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Anestésicos locais:
-
Ésteres - cocaina, benzocaina (mais usada), butacaína, piperocaína;
Amidas (passível de ser injetável) - lidocaina, mepivacaina, prilocaina, bupivacaina, articai-
:
na, etidacaina, dibucaina.
OBS: Reação alérgica ao anestésico local tem muito menos prevalência, grande parte dos casos é
reação do medo da anestesia (reação psicossomática).
OBS: Sais anestésicos geralmente são metabolizados no fígado e excretados pelos rins.
Grupos de anestésicos locais
Classificação dos anestésicos locais (amidas) em relação a duração:
:
Curta duração: mepivacaína (sem vaso);
Média duração: lidocaína/mepivacaína/prilocaína/articaína;
Longa duração: bupivacaína (utilização hospitalar). 12h de anestesia
de tecido mole.
-
Função do vasoconstrictor:
1. Ação antagonista à ação vasodilatadora do sal anestésico;
2. Absorção mais lenta do anestésico;
3. Maior duração do efeito anestésico;
4. Níveis menores de anestésico no sangue (diminuição da toxicidade);
5. Hemostasia no campo operatório (diminui sangramento).
Receptores adrenérgicos:
Estão presentes em vários tecidos espalhados pelo corpo;
: São ativados por seus ligantes endógenos (próprio corpo produz), as catecolaminas: adrenalina
(Epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina);
Muitas células possuem estes receptores, e a ligação de um agonista geralmente causará uma
:
resposta simpática, ou seja, respostas de luta ou fuga (ex: frequência cardíaca aumenta, pupi-
las se dilatam, há mobilização de energia e o fluxo sanguíneo é desviado de órgãos não essenci
ais para o músculo esquelético.
OBS: Lidocaína não pode ser usada em pacientes com arritmia, pois gera alterações de arritmia
(bradicardia ou taquicardia) pois se liga ao beta 1.
OBS: Felipressina não faz parte do grupo das aminas simpaticomimétricas. Não tem a possibi
lidade de elevar ou abaixar a pressão arterial, como todas os outros que possuem a capaci-
dade de alterar a condição cardíaca.
Felipressina
Menor potência que as aminas simpatomiméticas;
Vasoconstritor associado ao sal anestésico Prilocaína;
: Atua em receptores a nível venoso não levando a alterações de pressão arterial;
Não causa arritmia;
: Não exerce efeito sobre a transmissão nervosa adrenérgica (seguro: hipertireoidismo, usuários
de antidepressivos triciclicos)
Contra indicado em gestantes;
: Não recomendado quando é necessário hemostasia.
:
Em 50.000 de solução anestésica há 1g (1000mg) do vasoconstritor; utilizado no dia a
Em 1ml de solução anestésica há 0,02mg de vasoconstritor. dia, padrão.
1:100.000
Em 100.000 ml de solução anestésica há 1g (1000mg) do vasoconstritor;
Em 1ml de solução anestésica há 0,01mg de vasoconstritor.
1:200.000
:
Em 200.000ml de solução anestésica há 1g (1000mg) do vasoconstritor;
Em 1ml de solução anestésica há 0,005mg de vasoconstritor.
:
que é a mesma substância que será injetada nele como vasoconstritor, sendo que a quantidade de
vasoconstritor injetada é bem menor que a liberada pelo corpo quando sente dor. Logo, paciente
cardíaco não pode sentir dor, pois assim na maioria das vezes não haverá elevação da pressão ar
terial e outros problemas cardíacos.
:
associado a um vasoconstritor.
:
relacionados ao seu uso. Define-se parestesia (pode ser de origem química ou trauma) como
anestesia persistente ou com duração maior que a esperada;
Uma das peculiaridades deste anestésico é a propriedade de causar a anestesia palatina por
apenas infiltração vestibular. Possui extrema lipossolubilidade e difusibilidade (passa com
facilidade pelo osso).
Para Lembrar:
Uma das funções da hemoglobima é o carregamento de oxigênio pelo corpo, quando é injetado
articaína ou prilocaína em um paciente tem uma pré-disposição a gerar essa falha na hemo-
globina (metemoglobinemia), o sal anestésico faz uma reação química com a hemoglobima e se
liga ao íon ferroso que não deixa espaço para carrear oxigênio, com isso as extremidades ficam
sem oxigenação (ficando azuladas) entrando em um quadro de cianose. Para reverter isso deve
ser aplicado azul de metileno que fará com que a hemoglobina libere o íon ferroso e volte a carre
ar oxigênio (deve-se levar o paciente ao hospital, não é o dentista que resolve).
Prilocaína
Menor potencial anestésico quando comparado a lidocaína;
:
Felipressina é o vasoconstritor mais comumente associado e o mesmo tem menor potencial de
vasoconstrição comparado com os que tem ação em receptores adrenérgicos;
OBS:Felipressina não deve ser usada em gestantes, por estar relacionada com a acitocina, que
possui potencial para causar contrações uterinas.
As preparações farmacêuticas são levemente acidas, com o pH variando de 4,5 a 6,0 em tubetes
:
odontológicos;
Acidez aumenta a estabilidade das soluções anestésicas. Uma vez injetadas nos tecidos, com
pH mais alcalino (pH = 7,4), há tamponamento do ácido, liberando base em forma não-
ionizada, passível de ser absorvida;
Quando o pH do meio não favorece essa transformação, a ação anestésica não se processa como
:
deveria;
É o que ocorre em presença de processos inflamatórios e/ou infecciosos, em que o pH tecidual
extremamente baixo promove ionização da molécula, chegando a impedir sua ação.
