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FINALIZANDO FÁRMACOS COLINÉRGICOS


Se for uma fibra simpática ou adrenérgica vai liberar noradrenalina, se essa fibra for
parassimpática ou colinérgica, vai liberar acetilcolina e vai surtir os efeitos conversados
anteriormente. Quando liberadas nos tecidos, geralmente têm receptores muscarínicos para
ação colinérgica ou tem também que vai ser estudado no sistema nervoso somático que
não é autônomo, na musculatura esquelética também tem receptor nicotínico, mas exceto
junção neuromuscular, gânglio e SNC todos os receptores são muscarínicos para sistema
nervoso parassimpático ou colinérgico.

FÁRMACOS ADRENÉRGICOS

Medicamentos que atuam para controlar pressão arterial, insuficiência cardíaca, hipertrofia
da próstata, medicamentos utilizados para a mãe segurar o bebê quando está com risco de
aborto para inibir a contração, medicamentos para controle de asma, bronquite,
medicamentos para quadros anafiláticos, tratamento para depressão, remédio para
emagrecer, todos eles atuam na modulação disso que acabamos de ver do SN, um pouco
do SNC, mas bastante do SNA.

Um lembrete de farmacodinâmica: os medicamentos que vão atuar no SNA ou vão ser


agonistas ou antagonistas, agonistas quando quero mimetizar o SNA e antagonista quando
quero bloquear este sistema, pode ser todo ou, um ou outro receptor para uma ação
específica. Se ele for antagonista ele pode bloquear todo o sistema ou se o medicamento
for seletivo, consigo bloquear um receptor e não o outro, ou apenas dois receptores ou três
receptores, consigo com o medicamento maior ou menor seletividade de bloqueio de
receptores envolvidos nessa ativação simpática ou parassimpática.

Agonista, não é aquele que ativa? Sim. EntãO, no caso do SN pode-se ter agonista de ação
direta, indireta e mista. A ​ação direta é o que foi conversado na farmacodinâmica, eu tenho
um medicamento que ativa o receptor e gera uma resposta. Um agonista de ​ação indireta​,
significa que não é ele que ativa o receptor, ele pode aumentar a síntese do
neurotransmissor, então não é ele que vai ativar o receptor, ele pode ser o medicamento
que aumenta a síntese de um neurotransmissor e é esse transmissor que exerce sua
atividade. Um exemplo, é um exemplo mais de SNC, mas cabe nesse sentido, os
antidepressivos, você viu que está com depressão e você não toma serotonina, então você
toma um antidepressivo que aumenta a serotonina, a noradrenalina e dopamina, os
tricíclicos fazem isso, mas quando você toma este medicamento não é ele que ativa os
receptores dessas substâncias, ele é um agonista indireto, ele vai lá e inibe a recaptação
dessas substâncias para que naquele momento que comentei que devido o transporte ativo
puxa a noradrenalina para o interior da vesícula/terminação, tem esse mesmo transporte
que chama para o interior da vesícula/terminação a dopamina, a noradrenalina, a
serotonina, então se eu bloquear esse sistema aumenta a oferta do neurotransmissor, ele
fica mais disponível, logo é uma substância de ação agonista indireta. Se eu tiver uma
substância que fornece mais aminoácido para formação de noradrenalina, vai aumentar a
formação desse neurotransmissor, logo também é um agonista de ação indireta. Não é ele
que vai agir no receptor, mas ele aumenta a formação do neurotransmissor, por isso ele vai
ser de ação indireta. Por que ele não age no receptor, se ele agisse no receptor ele seria
um agonista de ação direta. Portanto, ação direta: tomei, ele vai lá e ativa; ação indireta:
não é ele que ativa, mas ele vai propiciar melhor funcionamento daquilo que você mesmo
produz; ação mista: ele faz as duas coisas, ele pode tanto ativar como aumentar a síntese
de alguma coisa que gera aquele efeito também.

