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adrenalina segura xilocaína na gordura por um tempo, mas pode liberar horas depois causando
um quadro tóxico.
Venosa: anestesia de Bier.
Troncular: raquianestesia, peridural, combinada raquiperidural, peridural sacral.
ADJUVANTES:
Bicarbonato de sódio: aumenta fração não ionizada do anestésico, o que diminui o tempo de
latência da droga (age mais rápido pois passa mais rápido pelas membranas).
Epinefrina: vasoconstrição dos tecidos, com diminuição da absorção do anestésico e aumento da
duração deste.
Opióides: age no receptor do corno dorsal da medula e tem efeito sinérgico com anestésico local -
aumenta intensidade do bloqueio sedativo, diminui a dose de ambos os agentes, menor bloqueio
simpático e motor. São usados na analgesia pós-operatória. Com uso de opióides o paciente fica
em média com analgesia de 24h.
+ Efeitos colaterais (na medula): prurido (em nariz – primeiro sinal de excesso de opióide); náuseas
e vômitos (prescrever de 6-6h antiemético); depressão respiratória (principalmente idosos – até
24h depois).
VASOCONSTRITOR: tem como finalidade reduzir absorção dos anestésicos locais, prolongar ação
dos anestésicos locais e vasoconstrição local. A concentração ideal é de 1:200.000.
Contraindicação do uso com anestésico local: hipertensão arterial grave, doença vascular cerebral
isquêmica, coronariopatas, hipertireoidismo descompensado, pré-eclâmpsia grave. É proibido o
uso em locais de circulação terminal (risco de necrose) - dedo, pênis, ponta de nariz, orelha.
EFEITOS ADVERSOS:
Efeitos sistêmicos: aumento do nível plasmático pode causar neurotoxicidade e cardiotoxicidade.
+ Cuidado com a dose e não injetar em vasos.
Outros efeitos: hipersensibilidade (ésteres), meta-hemoglobinemia (mais que 600mg de
Prilocaína, tratamento com azul de metileno).
TOXICIDADE: importante avaliar o nível plasmático.
Absorção: considerar local de administração (mucosas, plexos), características farmacológicas do
anestésico local (lipossolubilidade), presença de vasoconstritor (restrição), dose administrada.
+ Nível sanguíneo pelo local de bloqueio: há locais mais sensíveis que aumentam muito rápido o
nível sanguíneo, sendo o local mais sensível a região intercostal. Ex. mepivacaína 500mg
(intercostal > caudal > peridural > plexo braquial) e lidocaína 400mg (intercostal > peridural >
plexo braquial).
Neurotoxicidade: comum ocorrer em anestesias feitas por dentistas. Os sintomas são de acordo
com o aumento da dose - entorpecimento da língua, tontura, palidez, perturbação visual, abalos
musculares, taquicardia, inconsciência, convulsão, coma, parada respiratória, depressão total do
sistema nervoso central.
Cardiotoxicidade: depressão do inotropismo cardíaco (diminuição da força contrátil), depressão
do cronotropismo cardíaco (bradicardia), vasodilatação periférica (diminui pressão arterial).
Dose máxima em adultos: vasoconstritor permite aumentar a dose.
Sem vasoconstritor Com vasoconstritor Dose única Total em 24h
2-cloroprocaína 11 mg/kg 14 mg/kg Ropivacaína 3 mg/kg 11 mg/kg
Lidocaína 5,0 mg/kg 7 mg/kg Levobupivocaína 2 mg/kg 5,5 mg/kg
Bupivacaína 2,5 mg/kg 3 mg/kg
Fatores que elevam toxicidade:
+ Anamnese: febre; desnutrição, debilitados, choque; doença hepática; disfunção renal; anemia
grave; tireotoxicose; idosos.
+ Medicamentos: podem potencializar o efeito do anestésico (cloranfenicol [antibiótico],
meperidina, prometazina) ou podem proteger (fenobasbital, benzodiazepínicos).
Tratamento da intoxicação aguda:
Nathalia Crosewski – 2013.2
Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva| Aula 3 - Página |4
+ Profilático: técnica correta; dose e concentração máxima segura; potência do anestésico local;
alterações clínicas (ASA, idade); outras medicações em uso (interações); uso de vasoconstritor; uso
de benzodiazepínico; material e medicamentos acessíveis.
+ Corretivo: controle da convulsão; correção da depressão respiratória; suporte cardiovascular;
reanimação cardiorrespiratória.
Tratamento da convulsão:
+ Ventilação e oxigenação.
+ Medicamentos para convulsão: Diazepam 0,2-0,3 mg/kg (não usado mais, pois demora para
paciente acordar – usa-se Midazolam); Tiopental 5-7 mg/kg.
+ Intubação nos casos graves. Usar Succinilcolina 1,0 mg/kg para relaxar musculatura e ajudar na
intubação.
Tratamento da depressão respiratória: oxigenação e hiperventilação; tentar elevar o limiar
convulsivo com medicamentos. Fazer intubação em casos graves.
Suporte cardiovascular: mudança de decúbito (abaixar a cabeça e elevar as pernas para aumentar
retorno venoso), hidratação, vasopressores, cardiotónicos.
+ Tratamento da parada cardiorrespiratória: ventilação e oxigenação, massagem cardíaca externa
(60 a 90 min), intubação traqueal, medicamentos de emergência, desfibrilação cardíaca.
REGULAMENTAÇÃO: resolução do CFM maio/94 - incorporado resolução 1409/94 DOU 14/06/94.
+ Ambiente ambulatorial: menor que 10% da dose máxima permitida.
+ Centro cirúrgico com ECG, oximetria e presença de um médico: 10 a 50% da dose máxima
permitida.
+ Centro cirúrgico com monitorização e anestesiologista: mais que 50% da dose máxima
recomendada.