Quando tem um ambiente ácido (inflamação/infecção)e uma solução ácida não se ligam
:
muito bem, logo a anestesia funcionará muito mal, ação anestésica não se processa como
deveria;
Em situações de inflamação/infecção deve,ser feita uma anestesia troncular (onde o ambiente
é mais alcalino, não há infecção/inflamação).
Topografia do processo alveolar
-
Mandíbula é fácil de fazer infiltração pois a parede de osso é fina;
Mandíbula tem a cortical óssea maior, por isso infiltração na mandíbula é mais difícil, a
:
solução anestésica atravessar tão bem.
OBS: Cuidado com a artéria palatina - não deve passar o bisturi (encostando no osso) em região
de palato, deve se retirar planos sem encostar no osso para não seccionar a artéria palatina.
Instrumentais:
Pinça Backhaus
Função: Fixar os campos cirúrgicos (tecidos) estéreis para a realização da cirurgia.
:
(Fixar o campo na roupa);
Receber o sistema de aspiração (mangueira fica dentro das argolas);
Diérese (todo ato que tem objetivo de separação tecidual mole e/ou duro).
:
OBS: Incisão de espessura total/incisão magistral - mucosa, periósteo até o osso;
Incisão de espessura parcial - pega mucosa mas não pega conjuntivo.
:
Descolador de periósteo do tipo Molt
Função: Descolamento do mucoperiósteo (sindesmotomia - desinserção das fibras gengivais, ou
seja, descolar a gengiva);
Duas pontas ativas;
:
90% do tempo trabalho com o lado mais fino e mais cortante e 10% com o lado mais espesso.
:
OBS: Luxar - tirar da posição anatômica normal.
Alavanca Apical Reta 301
Função: Luxação, rompendo as fibras do ligamento periodontal, expandido a cortical óssea.
Remoção do dente do alvéolo do paciente;
: Ponta ativa reta e não tem serrilhado, é lisa.
Alavanca do tipo “Seldin” (bandeirinha)
-
Função: Luxação, rompendo as fibras do ligamento periodontal, expandido a cortical óssea;
Também pode ser utilizada para a remoção de fragmentos radiculares;
: 1R e 1L (direita e esquerda).
Fórceps
Representante principal da exérese;
: Existe um específico para cada grupamento dentário;
N°17 23 65 65
Cureta alveolar tipo “lucas”
Função: Curetagem do alvéolo pós extração;
: Investigar no interior do alvéolo se há algum remanescente de dente (alguma lesão inflama-
tória, cisto);
Parece a colher de dentina.
:
Lima para osso
Função: Osteoplastia ou remodelação óssea;
Ao fazer uma extração ocorre a fratura as tábuas ósseas, e as vezes fica osso desapoiado (espí-
:
culas ósseas). Se suturar e tiver espícula, o paciente vai sentir “uma ponta espetanto”, por isso
deve ser feita a osteoplastia com a lima para osso.
Ponta serrilhada para arredondar e deixar o osso mais plano e sem ponta ativa.
Pinça Goiva
Função: Osteotomia (cortar osso) ou osteoplastia (remodelação óssea).
:
Brocas cirúrgicas esféricas
Função: Osteotomia (todas brocas esféricas em cirurgia servem para osteotomia);
Quanto maior o diâmetro da ponta ativa, mais rápido é o desgaste.
:
Brocas cirúrgicas 702
Função: Odontosecção (cortar o dente) e/ou osteotomia;
Brocas cirúrgicas são carbide
Broca Zekrya (material que é feito) ou aço
Função: Odontosecção. cirúrgico, não existe broca
:
diamantada em cirurgia.
Hemostasia
Síntese
:
Tesoura cirúrgica tipo iris
Função: Cortar o fio de sutura;
Pinça Allis
Função: Apreensão tecidual;
: Pontinha tem vários dentinhos, trava no tecido.
CIRURGIA ORAL
METODIZAÇÃO DA ABORDAGEM, PRINCÍPIOS E CONDUTAS PARA O SUCESSO
Anamnese
Perguntas chaves:
História patológica pregressa?
: Alergias medicamentosas?
Uso de medicamentos regulares?
:
Obser vação
Como se comporta o meu paciente?
Em qual contexto ele se insere?
: Posso confiar no que ele me diz?
Diagnóstico
Qual o problema do meu paciente?
: A cirurgia está indicada?
Preciso de exames adicionais? Quais? (Tomografia, radiografia, de sangue).
:
Plano de tratamento
Posso resolver o problema sozinho? (Precisa de especialista, ambiente hospitalar?)
O meu tratamento atende as expectativas do paciente?
: Qual o melhor momento para minha cirurgia? (Tratamento de orto depois de implante não é
possível)
Preparo do ato cirúrgico (princípios gerais, preparo do paciente, instrumental e equipe cirúrgica)
Sequência de paramentação:
1.Colocação de máscara, gorro e óculos de proteção;
2.Lavagem das mãos;
3.Colocação do avental cirúrgico estéril;
4.Colocação da luva cirúrgica estéril.
Montagem da mesa cirúrgica
1.Posição dos campos cirúrgicos que servirão de barreira de superfície (bancada, mesa cirúrgica,
refletores);
2.O auxiliar deve disponibilizar todo material necessário;
3.A disposição dos instrumentais deve respeitar a ordem de utilização, sempre da esquerda para
direita.
