. vs. IML Secundary Lab
5.00
Witlab Principal Lab. Vs. Khanya Secundary Lab. Witlab Principal Lab. vs. CMT Secundary Lab.
5.00 2.00
- Lab. B

4.00

CMT D
4.00

KhanyaC

Total Sulphur %- -Lab.


Total Sulphur % - IML

1.50

Total Sulphur %- -Lab.


3.00
3.00
Total Sulphur%

Total Sulphur%
Total Sulphur% 1.00

2.00
2.00
y = 1.0306x
y = 1.2294x y = 0.8424x
0.50
1.00
1.00

0.00 0.00 0.00


0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00

Total Sulphur % - Witlab


Total Sulphur%
OrxDp Linha 1:1
- Lab. A
Linear (OrxDp) Total
Total Sulphur % - Witlab
Sulphur% - Lab. A Total
Total Sulphur % - Witlab
Sulphur% - Lab. A
OrxDp Linha 1:1 Linear (OrxDp) OrxDp Linha 1:1 Linear (OrxDp)

Conclusão: Existe viés nas análises de enxofre total.

297
EXEMPLO DE PLOT DE DUPLICATA
EXTERNA
Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram Moatize Coal Project - Scatter Ploter Diagram
Witlab Principal Lab. vs. IML Secundary Lab Witlab Principal Lab. Vs. Khanya Secundary Lab. Witlab Principal Lab. vs. CMT Secundary Lab.
35.00
35.00 80.00

30.00
B

30.00
- IML
Mj/KgLab.

60.00
25.00

%- Lab.%C- Khanya
Mj/Kg-

D % - CMT
25.00
20.00
Value

40.00

VolateisVolatiles
Value

15.00

Ash% - Lab.Ash
20.00
CalorificCalorific

10.00
20.00
15.00

5.00

0.00 10.00 0.00


0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00

VolateisVoláteis A% -Linha
Lab. A
Calorific Value Mj/Kg - Witlab Volatiles % - Witlab
Calorific Value
Calorific Mj/Kg
Value Mj/Kg
- Lab. -ALab. A % - Lab.OrxDp Ash % - Witlab
OrxDp Linha 1:1 1:1 Ash% - Lab.Ash%
A OrxDp - Lab. A
Linha 1:1

Os resultados para as variáveis: ash, poder calorífico,


carbono fixo e voláteis são equivalentes entre os quatro
laboratórios utilizados.
298
Brancos
Controle de
Contaminação

299
CRITÉRIOS/LIMITES DE REJEIÇÃO

UTILIZAR CARTA DE CONTROLE


QC Lote a Lote
Brancos de Preparação Física e Branco de Projeto: até 4 vezes o limite
inferior de quantificação para o elemento em questão, ou utilizar
media certificada e desvio padrão caso o branco seja certificado.
Brancos Analíticos: até 2 vezes o limite inferior de quantificação para o
elemento em questão.

QA Global
O percentual de amostras de controle aceitas na avaliação lote a lote seja maior do
que 90%, e,
A média dos resultados obtidos seja igual ou inferior ao limite inferior de
quantificação.
300
CONTROL CHART - BRANCOS

10 x Limite Inferior de Detecção

4 x Limite Inferior
Teor do Branco

de Detecção

Ordem Cronológica dos Ensaios


2 x Limite Inferior de
Detecção
301
CONTROL CHART - BRANCOS

10 x Limite Inferior de Detecção

4 x Limite
Inferior de
Teor do Branco

Detecção

Ordem Cronológica dos Ensaios


2 x Limite
Inferior de
Detecção 302
BRANCO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

Carta de Controle
Projeto X – Laboratório A - Elemento: P2O5

303
BRANCO DE PREPARAÇÃO FÍSICA

304
BRANCO DE PREPARAÇÃO FÍSICA - EXEMPLO

28/dez/08

305
Padrões
Controle de Exatidão

306
CRITÉRIOS

UTILIZAR CONTROL CHART


QC Lote a Lote
 Valor encontrado (analisado) dentro da faixa de mais ou
menos dois desvios padrão em relação a média certificada
do padrão.

QA Global
 O percentual de amostras de controle aceitas na
avaliação lote a lote seja maior ou igual a 90%, e,
 O viés calculado pela diferença relativa seja inferior a
4%.
307
CRITÉRIOS – DESVIO PADRÃO DE
HORWITZ

