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ENGENHARIA, AVALIAÇÕES E PERÍCIAS

TELINO CABRAL PINHEIRO


Engenheiro Civil Engenheiro de Segurança CREA/RN Nº. 210.248.669-9
_____________________________________________________________________________________________

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA DA


FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE NATAL/ RN

Processo: 0803385-34.2013.8.20.0001
Ação: Ação de Obrigação de Fazer C/C Cobrança e Antecipação de Tutela
Autor: Maria Zenilda Queiroz de Vasconcelos
Réu: Estado do Rio Grande do Norte
Assuntos: Adicional de Insalubridade

TELINO CABRAL PINHEIRO, engenheiro civil, perito judicial nomeado nos


autos da “Ação de Procedimento comum”, em que figura como
demandante Maria Zenilda Queiroz de Vasconcelos, como demandado o
Município de Natal/RN, tendo procedido aos estudos pesquisas e diligência
que se fizeram necessários, vem apresentar a Vossa Excelência suas
conclusões consubstanciadas no seguinte laudo pericial, e pedir a
liberação dos honorários periciais.
Aproveito a oportunidade para solicitar a transferência dos honorários para
seguinte conta:
AG BANCO DO BRASIL: 1246-7
CC: 5375-9
CPF 51269252453

LAUDO TECNICO PERICIAL


OUTUBRO/2021

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SUMÁRIO

1.0- PRELIMINARES ..................................................................................................................... 3

2.0- INTERESSADO ...................................................................................................................... 3

3.0- OBEJETO................................................................................................................................3

4.0- OBEJETIVO.............................................................................................................................3

5.0- VISTORIA REALIZADA ........................................................................................................ 4

6.0 – DOCUMENTAÇÃO ANALISADA ......................................................................................... 5

7.0- METODOLOGIA .................................................................................................................... 5

8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL......................................................................................................6

9.0- DESCRIÇÃO DAS TIVIDADES...............................................................................................7

10.0- RISCOS OCUPACIONAIS...................................................................................................11

11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE ....................................................................................14

12.0- QUESITOS ..........................................................................................................................19

13.0- CONCLUSÃO .....................................................................................................................20

14.0- BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................20

15.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................21

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1.0- PRELIMINARES

Segundo a inicial a autora é funcionária pública do Estado do Rio Grande do Norte,


subordinada à Secretaria de Saúde Estadual, tendo ingressado no respectivo quadro por
meio de concurso público no ano de 1988, especificamente no cargo de enfermeira.
Afirma a inicial que a demandante quando ingressou no quadro de funcionários do
estado, após processo administrativo no ano de 2001 passou a receber o valor do
percentual referente ao adicional de periculosidade, na cifra correspondente a 40% do seu
vencimento base, movimentação esta que cessou, para sua surpresa, no mês de
novembro de 2012, voltando a ser paga novamente no ano de 2015. Diante da
inconformidade do corte de insalubridade sem justificativa, busca na justiça buscar o
retroativo do período que ficou sem receber.

2.0- INTERESSADO
Doutor Juízo de direito da 5º Vara da Fazenda Pública de Natal/RN , Autor e Réu e ao
final concluir.

3.0- OBJETO:
O objeto desta pericia foi o posto de trabalho da Sra. Maria Zenilda Queiroz de
Vasconcelos, na Unidade Básica de Saúde de Neópolis, sito Rua Jacuí, 378 - Neópolis,
Natal - RN, 59080-270

4.0- OBJETIVO
O presente Levantamento Pericial, objetiva verificar e emitir laudo
técnico de insalubridade, a respeito das atividades laborais da Sra. Maria Zenilda Queiroz
de Vasconcelos, na função de enfermeira, exercida na Unidade Básica de Saúde, sito a
Rua Jacuí, 378 - Neópolis, Natal - RN, 59080-270, e concluir se as atividades
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desenvolvidas fazem jus à percepção do adicional de insalubridade, conforme os termos


da Portaria 3.214/78 do MTb, a fim de embasar a decisão do Juízo 5º Vara da Fazenda
Pública da Comarca de Natal/RN.