Preparo do paciente
1.Bochecho pré-operatório com clorexidina a 0,12%;
2.Atissepsia da região peri-oral com povidine a 10%, clorexidina alcoólica a 2% ou degermante;
:
Tempos fundamentais da cirurgia
1. Diérese - momento de acesso cirúrgico, separação de tecidos.
2. Hemostasia - controle do sangramento (ex: pinçamento de vasos sangrantes com pinças
hemostáticas, compreensão com gaze);
3. Exérese - remoção total ou parcial de um tecido/órgão (objetivo da cirurgia);
4. Síntese - reorganização dos tecidos (ex: sutura).
OBS:A mesa cirúrgica tem relação direta com os tempos fundamentais da cirurgia.
Diérese
Tempo que mais oferece manobras. Exemplo:
Punção;
Divulsão (separação gradual de fibras elásticas com hemostaticas e tesoura de metzembaum);
: Dilatação (separação gradual de tecido por força);
Curetagem;
: Incisão;
Descolamento;
: Retalho cirúrgico (incisão + descolamento).
Os retalhos são realizados para oferecer acesso cirúrgico a uma área ou mover
tecidos de um local para o outro.
Princípios de uma incisão ideal
Corte firme e contínuo (melhora o pós operatório, menos dor, menos edema).
:
OBS:Incisão deve ser feita sempre do fundo de vestíbulo em direção ao dente por segurança. Se
está fazendo a incisão e sem querer faz um movimento mais brusco, a lâmina não corta o esmal
te, enquanto se estiver fazendo a incisão ao contrário qualquer escapada que der pode causar uma
dilaceração tecidual importante.
Laminas descartáveis;
Apoiada sobre tecido sadio;
: Perpendicular ao tecido;
Respeito as estruturas nobres;
:
Qual tamanho ideal de um incisão?
Conhecendo as estruturas nobres minimamente e tendo bom senso (aguçando o sentido de pal-
pação, de investigação).
Não se pode determinar um tamanho padrão de incisão pois são paciente diferentes, com tama-
:
nhos diferentes.
A dilaceração de retalho é complicação causada pelo cirurgião inexperiente que tenta realizar um
procedimento usando um retalho com acesso insuficiente.
Muitos cirurgiões tendem a usar pequenas incisões. Uma grande incisão cicatriza tão rápido
:
quanto uma pequena.
Retalho em envelope
Incisão interpapilar/intrasulcular;
OBS:Com o descolador levanta o tecido, rebate as papilas, encaixa o afastador de maneira que
seja possível visualizar a região óssea, sendo muitas vezes suficiente para conseguir encaixar o
fórceps ou para a broca trabalhar.
OBS:Toda vez que tem incisão relaxante vertical a sutura inicial deve ser dada no vértice da
incisão relaxante, depois meio da incisão, depois o meio e depois papilas.
OBS:Toda vez que tem incisão relaxante vertical, a síntese de tecidos deve contemplar
primeiramente a região do vértice da incisão relaxante, pois se fizer isso no aleatório, na região
mais cervical pode não conseguir assentar o tecido no formato correto. Pode gerar um defeito
estético no assentamento tecido.
Retalho Trapezoidal
Duas incisões relaxantes verticais associada a uma interpapilar/intrasulcular (envelope);
:
Retalho semilunar
Não contempla grandes regiões de exploração;
Ótima para áreas circunscritas;
: Vantagem: não precisa mexer na papila do paciente.
Incisão linear
Pode ser feita em qualquer região da maxila e mandíbula respeitando áreas nobres;
: Mais usadas na maxila;
Muito usada em cirurgias ortognáticas;
:
Acesso de caldwell-luc
Acesso linear na fossa canina faz com que caia na parede anterior do seio maxilar;
Acesso a região da parede anterior do seio maxilar;
: Faz esse acesso para exploração do seio maxilar, pois muitas vezes implantes, dentes, broca,
agulha, guta-percha são deslocados para essa região;
Faz o acesso na parede anterior para uma melhor visualização do seio;
: Acesso exploratório para a remoção de qualquer conteúdo, detrito, dente deve ser feito na parede
anterior do seio maxilar.
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA SIMPLES
Introdução
Se resumem a:
Extração dentária: princípios de cirurgia e mecânica física elementar;
Pré-operatório:
-
Planejamento - envolve autonomia cirúrgica;
Entendimento do caso do paciente (exame clinico, anamnese, exames complementares como,
:
radiografia, hemograma, coagulograma);
Exame minucioso do estado clinico do paciente;
Avaliar e determinar o grau de dificuldade de remoção do dente.
:
Um dente erupcionado pode ser extraído de duas maneiras:
Fechadas (simples);
Abertas (cirúrgica ou à retalho)
Mista (começa fechada e no meio do procedimento precisa ser aberto).
Requisitos fundamentais:
Acesso e visualização adequados;
Via sem impedimento para remoção do dente;
: Uso de força controlada (técnica associada a força).
Anestesia
Cirurgia está intimamente ligada a anestesia;
: Anestesia deve ser profunda e duradoura;
Mais seguro fazer um bloqueio troncular.
: Anestesia profundo - conhecimento da inervação de todos os dentes e precisão da técnica.
Não anestesia fibras proprioceptivas, atua apenas em fibras nociceptivas, ou seja, paciente não
:
sente dor mas sente pressão (dor aguda x pressão intensa).
Controle de ansiedade
Explicação realista e abordagem empática;
Uso de auxilio farmacológico: oral, óxido nitroso, sedação intravenosa.