308
CONTROL CHART - PADRÕES

Sem Viés e
boa precisão
+2 x Desvio Padrão
Teor do Padrão

Valor de
Referência

-2 x Desvio Padrão

Ordem Cronológica dos Ensaios Químicos


309
CONTROL CHART - PADRÕES

Sem Viés e má precisão

+2 x Desvio
Padrão
Teor do Padrão

Valor de
Referência

-2 x Desvio
Padrão

Ordem Cronológica dos Ensaios Químicos 310


CONTROL CHART - PADRÕES

Com Viés negativo e


boa precisão
+2 x Desvio
Padrão
Teor do Padrão

Valor de
Referência

Viés
Negativo
-2 x Desvio
Padrão

Média das
Análises

Ordem Cronológica dos Ensaios Químicos 311


CONTROL CHART - PADRÕES

Média das
Análises

+2 x Desvio
Padrão
Teor do Padrão

Viés
positivo Valor de
Referência

-2 x Desvio
Padrão

Com Viés positivo


e boa precisão

Ordem Cronológica dos Ensaios Químicos 312


CONTROL CHART - PADRÕES

Padrão 1 - Elemento: Fe%

313
CONTROL CHART - PADRÕES

Padrão 2 - Elemento: Fe%

314
EXEMPLO: PADRÕES – CARTA DE
CONTROLE

315
CARTA DE CONTROLE
MÉDIA MÓVEL – 9 POMTOS

316
EXEMPLO DE CARTA DE CONTROLE
VÁRIOS LABORATÓRIOS

317
CARTA DE CONTROLE - SEM VIÉS

Projeto Jeca – Gráfico de Controle de Qualidade


Carta de Controle Padrão: FOS18B - Elemento: P2O5% - Fusão / ICP

318
CARTA DE CONTROLE - COM VIÉS

319
CARTA DE CONTROLE - COM VIÉS

Date of the Analisis

320
CARTA DE CONTROLE - COM VIÉS

321
PADRÕES – CARTA DE CONTROLE

322
PADRÕES – CARTA DE CONTROLE

323
Técnicas para Detectar e
Quantificar Viés/Vício

324
TÉCNICAS PARA DETECTAR E
QUANTIFICAR VIÉS/VÍCIO

• Carta de Controle de padrões: control charts, muito bom, para


visualizar o viés.

• Plot Multi padrões: detectar outlier, qualifica o viés.

• Média Móvel: muito bom para visualizar o comportamento do


viés/vício no tempo.

• Check Duplicatas entre laboratórios: técnica auxiliar para


qualificar o viés, mas é imperfeito para quantifica-lo.

• Plot de padrões – estudo do viés (melhor técnica para detectar


e quantificar o viés).

325
Carta de Controle para
Visualizar o Viés

Como calcular o viés?

Viés = [(VE-VC)/VC] x 100


VE = Valor analisado
VC = Valor certificado

326
CONTROL CHART - PADRÕES

327
CONTROL CHART - PADRÕES

Com viés positivo


significativo 328
CONTROL CHART - PADRÕES

329
EXEMPLO: FERRAMENTA DE QAQC DE EXATIDÃO
PROJETO CU UNIVERSO
MÉTODO DIGESTÃO MULTI ÁCIDA/AA
6%
Diferença Relativa = [(VE-VC)/VC]x100

4%

2%

0%

-2%

-4%

-6%

-8%

-10%

-12%
28/dez/08 27/jan/09 26/fev/09 28/mar/09 27/abr/09 27/mai/09 26/jun/09 26/jul/09 25/ago/09 24/set/09
Data da Análise

330
EXEMPLO: FERRAMENTA DE QAQC DE EXATIDÃO
CU PPM – WSB LAB. AR / ICP

331
Técnicas para Detectar Viés/Vício
Gráfico Multi – Padrão
Elemento: Ni%

Data da Análise

X= Ensaio do padrão
Y= Média certificada do padrão (certificado)
S= Desvio padrão (certificado) 332
TÉCNICAS PARA DETECTAR VIÉS/VÍCIO
PLOT MULTI-PADRÃO

Data da Análise

333
VIÉS
TABELA DE DECISÃO

Viés Conservador Não


Conservador

Desprezível <=3% Não fazer nada Não fazer nada


3%<Aceitável<=4% Não fazer nada Ação

4%<Perigoso<=10% Ação Ação

Inaceitável >10% Ação Ação

Exemplos: Minério de Cu: Exemplos: Minério de Ni:


1. Teores de Cu% com viés de +3% 1. Teores de Ni% com viés de +6%
2. Teores de Cu% com viés de -5% 2. Teores de MgO% com viés de +6%

334
EXERCÍCIO
Identificação Média Desvio Valor
Data da Análise
do Padrão Certificada Padrão Encontrado
PD-01 2,00 0,15 04/03/2010 2,04
PD-01 07/03/2010 1,75
PD-01 08/03/2010 1,99
PD-01 10/03/2010 1,92
PD-01 11/03/2010 1,97
PD-01 14/03/2010 1,89
PD-01
PD-01
17/03/2010
19/03/2010
1,95
1,89
1. Construir carta de controles
PD-01 21/03/2010 1,90
PD-01
PD-01
22/03/2010
25/03/2010
1,93
1,87
e interpretar.
PD-02 0,50 0,10 03/03/2010 0,35
PD-02 05/03/2010 0,31
PD-02 06/03/2010 0,46
PD-02
PD-02
12/03/2010
15/03/2010
0,40
0,42
2. Fazer plot multi-standard,
PD-02
PD-02
17/03/2010
18/03/2010
0,33
0,32 utilizando Z = (Valor analisado
PD-02 20/03/2010 0,43
PD-03
PD-03
3,00 0,25 09/03/2010
13/03/2010
3,09
3,35
– Média certificada)/Desvio
PD-03
PD-03
15/03/2010
15/03/2010
3,25
3,13 Padrão.
PD-03 20/03/2010 3,25
PD-03 22/03/2010 3,16
PD-03 24/03/2010 3,45
PD-03
PD-03
26/03/2010
27/03/2010
3,19
3,20 3. Calcule o viés.
PD-04 5,00 0,40 16/03/2010 5,43
PD-04 18/03/2010 5,59
PD-04 19/03/2010 5,97
PD-04 21/03/2010 5,23
PD-04 23/03/2010 5,19
PD-04 24/03/2010 4,79
PD-04 25/03/2010 5,80
PD-04 26/03/2010 5,55
PD-04 28/03/2010 5,61
PD-04 29/03/2010 5,45 335
EXERCICIO - CARTAS DE CONTROLE