AGONISTAS

Adrenalina como fármaco utilizada muito em urgência, emergência, muito comum nas UTIs
porque é muito utilizado nas situações que o paciente está parando, está entrando em
choque. Então, adrenalina é o nome do nosso mediador, seu nome comercial é epinefrina.
Por que você não vai ver um monte de coisinha falando de medicamento aqui? porque os
medicamentos que aqui estão “e que ele faz?” “qual o efeito que ele desencadeia” é só você
lembrar do que o seu faz ativando aquele receptor. Por exemplo, a adrenalina é uma
substância agonista alfa e beta, independente de estar escrito ou não, para você saber
como ela age você tem que lembrar o que a sua adrenalina faz, minha adrenalina aumenta
pressão, estimula coração, aumenta frequência, faz vasoconstrição, logo como
medicamento faz a mesma coisa.

USO TERAPÊUTICO DO FÁRMACO DESSA CLASSE

- Prolongar a ação de anestésico local: a adrenalina pode ser usada como


hemostática, ou seja, que contém hemorragia, porque ela faz vasoconstrição e por
esse mesmo motivo que ela prolonga a ação de anestésico local. Quando você vai
no dentista, geralmente ele usa anestesia associada a vasoconstritor como a
xilocaína (nome comercial) ou lidocaína associada a epinefrina naqueles tubetes,
porque caso você fazer uma cirurgia de remoção do siso, que é demorada, logo
precisa de anestesia, ele pode usar o anestésico sem o vasoconstritor, porém se a
cirurgia se prolongar, vai ter que fazer a anestesia novamente, porque os
anestésicos são na sua maioria vasodilatadores. Quando a anestesia é associada
com vasoconstritor, tem dois benefícios: ele mantém o anestésico ali por um tempo
maior porque ele faz vasoconstrição, diminui o fluxo de escoamento no processo de
absorção, mantendo ele mais tempo no local e além disso, se ele for fazer uma
cirurgia, logo vai ter que cortar e em consequência disto vai sangrar, portanto com o
uso da associação com a epinefrina vai diminuir a passagem do sangue porque
diminui o calibre dos vasos, logo ele funciona como hemostático e vasoconstritor
prolongando a ação do anestésico.

- Choque cardiogênico: ​muitas vez nesse caso o médico pode fazer uma infusão,
porém você não pode pegar a adrenalina e injetar, lembre-se que nos vasos têm
muitos receptores alfa 1, se ir direto na corrente sanguínea vai matar o paciente por
vasoconstrição generalizada, a pressão sobe de uma vez e ele entra em uma
taquicardia que pode parar o coração. Entretanto, quando se usa a adrenalina deve
ser diluída infusão contínua, é bem diluída (1:1000)/(1:10.000) ou até maior
dependendo da situação no soro para que não tenha uma vasoconstrição
generalizada e com isso, aumenta a força da vasoconstrição devido os receptores
beta do coração.

- Choque anafilática/crise asmática: ​nesses dois casos tem broncoconstrição


podendo matar o paciente por asfixia quando ele entra nessas situações, logo nesse
quadro é feita a infusão com adrenalina diluída porque ela faz broncodilatação.

- Parada cardíaca: ​pode ser feito infusão ou fazer uma injeção diluída (o médico deve
saber a diluição) diretamente no coração: intracardíaca. Uma ação direta no local
sem uma ação sistêmica pronunciada.

A noradrenalina também ativa alfa e beta e também é utilizada para as mesmas coisas, mas
tem um detalhe na molécula que é o radical, uma tem o CH​3 ​e outra não, isso promove uma
certa seletividade dos receptores adrenérgicos. Tanto os receptores alfa-1 e alfa-2, a
noradrenalina é mais seletiva para esses receptores do que a adrenalina, ou seja, a
noradrenalina tem mais pontos de encaixe com esses receptores que a adrenalina, com
isso eu preciso de menos quantidade de noradrenalina para agir nesses receptores do que
eu preciso para adrenalina.

A adrenalina para os receptores beta-1, nós temos receptores beta-1 em vários tecidos,
porém é importante lembrar que temos no coração e nos rins, nesses dois locais a ativação
do receptor beta-1 é igual para adrenalina e para noradrenalina. Se for receptor beta-2 no
pulmão e nos vasos, a adrenalina é muito melhor na ativação deste receptor do que a
noradrenalina, quanto é que no quadro de crise ou asma é usado a adrenalina e não a
noradrenalina, porque a seletividade da adrenalina é bem maior para esse receptor. Para o
receptor beta-3, a adrenalina também é mais seletiva que NOR, então a noradrenalina é
mais vasoconstritora que a própria adrenalina. Logo, as duas atuam todos esses
receptores, porém com uma seletividade maior que a outra e isso modifica a dose, porque
uma delas tem maior afinidade por certos receptores e consequentemente, a potência das
duas substâncias é diferente.

