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ANTONIO PEDRO TESSARO

MsC. Eng. Eletricista e Seg. do Trabalho


Crea- SC 27.957-8
Perito Judicial- Professor Universitário

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL


FEDERAL CIVEL DE CAÇADOR- SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA

Antonio Pedro Tessaro, Engenheiro Eletricista e de Segurança do


Trabalho – CREA SC 27.957-8, nomeado para efetuar perícia no
processo AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM
ORDINÁRIO) Nº 5001582-13.2011.404.7211 /SC em que é autor
Marcos Antonio Dobrochinski e réu Instituto Nacional do Seguro
Social- INSS, vem apresentar o laudo pericial abaixo.

Informamos que as partes envolvidas foram comunicadas da realização


da perícia acima mencionada, mediante a inserção do evento no e-proc.
Fone (49) 8402.6504
E-mail: tessaro@gegnet.com.br
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ANTONIO PEDRO TESSARO
MsC. Eng. Eletricista e Seg. do Trabalho
Crea- SC 27.957-8
Perito Judicial- Professor Universitário

LAUDO PERICIAL
1 – IDENTIFICAÇÃO:
Nome do autor: Marcos Antonio Dobrochinski
Nome do Réu: INSS

2- OBJETIVO:
Tem este laudo pericial, o objetivo de levantar, relatar e analisar as condições de
trabalho do Autor, atentando para a ocorrência de condições de enquadramento da atividade
como especial, culminando em aposentadoria especial se for o caso. Com base nas
informações citadas acima, responder aos quesitos solicitados pelo Juízo e pelas partes.
Salientamos da importância da presença das partes por ocasião da perícia e entrevista
pessoal.

3 – METODOLOGIA:
A metodologia utilizada na elaboração deste laudo técnico pericial segue o prescrito
na Port. MTb. 3214/78 - Norma Regulamentadora NR-15. e na PORTARIA Nº. 3.311, de 29
de novembro de 1989, que constará dos itens abaixo:
3.1. A diligência poderá ser composta dos seguintes passos:
3.1.1. Quando a empresa estiver em atividade e não tiver mudado substancialmente o
processo de produção e lay-out:
- Verificação in locu das atividades desempenhadas pelo autor;
- Medição quando possível dos valores de ruídos e outros agentes de forma
quantitativa. A verificação qualitativa se dará por analise do local e condições de trabalho.
- Utilização de informações dos laudos ambientais da empresa, quer sejam eles
realizados pelo departamento de segurança ou realizados por empresas especializadas.
- Entrevista pessoal com o autor, composta de informações sobre as atividades
desenvolvidas
- Entrevista/contato com pessoas que trabalharam junto com o autor.

3.1.2. Quando a empresa estiver em atividade e tiver alterado substancialmente o


processo de produção e lay-out:
- Utilização de informações dos laudos ambientais da empresa, contemporâneos,
quer sejam eles realizados pelo departamento de segurança ou realizados por empresas
especializadas e laudos periciais realizados por este perito em processos de aposentadoria
especial.
- Entrevista pessoal com o autor, composta de informações sobre as atividades
desenvolvidas
- Entrevista/contato com pessoas que trabalharam junto com o autor.

3.1.3. Quando a empresa não está mais em atividade.


- Utilização de informações dos laudos ambientais da empresa, contemporâneos,
quer sejam eles realizados pelo departamento de segurança ou realizados por empresas
especializadas e laudos periciais realizados por este perito em processos de aposentadoria
especial.
- Entrevista pessoal com o autor, composta de informações sobre as atividades
desenvolvidas
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- Entrevista/contato com pessoas que trabalharam junto com o autor.

3.2. Laudo ambiental, que constará de:


- Informações iniciais
- Avaliação quantitativa de riscos ambientais e seu enquadramento legal
- Avaliação qualitativa de riscos ambientais e seu enquadramento legal
- Respostas aos quesitos do Juízo e das partes.
- Conclusão da Perícia.