Carta de Controle: PD-01 Carta de Controle: PD-02


2,50 0,80

2,30
0,60

Teor
2,10
Teor

1,90
0,40
1,70
1,50 0,20
27/02/2010 05/03/2010 11/03/2010 17/03/2010 23/03/2010 29/03/2010 27/02/2010 05/03/2010 11/03/2010 17/03/2010 23/03/2010
Data da Análise Data da Análise

PD-01 Média Certificada LS LI PD-02 Média Certificada LS LI

Carta de Controle: PD-03 Carta de Controle: PD-04


3,80 6,30
3,50 5,90
3,20 5,50
Teor

Teor
5,10
2,90
4,70
2,60 4,30
2,30 3,90
2,00 3,50
05/03/2010 11/03/2010 17/03/2010 23/03/2010 29/03/2010 11/03/2010 17/03/2010 23/03/2010 29/03/2010 04/04/2010
Data da Análise Data da Análise

PD-03 Média Certificada PD-04 Média Certificada


336
EXERCICIO - PLOT MULTI PADRÃO

Plot Multi Padrão


3,00

2,00

1,00
Z-score

0,00

-1,00

-2,00

-3,00
27/2 5/3 11/3 17/3 23/3 29/3 4/4
Data da Análise
PD-01 PD-02 PD-03 PD-04 LS = +2 LI = -2 Z=0

Conclusão? 337
EXERCICIO - ESTUDO DO VIÉS

Comportamento do Viés: PD-01 Comportamento do Viés: PD-02


5,0% 50,0%
0,0% 27,0% Viés = -24,5%

Viés
Viés

4,0%
-5,0% -19,0%
-10,0% -42,0%
Viés = -4% -65,0%
-15,0%
27/02/201005/03/201011/03/201017/03/201023/03/201029/03/2010 27/02/2010 05/03/2010 11/03/2010 17/03/2010 23/03/2010
Data da Análise Data da Análise
PD-01 Viés = 0 PD-02 Viés = 0

Comportamento do Viés: PD-03 Comportamento do Viés: PD-04


20,0% 30,0% Viés = +9,2%
20,0%
Viés

10,0%
Viés 10,0%
0,0%
0,0%
-10,0% Viés = +7,7% -10,0%
08/03/2010 13/03/2010 18/03/2010 23/03/2010 28/03/2010 15/03/2010 19/03/2010 23/03/2010 27/03/2010 31/03/2010
Data da Análise Data da Análise
PD-03 Viés = 0 Conclusão? PD-04 Viés = 0 338
Exemplo de Estudo do
Viés

339
CARTA DE CONTROLE

340
CARTA DE CONTROLE

341
CARTAS DE CONTROLE

342
CÁLCULO DO VIÉS

343
IMPACTO DO VIÉS NA ESTIMATIVA DE RECURSOS
E RESERVAS

Exemplo: Projeto de Minério de Cu onde foi detectado no estudo de QAQC um viés positivo e
não conservador de 5.4% nas análises de Cu% analisado por Absorção atômica e a abertura
química por quatro ácidos.

344
Definindo um Programa
de QA/QC

345
O programa de QAQC deve avaliar o
desempenho das principais etapas
(processos) percorridas pelas amostras.

POR QUE?

Normalmente, todas as decisões feitas a


respeito de projetos de mineração, desde a fase
de exploração ao fechamento da mina, estão
baseadas em valores obtidos de material
amostrado.

Essas decisões geralmente significam muito


dinheiro.
346
QA/QC – PRINCIPAIS PROCESSOS E
EVOLUÇÃO DO PROGRAMA

COLETA / BASE DE
PREPARAÇÃO ANÁLISES DADOS
SONDAGEM AMOSTRAGEM FÍSICA DAS
DE CAMPO QUÍMICAS GEOLÓGICA
AMOSTRAS

QAQC Fase 1
QAQC Fase 2

QAQC - Fase 3

QAQC – Fase 4

347
DEFININDO UM PROGRAMA DE QA/QC
Sondagem
Processos
Descrição Geológica Objetivo Ferramentas
Amostra Gêmea /
Replicata
Precisão
Amostragem de Campo / Duplicata de Campo
Coleta de Amostra
Brancos
Contaminação Duplicata de Brita
Precisão
Preparação Física Duplicata de Polpa

Contaminação Brancos
Precisão Duplicata de Brita
Análise Química Exatidão
Duplicata de Polpa
348
Padrão
DEFININDO UM PROGRAMA DE QA/QC

Controle de
Precisão

349
DEFININDO UM PROGRAMA DE QA/QC

Podemos idealizar no mínimo seis estágios de construção


de um programa de QAQC eficaz:

