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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS

Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerencias


Engenharia Ambiental – 10 º

ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA


HÉLIO COELHO DA SILA
MATHEUS HENRIQUE COSTA DE PAULA

LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL PERICIAL


INCA INCINERAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL - LTDA

SETE LAGOAS
2017
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO...............................................................................................................3

2. EXAME DO LOCAL.....................................................................................................4

2.1 Situação Legal da Área.............................................................................................4

2.2. Recursos Hídricos....................................................................................................5

2.3 Fauna e Ictiofáuna....................................................................................................6

2.4 Ecossistema..............................................................................................................6

2.4. Áreas de interesse histórico ou cultural:...............................................................6

2.5. Área de Preservação................................................................................................6

2.5. Infra-estrutura...........................................................................................................6

2.6. Atividades previstas.................................................................................................7

2.6.1 Coleta e transporte de Resíduo...........................................................................7

2.6.3 Armazenamento.....................................................................................................7

2.6.4 Incineração.............................................................................................................8

2.6.5 Geração de Cinzas................................................................................................8

2.6.6 Disposição Final....................................................................................................8

3. DISCUSSÃO................................................................................................................9

3.1. Diagnóstico Ambiental da Área..............................................................................9

3.1.1. Uso atual da água..................................................................................................9

3.1.2. Avaliação socioeconômica...................................................................................9

3.2. Impactos Ambientais na Área.................................................................................9

3.2.1. Impactos ecológicos.............................................................................................9

3.2.2. Impactos sócio – econômicos...........................................................................12

4. CONSIDERAÇOES COMPLEMENTARES...............................................................12
4.1 Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais adversos. 12

4.2 Quesitos periciais...................................................................................................12

5. CONCLUSÃO..............................................................................................................15

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1.INTRODUÇÃO

A Inca incineradora, iniciou os processos de instalação no município de Prudente de


Morais-MG em meados do ano de 2008, afim de tratar os resíduos produzidos por
diversas empresas.
A cidade de Prudente de Morais, conta com diversas empresas, desde pesquisa
cientifica ou empresas de pequeno porte(industrias). Após o acidente ambiental, houve-
se questionamentos quanto a empresa, pois o acondicionamento destes resíduos
deveriam ser feitos de forma correta, e a população ficou em dúvida quanto a presença
da empresa no município.
Após este ocorrido, técnicos foram contratados, afim de determinar o laudo pericial
da empresa, e identificar possíveis impactos causados, além de indicar o grau de
contaminação.
2. EXAME DO LOCAL

A INCA INCINERAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL – LTDA (19º 28’ 10.28” S 44º


10’ 00.75” O), localizado no município de Prudente de Morais- MG, compõem área total
de 4000 m2, com área útil de 2400 m2 ,(figura 1).

Figura 1 – INCA INCINERAÇÃO.

Fonte: Earth,2017

2.1 Situação Legal da Área

A área ao qual a empresa está situada, esta as margens da MG 424, próxima e


empresas de esgotamento sanitário e pesquisa agropecuária, a unidade de
conservação APAF Carste Lagoa Santa, situando – se a montante a bacia Ribeirão
Jequitibá – Mirim, sub bacia do Rio das Velhas, se tratando de uma empresa particular.
Deve-se ressaltar que a mesma empresa já possui LOC para as atividades
Incineração de Resíduos e Transportes de Resíduos Perigosos Classe I, com validade
até 03/11/2014, referente ao PA COPAM 14370/2005/002/2008. O empreendimento
recebeu o Auto de Infração 011428/2010, lavrado pela Fundação Estadual do Meio
Ambiente - FEAM,convocando à regularização ambiental dos galpões de
armazenamento objeto do presente processo de licenciamento. Em virtude dessa
autuação foram suspensas as atividades dos galpões. Diante disso, o empreendedor
deu entrada com o pedido de Termo de Ajustamento de Conduta, o qual foi firmado em
03/11/2010 com a SUPRAM CM.
De acordo com o parecer único: 69/2011, protocolo nº 0063312/2011, protocolada
junto a SEMAD-SUPRAM /MG, a empresa, tem como objeto de uso: Estocagem de
Resíduos Classe I, possuindo o código da DN COPAM: F-05-15-0,( Outras formas de
tratamento ou de disposição de resíduos, não listadas ou não classificadas).

2.2. Recursos Hídricos

A jusante da empresa, se localiza um dos principais bacias hidrográficas, o


jequitibá – Mirim ,sub-bacia do Rio das velhas,(figura 2). A Bacia do Rio das Velhas se
localizana região central do Estado de Minas Gerais, nas latitudes 17o 15' S e 20º 25' S
e longitudes 43º 25' W e 44º 50' W. A bacia compreende uma área de drenagem de
29.173 km2, nos quais o rio principal, o Rio das Velhas.

Figura 2 – Bacia do Jequitibá - Mirim.