:
Indicações para extração dentária
Necrose pulpar (não havendo mais alternativas endodônticas);
Doença periodontal severa (grandes perdas ósseas);
: Razões ortodônticas (falta de espaço);
Dentes mal posicionados (que não tenham possibilidades de serem aproveitados. Ex:
:
pericoronarite);
Dentes fraturados;
Extrações pré-protéticas;
: Dentes impactados e inclusos;
OBS:Impactado - Quando algo impede a saída do dente, pode estar coberto por osso em toda a
extensão do dente ou o dente vizinho;
Incluso - coberto apenas por gengiva (submucoso).
-
Dentes supranumerários (dentes a mais);
Dentes associados a lesões patológicas (ex: cisto, lesão tumoral);
: Terapia pré-radiação (radioterapia, quimioterapia). Evitar complicações de osteoradionecrose
pós-operatória (fazer a extração antes que o paciente inicie a terapia);
Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares;
: Motivos econômicos (paciente não consegue arcar com o custo do tratamento).
Locais:
Radiação terapêutica para câncer (cabeça e pescoço);
: Dentes na área de um tumor maligno;
Processos de infecção;
: Dificuldade de abertura de boca (trismo - inflamação nos músculos da mastigação);
Anestesia local de difícil alcance (polpa é mais difícil de anestesiar, ainda mais se tiver
:
inflamada);
Pericoronarite grave/aguda: Estado inflamatório de caráter infeccioso ou não, envolvendo tecido
mole que recobre parcialmente a coroa de um dente.
Sintomas:
Dor;
Inchaço da gengiva no local acometido;
Linfadenomegalia cervical (íngua, linfonodos infartados);
Presença de um gosto na boca, que pode ser causado pelo vazamento de pus de gengiva na
cavidade oral.
OBS:Nem todo local inflamado está infectado, mas todo local infectado está inflamado.
Acesso ao dente:
Amplitude de abertura de boca (trismo, infecção).
:
OBS:Dentes da maxila, o paciente pode abrir menos a boca, ficar com ela semi-fechada,
facilitando o cirurgião estender/puxar a mucosa julgal. Na mandíla é necessário que o paciente
tenha uma hiperextensão de abertura bucal, abrir o máximo que ele conseguir.
OBS:Dificulta que encaixe o fórceps, pega dente vizinho, não permite o encaixe
adequado.
Mobilidade do dente:
Quando aumentada:
Doença periodontal grave (exodontias simples e difícil manejo dos tecidos moles, pois são tecidos
:
moles friáveis, inflamados, sangrantes ).
:
Condições da coroa:
Presença de cáries ou restaurações extensas;
Grande acúmulo de cálculos;
: Dentes adjacentes: presença de dentes com grandes restaurações.
:
Posição da cadeira
Maxila:
Posição reclinada aproximadamente 60°;
Boca ao nível do cotovelo.
:
Mandíbula:
Plano oclusal inferior paralelo ao solo, posição
mais baixa do que para a maxila.
Princípios mecânicos
Alavanca:
-
Divididas em: haste, cabo e lâmina.
Empunhadura: digito-palmar e dedo indicador sobre a haste (indicador não deixa perfurar uma
:
região próxima caso escape).
Movimentos: alavanca, cunha e roda e eixo.
OBS:Primeiro faz o movimento de cunha, depois roda e eixo e por último alavanca. (Pode
começar com outro movimento, mas essa ordem faz mais sentido)
Alavanca:
Transmitir uma força pequena se transforma em grande movimento.
: Fulcro (ponto de força da alavanca). Alavanca estabilizada em um ponto de fulcro que vai ser
executado o movimento e o dente será jogado para fora do alvéolo.
Pode ser aplicada em todos os dentes.
: Alavanca sempre deve estar posicionada perpendicular ao longo eixo do dente que será extraído.
Ponto de apoio da ponta da alavanca: geralmente na face mesiovestibular da base óssea (entre
:
dente e osso alveolar) dos dentes que serão extraídos (entra com a ponta da alavanca
subgengivalmente em direção ao osso alveolar)
Parte inferior da lâmina se apoia no osso alveolar (sadio);
Parte superior vai de encontro ao dente a ser extraído;
: Força apical na mesial e distal;
Evitar apoio no dente adjacente, por vestibular ou lingual.
Roda e eixo ou serrilho: cabo funciona como o eixo e a ponta como roda, elevando o dente do
alvéolo com movimento de rotação (semi-giro). Ex: seldin.
Princípios para o uso do fórceps
-
Dividido em: Ponta ativa, articulação e cabo.
Objetivo: expansão do alvéolo com a ponta ativa em forma de cunha e rompimento das fibras
:
apicais do ligamento periodontal.
Posição correta (mais apical possível) evita fratura radicular e coronária, e aplica maior eficá-
cia na expansão alveolar (transfere o ponto de fulcro mais apical).
:
pressão rotacional e força de tração.
Pressão Apical:
Primeiro movimento pressão apical (encaixar as pontas do fórceps o mais
apical possível, expan dindo o alvéolo/cortical óssea)
Inserção da ponta ativa dentro do espaço do ligamento periodontal visando a
:
expansão das corticais ósseas;
Centro de rotação do dente (fulcro) é deslocado apicalmente.
Força Vestibular:
Expansão da cortical vestibular (ao tracionar o dente para a vestibular,
:
consequentemente inclinando o ápice para a lingual);
Gera pressão apical no ápice lingual.
OBS:Tábua óssea na palatina da maxila é mais grossa, logo ao pegar um dente na maxila,
consegue remover mais fácil forçando para vestibular.
Pressão Rotacional:
Rotacionar o fórceps expandindo as paredes do alvéolo;
: Expansão interna do alvéolo;
Ideais para raízes cônicas ou dentes unirradiculares;
: Evitar esse movimento em dentes com múltiplas raízes
(possivelmente vai fraturar).