5.0- VISTORIA REALIZADA


A vistoria foi realizada no dia 06 de Outubro de 2021, às 9:30 hrs, na Unidade Básica
de saúde de Neópolis, a Rua Jacuí, 378 - Neópolis, Natal - RN, 59080-270.
Estiveram presentes no local da perícia o Perito do Juízo Engº Civil/Segurança Telino
Cabral Pinheiro, a autora a Sra. Maria Zenilda Queiroz de Vasconcelos, a enfermeira de
plantão a Sra. Renata Araújo de Medeiros, RG: 1725603, e o diretor Técnico da Unidade
o Sr. Emanoel Inácio da Silva – Matricula 28.125-4 que nos acompanhou na diligência,
confirmando as atribuições das enfermeiras.
Na oportunidade solicitei a autora e a Sra. Renata que narrassem o seu labor. Segundo
a autora após sua chegada, ponto batido, se direcionava a sala de enfermagem para
receber o plantão, cumprindo horário de segunda a sexta feira das 7:00 as 13:00hrs. A
autora narra que no ano que ingressou no quadro do estado, circulou pelo interior do
estado nas cidades de Brejinho e São José, retornando a capital lotada na unidade mista
do bairro Dispt Rosado, e no ano de 1994 foi transferida para o distrito sul da capital
atuando na Unidade de Neópolis. Afirma a autora que nesta época a Unidade era portas
abertas, ou seja, recebia o público em geral, com doenças e enfermidades diversas, tais
como: Tuberculose, Sífilis, HIV, Meningite, entre outras doenças infectocontagiosas,
sendo estas as mais comuns.
Narra a autora e a Sra. Renata, enfermeira de plantão, que além do atendimento na
unidade ainda faziam visita domiciliar, para acompanhar os pacientes mais idosos, ou
sem recurso de se deslocar a unidade. Narra as enfermeiras que a unidade na época,
anos atrás quando atendia o público geral, tinha sala de vacinas que eram administradas
pelos enfermeiros, sala de curativos e pequenos procedimentos.

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Desta feita narra a autora e a Sra. Renata que fica exposta aos riscos biológicos
estando em contato direto de forma habitual com pacientes e familiares, em consultas ou
administrando medicações e na higienização dos instrumentos perfurocortantes utilizados
nos procedimentos, na sala de expurgo, sendo necessário devido a demanda, a quem
está de plantão.
Narra a autora que já foi contaminada por liquido de uma escarra quando estava
tratando uma escarra, estando está infeccionada, expeliu pús que atingiu o seu olho, e
teve que ser levada ao Giselda Trigueiros para fazer exames preventivos. Lembra a
autora que o fato ocorreu porque não se fazia uso do óculos de proteção e o liquido que
sai da escarra atingiu o seu olho. Narra também a autora que uma colega de trabalho
adquiriu tuberculose ocular, por entrar em contato com pacientes enfermos da doença.
Perguntado a autora e a Sra. Renata sobre o uso de EPI’s, se havia treinamentos em
relação ao uso de EPIs e procedimentos de segurança, ou qualquer evento sobre a
política prevencionista de segurança, (PPRA; PCMSO), estas falaram que não e que
antes da COVID, as máscaras para procedimentos eram incipientes e chegava a faltar, e
que muitas vezes tinham que comprar, quanto a política prevencionista desconhecem.

6.0 – DOCUMENTAÇÃO ANALISADA


A documentação utilizada na elaboração desse trabalho técnico foi retirada, dos autos
do processo em epígrafe, entrevistas feitas a autora e funcionários, conforme listados
anteriormente, e documentos requisitados as partes.

7.0- METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta perícia consiste em analisar qualitativamente as
condições insalubres no desenvolvimento das atividades laborais da Sra. Maria Zenilda
Queiroz de Vasconcelos, que exerceu a função de enfermeira, na unidade Básica de
Neópolis. Observando o disposto da Portaria 3.214/78 do MTb, que aprova as NR’S e

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regulamenta o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT,


relativas à Segurança e Medicina do Trabalho e o artigo 190, que diz a obrigatoriedade da
notificação das doenças profissionais, produzidas pelo trabalho ou em consequência do
trabalho nas atividades insalubres. Analisar a documentação apresentada pela empresa
embasando-se na Nr 15, que regulariza as atividades e operações insalubres com
observância aos seus anexos. Utilizando-se do artigo 429 do CPC, para formulação
técnica da prova, como também fazer uso de pesquisas na literatura a respeito do
assunto.

8.0- AVALIAÇÃO AMBIENTAL


A avaliação ambiental foi realizada utilizando-se o Método da Avaliação qualitativa, em
conformidade com o disposto na Portaria nº 3. 214 de 22 de junho de 1978 que a provou
as NR – Normas Regulamentadoras, e da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho,
ambos amparados pela nossa Carta Magna, CF/88.