 Estágio 1. Construindo o programa de QAQC


 Estágio 2. Implantando as ferramentas de QAQC
 Estágio 3. Treinamento das equipes
 Estágio 4. Trabalhando os dados
 Estágio 5. Ações / Melhorias
 Estágio 6. Auditoria externa

350
CONSTRUINDO UM PROGRAMA DE QA/QC

Estagio 1: Construindo o Programa


Atividades
Topografia: coordenadas do colar do furo, levantamentos
planialtimétricos das linhas de sondagem, malha de sondagem

Sondagem: Tipo, desvio, controle de qualidade


Amostragem de campo: suporte amostral, procedimento
Preparação física: laboratório, fluxograma, amostragem, equipamentos
Análises químicas: Laboratórios, elementos químicos, métodos, limites
de detecção, padronização
Ferramentas de QAQC: Contaminação, precisão e exatidão
Inserção de amostras de QAQC nos lotes: critérios e procedimento

Procedimentos operacionais: todos 351


CONSTRUINDO UM PROGRAMA DE QA/QC

Estagio 2: Implantando as Ferramentas


Atividades

Precisão da Amostragem de Campo: Duplicatas de campo, amostras


gêmeas
Precisão da Amostragem Após Britagem: Duplicatas de brita, teste de
granulometria e recuperação em massa
Precisão Repetibilidade: Duplicatas internas de material pulverizado

Precisão reproducibilidade: Duplicatas externas


Exatidão Analítica: Material de referência certificado
Contaminação: Branco de projeto e de preparação física
352
CONSTRUINDO UM PROGRAMA DE QA/QC

Estagio 3: Treinamento da Equipe


Atividades
Introdução ao programa de QAQC: Conhecimento da estrutura do programa de
QAQC de sua empresa
Introdução a Teoria da Amostragem: Conceitos de amostragem, tipos e
mecanismos de amostragem, equipamentos e confecção de procedimentos de
amostragem
Conceitos Básicos de QAQC: Precisão, exatidão e contaminação

Principais Ferramentas de QAQC: Tipos de ferramentas de QAQC e suas aplicações.

Tratamento Estatístico dos Dados: Gráficos e estatística para tratamento dos dados
e interpretações preliminares
Curso QAQC Avançado: interpretação de ferramentas estatísticas avançadas
353
CONSTRUINDO UM PROGRAMA DE QAQC

Estagio 4: Trabalhando os Dados


Atividades
Tratamento Estatístico dos Dados: Uso de ferramentas estatística na avaliação e
interpretação dos dados
QC Dia a Dia: Verificação dos dados dia a dia antes ou na entrada na base de dados

QA Global: Consolidação dos dados em um período mais longo, neste caso é


possível verificar p. ex. a presença de vícios ou perda de precisão nas análises

Relatórios Mensais e/ou Trimestrais de QAQC: A decisão da periodicidade dos


relatórios é do QAQC manager
Relatório Anual de QAQC: Importante para o fechamento de um período ou
campanha de sondagem
Auditoria Interna: validações, checks de consistência dos dados
354
CONSTRUINDO UM PROGRAMA DE QAQC

Estagio 5: Ações e Melhorias


Atividades
QAQC Geológico
Reanálises
Up Grade do Programa
Follow up de Pontos Críticos
Teste Experimentais ou Estudo Específico
Auditorias Internas
Relatório Final

Estagio 6: Auditoria Externa


Atividades
Auditoria Externa
Correções 355
Qual Seria um Conteúdo
Mínimo para um Bom
Programa de QA/QC?

356
CONTEÚDO MÍNIMO PARA UM BOM PROGRAMA DE QA/QC
DE PREPARAÇÃO E ANÁLISES QUÍMICAS

• Sondagem adequada para o tipo de depósito.


• Procedimento de amostragem.
• Contratação de mais de um laboratório, de preferência três.
• Utilizar ferramentas de QA/QC adequadas para o tipo de
trabalho.
• Dar preferência em submeter amostras de QA/QC
cegas/ocultas:
• Padrões e brancos
• Check interno e 5% externo do laboratório (duplicatas).

357
CONTEÚDO MÍNIMO PARA UM BOM PROGRAMA DE
QA/QC DE PREPARAÇÃO E ANÁLISES QUÍMICAS

• Conduzir visitas regulares aos laboratórios (visitas surpresas,


vistorias para verificação de itens contratuais, cumprimentos de
procedimentos operacionais, acompanhamento de execução de
testes).
• Conduzir verificações intra-laboratoriais e interlaboratoriais.
• Dispor de sistema de arquivamento para testemunhos,
fragmentos (chips), material britado e pulverizado (reservas e
alíquotas).

358
CONTEÚDO MÍNIMO PARA UM BOM PROGRAMA DE QA/QC DE
PREPARAÇÃO E ANÁLISES QUÍMICAS

• Realizar verificação regular dos dados de recuperação em


massa e de granulometria.
• Assegurar a existência em contrato de cláusulas específicas (sua
caracterização, responsabilidade e plano de ação) e
provisionamento de recursos para lotes recusados.
• Emitir regularmente relatórios formais de QA/QC (mensal e
consolidado no final dos trabalhos).
• Garantir a dedicação em tempo integral de pelo menos um
membro da equipe do projeto.