3.3. Habitualidade e permanência:


3.3.1. Até a edição da lei 9032/95, não há exigência da habitualidade e permanência para
os agentes nocivos.

3.3.2. A partir de 29.04.1995, de acordo com a lei 9032/95, exigiu-se habitualidade e


permanência aos agentes nocivos. Como não existia uma denominação clara sobre estes
conceitos, utilizarei a descrita segundo a portaria 3.311 de 29 de novembro de 1989, valendo
até 18.11.2003:
4.4 - do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a
quantidade de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado
risco operacional sem proteção, multiplicado pelo número de vezes que esta
exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar
exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição
se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então seu tempo de
exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se,
entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete
por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 min/dia de
trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição
se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-
se que a exposição é de natureza continua.
3.3.3. A partir da edição do Decreto 4.882 de 19.11.2003, fica valendo a seguinte
classificação para trabalhos permanentes:

"Art. 65. Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele
que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja
indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso


determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento
decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade,
desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade
considerada especial." (NR)

4 - DISPOSITIVOS LEGAIS APLICÁVEIS:


4.1. RELATIVOS À APOSENTADORIA ESPECIAL
4.1.1. LEI Nº. 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 e alterações posteriores. “Dispõe sobre os
Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.”

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4.1.2. DECRETO Nº 53.831 - DE 25 DE MARÇO DE 1964 - DOU DE 10/4/64 – Revogado


DECRETO Nº (DECRETO Nº 83.080 DE 24 DE JANEIRO DE 1979) – Revogado

4.1.3. DECRETO Nº 2.172 - DE 5 DE MARÇO DE 1997 - DOU DE 06/03/97 (Revogado pelo


Decreto nº 3.048 - de 06 de maio de 1999

4.2. RELATIVOS À SEGURANÇA DO TRABALHO


4.2.1. PORTARIA N.º 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978, que Aprova as Normas
Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho,
relativas à Segurança.
4.2.1.1. NR 6, que dispõe sobre Equipamento de Proteção Individual, e atualizações
realizadas pelas Portarias nº. 12 de 03/12/90, nº. 5 de 28/10/91, nº. 3 de 20/02/92, nº. 2 de
20/05/92, nº. 6 de 19/08/92, nº. 26 de 29/12/94, nº. 25 de 15/10/01 e nº. 48 de 25/03/2003.
4.2.1.2. NR – 15 e anexos que dispõem sobre Atividades e Operações Insalubres.

4.2.1.3. NR 16 e seus anexos que dispõem sobre Atividades de Operações Perigosas, e


Decreto nº 93.412, de 14 de outubro de 1986
Publicado no DOU de 15/10/1986, que Revoga o Decreto nº 92.212, de 26-12-1985,
regulamenta a Lei nº 7.369, de 20-09-1985, que institui salário adicional para empregados do
setor de energia elétrica, em condições de periculosidade e dá outras providências.

4.2.2. DECRETO-LEI Nº. 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 e suas atualizações, que criam a
Consolidação das Leis do Trabalho.
 Seção XII,
 Cap. V do Título II da CLT, Art. 189.
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos a saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos”.
 Seção XIII, Cap. V do Título II da CLT, Art. 191.
“A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorre:
I – Com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;
II – Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância”.
 Seção XIII, Cap.V do Título II da CLT, Art. 194.
“O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade
cessará com a eliminação do risco a sua saúde ou integridade física nos
termos desta seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho”.

4.2.3. PORTARIA N.º 3.311 de 29 de Novembro de 1989, que Estabelece os princípios


norteadores do programa do programa de desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção
do Trabalho e dá outras providências.

5 – DILIGÊNCIA COM O AUTOR:


5.1. DATA E HORA DA PERÍCIA: 16 de maio de 2012, às 13:30 no escritório deste
profissional, no município de Caçador-SC
5.2. ACOMPANHANTES DA PERÍCIA: o autor e seu procurador.
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5.3. FONTES DE INFORMAÇÃO: O presente trabalho técnico tem as seguintes fontes de


informação:
5.3.1. Documentos:
5.3.1.1. Autos do processo constantes no e-proc.
5.3.1.2. Bibliografia contida no item 12 deste laudo.
5.3.1.3. Documentos em anexo a este laudo pericial quando for o caso.
5.3.1.4. Laudos periciais realizados por este perito para condições semelhantes de trabalho.
5.3.2. Vistoria e análise quantitativa e qualitativa dos agentes nocivos nos locais de trabalho,
descritos no item 7 do presente laudo.
5.4. ENTREVISTAS: informei da importância das informações prestadas. As mesmas
encontram-se abaixo.
5.4.1. Quadro 1:
Servente de Serviços
Gerais/Setor: Fábrica de caixões.
- Trabalhava junto 12 pessoas.
- Tinha no local 2 circulares, 2
destopadeiras e 01 plaina.
- Fazia uma media de 40 caixões
Funerária Caçador por semana
Período/empresa/atividade: 21/11/1982 a
Ltda. - Quando necessário, fazia a
05/05/1986
pintura usando a pistola.
- Trabalhava em pé.
- todas as máquinas
funcionavam, algumas ao mesmo
tempo outras não, mas sempre
tinha barulho no ambiente de
trabalho

CHECK LIST –ENTREVISTA PESSOAL Sim Não NA

01 – Operacional?

