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Sua Empresa Perito Judicial

Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA MM. VARA FEDERAL DO TRABALHO


DE MUNICÍPIO.

Nº do Processo :

Reclamante: NOME.

1ºReclamado: NOME

2ºReclamado: NOME

SEU NOME, Engenheiro Mecânico, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Perito Judicial


nomeado nos autos da Reclamação Trabalhista, vem mui respeitosamente, apresentar ao MM Juiz do
Trabalho, seu Laudo Técnico Pericial e agradecer a V. Exa. A deferência de sua nomeação.

Serve do ensejo para requerer o arbitramento dos seus honorários periciais, cujo valor estima em R$
2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Valor que servirá para cobrir o tempo disponibilizado na elaboração
do laudo pericial, trabalhos externos durante a diligência, e gastos com calibração de instrumentos, entre
outros.

Nestes termos,
Pede Deferimento

MUNICIPIO, 12 de Março de 2015.

SEU NOME
Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho
SEU CREA

SEU ENDEREÇO
Contato: ()

e-mail:
A

LAUDO TÉCNICO PERICIAL

1- Da determinação da realização da pericia técnica:

Conforme delega MM. Juiz em Ata de audiência - Para perícia técnica alegada de insalubridade.

2- Objetivo:

O objetivo da pericia realizada é apresentar o levantamento técnico e identificar ou não condições de


trabalhos, analisadas criteriosamente no sentido de verificar as diferentes hipóteses de abordagem da matéria
técnica e definir se existem, nas atividades desempenhadas pela Reclamante, condições que possam ser
caracterizadas como insalubres conforme estabelece a legislação vigente: NR 15 – Atividades e operações
insalubres e seus anexos, constantes da Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977 e da Portaria nº. 3.214, de 08
de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego.

3 – Do Aviso da Pericia:
Informa que as partes dentro do tempo hábil foram informadas através dos sistemas eletrônicos
(respectivos e-mails prontamente respondidos).
O aviso de Pericia tratou-se de efetuar a comunicação da data, hora e local.

4 - Dados duncionais do Reclamante:


● Reclamante: NOME
● Função descrita na Inicial: Servente de Pedreiro.
■ contrato de Trabalho
● Data de Admissão: 2010.
● Data da Demissão: 2013.

5 – Informantes:
- Reclamante: NOME
- Assistente Técnico 1: FULANA – Engnheira de Segurança do Trabalho
Assistente Técnico 2: FULANO – Engenheiro de Segurança do Trabalho.
- Representante: FULANO – Gerente Administrativo.
.

6 - Documentos solicitados no agendamento


● Cópia do PPRA – Não Atendido
● Ficha de entrega de EPI’s – Anexado aos autos.
7 - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:

8.– DATA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA


Os trabalhos periciais foram realizados no dia 12 de Março de 2015 (Quarta - Feira) nas instalações da
XXXXX, O Local tem como órgão mantenedor a yyyy, Esta unidade Hospitalar, esta localizada em Município,
onde Fulana presta serviços de manutenção nesta unidade hospitalar (XXXX), onde o ciclano exerceu suas
atividades profissionais que teve inicio em 2010 e encerramento em2013.

A perícia iniciou pontualmente as 10h30min e teve o encerramento as 11h45min.

9 - TÉCNICA E METODOLOGIA:
Após apresentação de documentos e visitação em todos os postos de trabalho, reconhecidos e
avaliados qualitativamente e quantitativamente todos os agentes de riscos e insalubres, Este trabalho foi
realizado de acordo com a legislação específica vigente do Ministério do Trabalho lei nº 6.514/77 combinada
com o estabelecido pela Portaria nº 3.214/78, Normas Regulamentadoras NR – 15 e seus Anexos
(Atividades e Operações Insalubres)
Para tanto, o método adotado por este Perito Oficial, foi de se aproximar através dos critérios de
avaliações dos agentes ocupacionais do local de trabalho, finalizando assim, os resultados da exposição na
função do reclamante, de acordo com os Anexos 01 – 03 – 10 - 11 – 13 - 14 da NR - 15.

10 - LOCAL DE TRABALHO DO RECLAMANTE:


A denomina-se , que tem como atividade principal a prestação de serviços a terceiros, o local de
trabalho do fFulano foi em uma unidade hospitalar denominada

Fulano desenvolvia suas atividades, nos domicílios do hospital, prestando seu serviço em alas
hospitalar, telhados, limpeza de fossa séptica, em manutenções em geral no hospital e casas de pacientes.