OBS: O dente não deve ser avulsionado até que o osso esteja totalmente expandido e as fibras
ligamentares rompidas.
Dentes superiores:
Incisivos e Caninos
Fórceps 150
: Movimentos: Pressão Apical; Força Vestibular; Pressão Palatina e Movimento Rotacional.
OBS:A raiz d central é fácil de rotacionar (não tem angulação, geralmente está reta);
Incisivo lateral superior tem uma curvatura disto-palatina no terço apical, se não tomar cuidado
com a rotação tem chance fratura de ápice.
Molares superiores
Fórceps 18R
: Fórceps 18L
Movimentos: Pressão Apical, Força Vestibular, Pressão Palatina e Força de Tração.
:
Dentes inferiores:
Incisivos e Caninos
Fórceps 151
Pré-molares Inferiores
Fórceps 151
:
OBS:Raiz fácil de ser rotacionada, sendo a rotação um ótimo movimento para a extração de pré-
molares inferiores.
Molares
Fórceps 17
OBS: Difícil de luxar molares (com fórceps ou alavanca) pois são dentes volumosos.
OBS: Pressão lingual será mais forte do que a força vestibular, por causa da resistên-
cia da cortical óssea.
Molares (dentes com coroa destruída e exposição de furca)
-
Fórceps 23
Sutura
Para controle da hemorragia, uma gaze úmida deve ser colocada sobre o alvéolo (e retirar antes
:
do paciente ser liberado) .
Principal função da sutura é manutenção do coágulo sanguíneo no interior do alvéolo.
Cuidados pós-operatório
Medicação: analgésico, anti-inflamatórios, colutório (enxaguante bucal), e em casos
:
específicos, antibioticoterapia.
Instruções/orientações pós operatórias por escrito.
: BIOSSEGURANÇA
Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e
prestação de serviços visando à saúde do homem, dos animais e a preservação do meio ambiente.
:
Conceitos importantes
:
de instrumentais ou superfícies.
:
superfícies, equipamentos e instrumentos.
Artigos críticos: Penetram através da pele ou mucosas adjacentes. Estão nesta categoria:
agulha, lâmina de bisturi, sonda exploradora, sondas periodontais, materiais cirúrgico e outros.
Exigem esterilização ou uso único.
Artigos semi-críticos: Entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras,
:
como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, alicates de uso ortodôntico,
etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização (sempre que for possível).
Artigos não-críticos: Entram em contato com a pele íntegra. Requerem limpeza ou desinfecção
de baixo ou médio nível.
-
Artigos descartáveis: São aqueles que, após o uso, perdem suas características originais.
OBS: Devem ser descartados no descarpack: lâminas, fios de sutura, agulhas gengivais.
Barreiras: Meio físico utilizado para impedir ou dificultar o carreamento de agentes patogêni-
:
cos de um indivíduo para outro. Ex: Campo (de gramatura mais altas).
:
inanimados, mas não necessariamente os esporo bacterianos. Ex: álcool 70%., ácido peracético.
Esterilização: É o processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas
microbianas, inclusive os esporos bacterianos. Ex: autoclave.
EPI (equipamento de proteção individual): São eles óculos, máscara, luvas, gorros, avental,
:
óculos para luz laser, calçado fechado, jaleco, avental plumbífero, face shield.
Limpeza: É o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujidade)
de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou de deter
gente e ação mecânica.
Antissepsia na cirurgia odontológica: conjunto de ações que devem ser executadas como um
ritual, independentemente de quem seja o paciente, já que não seria ético nem suficiente
submeter todos pacientes a exames.
Sequência de paramentação:
1. Colocação de máscara, gorro e óculos;
2. Lavagem das mãos;
3. Colocação do avental cirúrgico estéril;
4. Colocação da luva cirúrgica estéril
OBS:O uso do AZT como profilaxia, imediatamente após o acidente, reduz em até 81% o risco
de soroconversão pós-exposição. O uso combinado dos demais anti-retrovirais (ARV) visa
ampliar a proteção para o profissional acidentado.
:
Definição
Acidente:
Algo que não era previsto inicialmente na cirurgia;
Acontecimento fortuito, infeliz, casual, que pode resultar em prejuízo, dano ou avaria.
: Ex: Perfura o paciente com algo, fratura de agulha, sangramento excessivo, reação alérgica,
infecção pós operatória.
Complicação:
Algo que pode ser esperado na cirurgia;
: Obstáculo, dificuldade ou embaraço.
Ex: edema, dor.
:
Planejamento:
Ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir
um referencial futuro, o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o acoplamento se
destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação.
OBS:Paciente não pode sair da clinica sem prescrição pós operatória (analgésico e clorexidina)
e orientação pós operatória.
Fatores complicadores:
Raízes com curvaturas;
: Anquilose dentária (ausência de ligamento periodontal);
Extremos de idade (além de comorbidade em pacientes idosos, e a ansiedade e comportamento
:
de jovens);
Proximidade com o canal mandibular, seio maxilar (complica a cirurgia);
Limitação da abertura bucal;
: Comprometimento sistêmico;
OBS:A dor após a cirurgia atinge sua máxima intensidade 12 horas, tendo seu início logo
após o término do efeito anestésico local. Por isso se prescreve analgésico pós cirurgia durante
48h em caso de dor.
:
Trismo: Resultado da inflamação dos músculos da mastigação, e pode ter origem na
disseminação do processo inflamatório ou mesmo nas múltiplas injeções de anestésico local nos
músculos, sendo a sua resolução gradativa e espontânea na maioria dos casos.