02 – Chefia?

03 – Somente em um local durante a jornada?

04 – Horário comercial?

05 – Turno?

06 - Várias etapas de trabalho que culminam em movimentação em diversos


lugares dentro da empresa?

07 – Trabalho manual?

08 – Usava ferramentas manuais, como martelo, marreta, chave de fenda


durante toda a jornada de trabalho?

09 – Usava ferramentas fixas como compressor, aparelho de solda, esmeril de


bancada, serra circular, destopadeira, furadeira de bancada durante toda a
jornada de trabalho?

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09.1 – Usava ferramentas elétricas manuais, como serra circular, serra mármore
entre outras?

10 – Atividade em pé?

11 – Atividade em movimentação em torno de equipamento ou processo?

12 – Agente nocivo?

12.1. Ruído:

12.2. Calor

12.3 Umidade.

12.4. Produtos químicos:

12.5. Produtos químicos 1

12.6. Produtos químicos 2

12.7. Outros

13 – Exposição contínua ao mesmo agente durante toda a jornada? .

14 – Contato aéreo ?

15 – Contato cutâneo?

16 – Tinha EPI?

17 – Tinha proteção nas máquinas para evitar agente nocivo?

18 – Local teve alteração significativa á época de trabalho do autor?

19 – Recebia insalubridade pelas atividades desenvolvidas?

20 – Ficou afastado em decorrência dos riscos determinados anteriormente


atividades desenvolvidas?

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Fábrica de Urnas Entalhador/Setor Fábrica: idem


Período/empresa/atividade 01/08/1986 a Munaro anterior Somente trocou o dono.
30/12/1987 Ltda.

CHECK LIST –ENTREVISTA PESSOAL Sim Não NA

01 – Operacional?

02 – Chefia?

03 – Somente em um local durante a jornada?

04 – Horário comercial?

05 – Turno?

06 - Várias etapas de trabalho que culminam em movimentação em diversos


lugares dentro da empresa?

07 – Trabalho manual?

08 – Usava ferramentas manuais, como martelo, marreta, chave de fenda


durante toda a jornada de trabalho?

09 – Usava ferramentas fixas como compressor, aparelho de solda, esmeril de


bancada, serra circular, destopadeira, furadeira de bancada durante toda a
jornada de trabalho?

09.1 – Usava ferramentas elétricas manuais, como serra circular, serra


mármore entre outras?

10 – Atividade em pé?

11 – Atividade em movimentação em torno de equipamento ou processo?

12 – Agente nocivo?

12.1. Ruído:

12.2. Calor

12.3 Umidade.

12.4. Produtos químicos:

12.5. Produtos químicos 1

12.6. Produtos químicos 2

12.7. Outros

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13 – Exposição contínua ao mesmo agente durante toda a jornada? .

14 – Contato aéreo ?

15 – Contato cutâneo?

16 – Tinha EPI?

17 – Tinha proteção nas máquinas para evitar agente nocivo?

18 – Local teve alteração significativa á época de trabalho do autor?

19 – Recebia insalubridade pelas atividades desenvolvidas?

20 – Ficou afastado em decorrência dos riscos determinados anteriormente


atividades desenvolvidas?

Fábrica de Urnas
01/02/1988 a
Período/empresa/atividade Munaro
22/12/1988 Montador: idem anterior
Ltda.

CHECK LIST –ENTREVISTA PESSOAL Sim Não NA

01 – Operacional?

02 – Chefia?

03 – Somente em um local durante a jornada?

04 – Horário comercial?

05 – Turno?

06 - Várias etapas de trabalho que culminam em movimentação em diversos


lugares dentro da empresa?

07 – Trabalho manual?

08 – Usava ferramentas manuais, como martelo, marreta, chave de fenda


durante toda a jornada de trabalho?