11 - ATIVIDADE DESEMPENHADA PELO RECLAMANTE:

O reclamante informou que desempenhava suas atribuições na reclamada em setores diversos, e


atividades diversas, sempre desempenhando as seguintes atribuições:
 Troca de telhas quebradas.
 Substituição de ripas danificada em telhado.
 Remoção de entulho.
 Lixar paredes.
 Realizar pinturas.
 Desobstruir redes de esgoto.
A

 Para a atividade de substituição de telhas, o reclamante retirava telhas que estavam


quebradas e substituía por telhas novas, sempre fazendo uso de escada para ter acesso ao
telhado.
 Para a substituição de ripas, o reclamante usava serrote, martelo, makita, e retirava pedaços
que estavam danificados e substituía por madeira nova, frisando que tal reparo é realizado
em partes do telhado.
 A atividade de remoção de entulho, o reclamante e demais companheiros de trabalho, fez
uso de uma carroça, onde depositava o entulho retirado de reformas que estavam sendo
realizadas no ambiente hospitalar, e relocava para um local de depósito.
 Realização de pinturas, o reclamante informou que lixava as paredes, preparava as tintas e
fazia aplicação utilizando para esta atividade rolos de pintura e pincéis.
 O reclamante informou ainda que em uma das atividades de pintura, foi necessário realizar
esta atividade no quarto onde havia 3 leitos ocupados, quando os leitos somente foram
deslocados, afastando das proximidades da atividade.
A realização da forma que foi feito esta atividade foi confirmada pelos paradigmas, que nos
conduziu até o quarto onde ocorreu este fato.
 O reclamante também informou durante a diligencia que tinha como atribuição, a
desobstrução de vasos e rede de esgoto, quando havia entupimento.

12 – INFORMAÇÕES COLETADA:

Os paradigmas confirmaram que o reclamante desenvolvia atividades, nas áreas externas do hospital,
quanto atendimento em manutenções gerais em quartos onde são internados os pacientes.
Foi confirmado pelos paradigmas, que o reclamante sempre esteve envolvido em reparos de
tubulações de esgoto, desobstrução de vasos sanitários, reparos hidráulicos em geral.
Também foi confirmado pelos paradigmas, que o reclamante realizaou a atividade de lixamento e
pintura em quarto com pacientes internados.
TO

13 - Avaliações Técnicas Realizadas Adicional de Insalubridade/Periculosidade:

A - Agente Físico Ruído

(Ruído Contínuo)- Anexo № 1

1. Entende-se por Ruído Contínuo, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja
ruído de impacto.
2. Os níveis de ruído contínuo devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão
sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser
feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro
deste anexo.
Para o estudo do agente físico ruído foi realizado avaliação utilizando o aparelho Áudio-Dosímetro, modelo
DOS-500, devidamente calibrado e que operando nos parâmetros ajustados para a Avaliação do Ruído em
circuito de Ponderação “A” e circuito de Resposta “Lenta (slow)”.
Onde:
Lc: Nível de critério (*)
Lt: Limiar de medição (*)
Fdd: Fator de duplicação/incremento de dose (*)
Tc: Constante de tempo de 08 horas
T(min): Tempo de medição de ruído (em minutos)
T(h): Tempo de medição de ruído (em horas)
% DOSE: Percentual da dose referente ao período de medição
Leq: Nível equivalente de ruído para uma jornada de 08 horas
(*) De acordo com os parâmetros definidos na NR – 15, Portaria 3.214/78.

Leq = log ( % Dose x Tc ) x Fdd + Lc


100 x T log2

Carpinteiro. (06/04/2010 a 29/07/2013)


% de dose:
Tempo de medição = min
LEQ = dB (A)

Lc Lt Fdd Tc T T % Leq
( dB ) ( dB ) dB (h) ( min ) (h) DOSE dB(A)
85 85 5 8 xxxx xxxx xxxx xxxx
IL NB

Observação: Para a atividade do reclamante na reclamada NÃO foi realizada a dosimetria de ruído,
pois em inspeção no antigo posto de trabalho da reclamante, ficou evidenciado que NÃO encontrado
uma fonte geradora de ruído, capaz de ser nocivo a saúde da reclamante.