359
ERROS COMUNS
NO QA/QC

360
Erros Comuns no QA/QC - Precisão

 Utilizar só um tipo de duplicatas no programa de QA/QC


 Comparar amostras não equivalentes:
 Diferente suporte (peso, intervalo, dimensões);
 Diferente posição espacial;
 Diferente tipo (gêmeas vs. pulverizado, grossas vs.
pulverizado);
 Diferentes condiciones de análise (limite de detecção);
 Diferentes laboratórios;
 Tomar duplicatas de preparação ao fim do processo de divisão, e
não ao principio do processo de divisão;
 No revisar o controle de granulometria;
 Dividir amostras com granulometría mais grossa do que é
indicado;
 Não manter a lista de equivalência entre originais e duplicatas. 361
Erros Comuns no QA/QC - Exatidão

 Utilizar um número insuficiente de amostras padrões;


 Utilizar padrões com problemas de preparação e certificação;
 Utilizar padrões não certificados;
 Utilizar padrões não correspondentes ao tipo de material a
avaliar (teor, material);
 Utilizar padrões preparados pelo mesmo laboratório que se
pretende avaliar;
 Usar o valor analisado para avaliar se os resultados estão fora
de controle;
 Não inserir padrões nos lotes de controle externo.

362
Erros Comuns no QA/QC - Contaminação

 Utilizar só um tipo de brancos;


 Utilizar materiais cujo caráter de branco não tem sido
demostrado;
 Utilizar brancos de una natureza muito diferente ao tipo de
material a avaliar;
 Inserir os brancos no lote sem considerar o caráter da
amostra precedente (se são amostras de alto ou baixo teor);
 Não inserir brancos nos lotes de controle externo.

363
COMENTÁRIOS IMPORTANTES

• O controle aplicado em laboratório comercial deve também ser aplicado


no próprio laboratório da empresa (não deve existir tratamento
diferenciado).
• A experiência mostrou que assim que um laboratório percebe que está
sendo corretamente controlado, tende a melhorar sua performance e o
seus serviços.
• Um das razões mais importantes para um QAQC tem a ver com
responsabilidade técnica e legal.

• Geralmente, a certificação de material de referência (padrões) é


grotescamente insuficiente.
• Em particular, normalmente não são utilizados parâmetros apropriados
para estabelecer limites de rejeição razoáveis.
• Re-certificação feita pelos clientes garante a qualidade, no entanto, é um
exercício que requer tempo e pode ser caro. 364
MÓDULO 4

• Banco de Dados Geológico

• Auditoria e Due Diligence de Banco de Dados


Geológico (BDG)

365
Banco de Dados
Geológico (BDG)

366
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO: CONCEITO E
DEFINIÇÃO

 O que é banco de dados geológico?


 O que se espera de um banco de dados?

367
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO: CONCEITO E DEFINIÇÃO

O BDG tem que ser Auditável

Os dados tem que ser Confiáveis Este é o


caminho
correto
Tem que ter PROCESSOS e PRODUTOS

Tem que ter PROCEDIMENTOS

Esses PROCEDIMENTOS tem que ser


EXECUTÁVEIS

SOLUÇÃO TECNOLÓGICA 368


BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PROCESSO X PRODUTO

O que é um banco de dados?

Banco de dados consiste de um conjunto de


dados/informações dispostos em uma estrutura de fácil
localização, auditáveis, confiáveis e que foram produzidos
através de procedimentos operacionais executáveis.

369
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PROCESSO X PRODUTO

ESSENCIAL PARA A CONSTRUÇÃO DE UM BOM


PROGRAMA DE QAQC

370
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS: PROCESSO X PRODUTO

Banco de Dados Geológico


Topografia Sondagem Geologia
Tipo, Diâmetro, testemunho, Log’s, seções, mapas,
Coordenadas XYZ (collar),
Avanço/Recuperação, Desvio dos modelo geológico
Superfície topográfica
furos, Fotografias

Análises Geotecnia
Químicas
Base de
Resultados químicos
Dados Log’s

(amostras originais e de
QAQC)

Ensaios de
Preparação Amostragem Densidade
Física de Campo
Planilha de cálculos,
Teste de granulometria e de Formulário de amostragem, Densidade úmida, seca e
recuperação em massa, Amostra Identificação das amostras umidade
para química, duplicatas, bramcos, (tipo), Amostra
padrões, arquivo. 371
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
(PRINCIPAIS FONTES DE ERROS)

Heterogeneidade geológica

 Malha de sondagem não apropriada;


 Erro de codificação dos dados;
 Uso de programas inadequados para estimar recursos;
 Utilização de pessoal com pouca experiência e/ou sem
treinamento adequado….
 Modelo geológico inconsistente ou com alguma
fragilidade.
372
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Topografia
 Furos com coordenadas XYZ preliminares (furos
deslocados);
 Furos com coordenadas XYZ inconsistentes (p.ex.: cota
Z acima ou abaixo da superfície topográfica);
 Problemas com azimute e dip;
 Ausência de levantamento topográfico.

373
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Sondagem
 Método de sondagem inadequado para o tipo
de depósito estudado.
 Furos com intervalos de baixa recuperação.
 Furos sem medidas de desvio ou utilizando
metodologia inadequada.
 Fraudes.