Existe vantagem de ter medicamentos mais seletivos para um ou outro receptor? Sim! A
isoprenalina/isoproterenol, por exemplo, é um medicamento porque não temos essa
substância endógena, é um agonista beta-1 e beta-2. Se eu pensar que quero usar
isoproterenol ou adrenalina para fazer broncodilatação, meu objetivo terapêutico é fazer
broncodilatação, eu tenho na minha mão adrenalina e isoprenalina, qual seria melhor eu
utilizar minimizando os efeitos colaterais? Eu quero uma ação no receptor e não uma ação
sistêmica, logo o melhor seria utilizar a isoprenalina porque se o meu objetivo é fazer
broncodilatação com o mínimo de efeito colateral eu tenho que avaliar qual o medicamento
mais seletivo para aquele receptor que precisa ser ativado. Eu tenho uma substância que
ativa receptor beta (adrenalina) e outro que ativa beta-1 e beta-2 (isoprenalina) esse último
vai fazer broncodilatação e taquicardia, mas ainda é melhor que adrenalina que faz a
mesma coisa, mas atua em receptor alfa também, gerando efeitos que eu não gostaria que
o paciente tivesse, isso caso meu objetivo for broncodilatação.
Agora, se meu quadro for de choque anafilático onde eu tenho broncoconstrição,
vasodilatação e edema de glote, qual seria melhor? A adrenalina, porque ela vai fazer a
broncodilatação, mas também vai agir no vaso fazendo vasoconstrição, enquanto a
isoprenalina não conseguiria fazer isso.

A dopamina, nós temos esse neurotransmissor e ele entra na cascata de síntese da


noradrenalina. Sua estrutura consegue ativar os receptores de dopamina (dopaminérgicos),
mas ele faz parte da cadeia de síntese da noradrenalina e da adrenalina, então a mesma
dopamina ativa os próprios receptores os dopaminérgicos, mas também consegue ativar
receptor adrenérgico, principalmente beta-1. Por isso nos carrinhos de emergência têm
noradrenalina, dopamina, adrenalina e dobuta, que é dobutamina, todas essas são drogas
de ressuscitação, quando o paciente está parando, em choque, elas ativam o sistema
nervoso simpático, tentando aumentar o batimento cardíaco, força de contração,
vasoconstrição para aumentar a pressão para tirar o paciente do choque, são drogas
vasoativas, muito utilizadas em emergência, urgência, nos carrinhos de UTIs. Todas essas
drogas são utilizadas em estado de choque: choque cardiogênico, choque séptico, choque
hipovolêmico, tudo para fechar vaso, aumentar força de contração, fazer vasoconstrição,
aumentando a sobrevida do paciente. Então, dopamina ativa esses receptores,
principalmente beta-1 que aumenta frequência cardíaca e a força de contração e, promove
a síntese de noradrenalina e adrenalina.

Uma substância sintética que faz a mesma coisa é a dobutamina, se for um caso de choque
ela é até melhor porque ela é uma substância agonista beta-1, ela não altera a pressão
arterial do paciente. Digamos que o paciente está com parada cardíaca, não está em
choque, não está com PA baixa, porém o coração está parando, ele pode receber uma
injeção intracardíaca de dobutamina porque ele vai colocar uma droga na coração que ativa
receptor beta-1 que quando ativado aumenta a frequência e a força de contração, então é
muito usado para parada cardíaca. Logo, se o médico fizer isso no coração do paciente,
com esse medicamento ele não vai ter os efeitos que ele não gostaria, como por exemplo
de adrenalina, noradrenalina e até mesmo de dopamina nos outros receptores que não são
importantes para ele naquele momento.