OBS: As vezes ao remover o ponto e no mesmo dia o paciente sente uma melhora. O trismo pode
estar sendo causado pela inflamação local gerada pelo ponto.
:
Lesões em elementos dentários adjacentes:
Inadequada utilização do fórceps ou alavanca;
Cáries extensas;
:Curvaturas radiculares;
Força excessiva.
:
Complicações com um dente durante sua extração:
Fratura da raiz
OBS: Todo dente que for extraído e fraturar a raíz, deve-se remover a raiz fraturada. No caso de
terceiro molar, se for observado que o dente está próximo ao seio maxilar ou ao nervo mandibular
e fraturou uma raiz de 3 a 4mm, pode deixar a raiz estando livre de infecção, não pode estar
luxada, etc.
Deslocamento de dente ou raiz para o seio maxilar (se tentar extrair o dente pode acabar deslo-
cando para dentro do seio maxilar).
OBS:Relação dos ápices dentários com o seio maxilar - 2˚ molar, 1˚molar e 3˚ molar.
OBS:Prevenção é através da odontossecção utilizando uma broca. Fazendo uma odon-
tossecção mésio distal (separando as duas raízes vestibulares da palatina) e outra na
vestibular (separando as duas raízes vestibulares). A .odontossecção terá formato de T.
Caso tenha caído no seio maxilar deve ser feito o Acesso de Caldwell Luc para remover o corpo es-
:
tranho de dentro do seio maxilar.
Consiste na osteotomia que visa fazer uma loja na fossa canina da maxila para acessar o seio
maxilar.
Acesso feito na fossa canina para acessar o interior do seio maxilar através de uma loja.
:
OBS:Se o terceiro molar for para dentro do seio maxilar, faz-se o acesso na altura do dente e não
na fossa canina.
:
acidentalmente durante a extração dentária, quando o ápice do dente apresenta uma íntima
relação com a cavidade sinusal.
Menor que 2mm fecha espontaneamente;
Maior que 3mm requer procedimento cirúrgico.
:
50% terão sinusite após 48h e 90%
terão sinusite após 2 semanas.
OBS: Vários métodos de fechamento de comunicação foram relatados na literatura, como reta-
lhos locais, retalhos a distância e uso de bola de gordura.
Hemorragias trans-operatórias
1. Tamponamento com gaze dentro do alvéola por uns 5/10min (se for sangramento do alveolar
inferior não irá parar);
2. Sutura oclusiva (para manter o coágulo).
Hemostasia trans-operatória
Hemostop (para sangramentos gengivais, a nível de mucosa);
Hemospon (muito utilizado para previnir);
: Cera para osso (em casos de sangramento intraósseo. Ex: Alveolar inferior).
Hemostasia pós-operatória (enquanto o paciente não volta ao consultório)
Repouso;
: Cabeceira elevada;
Morder gaze no local do sangramento;
: Bastante gelo do lado de fora;
Transamin (se for possível). Dose de ataque de até 1g (normalmente pede para tomar 2 compri-
:
midos logo)
Fratura de agulha
Caso o paciente não esteja sentindo dor, é indicado a não retirar a agulha.
Tratamento:
ETNA e Citoneurin (3x ao dia de 30 a 60 dias);
: Laser terapia de baixa intensidade sempre associado a medicação (mais eficaz hoje em dia).
Luxação mandibular
Abertura máxima da boca que resulta em deslocamento do processo condilar para fora da
:
cavidade glenóide, de forma a se posicionar sobre a face anterior da eminência articular.
Côndilo ultrapassa a eminência articular e trava anterior a eminência articular.
Reduzir: Polegar na oclusal dos molares e joga a mandíbula para baixo e para trás.
:
Infecções
Pericoronarite (leve, moderada ou severa);
Alveolite seca ou úmida;
: Deiscência de Feridas;
Abscessos dentário.
:
Pericoronarite
Quando o dente esta parcialmente impactada com grande quantidade de tecido mole
na superfície oclusal e a gengiva está inflamada (por retenção de resíduo ou trauma
do dente superior).
-
Leve - dor local e a área está um pouco traumatizada. Orientar o paciente a usar clorexidina e
pode fazer a cirurgia.
Moderada - paciente reclama de muita dor e a região está muito avermelhada. Nesse caso pode
:
se prescrever anti-inflamatório, analgésico e anti-colutório (clorexidina)
Severa - dor, secreção purulenta, edema em face, mal hálito, pode causar trismo.
Prescrever antibiótico (caso haja secreção purulenta e abscesso), Anti-inflamatório
(hiperemiado), analgésico (dor), clorexidina (para manter a região limpa).
Após a melhora é feita a extração do dente (se remover apenas a mucosa, ela cresce de novo).
Deiscência de ferida
Quando um retalho de tecido mole é suturado sem um adequado osso de sustentação ou
:
um fechamento sobre pressão.
Sutura sem suporte ósseo ou aperta muito o ponto, podendo causa necrose.
Tratamento: anestesia, curetagem e raspagem do osso necrótico, abundante lavagem com
:
soro fisiológico e sutura.
Alveolite Seca
:
Perda do coágulo, alvéolo vazio com exposição óssea;
Dor intensa a partir do 3˚ ou 4˚ dia no local da cirurgia;
Odor e mau hálito
Tratamento: Anestesia, irrigação com água fenolada aquecida e fazer curativo com
Eugenol e Benzocaína. Não curetar.
Anestesia Úmida
Presença de coágulo com desarranjo, alvéolo com corpos estranhos, não é possível ver osso;
Dor moderada a intensa além do odor e gosto desagradável;
Tratamento: Anestesia, curetagem, preenchimento com sangue e sutura.