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2.3 Fauna e Ictiofáuna

O peixe de água doce, encontrado no Ribeirão Jequitibá - Mirim chamado Tilápia


é conhecido popularmente com o mesmo nome científico (Tilapia rendalli.). A
Tilápia habita águas lênticas de lagoas e represas. É adaptável à água salgada.

2.4 Ecossistema

Os Fatores bióticos do área que predomina o bioma do cerrado, além de


destacar espécies de peixes Tilapia,no ribeirão ,além de outros seres vivos
encontrados no bioma. Os fatores abióticos encontrados na área estudada,
predominam o ribeirão Jequitibá Mirim.

2.4. Áreas de interesse histórico ou cultural:

As terras que hoje fazem parte do Município de Prudente de Morais foram palco
das ocupações humanas mais antigas da América. Muitos sítios arqueológicos são
constituídos por abrigos e grutas com afloramento calcário, com vestígios de artefatos
dos períodos pré-coloniais e arte rupestre, atribuídos ao que se convencionou chamar
de “homem de Lagoa Santa” (PMPM, 1977).

2.5. Área de Preservação

De acordo com o órgão gestor ICMbio ,o município de prudente de morais, faz


parte da unidade de conservação APAF Carste Lagoa Santa, criando em 1990,de
acordo com art. 3° do Decreto n° 98.881, de 25 de janeiro de 1990.

2.5. Infra-estrutura

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), a população


residente do Município de Prudente de Morais é de 9.573 habitantes, sendo que
destes, 9.199 residem em área urbana e os demais 374 em área rural. Sendo que a
população estimada para 2014, segundo IBGE, é de 10.287 habitantes. O município
possui área de 124.189 Km² e densidade demográfica de 77,08 hab/km².

2.6. Atividades previstas

Figura 3 – Etapa do processo produtivo da Inca.

2.6.1 Coleta e transporte de Resíduo

Os resíduos são coletados nos locais onde são gerados e misturados dentro um
de veículo transportador para depois seguirem para incineração

2.6.3 Armazenamento

E a contenção temporária em área autorizada pelo órgão competente, à espera


de reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final adequada, devendo atender
a uma série de requisitos básicos de segurança. De forma geral, o processo de
armazenamento deve ter como premissa o estabelecimento de condições que não
promovam a alteração da qualidade ou quantidade dos resíduos, além de não
promover a alteração de sua classificação, minimizando os riscos de danos ao ser
humano e ao meio ambiente.
Os insumos utilizados na etapa de armazenamento, foram identificados dos
mais diversos tipos quanto a sua toxidade, desde insumos químicas laboratoriais e de
saúde, vistos na tabela abaixo, alguns dos mais utilizados nesta etapa, e encontrados
em agua são:

Tabela 1 – Toxidade dos elementos encontrados


TOXIDADE DOS ELEMENTOS QUIMICOS ENCONTRADOS
INSUMOS TOXIDADE

Mercúrio Depende da forma química encontrada

Nitrogênio
Toxidade alta para os peixes
Fósforo

2.6.4 Incineração

Incineração é um processo de redução de peso, de volume e de características


de periculosidade dos resíduos.Na etapa de incineração, o poder calorifico e grande,
ser a etapa onde todos os insumos armazenados, são incinerados

2.6.5 Geração de Cinzas

Com a incineração, o volume do lixo geralmente se reduz a cerca de 10% do


original, na forma de cinzas e escória. Esse material, por ação da gravidade, cai em um
posto de coleta na usina e parte dele pode ser usada na construção civil como material
inerte

2.6.6 Disposição Final

A disposição final e a etapa, onde o resíduo incinerado e destinado de forma


corre de acordo com os órgãos ambientais
3. DISCUSSÃO

3.1. Diagnóstico Ambiental da Área

3.1.1. Uso atual da água

A bacia do Ribeirão Jequitibá – Mirim, possui canais aos quais são utilizados por
empresas localizadas próximos a bacia. Consta também que a bacia do Jequitibá –
Mirim, recebe efluentes domésticos, da empresa de esgotamento sanitário do
município

3.1.2. Avaliação socioeconômica

A área utilizada pela empresa, e próxima a empresas de grande importância,


pois nas empresas são realizadas pesquisas cientificas agropecuárias, e empresa de
esgotamento sanitário, situa-se próximo a algumas casas situadas, aos quais
necessitam da utilização da agua, além de situar próximo as margens da MG 424.

3.2. Impactos Ambientais na Área

3.2.1. Impactos ecológicos

As possíveis substancias causadoras deste impacto ecológico, são diversas


(tabela abaixo), devido a empresa em questão se tratar de incineradora de resíduos, os
impactos ecológicos ocasionados foram:
 Mortandade peixes e da vida aquática
 Interrupção do abastecimento em casas e nas empresas

Os impactos ecológicos foram avaliados de acordo com análises realizadas em


agua, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005, para a verificação da qualidade
da agua, afim de averiguar o grau de impacto, as tabelas abaixo mostram o grau de
impacto causado pelo explosão.
As analises foram avaliadas em períodos secos e chuvosos, durante dois 2 anos,
totalizando 4 analises (tabelas 2,3,4,5).