09 – Usava ferramentas fixas como compressor, aparelho de solda, esmeril de


bancada, serra circular, destopadeira, furadeira de bancada durante toda a
jornada de trabalho?

09.1 – Usava ferramentas elétricas manuais, como serra circular, serra


mármore entre outras?

10 – Atividade em pé?

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11 – Atividade em movimentação em torno de equipamento ou processo?

12 – Agente nocivo?

12.1. Ruído:

12.2. Calor

12.3 Umidade.

12.4. Produtos químicos:

12.5. Produtos químicos 1

12.6. Produtos químicos 2

12.7. Outros

13 – Exposição contínua ao mesmo agente durante toda a jornada? .

14 – Contato aéreo ?

15 – Contato cutâneo?

16 – Tinha EPI?

17 – Tinha proteção nas máquinas para evitar agente nocivo?

18 – Local teve alteração significativa á época de trabalho do autor?

19 – Recebia insalubridade pelas atividades desenvolvidas?

20 – Ficou afastado em decorrência dos riscos determinados anteriormente


atividades desenvolvidas?

5.4.2. Considerações gerais: o autor deixou seu telefone de contato (88 22 69 33)

5.4.3. Contato com as empresas que o autor trabalhou: nada a acrescentar.

5.4.4. Fotografias do local de trabalho do autor: fomos até a empresa Felix, indústria de
urnas, onde tiramos fotografias do processo, semelhante ao do trabalhado pelo autor nos
períodos considerados

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Fotografia 1: Detalhe de uma máquina usada no processo de fabricação das urnas

Fotografia 2: Detalhe da tampa, depois de feita a moldura

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Fotografia 3: Detalhe das urnas em processo de montagem

Fotografia 4: Detalhe de um ponto de montagem de urna

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Fotografia 5: Idem

Fotografia 6: Detalhe das urnas montadas e pintadas

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Fotografia 7: Detalhe das tampas das urnas

5.4.5. Contato com pessoas que trabalharam com o autor: entramos em contato com o
Sr. Loreni Alburquerque dos Santos ( CI- 10 R 1.918.852), telefone: 9996 2290. Confirmou
as atividades desenvolvidas pelo autor. Informou ainda que o local era uma marcenaria, com
várias maquinas e equipamentos funcionando ao mesmo tempo. Fabricavam diversas urnas
por dia.

6 – LAUDO AMBIENTAL:
6.1. Informações iniciais: os dados apresentados abaixo, foram retirados dos documentos
do processo, fornecidos pelas empresas em que o autor laborou, quando disponíveis e
levantamentos in locu, efetuado por este perito.
Será utilizada a seguinte legenda, segundo o item 3.3. deste laudo, considerando
uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Para o enquadramento legal, somente serão
consideradas as condições e ou agentes nocivos, expressamente mencionadas nas
legislações afetas ás questões previdenciárias.
HP (Habitual e permanente): Processo continuo de produção e o autor ficando no
mesmo local de trabalho, sem interrupções, e sujeito ao mesmo agente nocivo durante a
maior parte da jornada de trabalho. 1
TP (Trabalho permanente): trabalho permanente quando o agente for indissociável
nas diversas etapas da atividade desenvolvida pelo autor. Ou seja, sem a presença do
agente, a tarefa não pode ser executada e ou cumprida.2
HICAN (Habitual e intermitente com presença de agentes nocivos): Processo
intermitente, com interrupções no processo de produção, sendo que o autor desempenha