B- Agente Físico Calor


(Avaliação Quantitativa)- Anexo № 3

Para a atividade do reclamante na reclamada NÃO foi realizado a apuração de desconforto


térmico, pois na inspeção no antigo posto de trabalho da reclamante NÃO foi encontrado fonte
geradora de desconforto térmico.

C- Agente Físico Umidade


(Avaliação Qualitativa)- Anexo № 10

De acordo com a NR-15 Atividades e Operações Insalubres- Anexo10 UMIDADE: as atividades ou


operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir
danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho e executadas sem os devidos EPIs. E ficou constatado que Reclamante NÃO
ficou exposto á umidade (ambiente encharcado), portanto NÃO ficou caracterizada insalubridade referente á
umidade conforme estabelece anexo10 da NR-15 Portaria 3.214/78. Pois o reclamante NÃO desenvolvia
atividades de manutenção em ambientes alagados.

D- Agentes Químicos
(Avaliação Quantitativa)- Anexo № 11

Os agentes químicos são fatores ambientais causadores em potencial de doenças profissionais e/ou do
trabalho, devido a sua ação deletéria sobre o organismo humano. A avaliação de um agente químico é
realizada no local de trabalho para que se faça o seu reconhecimento e sua posterior qualificação de acordo
com NR 15. Por limite de tolerância (LT) e inspeção no local de trabalho (Anexo 11) - Avaliação realizada é a
Quantitativa. O Reclamante NÃO LABOROU exposto á produtos químicos agressivos, NÃO ficando assim,
exposto a insalubridade de acordo com agentes químicos conforme Anexo 11 da NR-15 da Portaria 3214/78.

E- Agentes Químicos
(Avaliação Qualitativa)- Anexo №13

São substâncias ou produtos de origem orgânica ou mineral, naturais ou artificiais, geradas e dispersas
nos ambientes pelas mais variadas fontes, podendo penetrar no organismo dos trabalhadores por inalação,
absorção cutânea ou ingestão e causar danos á saúde e/ou a integridade física dos mesmos, sob a forma de
poeiras, névoas, gases, vapores e/ou outras substâncias, compostos ou produtos químicos em geral. Os
agentes químicos são fatores ambientais causadores em potencial de doenças profissionais e/ou do trabalho,
devido a sua ação deletéria sobre o organismo humano. A avaliação de um agente químico é realizada no local
A

de trabalho para que se faça o seu reconhecimento e sua posterior qualificação de acordo com NR 15. Em
decorrência de inspeção realizada no local de trabalho a Avaliação realizada é a Qualitativa. Relação das
atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho.

Conforme anexo 13, a NR-15 estabelece que a insalubridade seja comprovada pela inspeção realizada
no local de trabalho; ou seja, nesses anexos, o Ministério do Trabalho e Emprego não fixou limites de
tolerância para os agentes agressivos, Assim, na caracterização da insalubridade pela avaliação qualitativa, o
perito deverá analisar detalhadamente o posto de trabalho e a função do trabalhador, utilizando os critérios
técnicos da Higiene Industrial.

Nas atividades de Carpinteiro / Manutenções, em ambiente hospitalar, conforme descrição da


Reclamante e dos paradigmas. Este Perito Oficial conclui-se que o reclamante NÃO ESTEVE exposto ou
mantinha contato com agentes químicos, possíveis causadores de insalubridade previstos na NR – 15
anexos 13, da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, Por tanto NÃO FAZENDO jus ao
adicional de insalubridade por manipulação e exposição a Agentes Químicos.

F- Agentes Biológicos
(Avaliação Qualitativa)-Anexo №14

São aqueles a que o trabalhador está exposto nas atividades que exigem o contato físico com agentes
biológicos, capazes de colocar em perigo a sua saúde. Esses agentes pode ser caracterizados por lixo
hospitalar, esgoto, sujeira, dejetos, objetos contaminados, contágio pelo ar ou insetos, picadas ou mordidas de
aracnídeos ou roedores, alergias, intoxicações e queimaduras causadas por vegetais ou animais. São
considerados riscos biológicos, o contato com: vírus, fungos, bacilos, bactérias, protozoários, parasitas,
rickettsíases entre outros. Os agentes biológicos são substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo humano pelas vias respiratórias, ou que, pela natureza da atividade de exposição,
possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Conforme inspeção
realizada de forma qualitativa, ou seja, in loco o Reclamante ESTEVE exposto aos agentes biológicos de
acordo com Anexo №14 da NR-15 Portaria 3.214/78 do MTE. Quando o reclamante efetuava reparos em
tubulações de rede de esgoto, desobstrução de sanitários, reparo, lixamento e pintura de ambiente
hospitalar.