Abscessos Dentários
Quadro infeccioso agudo;
iEtiologia: cáries, cistos periapicais infectados e corpo estranho;
Tratamento: remoção da causa da infecção e drenagem cirúrgica.
Fase inicial:
i
Dor localizada;
Hipersensibilidade local;
Mucosa alveolar hiperemiada; Quase evoluiu para uma
Fase de evolução: mediastinite (quando a
Aumento das sintomatologia; infecção desce para o
Trismo; mediastino).
Fase final
i
Regressão dos sintomas;
Ponto de flutuação (área mais amolecida e avermelhada. Local onde deve ser feita a drena-
gem).
CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA
Conceito:
São todos os procedimentos cirúrgicos que tenham por finalidade o favorecimento da
propedêutica/reabilitação protética visando a recuperação funcional e estética do paciente.
A cirurgia pré-protética é um ato cirúrgico com indicação para os pacientes que serão
i
submetidos à reabilitação oral protética.
Em candidatos de reabilitação protética, com o objetivo de aumentar a área de suporte da prótese,
melhorar a retenção e adaptação com o processo alveolar.
Objetivo:
Criar uma adequada estrutura de suporte (tecidos moles e osso alveolar) para subsequente
i
colocação de uma prótese.
i
Avaliação do tecido ósseo (através de exames de imagem):
Radiografia oclusal;
Radiografia panorâmica;
Tomografia computadorizada (tipo cone beam).
OBS:Usado em odontologia para planejamento de implante, terceiros molares, observação de
lesões.
Procedimentos Cirúrgicos
i Feito um retalho,
descolamento vestibular
expondo a tábua óssea;
Feito a regularização do rebordo
alveolar. Pode ser feito em um
alvéolo ou em vários dependendo
da cirurgia.
OBS:Podem ser feitas de forma manual, com a pinça goiva ou lima pra osso, ou pode ser feita
com o motor com a broca esférica 702 (osteotomia e osteoplastia).
e
Exostose vestibular e irregularidades ósseas
i
OBS:Deve tomar cuidado na osteotomia para não tirar osso em excesso e perfurar o palato e criar
uma comunicação buco nasal (muito mais difícil de resolver do que a buco sinusal).
Torus Mandibular
Indicação principal da cirurgia de remoção de torus mandibular é pacientes que serão sub-
metidos a reabilitação com prótese total inferior ou por questão de estética.
Broca em forma de
Osteotomia com a broca de chama para realizar o
alta rotação para deixar o osso acabamento.
regular.
Adenoma pleomorfico
Lesão patológica tumoral;
Não fica centralizada na linha média do palato;
Lesão vascularizada;
Provavelmente com conteúdo no interior.
Hiperplasia fibrosa
Aumento de tecido devido ao aumento de quantidade de células fibrosas;
i
Frenectomia Labial
Remoção do freio que se interpõem entre os incisivos centrais superiores;
Sequência cirúrgica: Técnica da dupla pinçagem;
Duas pinças hemostáticas (uma fica presa na inserção do freio, na parte do lábio e a
outra na parte do lábio;
Fazer uma incisão por fora da pinça, contornando-as;
Remoção da inserção palatina (quando houver);
Divulsão com a tesoura de metzembaun soltando as fibras da parte mais interna do
lábio e liberação do periósteo para que não haja recidiva;
Sutura;
e
Cirurgia de simples execução, de duração rápida (média de 20 minutos) e com poucas
intercorrências.
Frenectomia Lingual
Indicada para pacientes com anquiloglossia (lingua presa);
i
Teste para saber se tem indicação para cirurgia:
Abrir a boca e encostar a ponta da língua na face palatina dos incisivos e o paciente não
consegue;
Pede para o paciente colocar a língua para fora, porém a língua quase não sai.
Cirurgia simples, dura em média 20 minutos e sangra mais por ser em região
lingual.
OBS:As vezes após o procedimento é necessário que o paciente seja encaminhado para fonoau-
dióloga para que aprenda a pronunciar determinadas palavras.
Sequência cirúrgica:
Reparo com fio de sutura no ápice da língua para evidenciar o freio;
i
OBS:Tomar cuidado com a sutura na parte mais inferior do freio por conta da carúncula da
glândula sublingual (saída do ducto salivar). Caso suture essa região e feche a saída da
carúncula, acaba gerando rânula (remoção é feita através de uma excisão cirúrgica).
Excisão - remoção;
Incisão - corte.
Hiperplasia fibrosa
Aumento de tecido normalmente causada por próteses mal adaptadas que geram traumas
repetitivos;
Excisão cirúrgica do
tecido mole em excesso.
Implantodontia
A especialidade de maior crescente na atualidade;
i Algumas relações anatômicas devem ser observadas:
Pneumatização de seio maxilar;
Rebordos atrésicos;
iProximidades com estruturas nobres (canal mandibular, forame mantual, seio maxilar);
Indicações: Perdas dentárias;
i
OBS:Deve ser feita a manutenção do rebordo pós operatório imediato após exodontias. É feito
enxerto e colocação de uma membrana no local para preservar o alvéolo para recepção de um futuro
implante (regeneração óssea guiada - ROG).
Melhor maneira de preservar o alvéolo após exodontia é através da Regeneração Óssea Guiada
(ROG), que é a reconstrução do rebordo alveolar concomitante ou previamente a instalação de
implantes dentários.
e
O meio mais eficaz de preservar o alvéolo é a instalação do implanteimediato com subsequente
preenchimento do GAP vestibular com enxerto ósseo (biomaterial).
i
original em 06 a 12 meses após extração);
Osso inadequado para a instalação de implantes;
Necessidade de cirurgia adicional para reconstrução óssea
gerando maior custo ao paciente.