374
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Amostragem
 Suporte amostral inadequado para o tipo de depósito.
 Corte inadequado do testemunho de sondagem.
 Dar preferência a coleta de material fragmentado.
 Desrespeito aos contatos geológicos.
 Misturar na mesma amostras intervalos com recuperação adequada com
intervalos de baixa recuperação.
 Erro na homogeneização e quarteamento no campo (sondagem circulação
reversa);
 Contaminação.
 Erros na identificação da amostra.
375
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS
Preparação Física
 Fluxograma com pouca robustez (sem cálculo do erro fundamental de
amostragem, P. Gy).
 Britagem muito grossa com perda de material, calibração do britador,
equipamento inadequado ou não recomendado, operador mal
treinado;
 Técnica de quarteamento inadequada – p.ex. usar o processo de divisão
em cruzeta.
 Pulverização inadequada fora de especificação e com perda de
material;
 Manipulação incorreta das amostras, troca de identificação, exposição,
contaminação….
376
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS
Análises Químicas
 Método de análise inadequado para o tipo de trabalho, limites de
detecção;
 Uso de padrões não certificados;
 Alteração da ordem das amostras;
 Fechamento químico inadequado fora do padrão de 98 a 102%
 Problema com precisão, exatidão e contaminação.

Certificados
 Tipos diferentes de formatos, números, casas decimais e símbolos;
 Erro de unidade, erro de digitação e/ou entrada de dados;
 Ausência de informação sobre métodos e limites de detecção.
377
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO - PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Para reduzir os efeitos deste tipo de fonte de erro recomenda-se


Assegurar que os laboratórios utilizem:

 Procedimentos adequados de preparação física;


 Possua instrumentos e equipamentos adequados e em bom
estado de conservação (Britadores, quarteadores, divisores,
peneiras, etc.);
 Mantenha uma rotina de calibração de equipamentos (Balanças,
temperatura de chapas e estufas, etc.);
 Tenha produtos químicos (p. ex. reagentes) e padrões
confiáveis;
 Utilize procedimentos padronizados de relatórios;
 Utilize sistema adequado de controle de qualidade;
 Mantém as áreas de operação limpas e ordenadas.

Programa de QA/QC
Inspeções rotineiras / auditorias 378
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Construção da base de dados

 Introdução da informação (entrada de dados);


 Manipulação de arquivos originais;
 Digitação repetida dos dados;
 Uso de formulas na numeração de amostras no excel;
 Elementos sem resultados ou com resultados trocados com
outro elemento;
 Código de amostras errados…

379
BANCO DE DADOS GEOLÓGICO
PRINCIPAIS FONTES DE ERROS

Recomendações
 Planificar adequadamente os dados;
 Definir uma estrutura de fluxo da informação;
 Estabelecer filtros e mecanismos de cheque;
 Evitar ou diminuir a entrada manual de dados;
 Se necessário, utilizar dupla digitação de dados;
 Manter disciplina e comprometimento com a base de dados.

380
Auditoria e Due Diligence
de Banco de Dados
Geológico (BDG)

381
NOTA

 Todo o projeto, mais cedo ou mais tarde, irá passar por


auditoria interna ou externa.

 As auditorias tornaram-se obrigatórias depois de várias fraudes


na industria mineral. P. ex. Bre-X.

 Assim, toda a empresa que possui ações nas bolsas de valores


tem que ser auditadas periodicamente.
Joint Ore Resource Commitie – JORC
Todos os dados do projeto tem que estar disponíveis, bem
como a competência das pessoas que executaram e revisaram
o trabalho. 382
TIPOS DE AUDITORIAS

 Interna (amigável)

 Externa Voluntária (amigável)

 Externa Independente (Bancos, SEC, judicias, etc...)

383
NÍVEIS DE AUDITORIAS

 Fatal Flaw Analysis (nível baixo, procura grandes erros, erros


fatais)
 Scoping Level (procura problemas conceituais, projetos em
estado inicial).
 Pre-Feasibility (bancos, grupo de investidores, SEC....).
 Bankable Feasibility Study - BFS (bancos, SEC...).
 Endorsement (nível muito profundo, os auditores conferem o
projeto em detalhe e assinam um termo de responsabilidades,
atestando os recursos e reservas do projeto).

384
AUDITORES EXTERNOS

 Pessoas com larga experiência na industria mineral.


 Não estão envolvidos na política das companhias.
 Não são enviesados.
 Não tem ideias pré-concebidas.
 Aplicam uma metodologia replicável.
 Podem contribuir na melhoria dos processos/produtos.

385
REGRAS DE OURO

 Não confiar em ninguém.


 Confiar é bom, mas checar é bem melhor.
 Não é eficiente checar seu próprio trabalho.
 Manter registros (documentos).

386
METODOLOGIA DE AUDITORIA

 Método definido.
 Checks sistemáticos.
 Inclui verificações tediosas.

Verificar de 5 a 15% do banco de dados é


chato, mas é um trabalho necessário e tem
que ser feito.

387
NOTA

 Fazer seu trabalho pensando sempre que ele será


auditado no futuro.