13 Adicional de Periculosidade NR 16 ANEXO 2

O reclamante informou durante a diligencia que era sua atribuição a realização de reparos em
redes elétricas da reclamada, realizando a substituição de lâmpadas e reatores (Banana), nome dado
pelo reclamante.
Quando foi questionado sobre a diferenciação de FASE E NEUTRO, o reclamante simplesmente
respondeu: Que a FASE tem energia e o NEUTRO não é energizado.
Os paradigmas tambem não confirmaram que o reclamante desenvolvia atividades de
manutenção elétrica.
O perito tambem avaliou que o reclamante não possui conhecimento técnico para realizar tal
atividade, pois não respondeu tecnicamente sobre FASE e NEUTRO, e tambem NÂO nominou
corretamente o reator utilizado em postes de iluminação.
INFLAMÁVEIS / ELETRICIDADE / EXPLOSIVOS / RADIAÇÕES IONIZANTES:
O reclamante NÃO realizava atividades profissionais manipulando ou utilizando explosivos, conforme
no anexo 1 da NR – 16, Portaria 3.214/78, NÃO laborando exposto ao risco de periculosidade por explosivos.
Também NÃO manipulava ou utilizava inflamáveis líquidos acima de 200 litros ou inflamáveis gasosos
acima de 135 quilos. NÃO laborava em ambiente com geração de energia elétrica ou quadro de distribuição,
previsto no Decreto 93.412/86. O reclamante NÃO realizava atividades em ambientes com fontes geradoras
de radiações ionizantes, NÃO laborava exposto em ATIVIDADES/ÁREA DE RISCO previsto na Portaria nº
518 de 04/04/2003, NÃO laborando exposto a periculosidáde por radiações ionizantes, durante o período
imprescrito.

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO XIV

AGENTES BIOLÓGICOS

 Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada
pela avaliação qualitativa. Insalubridade de GRAU MÁXIMO Trabalho ou operações, em contato
permanente com:

- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados;

- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

- esgotos (galerias e tanques); e

- lixo urbano (coleta e industrialização).

 Insalubridade de GRAU MÉDIO Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes,


animais ou com material infecto-contagiante, em:

 - hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros


estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal
que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes,
não previamente esterilizados);

 - hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e


tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);

- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;

- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);

- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);

- cemitérios (exumação de corpos);

- estábulos e cavalariças; e resíduos de animais deteriorados.


14 - CONCLUSÃO PERICIAL:

Insalubridade

1º - Considerando que os resultados apurados no antigo ambiente de trabalho do Reclamante,


concluiu-se que o reclamante ESTEVE EXPOSTO a agente insalubre, previstos na NR-15 em seu Anexo nº 14
da Portaria nº 3.214/78 do MTE; considerando por fim, a avaliação qualitativa através de criteriosa inspeção do
local de trabalho do reclamante e informações prestadas por paradigmas. Este Perito Oficial, diante do exposto
no presente Laudo Técnico Pericial, Concluiu-se que o Reclamante LABORAVA em atividade/ambiente
EXPOSTO a insalubridade de GRAU MÉDIO, contidos na atividade diária de realizar atividades de
manutenções, desobstrução de sanitários e redes de esgoto, pintura de ambiente hospitalar, conforme
descrito no Anexo 14 da NR 15. Portanto, FAZENDO JUS ao adicional de 20% ao salário mínimo, durante
todo período laborado na reclamada.

Periculosidade

2º - Considerando a falta de conhecimento técnico do reclamante, já demostrado no corpo do


laudo pericial, considerando ainda que os resultados apurados no antigo posto de trabalho do reclamante, sob
respaldo das avaliações técnicas dos Riscos Físicos apresentados e reconhecidos “in loco” exemplificando as
condições de exposição aos agentes periculosos, previstos na NR 16 em seu Anexo 2, da Portaria 3.214/78 do
MTE; considerando por fim, a avaliação quali-quantitativamente através de criteriosa inspeção no local de
trabalho do reclamante, este perito oficial diante do exposto no presente laudo, conclui-se que o reclamante
NÃO LABORAVA em atividade/ambiente exposto a periculosidade, por tanto NÃO FAZENDO jus ao adicional
de periculosidade, previsto na NR-16 Anexo 2 da Portaria 3.214/78 do MTE.