8.1- MÉTODO QUALITATIVO


A avaliação qualitativa foi realizada com uma inspeção in loco da qualidade do
ambiente de trabalho da autora na área da Unidade Básica, levando em consideração a
higiene ocupacional, métodos de trabalho, meios operacionais. Detalhando as condições
físicas de iluminação, ventilação e riscos físicos, inerentes as atividades individuais e ao
coletivo.
Para ajudar no entendimento dos processos e esclarecimentos de dúvidas foram
tomados depoimentos dos funcionários outrora citados, que participaram diretamente e
indiretamente, confrontando as informações com o disposto nas Normas
Regulamentadoras – NR’S que juntos ajudaram no resultado conclusivo deste laudo
pericial.

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9.0- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:


9.1- São atribuições do Enfermeiro nas Unidades de Pronto Atendimento:
• Presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico;
• Prepara e ministra medicamentos;
• Viabiliza a execução de exames complementares necessários à diagnose;
• Instala sondas nasogástricas, nasoenterais e vesicais em pacientes;
• Realiza troca de traqueotomia e punção venosa com cateter;
• Efetua curativos de maior complexidade;
• Preparam instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e
desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos
diversos;
• Realiza o controle dos sinais vitais;
• Executa a consulta de enfermagem, diagnóstico, plano de cuidados, terapêutica
em enfermagem e evolução dos pacientes registrando no prontuário;
• Administra, coordena, qualifica e supervisionam todo o cuidado ao paciente, o
serviço de enfermagem em emergência e a equipe de enfermagem sob sua
gerência.

9.1.2- Dentre as atividades administrativas efetuadas pelo enfermeiro:


• Realiza a estatística dos atendimentos ocorridos na unidade;
• Lidera a equipe de enfermagem no atendimento dos pacientes críticos e não
críticos;
• Coordena as atividades do pessoal de recepção, hotelaria, limpeza e portaria;
• Soluciona problemas decorrentes com o atendimento médico-ambulatorial;
• Aloca pessoal e recursos materiais necessários;
• Realiza a escala diária e mensal da equipe de enfermagem;

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• Controla estoque de material, insumos e medicamentos;


• Verifica a necessidade de manutenção dos equipamentos do setor.
9.2- Declaração Diretor da Unidade Básica:

9.3- REGISTRO AMBIENTE DE TRABALHO

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10- RISCOS OCUPACIONAIS/CONCEITOS:


10.1- FÍSICOS: RUÍDO; CALOR
10.1.1- RUÍDO:
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de
Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
De acordo com a NR 15 – Anexo I, o limite de tolerância para ruído continuo ou
intermitente é de 85 DB, para uma jornada de 8 hrs de trabalho.

10.1.2- CALOR:
Calor é o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a outro -
ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferença
de temperatura entre eles.
De acordo com a NR 3 CALOR – Quadro I – Tipo de Atividade – Regime de Trabalho
Intermitente com descanso no próprio local de trabalho (por hora), sendo a atividade
moderada a jornada de trabalho com 08 hrs diárias é permitida em ambientes até 26,7º C.

10.1.3- ACIDENTES:
De acordo com a NR 5 (CIPA-COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTE), a empresa deve ter como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

10.1.4- QUIMICOS:
São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do
trabalhador pela via respiratória, ter contato ou ser absorvidas pelo organismo através
da pele ou por ingestão.

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Os produtos químicos são largamente utilizados em hospitais, unidades de saúde,


com diversas finalidades, como agentes de limpeza, desinfecção e esterilização
(quartenários de amônio, glutaraldeído, óxido de etileno, etc.).
São empregados também como soluções medicamentosas (drogas quimioterápicas,
psicotrópicos, gases medicinais, etc.).
De acordo com a NR 7 a empresa deve estabelecer a elaboração e implementação
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
O SESMT do Hospital ou Unidade de saúde deverá possuir a ficha de segurança de
cada produto que entra no hospital, sendo obtido por meio de exigências e avaliações
feitas antes da opção de compra. Deste modo, todos os produtos químicos e seus riscos
podem ser conhecidos pelos profissionais da área de segurança, permitindo que
adequadas medidas de controle possam ser adotadas.

10.1.5- BIOLÓGICOS:
Bactérias, vírus, fungos, protozoários, bacilos e parasitas são exemplos de agentes de
risco biológico. Hospitais apresentam diversas fontes de contaminação por agentes
biológicos, em especial o contato das mãos com os olhos ou a boca, feridas na pele
exposta e possibilidade de perfuração cutânea.
De acordo com a NR 15, Anexo 14, a relação das atividades que envolvem agentes
biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. Insalubridade de
grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com:
• “...pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos
de seu uso, não previamente esterilizados;
• hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de
vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como

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aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente


esterilizados) ...”