Salbutamol, terbutalina, são substâncias agonistas beta-2, estão presentes naqueles


xaropes para quem tem bronquite ou problema respiratórios, porque eles são
broncodilatadores ( ativam beta-2), quando é preciso dilatar brônquios, não é para dilatar os
vasos, apesar disso ser um dos efeitos colaterais. Esses dois compostos podem ser
utilizados na forma de xarope e muitas pessoas usam na forma de bombinha para crise
asmática associados com anti-inflamatório geralmente corticóide. Quando a pessoa tem
uma crise de asma, a sensação é de sufocamento, asfixia, então a pessoa começa a usar a
bombinha; se você ler a bula ou ler a prescrição do médico, geralmente está escrito para
bombear três vezes que vai resolver, só que na hora que você está na crise, nem sempre
você consegue fazer isso, você faz até sentir o alívio, entãos os broncodilatadores de
bombinha/xarope são para agir no pulmão (beta-2 agonista), mas é muito comum a pessoa
que usa bombinha dizer que tem “batedeira”, o coração dispara, isso ocorre porque o
medicamento é um agonista beta-2 em dose terapêutica, à medida que você sobe a dose
ele perde a seletividade e vai ativar também beta-1 que está presente no coração, ativando
beta-1 aumenta a força de contração e frequência cardíaca, que dá aquela taquicardia.
Logo, é importante lembrar que qualquer droga seletiva é em dose terapêutica, quando
passa dessa dose ela perde a seletividade e ativa outros receptores. Então, esse
broncodilatador é usado em casos de asma crônica, crises e também o salbutamol é
utilizado quando a mãe está em risco de perder o bebê devido a contração do útero, porém
ele não está sendo utilizado como broncodilatador nesse caso, mas sim porque a
musculatura do útero é rica em receptor beta-2 e quando ativado vai relaxar essa
musculatura e se a mãe está em risco de abortar, ela está tendo contração para expulsar o
bebê, ao usar o agonista beta-2, relaxa a musculatura, fazendo com que não ocorra a
contração e diminuindo o risco do aborto.

Na rede pública tem o antagonista beta que é o propranolol usado para hipertensão, só que
os pacientes que tinham asma e eram hipertensos o que tinha para eles era esse
medicamento, o problema é que eles tomavam um antagonista beta como medicamento de
uso contínuo para controlar PA, mas se ele é um antagonista beta, ou seja, tudo que é beta
ele bloqueia, então se ele está tomando como hipertensivo, o foco dele era bloquear o
beta-1 do rim, mas como ela é antagonista beta sem seletividade, ele bloqueia o beta
presente no pulmão também, se ele não está em crise asmática, tudo bem. Porém, caso
mude o tempo e desencadeou uma crise asmática no paciente e ele precisa dos receptores
beta-2 do pulmão dele livres para que a própria adrenalina/noradrenalina dele faça a
dilatação, só que no meio dessa crise o paciente também se viu, pelo fato de ser
hipertenso, que ele estava tomando o propranolol para controle da PA, o que está
acontecendo com os receptores beta-2 do pulmão dele? Estão bloqueados, então a
adrenalina dele não consegue ativar, logo ele usa a bombinha/xarope de beta-2, porém não
está bloqueado? Então, vou ter um bloqueador fazendo bloqueio beta e um dilatador na
bombinha/xarope, só que como está bloqueado vou ter que usar uma grande quantidade do
dilatador para desbloquear o que está bloqueando, se eu usar mais do beta-2 para tirar do
propranolol, perde a seletividade, tira o propranolol de lá e acaba ativando o que o
propranolol estava bloqueando inclusive no rim, então melhorava da asma e piorava da
pressão, e se ele não tomar o dilatador beta-2 melhora da pressão, mas piora da asma.
Entretanto, esse caso foi levado em discussão quando foi selecionar medicamentos
padronizados, então conseguiram padronizar o atenolol, para esses pacientes que têm
problemas respiratório é o ideal, porque eles tomam na dose correta que é um bloqueador
beta-1, vai bloquear o rim, deixando o beta-2 livre, se ele entrar em crise ele usa uma dose
terapêutica do ativador de beta-2 que vai atuar nos receptores do pulmão, sem afetar os
receptores beta-1 do rim, logo ele melhora da PA e da asma.