15 - Relações de EPI’s que foram fornecidos ao Reclamante:

DATA DA ENTREGA DESCRIÇÃO DO EPI CA


/2011 Botina de Segurança 17015
/2012 Protetor Auricular 15485
/2012 Maçara 8356
/2012 Luva de Rapa 16512
/2012 Botina de Segurança 6718
/2012 Óculos de Segurança 9722
/2012 Luva Látex 9634
2012 Mascara 3
Protetor Auricular 19978
15 - Responsabilidade do Empregador / Empregado conforme determinação da NR - 6:

6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI.

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009).

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

16 - QUESITOS DA RECLAMADA.

1 Queira o sr. Perito descrever qual função exercia o reclamante?


Resposta: O reclamante desenvolvia as atividades de manutenção na reclamada.

2 Queira o sr, perito descrever detalhadamente o local de trabalho do reclamante, detalhando a periodicidade
das Etapas.
Resposta: O reclamante desenvolvia suas atividades em uma unidade hospitalar, local este com amplas
instalações, e vários blocos, sendo, o bloco administrativo, almoxarifado, cozinha, ala de internações e
moradias de pacientes, o reclamante não tinha um local fixo de trabalho, desenvolvias varias atividades
em todos os setores da reclamada. Sendo que o reclamante desobstruia tubulações de rede de esgoto,
realizava manutenções em sanitários, realizava pintura, retirada de entulho.

3 Pode o sr. Perito descrever detalhadamente o local de trabalho do reclamante?


Resposta: O reclamante desenvolvia suas atividades em uma unidade hospitalar, local este com
amplas instalações, e vários blocos, sendo, o bloco administrativo, almoxarifado, cozinha, ala de
internações e moradias de pacientes, o reclamante não tinha um local fixo de trabalho.
4 Pode o perito informa o período em que o reclamante prestou serviço a reclamada, informando data de
admissão e demissão?
Resposta: O reclamante foi admitido na reclamada no dia e foi desligado do
quadro de funcionários no dia

5 Pode o sr. perito informar a jornada de trabalho do reclamante:


Resposta: O reclamante tinha uma jornada de 08h00min.

6 Queira o sr. perito informar quais os instrumentos e ferramentas o reclamante fazia uso durante sua jornada
de trabalho?
Resposta: O reclamante fez uso de Serrote, Makita, Escada, Pinçeis, Rolos, Carroça para transportar
entulhos, latas para retirada de resíduos.

7 Pode o sr. perito informar se havia exposição a riscos durante a jornada laboral do reclamante em caso
afirmativo, quais seriam? Esta exposição seria de forma direta ou indireta?
Resposta: O reclamante esteve exposto a risco biológico, de forma direta.

8 Fazia se necessário o uso de equipamentos de proteção individual na função exercida? Em caso afirmativo,
a reclamada fornecia estes EPI’s.
Resposta: Para a função do reclamante é aplicável os EPI’s, e a reclamada forneceu alguns destes
EPI’s, porem não houve regularidade.

9 Na execução de suas tarefas o reclamante mantinha contato de forma habitual e permanente com algum
agente insalubre? Em caso de afirmativo qual a forma de caracterização destes agentes?
Resposta: O reclamante esteve exposto de forma habitual e permanente em um ambiente hospitalar,
ambiente este que de acordo com o anexo 14 da NR 15, caracteriza a insalubridade em grau médio para
os funcionários que desenvolvem atividades laborais neste ambiente, e o reclamante estava de
maneira habitual e permanente atendendo ocorrências de manutenção internamente.

10 Caso tenham sido identificados agentes insalubres, qual o grau de insalubridade que faz jus o reclamante?
Resposta: O reclamante esteve exposto ao agente biológico em grau médio.

16.1 QUESITOS DO RECLAMANTE.

1 Quais são os postos de trabalho do reclamante durante o período que trabalhou para a reclamada?
Resposta: O reclamante desenvolvia suas atividades laborais em uma unidade hospitalar da 2ª
reclamada, e não tinha posto fixo de trabalho.
2 Em suas atribuições, o reclamante era obrigado a percorrer todas as dependências das instalações da
reclamada? Quais eram as atividades exercidas pelo reclamante?
Resposta: Sim, o reclamante desenvolvia atividades de manutenção em geral na reclamada, realizando
pinturas, reparos em tubulações hidráulicas, tubulações de rede de esgoto, realizando retirada de
entulhos.