10.1.5.1- NR 32:
Em 2002, o então Ministério do Trabalho e Emprego constituiu um Grupo Técnico (GT),
que elaborou o texto básico sobre o tema segurança e saúde no trabalho em serviços de
saúde NR-32, em conformidade com os procedimentos para elaboração de normas na
área da segurança e saúde no trabalho previstos na Portaria MTb nº 393, de 09 de abril
de 1996. Desde então passou por reformas e mudanças sendo a última concretizada em
04 e 05 de junho de 2019.
A norma NR 32 estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores, dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
A norma aperfeiçoou o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previsto
na Norma Regulamentadora nº 09 (NR-9), e o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), previsto na Norma Regulamentadora nº 07 (NR-7), devido à
importância e as peculiaridades da exposição aos riscos biológicos, químicos e radiações
ionizantes nos serviços de saúde.
Como norma setorial, conforme classificação estabelecida pela Portaria SIT n° 787, de
28 de novembro de 2018, os aspectos de segurança e saúde no trabalho abordados nas
demais normas regulamentadoras gerais e especiais e não especificados na NR-32
também devem ser cumpridos. Por exemplo, a existência de vasos de pressão
(autoclaves) e caldeiras é muito comum nos serviços de saúde e, portanto, para esses
equipamentos, devem ser atendidas as exigências estabelecidas na Norma
Regulamentadora nº 13 (NR-13) – Caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques
metálicos de armazenamento.

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Outros temas igualmente relevantes são abordados na norma, como resíduos


(inclusive, os materiais perfuro cortantes, que causam tantos acidentes do trabalho),
condições de conforto por ocasião das refeições, lavanderias, serviços de limpeza e
conservação, manutenção de máquinas e equipamentos, condições ambientais (ruído,
iluminação, conforto térmico) e ergonomia.

11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE:

A política Prevencionista de Higiene e Saúde do Trabalhador, conforme a lei Lei n.º


6.514, de 22 de Dezembro de 1977, que aprova as NR's - do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, devendo esta ser de obrigatoriedade do órgão gestor
seja ele público ou privado, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:
1.2 Campo de aplicação, em destaque a obrigatoriedade dos órgãos públicos:
..."1.2.1.1 As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT.." :

11.1- RUÍDO:

Não foram evidenciados riscos no labor da autora

11.2- CALOR:

Não foram evidenciados riscos no labor da autora

11.3- QUIMICO:
Não fora evidenciado.
11.4- EVIDENCIAS REGISTRO DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS:
A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos,
enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e
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outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e


estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os
arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
Devendo as instituições de saúdes públicas ou privadas constituírem suas Comissões
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), visando a melhoria da qualidade da
assistência e a biossegurança de clientes internos e externos, atendendo aos requisitos
do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), do Ministério da Saúde, o INI e o
IFF.
A unidade de saúde de Neópolis não apresentou o registro das doenças
infectocontagiosas. No entanto conforme anamnese com a autora e a enfermeira de
plantão, estás narraram que acolhiam pacientes com enfermidades diversas entre outras:
Meningite, HIV, Tuberculose.

11.5- BIOLÓGICOS
Fica evidenciado na diligência o risco Biológico, estando este presente no ambiente, e
nas atribuições de enfermagem exercidas pela autora, através da manipulação de
materiais perfurocortantes como: agulhas, lâminas de bisturi e instrumental cirúrgico
contaminados por sangue e secreções corporais, realizava punções venosas,
cateterismos vesicais e nasogástrica, administração de soluções medicamentosas por via
intramuscular e endovenosas, auxiliava em procedimentos de suturas e realizava
curativos de feridas limpas, contaminadas e demais cuidados emergenciais inerentes a
prática de Enfermagem, privativo ao Enfermeiro.
Conforme a NR 15, Anexo 14- Riscos Biológicos: é de obrigatoriedade o adicional de
Insalubridade aos profissionais em contato:
“hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e
outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se

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unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados) ...”
Desta feita, ficou a autora exposta, entre outros riscos, o biológico, no atendimento
prestado aos pacientes, conforme suas atribuições.
Os riscos aos quais a autora fora submetida foram potencializados pela negligencia do
gestor público em não apresentar (cumprir) a Política de Segurança, descumprindo a
legislação, conforme estabelece a Lei n.º 6.514, CAPITULO 5 – SEÇÃO I- DISPOSIÇÕES
GERAIS – DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, artigos 154 a 159, em
destaque o Artigo 157:

...“Art . 157 - Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente;” ...