A clonidina é uma agonista alfa-2 - professora fala: eu costumo colocar uma pergunta na
prova assim: vimos até agora que medicamento que ativa simpático sobe a pressão não é?
Como que uma substância agonista adrenérgica pode ser usada como um
anti-hipertensivo? O único jeito de uma substância agonista que ativa o receptor
adrenérgico diminuir sua pressão é se ele ativar este receptor: agonista alfa-2, porque este
receptor alfa-2 é que está lá no pré-sináptico que quando ativado diminui a ativação de
noradrenalina, ele não é um receptor pós-sináptico no órgão ou no tecido, ele está na
terminação, lembra que eu falei? noradrenalina liberada: ativa, é degradada, volta para a
terminação ou ativa o receptor falando: para de liberar NOR, então a clonidina é um
medicamento sintético que ativa o receptor alfa-2, quando ela ativa este receptor, ela
manda um sinal para dentro daquela terminação para parar de liberar noradrenalina, isso
pode gerar uma ação anti-hipertensiva porque menos noradrenalina ativando alfa-1, menos
PA elevada a pessoa vai ter, logo o medicamento é um agonista porque ativa o receptor
que tem uma ação inibitória na liberação de noradrenalina, é um agonista com uma ação
antagonista de efeito, qual o antagonismo que ele faz? Diminui PA. Além disso,
anti-hipertensivos podem ser usado no SNC para controle de dor porque ativam os
receptores alfa-2 das vias inibitórias da dor (isso é conteúdo de SNC).

O metildopa, seu nome comercial é aldomet, é um medicamento anti-hipertensivo de


escolha para mulher grávida, sabe-se que é evitado dar medicações para mulheres
gestante, apenas aqueles que são mais parecidos com o que o ser humano produz para
evitar possíveis efeitos deletérios para o bebê. Se a gestante era hipertensa ou adquiriu
durante a gravidez gerando o quadro pré-eclâmpsia ela tem que usar anti-hipertensivo,
qual é seguro? Para mulher grávida, esse é a escolha porque ele é metildopa, lembra da
cascata que eu mostrei? tirosina, dopa, dopamina, noradrenalina, não tinha uma dopa?
então, dopa o organismo reconhece, então eu dou para essa mulher metildopa que tem um
CH​3 pendurado ali, ele vai formar naquela cascata de neurotransmissão: metildopa,
metildopamina, metilnoradrenalina e metil adrenalina, o fato de ter um radical metil ligado à
esta estrutura faz com que eu mantenha a atividade total do meu neurotransmissor, então
se a grávida está tendo pressão alta porque a adrenalina ou noradrenalina está ligando no
vaso, fazendo vasoconstrição, ligando no rim e ativando beta-1 aumentado a angiotensina e
aumentando a pressão, se em vez disso ela está formando metilnoradrenalina e metil
adrenalina, essas substâncias funcionam como agonistas parciais desses receptores, não
tem ativação completa, então se ela contraia demais, agora vai contrair menos e se você
está com metildopa vai ter uma ação parcial desse receptor, fazendo com que contraia
menos, porém enquanto estiver lá a noradrenalina e a adrenalina desta paciente não
consegue se ligar neste receptor, fazendo o efeito anti-hipertensivo, e é uma estrutura muito
parecida com a biológica, então o organismo aceita sem grandes problemas. Além de fazer
isso no receptor, a metildopa também consegue ativar o receptor alfa-2 igual clonidina,
diminuindo noradrenalina, aí no que for formar vai ter um radical metil pendurado nele
porque a metildopa entra naquela cascata de formação no lugar da tirosina, formando
metildopamina, metilnoradrenalina e metil adrenalina, com uma capacidade de ativação
inferior no receptor, funcionando como agonista parcial, enquanto ela estiver ligada, a
noradrenalina, adrenalina da pessoa não consegue se ligar fazendo efeito anti-hipertensivo.