 Auditorias regulares são boas, pois pessoas auditadas


regularmente se programam para tanto, e adquirem
cultura de boas práticas.

388
ITENS A SEREM AUDITADOS
 Sondagem e desvios
 Topografia
 Amostragem de campo
 Preparação física das amostras
 Análises químicas e programa de QAQC.
 Densidade e Umidade
 Descrição geológica
 Interpretação geológica (verificar se o modelo geológico é
defensável e bem documentado).
 Integridade da base de dados
 Testes metalúrgicos
 Direitos minerais
 Estimativa /Modelo de recursos
 Classificação de recursos e reservas 389
DOCUMENTOS PARA AUDITORIAS

 Relatórios de topografia: coordenadas XYZ do collar dos


furos e levantamento topográfico na linha de sondagem
(superfície topográfica);
 Relatório de certificação dos marcos geodésicos;
 Procedimentos operacionais (todos);
 Descritivo de banco de dados (Database Description);
 Programa de QAQC;
 Relatório de certificação dos padrões;
 Banco de dados de QAQC atualizado;
 Relatório de QAQC (mensais, final);

390
DOCUMENTOS PARA AUDITORIAS

Certificados de análises químicas impressos e em meio digital;


 Log’s de descrição geológica e geotécnica;
 Relatório de densidade e planilhas com os dados originais;
 Boletins de sondagem;
 Seções verticais e horizontais da geologia/minério.
 Relatório de petrografia.
 Relatório de processo e base de dados.

391
ROTINAS DE VALIDAÇÕES E VERIFICAÇÕES

Validação: consistência dos dados.


QAQC GEOLÓGICO/ÁRVORE DE DECISÃO
VALIDAÇÕES LÓGICAS
MODELO GEOLÓGICO/MINÉRIO/GEOMÉTRICO
PEER REVIEW

Verificação: confronto do dado com a documentação


5% A 10% DOS DADOS DO BDG
DEFINIR ÍNDICE DE ERRO
392
MÓDULO 5

• Modelo de Relatório de QA/QC

• Considerações Finais

393
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

INTRODUÇÃO

Objetivo do relatório, projeto, campanhas de


amostragem, quantitativos (sondagem,
amostras, resultados, etc..).

Salientar os pontos positivos e os principais


problemas do período, sumário das ações
mitigatórias e recomendações.

394
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

AMOSTRAGEM DE CAMPO
Recomenda-se abordar os seguintes pontos:

 Natureza do material amostrado (rochas vulcânicas


intemperizadas, semi-intemperizadas, hidrotermalizadas,
rochas brechadas...

 Proveniência do material amostrado (testemunhos de


sondagem rotativa diamantada, circulação reversa, trado
mecânico, canal...).

 Procedimento de amostragem detalhado.

 Fluxogramas...

 Fotografias...
395
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

PREPARAÇÃO FÍSICA DAS AMOSTRAS


Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Laboratório de preparação física.


 Procedimento operacional.
 Fluxograma de preparação física.
 Sustentação técnica embasada na moderna teoria da
amostragem.
 Unidades operacionais
 Equipamentos utilizados: estufas, chapas, britadores,
splits, pulverizador...

396
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

MÉTODOS ANALÍTICOS
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Laboratório de análises químicas.


 Procedimentos operacionais.
 Fluxogramas.
 Elementos analisados e limites de quantificação.
 Métodos analíticos.
 Rotinas de calibrações.
 Certificados.

397
Modelo de Relatório de QA/QC

DESCRIÇÃO DOS DADOS DE QAQC


Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Quantidades e natureza dos dados tratados.


 Laboratórios envolvidos (físico e químico).
 Tipos de investigação conduzidas (rotineiras ou
não).
 Estatísticas atualizadas de envio, preparação e
recebimento dos resultados...

398
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

ENSAIOS GRANULOMÉTRICOS
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Etapas de cominuição avaliadas.


 Critérios de avaliação.
 Natureza dos dados avaliados (ensaios
programados e/ou ensaios não programados).
 Percentual de ensaios aceitos e recusados.
Outiliers.
 Estatística descritiva.
Histogramas e cartas de controle.

399
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

ENSAIOS DE PERDA DE MASSA


Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Etapas de cominuição avaliadas.


 Critérios de avaliação.
 Natureza dos dados avaliados (ensaios
programados e/ou ensaios não programados).
 Percentual de ensaios aceitos e recusados.
Outiliers.
 Estatística descritiva.
Histogramas e cartas de controle.

400
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

FECHAMENTO ESTEQUIOMÉTRICO
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Frações granulométricas avaliadas (se for o


caso).
 Critérios de avaliação.
 Natureza dos dados avaliados (ensaios
programados e/ou ensaios não programados).
 Percentual de ensaios aceitos e recusados.
 Outiliers.
 Estatística descritiva.
Histogramas e cartas de controle.
401
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

BRANCOS
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Tipos.
 Estoques.
 Critérios de avaliação.
 Percentual de amostras aceitas e não aceitas.
 Outiliers.
 Troca de amostras.
 Estatística descritiva.
 Histogramas e cartas de controle.
402
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