Sendo de obrigação do gestor público ou privado, manter a política prevencionista de


Segurança e Medicina em Saúde do Trabalhador, implantando e garantindo a sua
manutenção, conforme estabelece as NR’s: (NR 9 PPRA, NR 7 PCMSO)., desta feita o
não cumprimento já torna o ambiente insalubre.

Segundo Araújo (2002), sobre insalubridade:

(...) Destaca-se que o adicional de insalubridade foi criado para penalizar


o empregador pelo descaso às ações preventivas. Por isso, ele não é um
bônus, tão pouco deveria ser eterno. Não foi intenção do legislador, ao
elaborar o texto legal, perpetuar o pagamento do adicional de
insalubridade. Se este fosse o caso, estaria, o legislador, incentivado o
descaso e desestimulando a adoção de medidas preventivas, que elevam
os padrões mínimos de segurança no ambiente de trabalho, garantem a
integridade física e preservam a saúde dos trabalhadores envolvidos com
atividades e operações insalubres.

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11.5.1- EVIDENCIAS REGISTRO DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS:


A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos,
enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e
outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os
arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
Devendo as instituições de saúdes públicas ou privadas constituírem suas Comissões
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), visando a melhoria da qualidade da
assistência e a biossegurança de clientes internos e externos, atendendo aos requisitos
do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), do Ministério da Saúde, o INI e o
IFF.
A unidade de saúde mista de Mãe Luiza não apresentou o registro das doenças
infectocontagiosas. No entanto sendo a unidade referência para o teste da Tuberculose,
doença infectocontagiosa, do Distrito Sanitário Leste, conforme COSEMRN, fica
evidenciado entre outras doenças infectocontagiosas, que podem ser acometidas pelos
pacientes transeuntes da Unidade, o risco de contagio, a qual a autora fora submetida.

12.0- QUESITO:
12.1- Quesitos parte Ré:
A) Qual trabalho foi desenvolvido– e está sendo – pelo(a) autor(a), desde outubro de 2012,
e em quais unidades, de qual órgão ou secretaria?
Resposta: Na unidade Básica de Saúde de Neópolis (2011 a 2013) e na Unidade Básica de
Saúde de Candelária (2014 a 2015), em seguida foi transferida para o Hospital João
Machado.
B) Desde outubro/2012, houve mudança de setores ou de locais de trabalho? Em caso
afirmativo, quais os órgãos e períodos?
Resposta: Sim, mudança de local de trabalho, conforme informado no quesito anterior.

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C) Em caso afirmativo, em todos os órgãos e setores o(a) demandante prestou serviços com
submissão a agentes insalubres?
Resposta: A diligência fora realizada, conforme indicação da autora na Unidade Básica de
Saúde de Neópolis, a qual se constatou que as atribuições desenvolvidas na função de
enfermeira pela autora são insalubres, conforme explanado no item 11.0-PESQUISAS DE
INSALUBRIDADE, desta epígrafe.
D) Em caso afirmativo, essa submissão era habitual ou eventual? Quais eram esses
agentes?
Resposta: As atribuições desenvolvidas pela autora, conforme suas atribuições são
habituais, agravadas pela negligência do gestor em não manter uma politica prevencionista
conforme rege a Lei n.º 6.514, CAPITULO 5 – SEÇÃO I- DISPOSIÇÕES GERAIS – DA
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, artigos 154 a 159.
E) Ainda em caso afirmativo, qual o grau da insalubridade existente e com base em que
norma ele foi aferido?
Resposta:
Segundo a NR 15-Anexo 14-Agentes Biológicos: insalubridade grau médio 20%