1
Somente exigido a partir de 29 de abril de 1995, na Lei nº 9.032/95
2
Definido pelo Decreto 4882 de 19.11.2003, para a função exercida de forma Permanente.
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outras atividades em outros locais, com a presença de ao menos um agente nocivo diferente
durante a jornada de trabalho, segundo a legislação vigente. O contato pode ser direto ou
indireto, no caso de agentes que possam ser nocivos à pele, olhos ou outra parte do corpo.
HISAN (Habitual e intermitente sem presença de agentes nocivos): Processo
intermitente, com interrupções no processo de produção, sendo que o autor desempenha
outras atividades em outros locais, intercalando espaços de tempo sem nenhum agente
nocivo à sua saúde, segundo a legislação vigente.
EI (Eventual e intermitente): Processo intermitente, com interrupções no processo
de produção, sendo que o autor eventualmente desempenha atividades em ambiente nocivo
a sua saúde.
PC (Possibilidade de contágio): utiliza-se esta classificação quando o agente nocivo
pode ou não atingir o autor, dependendo da intensidade, classificação, forma de contato e
presença no ambiente de trabalho. Trabalha-se com a incerteza pois não é possível precisar
a nocividade do agente.
NA (Não se aplica): Não tem aplicação para o presente caso
NED (Não foram encontrados documentos): não foram encontrados documentos
referentes ao fornecimento de equipamentos de proteção individual
LT: Limite de tolerância3
6.2. Riscos Ambientais, Quantitativo 4 e qualitativo 5
PERIODO AGENTE ENQUADRAMENTO
DECRETO VALOR/LT EXPOSIÇÃO EPI
6
Ruído 83080-1.1.5 83,5 dB(A)/80 dB(A) HP NED
no setor de
montagem de urnas
7
87,5 dB(A)/80 dB(A)
21/11/1982 a 05/05/1986
no setor de
fabricação das peças
para montagem das
urnas
8
Ruído 83080-1.1.5 83,5 dB(A)/80 dB(A) HP NED
no setor de
montagem de urnas
9
01/08/1986 a 30/12/1987 87,5 dB(A)/80 dB(A)
no setor de
fabricação das peças
para montagem das

3
DEFINIÇÃO DA ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists): “Os limites de exposição referem-se a
concentrações de substâncias químicas dispersas no ar, bem como a intensidade de agentes físicos de natureza acústica,
eletromagnética, ergonômica, mecânica e térmica, e representam condições às quais se acredita a maioria dos trabalhadores possa estar
exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde”. DEFINIÇÃO DA FUNDACENTRO (RUIDO): “ Parâmetro de
exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta,
repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal.”
4
De acordo com a NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS :
9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
5
Análise local, visual de acordo com as atividades desenvolvidas pelo autor em seu local de trabalho
6
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava mais
tempo.
7
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava menos
tempo durante a jornada de trabalho
8
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava mais
tempo.
9
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava menos
tempo durante a jornada de trabalho
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urnas
10
Ruído 83080-1.1.5 83,5 dB(A)/80 HP NED
dB(A) no setor de
montagem de urnas
11
01/02/1988 a 22/12/1988 87,5 dB(A)/80
dB(A) no setor de
fabricação das peças
para montagem das
urnas

6.3. Classificação de acordo com a atividade profissional12


PERIODO ATIVIDADE PROFISSIONAL ENQUADRAMENTO
DECRETOS EXPOSIÇÃO
21/11/1982 a 05/05/1986 NA NA NA
01/08/1986 a 30/12/1987 NA NA NA
01/02/1988 a 22/12/1988 NA NA NA

8 – QUESITOS DO JUIZO:
a) R. A metodologia utilizada na elaboração deste laudo técnico pericial segue o
prescrito na Port. MTb 3214/78 - Norma Regulamentadora NR-15. Procuramos
utilizar a maioria das informações existentes fornecidas pelas empresas, constantes
do e-proc e observados durante a realização da perícia e entrevista pessoal.
Procuramos utilizar informações de outros laudos periciais realizados por este perito
para condições semelhantes de trabalho, e local de trabalho. Foi utilizado um
dosimetro de ruído, marca INSTRUTHERM DOS 500 e uma câmera digital acoplada
a telefone celular marca SAMSUNG GALAXY S.
b) R. Respondido no item 5.4.1. deste laudo pericial
c) R. Respondido nos itens 6.2 deste laudo.
d) R. Respondido nos itens 6.2 deste laudo.
e) R. Não foram encontrados documentos de fornecimentos de equipamentos de
proteção individual.
f) R. Prejudicada.
g) R. Não.
h) R. A empresas encontram-se desativadas. Usamos outra empresa para fazer a
pericia em questão.
i) R. Nada a acrescentar.

9 – QUESITOS DO AUTOR:
QUESITO Nº 01:
R. Sim. Respondido no item. 6.2 deste laudo.

QUESITO Nº 02:
R. Sim.