Alvéolo enxertado
Manutenção da espessura óssea ideal;
iOsso suficiente para a instalação de implantes;
O enxerto alveolar é instalado
no mesmo momento da extração dentária.
OBS: Adiar a instalação dos implantes em 3 meses pode resultar em reabsorções tão severas que
só permitem a instalação de implantes de diâmetro reduzido, principalmente na região anterior
da maxila.
i
OBS:Membranas podem ser confeccionadas do próprio paciente. Faz uma coleta de sangue
periférico, coloca em uma centrifuga e gera L-PRF (plasma rico em fibrina) que é usada como
membrana.
Substitutos ósseos;
Membranas não-reabsorvíveis
i
(precisa ser removída depois)
Faz-se um retalho e depois uma janela na parede do seio, após isso descola/levanta a membrana
i
em que o seio fica envolto, criando um espaço vazio onde é colocado o biomaterial.
i
hemoglobina glicada, etc).
OBS:Corticoide (anti-inflamatório esteroidal) pode ser utilizado no pré operatório (no mínimo
uma hora antes) para controle de dor e edema no pós operatório. Ex: Dexametazona 4mg - tomar
01 comprimido 01h antes.
OBS:
Analgésico de primeira escolha - dipirona 1mg.
Antibiótico de primeira escolha - amoxicilina 2g.
OBS:Caso ache necessário prescrever antibiótico, pois a higiene do paciente é precária, ou por
outro motivo, pode prescrever por 3/5 dias (profilaxia antibiótica). Ex: 2g de amoxicilina, 500mg
de azitromicina, 600mg de clindamicina.
OBS:A extração de terceiros molares é um dos procedimentos mais comuns em cirurgia bucal.
Dez milhões de dentes são extraídos de, aproximadamente, cinco milhões de indivíduos, todos os
anos nos EUA.
Definição: Dente Incluso, também denominado dente retido ou impactado por alguns, é um
órgão dentário que, mesmo que completamente desenvolvido, encontra-se no interior do osso,
totalmente rodeado por tecido ósseo e mucosa (intra-ósseo ou submucoso).
i
irrompeu na cavidade oral;
Todo dente incluso deve ser removido, desde que os benefícios sejam maiores que os malefícios;
Quando não removidos devem ser proservados (todo ano deve ser feito uma radiografia);
A remoção precoce reduz a morbidade pós-operatória e permite melhor a cicatrização;
Período ideal para cirurgia, após primeiro terço radicular e antes da formação do segundo terço
(normalmente entre 16 e 18 anos).
OBS:Só extrai terceiros molares com o paciente em tratamento ortodôntico se estiver causando
algum dano ao paciente ou se o ortodontista indicar.
Contra-indicações:
Má condição sistêmica do paciente;
iProximidade com acidentes anatômicos importantes;
Pacientes idosos (extremo de idade) - problema de saúde severo, osso mais calcificado e
menos elástico;
Pacientes muito jovens (extremo de idade) - colaboração do paciente e não há certeza
i
se o dente terá espaço para erupcionar;
Processos infecciosos agudos.
Fatores que complicam uma extração:
Curvatura anormal das raízes (dilaceração da raiz);
i Hipercementose;
Proximidade com o canal mandibular ou seio maxilar;
Grande densidade óssea (idosos);
i Espaço folicular coberto de osso (totalmente dentro do osso e não tem raiz, ao tentar extraí-lo, o
dente começa a rodas na cavidade. O planejamento deve ser: Acesso - decolar o periósteo -
osteotomia - odontosecção no sentido vestibulo-lingual - remover a distal e mesial);
e
Anquilose;
Abertura de boca limitada.
i
OBS:Contraindicar é diferente de complicar a extração.
OBS:Quando o dente está perto do nervo, deve pedir uma tomografia.
Classificação dos dentes inclusos
Classificação de Winter: avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo eixo
fisiológico do segundo molar (vertical);
Pode ser: mésio-angular, disto-angular, vertical, línguo-versão/ lingual total, vestíbulo-
e
OBS:
Em relação a classificação de winter o dente inferior mais complexo a ser extraído é o disto-
i
angulado, pois o longo eixo de saída será em direção ao ramo mandibular.
Em relação a classificação de winter o dente superior mais complexo a ser extraído é o mésio-
angulado, pois como há a tuberosidade existe um risco de ser fraturada ao ser realizada força ao
extrair o dente.
OBS:O dente mais difícil de ser extraído de acordo com a classificação de pell e gregory é posição
A classe III.
TÉCNICA CIRÚRGICA
5 passos básicos:
Exposição da área do dente impactado (incisão, descolamento);
i Avaliar a necessidade de remoção óssea suficiente (osteotomia/ostectomia);
Avaliar a necessidade de odontossecção;
Remoção do dente;
i Limpeza do alvéolo (irrigar com soro estéril) e sutura.
OBS:A osteotomia nunca vai até a lingual e a odontossecção nunca vai até o fundo do dente e
nem até a região lingual.
Em região de
palato ou lingual,
não é feita incisão
relaxante, apenas
intrasulcular.
Depois de feita a incisão, deve-se rebater o retalho (expor o dente);
:
A odontossecção é sempre no sentido de pendulo no sentido vestibulo lingual;
OBS:
Em um dente horizontal é seccionado na cervical;
Em um dente disto angulado é seccionado na cúspide distal;
Em um dente mésio angulado é seccionado na cúspide mesial;