3 No desempenho dessas atividades estava o reclamante exposto a algum agente agressivo? Em caso
positivo, qual era o agente insalubre, qual era sua intensidade?
Resposta: O reclamante se encontrava exposto a risco biológico, de maneira habitual e permanente.

4 Que tipo de maquina ou instrumento operava o reclamante? Há muitas maquinas no local? O sr. Perito ligou
todas juntas para medir a intensidade do ruído provocado? O ruído era intenso em que áreas? O reclamante
laborava em uma delas?
Resposta: No ambiente de trabalho do reclamante não existe fontes geradoras de ruído, é um ambiente
hospitalar.

5 Há poeira no local? O uso de mascaras é necessário ininterruptamente? O sr. perito viu a ficha de EPI’s.
Eles foram corretamente trocados, fornecidos. Houve fiscalização do uso? Porque não há fornecimento de
protetores auriculares ao reclamante? Não havia ruído no local de trabalho do reclamante? Se havia qual a
intensidade dos mesmos?
Resposta: Não ficou caracterizada poeira no ambiente de trabalho do reclamante, quanto ao protetor
auricular, também não existe ruído neste ambiente.

6 Esta maquina, instrumento provoca alguma fagulha ou fumaça prejudicial aos olhos? Esta
maquina/instrumento provoca barulho acima do normal? A que nível de ruído laborava o reclamanrte? Havia
desconforto térmico?
Resposta: O reclamante laborou em um ambiente hospitalar, e não tinha geração de poeiras, ou ruídos.

7 O Sr. perito ao medir a temperatura fora e dentro das instalações da reclamada, encontrou diferença de
temperatura? Tal fato caracteriza desconforto térmico?
Resposta: Não existe fonte geradora de desconforto térmico no ambiente de trabalho do reclamante.

8 Durante estes meses em que laborou para a reclamanda, o reclamante laborou em, quais funções? Todas
as funções apresentam insalubridade? sob quais fatores? Qual é o limite de tolerância previsto na NR - !%
Portaria 3.214/78?
Resposta: O reclamante estava em constante atuação em reformas e atendimento de ocorrências no
ambiente hospitalar, estando exposto ao agente biológico, o qual esta devidadmente amparado na NR
– 15 em seu Anexo 14 e não delimita limites de tolerância. A caracterização deste agente é através de
inspeção no antigo posto de trabalho do reclamante.
9 A intensidade do agente foi superior a esse limite? O ambiente é insalubre devido a diversos fatores? Todos
os fatores de insalubridade foram afastados? Como a reclamada comprovou tal fato?
Resposta: Para o agente apurado não existe limites de tolerância, e a reclamada não afastou esta
insalubridade.

10 O reclamante recebia equipamentos de proteção individual? Foram realizados treinamentos sobre o uso
correto do EPI? Havia fiscalização no uso dos EPI’s? No local havia algum agente periculoso? Qual?
Resposta: O reclamante recebeu 02 protetor auricular, 01 luva de látex, o1 luva de raspa, 02 óculos de
segurança, quanto aos treinamentos não existe comprovação. E no local de trabalho do reclamante não
havia agente periculoso.

11ª reclamada fornecia ao reclamante os equipamentos individuais de segurança do trabalho? Com que
frequência? Qual era a troca ideal dos EPI’s para a função exercida pelo reclamante? Esses EPI’s eliminaram o
risco da atividade e qualquer perturbação audiológica e alftalmológica?
Na ficha de EPI’s o sr. perito pode comprovar qual o CA, de cada um deles? Eram adequadas as funções
exercidas? A troca foi realizada com eficiência?
Resposta: Forneceu, mas não em quantidade suficiente para elidir o agente, e os EPI’s que foram
fornecidos estão com CA aprovados pelo órgão competente. Também não houve substituição com
regularidade, eram adequadas às funções, mas não houve regularidade no fornecimento.

17- Documentos anexados a este laudo pericial:

Fotos do local de trabalho do reclamante


Comprovante de envio do laudo em PDF as partes.
18- ENCERRAMENTO
Este trabalho é composto por 18 (Dezoito) laudas, todos assinados eletronicamente por este Perito Oficial
através de certificado digital. Que vem requerer a V. Exa. A juntada deste trabalho aos autos do Processo Nº
000.

Nestes termos,
Pede deferimento.

.
Fotos
COMPROVANTE DE ENVIO DO LAUDO AS PARTES

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