10
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava mais
tempo.
11
Conforme dosimetria de ruído, realizada no dia da pericia, na empresa Felix, Urnas, sendo esta atividade a que o autor ficava menos
tempo durante a jornada de trabalho
12
Classificação até 28.04.1995
Fone (49) 8402.6504
E-mail: tessaro@gegnet.com.br
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ANTONIO PEDRO TESSARO
MsC. Eng. Eletricista e Seg. do Trabalho
Crea- SC 27.957-8
Perito Judicial- Professor Universitário

QUESITO Nº 03:
R. Para o ruído, temos:
Qualquer redução na sensibilidade de audição é considerada perda de audição. A
exposição a níveis altos de ruído por tempo longo danifica as células da cóclea. O
tímpano, por sua vez, raramente é danificado por ruído industrial. Existe outro
tipo de perda de audição, especialmente nas altas freqüências, causada por
envelhecimento.
O primeiro efeito fisiológico de exposição a níveis altos de ruído, é a perda de audição
na banda de freqüências de 4 a 6 khz. Geralmente o efeito é acompanhado pela
sensação de percepção do ruído após o afastamento do campo ruidoso. Este efeito é
temporário, e 2ortanto, o nível original do limiar da audição é recuperado. Esta é a
chamada mudança temporária do limiar de audição (MTLA). Se exposição ao ruído é
repetida antes da completa recuperação, a perda temporária da audição pode tornar-
se permanente, não somente na faixa de freqüências 4 a 6 kHz, mas também abaixo e
acima desta faixa. As células nervosas no ouvido interno são danificadas, sendo o
processo da perda de audição é irreversível.
Pesquisadores têm compilado dados nos últimos 30 anos sobre o efeito de ruído no
corpo humano. São conhecidos sérios efeitos tais como: aceleração da pulsação,
aumento da pressão sanguínea. Um longo tempo de exposição a ruído alto pode
causar sobrecarga do coração causando secreções anormais de hormônios e tensões
13
musculares

QUESITO Nº 04:
R. Não foram encontrados documentos de fornecimento de EPIS.

10 – QUESITOS DO RÉU:
Não formulou quesitos
11- CONCLUSÃO:
Segue abaixo o quadro conclusivo da perícia, sendo destacado em negrito, os
períodos considerados como especiais somente considerando os agentes contemplados na
legislação previdenciária.
PERIODO DE EMPRESA AGENTES ENQUADRAMENTO
TRABALHO NOCIVOS À
SAUDE DECRETOS EXPOSIÇÃO

21/11/1982 a Funerária Caçador Ruído 83080-1.1.5 acima do LT de HP


05/05/1986 Ltda. 80 dB(A)
01/08/1986 a Fábrica de Urnas Ruído 83080-1.1.5 acima do LT de HP
30/12/1987 Munaro Ltda. 80 dB(A)
01/02/1988 a Fábrica de Urnas Ruído 83080-1.1.5 acima do LT de HP
22/12/1988 Munaro Ltda. 80 dB(A)

12- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR
Editora, 2000.

Manual de Legislação Atlas, vol. 16 – Segurança e Medicina do Trabalho. 62 ed. São


Paulo, 2008.

TORREIRA, Raúl Peragallo. Manual de Segurança Industrial. Margus. 1999. SP.


13
Disponível em http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/utilizacao-creppe.doc
Fone (49) 8402.6504
E-mail: tessaro@gegnet.com.br
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ANTONIO PEDRO TESSARO
MsC. Eng. Eletricista e Seg. do Trabalho
Crea- SC 27.957-8
Perito Judicial- Professor Universitário

YEE, Zung Che. Perícias de Engenharia de Segurança do Trabalho. Juruá. 2006. PR

YEE, Zung Che. Perícias Previdenciárias, Químicas e de Proagro. Juruá. 2007. PR

13 – ENCERRAMENTO:
O presente laudo só tem validade para fins de avaliação quanto à aposentadoria
especial e não para fins de direito ao Adicional de Insalubridade e ou Adicional de
Periculosidade, pois estes são regulamentados por dispositivos legais emanados do
Ministério do Trabalho e Emprego.

As conclusões deste laudo pericial são únicas, não podendo embasar outras
demandas judiciais por qualquer das partes interessadas, dentro do processo de
Aposentadoria especial.

Considerando a similaridade de funções de muitas atividades exercidas, pode ser


levadas em consideração a avaliação quantitativa e qualitativa, para alicerçar outros laudos
periciais realizados por este perito.

O mesmo é composto de 17 páginas.

Nada mais a acrescentar.

Caçador, 28 de maio de 2012

Antonio Pedro Tessaro


PERITO

Fone (49) 8402.6504


E-mail: tessaro@gegnet.com.br
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