DUPLICATAS INTERNAS
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:
 Tipos (amostras gêmeas, duplicatas de campo,
duplicatas de brita, duplicatas de material
pulverizado).
 Critérios de avaliação.
 Percentual de amostras aceitas e não aceitas.
 Outiliers.
 Troca de amostras.
 Estatística descritiva.
 Precisão.
 Gráficos 403
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

DUPLICATAS EXTERNAS
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:
 Laboratório.
 Metodologia.
 Critérios de avaliação.
 Percentual de amostras aceitas e não aceitas.
 Outiliers.
 Troca de amostras.
 Estatística descritiva.
 Exatidão / viés entre os laboratórios.
 Gráficos de correlação. 404
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

PADRÕES
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:
 Tipos.
 Valores certificados.
 Critérios de avaliação.
 Percentual de amostras aceitas e não aceitas.
 Outiliers.
 Troca de amostras.
 Estatística descritiva.
 Exatidão / viés.
 Cartas de controle com limites de confiança e média
móvel.
 Cartas de controle multi padrões. 405
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

VISITAS AOS LABORATÓRIOS


Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Razões e/ou justificativas.


 Descrição.
 Cumprimento das cláusulas contratuais.
 Anomalias.
 Registros fotográficos / filmes de aspectos importantes, tais
como: procedimentos, registros, recebimentos de amostras,
cadastro, codificação, pesagem, secagem, britagem,
pulverização, peneiramento, splitting, limpeza,
acondicionamento, arquivamento, decomposição, dosagem,
validação, banco de dados, certificados, brancos, padrões,
duplicatas, envio de resultados, reservas de alíquotas,
organização, mitigação de anomalias...

406
MODELO DE RELATÓRIO DE QA/QC

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se abordar os seguintes aspectos:

 Avaliação consolidada da qualidade dos processos


envolvidos e da confiabilidade dos resultados oriundos de
seus produtos, sob a ótica dos parâmetros controlados
pelo programa de QAQC.

ANEXOS
 Glossário de termos técnicos.
 Fluxogramas.
 Relatório de certificação dos padrões.
 Fotografias das visitas aos laboratórios ou de campo.
 Documentos
 etc...

407
Considerações Finais

408
O QUE TODOS DO PROJETO DEVEM
CONHECER?

• Procedimento de controle de sondagem e de topografia.


• Procedimento de amostragem.
• Protocolo de preparação física.
• Laboratório primário e secundário (metodologia de análises para
cada elemento, limites de detecção, produção diária, contratos).
• Elementos químicos: unidades (%, ppm, ppb).
• As ferramentas de QAQC.
• Rotinas de validação dos resultados químicos (prezar pela
qualidade e não colocar no banco dados não confiáveis,
confrontar resultados químicos vs. geologia – QAQC GEOLÓGICO).
• Rotina de validação da base de dados.

409
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Estar sempre preparado para uma auditoria, qualquer que seja o


tipo (interna, externa voluntária e/ou involuntária) e o nível (fatal
flaw, scoping, pre-feasibility e/ou endorsement).

• Desconfiar de todos (ninguém consegue verificar eficientemente


seu próprio trabalho).

• Adotar o envio de amostras de controle cegas.

• Verificar todos os valores que definem valores de referência e


limites de aceitação.

• Assegurar a existência de certificados de preparação física e


análises químicas devidamente assinados (manual ou eletrônica)
para todos os dados existentes.

• Arquivar em local adequado e de maneira ordenada todos os


certificados de preparação física e análises químicas.

410
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Garantir a consistência documental e lógica entre origem e


destino das informações de QAQC base de dados.

• Documentar auditorias da base de dados, as quais devem


apresentar estimativas da taxa de erros/inconsistência da
mesma.

• O projeto deve verificar 100% da sua base de dados antes de


liberar sua base de dados para os trabalhos de modelamento.
Uma base de dados que ainda mostra inconsistência
documentais para itens de controle do programa de QAQC
seguramente não foi devidamente validada.

411
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Assumir uma postura “PDC” (prevenção, detecção e correção –


nessa ordem específica).

• Certificar apropriadamente os materiais de referência (padrões).

• Gerenciar o estoque de padrões para não ficar sem.

• Utilizar gráficos de controle.

• Utilizar limites de aceitação coerentes.

• Certificar brancos da mesma forma que os padrões.

• Realizar inspeções de rotina e inspeções surpresas.


412
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Para o programa ter sucesso é fundamental designar uma


pessoa do projeto dedicando metade do seu tempo ou o
tempo todo para acompanhar o programa.

• O programa deve prever custos adicionais de preparação e


análises químicas (o contrato prevê re-análises caso seja
comprovado erros).

• Em última análise, a parte mais importante de um projeto é


seu banco de dados.

• O custo de uma amostra é 10 a 100 vezes mais caro do que os


custos de preparação e analises.
413
REFLEXÃO

O custo na obtenção de dados de alta


qualidade é insignificante quando
comparado com o custo usando dados
de baixa qualidade nas tomadas de
decisões.

414
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nunca esqueça:

A qualidade maior está dentro de você.

Obrigado pela oportunidade.


Boa sorte e sucesso!

415
Contatos:

albano.silva.leite@gmail.com
albano@institutominere.com.br

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fb.com/groups/QAQCPesquisaMineral
www.institutominere.com.br
+55 31 3657-5578

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