Tabela 2 – Resultados da 1 º Coleta

Tabela 3 – Resultados da 2 º Coleta


Tabela 4 – Resultados da 3 º Coleta

Tabela5 – Resultados da 1 º Coleta

Tabela 5 – Resultados da 4 º Coleta


Houve exposição da fumaça preta após o acidente, pois se tratou de uma explosão,
porém não foram encontrados laudas ou analises em questão da quantidade de
fumaça preta expelida.

3.2.2. Impactos sócio – econômicos

Os impactos socioeconômicos causados pelo acidente, foram diversos, pois


empresas próximas a área atingida, tiveram o abastecimento da agua interrompido, e
ate mesmo empresas que levavam os resíduos para serem incinerados, cancelaram o
contrato ,após este acidentem e a população ribeirinha, ficou prejudica após, a
contaminação deste corpo hídrico

4. CONSIDERAÇOES COMPLEMENTARES

4.1 Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais adversos

Recomenda – se, o monitoramento da qualidade da agua nos períodos secos e


chuvosos, para a determinação se o corpo hídrico, sofre dos impactos causados.
Recomenda – se ainda a melhoria no processo de armazenamento dos resíduos, de
fator ,que este processo pode ter sido o causador do acidente, assim minimizando a
ocorrência de outros demais acidentes.

4.2 Quesitos periciais

1 Descreva o dano ambiental ocorrido


Ocorreu a explosão no processo de armazenamento dos resíduos, causando a
contaminação do corpo hídrico a jusante da empresa
2 Descreva as características da área de ocorrência do dano.
A área atingida, faz parte da bacia do Rio das Velhas, e serve como abastecimento
para a população ribeirinha, além das empresas que cortam o ribeirão.
3 Quais os impactos causados pelo dano ambiental.
Impactos ecológicos, físicos e socioeconômicos
4 A poluição é de tipo pontual, difusa ou ambos os casos?
Difusa
5 Existem meios de se provar que ocorreu poluição nesse corpo d'água e que seja
eventualmente procedente de um emissor suspeito?
Existem
6 Quando existir mais de um emissor suspeito e grande distância um do outro pode se
provar, nesse caso, qual deles contribuiu para a poluição ou se foram todos?
Pode se provar, pode-se concluir que, além da explosão a empresa de esgotamento
sanitário, contribui para a contaminação do corpo hídrico
7 Quais empreendimentos (industriais, agrícolas, reatores nucleares, esgotos,
depósitos de rejeitos nucleares etc.) existem nas proximidades ou em ligação com o
corpo d'água?
Empresas de: esgotamento sanitário e pesquisa agropecuária
8 Ocorre alteração físico-química das águas (pH e Eh para caracterizarem as
condições redox, a condutividade, temperatura T, oxigênio dissolvido OD, demanda
bioquímica de oxigênio DBO)?
Ocorreu
9 Existe contaminação de substâncias orgânicas e de microorganismos?
Existem
10 Qual a fonte e respectivo tipo de abastecimento de água para a população do
município? Pormenorizar.
Através de cisternas
11 Existe poluente adsorvido em sedimentos de fundo de curso d'água nas
proximidades da possível fonte emissora?
Existem
12 Ocorreu ou ocorre ainda alteração visual e alteração olfativa das águas? Quando
(dia, mês, ano,hora)? Onde?
Sim. No dia 23/09/2015 a partir das 06:55 horas, no Ribeirão Jequitibá Mirim
13 Existem evidências de que possa ocorrer poluição de aquífero e cursos d'água?
Existem
14 Houve morte de pessoas (ocasionada pelo acidente) durante ou após o acidente?
Não
15 Foram atingidas espécies raras ou consideradas ameaçadas de extinção, ainda que
somente no local da infração? (art. 29, § 4º, I, Lei 9.605/98).
Não
16 Existem empreendimentos agrícolas, industriais ou núcleos urbanos em conexão
com a área contaminada?
Existem
17 Que implicação esse tipo de efluente pode ter sobre o meio circundante e sobre os
seres humanos?
Falta de abastecimento para a população
18 As populações ribeirinhas são dependentes economicamente desse corpo d'água?
Sim
19 Qual o tipo de dependência – consumo doméstico para limpeza, uso potável,
produção agrícola ou pesca?
Produção agrícola e pesca
20 É possível estimar os custos do dano e das reparações necessárias?
E Possível
21 É possível realizar reparações ambientais significativas?
E possível
22 Diante dos fatos é necessário monitorar os corpos d'água para uma avaliação de
responsabilidade?
E necessário, realizar o monitoramento do corpo hídrico, nos períodos seco e
chuvoso.
5. CONCLUSÃO

Após a verificação in locu, análises realizadas pela a equipe técnica do laudo,


verificou que houve sim contaminações do corpo hídrico, após o acidente, porem
verificou-se que anteriormente e após o acidente, encontraram requisitos de
contaminações de outros formas no corpo hídrico, não somente da explosão causada.

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