(...) hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos


de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da
saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com
os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses
pacientes, não previamente esterilizados.
F) Ainda em caso afirmativo, o(a) autor(a) trabalhou com equipamentos de proteção
individual contra os agentes nocivos?
Resposta: Não foi apresentado registro de entrega de EPI’s, conforme a NR 6.
Eles são disponibilizados pelas unidades em que trabalhou? Na hipótese de afirmação,
quais os equipamentos e eles fazem reduzir o grau de exposição aos referidos agentes ou
extinguir a insalubridade?
Resposta: Como dito no quesito anterior, não foi apresentado registro de EPI. E quando na
anamnese com a autora, esta narrou que chegou a se contaminar com liquido de uma
escarra, quando estava em procedimento, por falta do uso do óculo de proteção, como
também narra que as máscaras cirúrgicas e luvas descartáveis eram insuficientes e que
muitas vezes compravam.
G) Todos os servidores/empregados que ocupam o mesmo cargo/função do(a) demandante,
e laboram nos referidos órgãos, trabalham em condições insalubres ou algumas das
atividades inerentes ao cargo/função não se submetem a tais condições?
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Resposta: sim todos os servidores que ocupam o cargo de enfermeira na Unidade Básica de
Saúde de Neópolis, laboram em condições insalubres.

12.1- QUESITO PARTE AUTORA:


a) É possível afirmar que o ambiente em inspeção apresenta condições hostis perigo ou
insalubridade, de modo comprometer o profissional que nesse lugar labora.
Se positivo, em qual grau e intensidade?
Resposta: A diligência fora realizada, conforme indicação na Unidade Básica de Saúde de
Neópolis, a qual se constatou que as atribuições desenvolvidas na função de enfermeira
pela autora são insalubres, conforme explanado no item 11.0-PESQUISAS DE
INSALUBRIDADE, desta epígrafe.
Segundo a NR 15-Anexo 14-Agentes Biológicos: insalubridade grau médio 20%

(...) hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos


de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da
saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com
os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses
pacientes, não previamente esterilizados.
b) Em relação ao período no qual a autora laborou no local em inspeção, é afirmar que
mantém as mesmas condições, hoje, daquelas anteriores?
Resposta: Atualmente a Unidade Básica, esta como policlínica, mas conforme explanado
11.0-PESQUISAS DE INSALUBRIDADE, desta epígrafe, as atribuições na função de
enfermeira(o) são insalubres.
c) Há alguma mudança estrutural no ambiente de trabalho em avaliação que vincule
redução da agressividade insalubre ou perigosa em análise? Se sim, a partir de qual data
iniciou essa mudança?
Resposta: Sim, em relação a época que atendia público aberto, de forma geral, os riscos
eram maiores, no entanto, a insalubridade foi constatada na função de enfermeira como
explanado neste laudo.
d) Eventuais conclusões e decisões acerca de possível diminuição ou erradicação das
condições hostis em comento foram atestadas por algum estudo pericial que assim
constatasse? Se sim, quais análises foram efetivadas e em qual data?
Resposta: Não foi apresentado nenhum laudo ou documentos em relação a política
prevencionista de segurança por parte do gestor público, que venha diminuir ou erradicar os
riscos as atribuições dos profissionais que ali laboram.

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13.0- CONCLUSÃO:

Após análise detalhada e criteriosa sobre os resultados colhidos durante a pericia e


provas acostadas aos autos e/ou apresentados pelas partes, constata-se que a
reclamante no seu labor diário na função de Enfermeira, fica sujeita aos riscos biológicos
do ambiente insalubre na Unidade Básica de Neópolis, agravada pela negligência do
gestor público, que não mantêm uma política prevencionista de Segurança em Medicina
da Saúde do trabalhador, desta feita a autora labora em ambiente insalubre com direito ao
adicional de insalubridade de 20% acrescidos ao salário.

14.0- BIBLIOGRAFIA:

NBR 13.752:1996 - PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL;


NR 15 E ANEXOS (1- RUÍDO; 3- CALOR; 13- AGENTES QUIMICOS NÃO
RELACIONADOS NOS ANEXO 11 E 12 ; ANEXO 14 –RISCOS BILÓGICOS);
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA;
NR 9- PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS-PPRA;
NR 7-PROGRAMA DE CONTROLE MEDICO DE SAUDE OCUPACIONAL-PCMSO
ARAÚJO, GIOVANNI, PERICIAS E AVALIAÇÕES DE RUÍDO E CALOR, 2002;
LEI N.º 6.514-22 DE DEZEMBRO DE 1977.

Diante dos fatos:


Cabe ao magistrado, após o depoimento das partes, oitiva das testemunhas e análise
dos documentos juntados nos autos, com fundamento na legislação, na doutrina e na
jurisprudência, prolatar sentença segundo suas convicções.

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15.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nada mais havendo a esclarecer, o signatário dá por encerrado o presente trabalho


pericial que consta de 21 (vinte e um) folhas digitadas, sendo a última datada e assinada.

Natal/RN, 11 de outubro de 2021.

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