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Nome: Gabrielly da Silva Silveira

2º Ano de Enfermagem
Disciplina: Farmacologia
Prof. Edmar Myoshi

Atividade

1) Um paciente masculino, 23 anos, é trazido ao pronto socorro do hospital


apresentando “status epilepticus”. No momento, o médico de plantão foi chamado
para auxiliar na UTI do hospital e não tem como atender este caso. Você, como
enfermeiro(a) chefe, precisa atender este paciente.

a) Qual medicamento e via de administração você utilizaria neste paciente?


R= Para tratamento primário ao paciente, seria melhor a utilização de fármacos da classe
dos ansiolíticos benzodiazepínicos, como Diazepam (ou Midazolan) por exemplo, que são
de uso mais popular no Brasil. A via de administração mais indicada é a injetável por Via
Endovenosa.

b) Qual a forma de preparação deste medicamento (diluição ou não)?


R= Para preparação de uma dose inicial, infundir 10mg (em 2 minutos), nunca
ultrapassando mais do que 5mg/min já que a aplicação deve ser lenta, nunca
ultrapassando mais do que essa dose, pois pode acabar causando apneia; a queda da
pressão, diminuir os batimentos cardíacos ou causar parada cardíaca/respiratória. É
preciso levar em conta que não é recomendado diluir ou misturar com outras soluções já
que este medicamento é incompatível com soluções aquosas de outros medicamentos.

c) Qual é o mecanismo de ação deste medicamento?


R= Os benzodiazepínicos funcionam da seguinte forma: primeiramente eles dificultam a
excitação e a transmissão de sinais dos neurônios que possuem o receptor GABA A. Isso
acontece por causa do aumento da entrada de íons negativos (Cl ⁻) na célula,
consequentemente provocando uma hiperpolarização entre os meios externo e interno do
neurônio. Com isso, a hiperpolarização faz com que diminua a ativação neuronal em
diversas vias do sistema nervoso central, as quais muitas estão relacionadas com
ansiedade e tensão. O Diazepam potencializa as respostas ao GABA A.

2) O médico prescreveu para um paciente masculino, 90Kg de peso, a fenitoína por


via intravenosa. A dose prescrita é de 5 mg/Kg/dia dividido em 3 doses por dia. O
medicamento vem em uma ampola de 3 mL com a concentração de 50 mg/mL.
Indique na figura abaixo o volume a ser administrado no paciente a cada dose.
R=

O volume final usado é a ampola inteira, 3ml.

Cálculo: Levando em conta o peso do paciente, 90 kg, o medicamento foi prescrito pelo
médico em 5 mg/Kg/dia faz a conta.

90x5=450

O medicamento precisa ser feito 3 vezes ao dia.

450÷3=150 mg.

Levando em consideração que 1 ml é equivalente a 50 mg e x ml é 150 mg:

1 ml ----------------- 50 mg
x ml ----------------- 150 mg

50x=1x150 mg
50x=150 mg
x= 150/50 mg
x= 3 Ml.

3) A morfina atua em receptores opióides presentes nos neurônios responsáveis


pelas sensações de dor. Mas, também, os receptores podem ser encontrados em
neurônios responsáveis por outras funções. Qual dos seguintes sinais e sintomas
são esperados após a administração de morfina no paciente? Assinale a(s)
alternativa(s)

a) Hipnose
b) Sedação
c) Analgesia
d) Euforia
e) Hipotensão ortostática
f) Aumento da salivação

R: Letras A, C, D e E.

4) A administração de analgésicos opióides pode ser utilizado em qual(is) caso(s)?

a) Paciente com dor pós-operatória severa


b) Paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica severa e dificuldade de
respirar
c) Paciente com dor crônica severa
d) Paciente com cirurgia biliar recente
e) Paciente com dor óssea severa

R= Letras A, C e E.

5) Haloperidol é um potente antipsicótico que pode ser utilizado em pacientes em


surto psicótico ou em tratamento crônico de esquizofrenia. Com relação a este
medicamento, responda as seguintes perguntas.

a) Qual é o mecanismo de ação deste fármaco?


R= O haloperidol é um fármaco antipsicótico do grupo das butirofenonas. Ele é um
potente antagonista de receptores de dopamina (dopaminérgicos centrais), se
classificando como bastante incisivo. Ele também não tem atividade anti-histamínica ou
anticolinérgica. Ele bloqueia seletivamente o sistema nervoso central, competitivamente
atingindo os receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, sendo, então, bloqueador do
receptor D2 da dopamina. Esse aumento de troca de dopaminas no cérebro é
responsável por provocar os efeitos antipsicóticos.

b) Qual é os 3 principais efeitos colaterais?


R= Podem ser citados: distonia aguda, parkinsonismo e discinesia tardia.

c) Explique o mecanismo dos 3 efeitos colaterais citados na questão anterior.


R= Distonia aguda: é desconhecida ainda a base farmacológica desse distúrbio além de
não ter nenhum tratamento clínico satisfatório. Os movimentos distônicos acontece de
forma padrão e tendem a acontecer no mesmo lugar. A reação distônica aguda é causada
tipicamente por causa dos medicamentos que bloqueiam os receptores D2
dopaminérgicos no Sistema Nervoso Central, como os neurolépticos e os agentes
antieméticos. Parkinsonismo: A reserpina e o fármaco relacionado tetrabenazina causam
depleção das monoaminas biogênicas a partir dos seus locais de armazenamento, de tal
forma que o haloperidol, a metoclopramida e as fenotiazinas bloqueiam os receptores de
dopamina. Consequentemente esses fármacos podem produzir uma síndrome
parkinsoniana, no decorrer de três meses após a sua introdução habitualmente.
Discinesia Tardia: Os agonistas da levodopa ou da dopamina produzem diversas
discinesias como fenômeno que se relaciona com a dose em pacientes com doença de
Parkinson sendo que ao reduzir a dose, consegue levar a sua reversão. A redução da
dose da medicação agressora, um bloqueador do receptor de dopamina, costuma agravar
a discinesia enquanto o aumento da dose pode suprimi-la. Os fármacos que tem maior
tendencia a produzir benefício sintomático imediato são os que interferem na função
dopaminérgica por depleção (por ex., reserpina, tetrabenazina) ou por bloqueio dos
receptores (por ex., fenotiazinas, butirofenonas). Curiosamente os fármacos bloqueadores
dos receptores são os que também causam a discinesia.

d) O médico prescreveu haloperidol E.V., mas na farmácia do hospital tem apenas o


haloperidol I.M. Você como a enfermeira chefe administraria este medicamento
por via endovenosa no paciente? Justifique sua resposta.

R= Não administraria. Apesar de acontecer em hospitais, o uso IV de haloperidol não é


recomendado pois é mais suscetível a provocar efeitos adversos, especialmente em
pacientes que detém cardiopatia. Também é preciso evitar em casos de depressão do
sistema nervoso central (rebaixamento do nível de consciência), doença de Parkinson,
alergia, lesão nos gânglios da base, encefalopatias, formas graves de nefropatia e
cardiopatia ou o primeiro trimestre da gestação. Esta forma de administração pode estar
correlacionado com o prolongamento do intervalo de QT no ECG. Assim, esse tipo de
administração precisa ser mais cuidadosa ainda em pacientes que já possuam
prolongamento do intervalo QT ou arritmia ventricular (predisposição de Torsades de
Pointes); sendo por isto a razão principal para justificar a recomendação do não uso IV.
Também podem ocorrer taquicardia e hipotensão. Há o risco de acontecer uma morte
súbita.

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