Esses agonista alfa-1 são usados em associação, tem um chamado efortil que é utilizado
sozinho para quem tem a pressão muito baixa porque ele é usado para hipotensão uma vez
que é um agonista alfa-1, principalmente para que tem hipotensão postural, ou seja, se você
levanta ou abaixa muito rápido fica tonta, isso pode ser que quando você está sentado e
levanta seu sistema de válvula que está no sistema vascular tem que fazer pressão para
impulsionar o sangue para te manter de pé, porém tem gente que não consegue, então
quando você toma efortil, você está usando um alfa-1 agonista para fazer vasoconstrição,
aumenta a pressão e você não desmaia e não fica com sensação de tontura.
Tirando esse caso, eles são utilizados em associação com remédios antigripais, vamos
muitos agonistas alfa-1 associado a analgésico, a anti-histamínico para alergia, a AAS,
cafeína e fenilefrina, porque ele age como vasoconstritor, esses comprimidos e gotas que a
gente pinga no nariz é para tirar coriza (​inflamação da mucosa nasal, acompanhada
eventualmente de espirros, secreção e obstrução nasal - via google) quando você está
gripado, quando estamos gripados temos aumento de permeabilidade e vasodilatação, o
nariz começa a escorrer por vasodilatação, falar fanhoso e assim a pessoa pinga essas
gotinhas para desentupir (vasoconstrição) fazendo o nariz parar de escorrer porque diminui
a permeabilidade ou toma comprimido que por meio da associação nesses mesmos locais
vai fazer esses mesmos efeitos.

Tinha um remédio chamado efedrina que possui ação mista, ele fazia vasoconstrição, mas
ele era absorvido causando taquicardia, ele foi tirado do mercado. Algumas pessoas dizem
que esses remédios de nariz viciam e podem dar problema no coração, mas nesse caso
não, ou seja, agonista alfa-1 não, mas no caso de efedrina sim porque possui ação agonista
de ação mista, ele faz o efeito vasoconstritor, mas aumenta a liberação de noradrenalina,
aumentando a taquicardia, agora não sei o motivo que vicia.

Tiramina, ela entra no lugar de tirosina para aumentar a produção de neurotransmissor


noradrenalina, ela não é medicamento, mas ela está representada como agonista indireto
porque ela é uma substância presente em noite de “queijos e vinhos”, produtos ricos em
tiramina, é um aminoácido que entra quando você come, ele é absorvido e entra na
cascata de formação de noradrenalina no lugar da tirosina. Então você tem lá sua tirosina
fazendo sua noradrenalina e você come esses alimentos ricos em tiramina, logo você
aumenta a oferta de tiramina, consequentemente fazendo a cascata de produção de
noradrenalina aumentar, se você não tem problema de pressão, sua pressão vai variar no
máximo de 12 para 13, o problema é se você é hipertenso e principalmente não controlado
porque você pode ter uma crise hipertensiva gerando até um quadro de AVC (acidente
vascular cerebral). Então digamos que você é hipertenso, você vai ao médico e ele fala para
você restringir da sua dieta queijos amarelos: gorgonzola, provolone, produtos enlatados,
vinho, salame, salsicha, o paciente geralmente acha que é por causa do teor de sal desses
produtos, mas é porque são ricos em tiramina que entra na cascata de formação da
noradrenalina no lugar da tirosina aumentando a síntese de noradrenalina, por isso é
representado como agonista indireto, não é porque você comeu isso e ativou o receptor,
mas sim porque ela fornece o precursor para formar mais do meu neurotransmissor,
gerando lá na frente noradrenalina.

O pior quadro é quando o paciente está tomando antidepressivo, ele é hipertenso, e esse
antidepressivo que ela toma é da classe dos iMAOs, MAO (​monoamina oxidase) ​é aquela
enzima que está dentro da terminação que está ali para degradar catecolaminas, a gente
tem MAO também no intestino, quando você ingere esses alimentos, uma parte dessa
tiramina já é degradada pela MAO que está no intestino, então por mais que você come,
tudo aquilo que você comeu não é o que entrou, porque a MAO do intestino já destruiu uma
parte. Tudo o que entrou, a MAO do SN que está dentro da terminação destrói uma outra
parte, o problema é quando você toma antidepressivo que é inibidor dessa enzima, o que
em um quadro de depressão você pode ofertar mais o neurotransmissor, mas se você é
hipertenso e está usando esse antidepressivo, a MAO do seu intestino e a que está no seu
SNC e SNA está inibida, logo se você tem uma noite de queijos e vinhos, a tiramina vai
passar batido porque a enzima está bloqueada, vai ofertar muita tiramina para sintetizar
noradrenalina e assim você pode entrar em um quadro de hipertensão, isso também é
chamado de síndrome do queijo, quando você come esses alimentos gerando aumento de
noradrenalina, serotonina e pode causar até um AVC.

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