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Ma nua l de Ci rurgi a
MANUAL DE CIRURGIA
Guia de Estudo
1ª edição
Diamantina
2017
Manual desenvolvido
pelos discentes da Liga Acadê-
mica de Cirurgia Oral e Maxi-
lofacial de Diamantina, sob su-
pervisão do Prof. Dr. Saulo Ga-
briel Moreira Falci, Prof. Dr.
Cássio Roberto Rocha Santos e
Prof. Rafael Alvim Magesty.
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ÍNDICE
Checklist de instrumental____________________________________ 7
Condutas pré-operatórias___________________________________ 12
Condutas trans-operatórias__________________________________ 31
Orientações pós-operatórias_________________________________ 37
Cirurgia pré-protética______________________________________ 48
Urgência e emergências_____________________________________ 59
Referências_______________________________________________80
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CUIDADOS ESPECIAIS
Diabéticos: a epinefrina tem ação farmacológica oposta a da insuli-
na, logo, é considerada um hormônio hiperglicêmico. Cuidado com a
hipertensão. Há relação com Glaucoma. Preferência para procedi-
mentos curtos; Mepivacaina 3% sem vaso ou 2% com Levonordefri-
na 1: 20.000. Procedimentos longos; Prilocaina 3% com Felipressina
0,03 UI.
Hipertireoidismo: não usar vaso adrenérgicos. Preferência para Pri-
locaína 3% com Felipressina 0,03 UI.
Hemopatias e Anemias: não usar Prilocaína pois ela diminui a oxige-
nação e podem levar a metemoglobinemia. Não usar a Articaína em
pacientes com tendência a metemoglobinemia. Preferência por
Mepivacaina 3% sem vaso ou 2% com Levonordefrina 1: 20.000.
Insuficiência Renal Crônica: recomenda-se o uso da Articaina 4%
com epinefrina 1: 100.000. Evitar altas doses, pela dificuldade de
eliminação dos rins e toxicidade.
Cadiopatias: para procedimentos curtos, recomenda-se usar até dois
tubetes com vasoconstritor ou Mepivacaína 3% sem vaso. Para pro-
cedimentos longos usar Prilocaina 3% com Felipressina 0,03 UI. Não
usar vaso com pacientes que fazem uso de betabloqueadores.
Gestantes: recomenda-se não usar vaso nos dois primeiros trimes-
tres. Não usar prilocaína. Evitar mepivacaína. Recomenda-se lidoca-
ína 2% com epinefrina 1:100.000.
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CONTRA-INDICAÇÃO DE USO:
Pacientes portadores de doença cardiovascular grave.
Pacientes com disfunção da tireóide, diabetes (adrenalina atua no
metabolismo da glicose) e sensibilidade ao sulfito (este é adicionado
ao anestésico para dar estabilidade e tempo de duração para a solu-
ção.
Hipertensão não controlada.
Sensibilidade a um dos componentes.
Pacientes que utilizam imipramínicos.
Gestantes (recomendação de no máximo dois tubetes)
Pacientes em uso de beta-bloqueadores
Doses Máximas
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2 – CHECKLIST DE INSTRUMENTAL
KIT CLÍNICO:
Sonda exploradora;
Espelho clínico;
Pinça clínica;
ANESTESIA:
Seringa Carpule;
Tubetes de anestésico;
DIÉRESE:
Cabo de bisturi nº3;
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Sindesmótomo;
Afastador de Minessota;
Afastador Farabeuf;
HEMOSTASIA:
Pinças hemostáticas (curva e reta);
Gaze estéril;
EXÉRESE:
Jogo de fórceps;
Cureta de Lucas;
Pinça goiva;
IRRIGAÇÃO:
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PREENSÃO:
Pinça anatômica;
SÍNTESE:
Porta agulha (Mathiew ou Mayo Hegar);
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PARA ESTERILIZAR
Sonda exploradora;
Espelho clínico;
Pinça clínica;
Seringa Carpule;
Cabo de bisturi;
Sindesmótomo;
Descolador de Molt;
Afastador de Minessota;
Afastador Farabeuf;
Pinças hemostáticas;
Jogo de alavancas;
Jogo de fórceps;
Cureta de Lucas;
Pinça goiva;
Pinça anatômica;
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Porta agulha ;
DESCARTÁVEIS
Sugador cirúrgico descartável;
Kit cirurgia estéril descartável;
Luva cirúrgica estéril.
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3 – CONDUTAS PRÉ-OPERATÓRIAS
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Avaliação da pressão sanguínea e frequência cardíaca. Fonte: HUPP. J. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial
Contemporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2009.
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Exame físico intra-oral. Fonte: HUPP. J. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2009.
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Fonte: HUPP. J. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora
Ltda, 2009.
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EXAMES COMPLEMENTARES
O exame radiográfico representa uma valiosa visualização do
campo operatório para o cirurgião-dentista. É através dele que o profis-
sional avaliará a condição das estruturas adjacentes, proximidade das
áreas nobres (como nervos e vasos), estado periodontal dos dentes,
lesões intra-ósseas, e posição dos dentes na arcada. A radiografia peri-
apical, bem como a panorâmica satisfazem, muitas vezes, a necessidade
de visualização do profissional. A tomografia computadorizada pode ser
requerida em casos mais específicos em que a observação tem de ser
minimalista.
Os exames laboratoriais estão sendo cada vez mais utilizados
para o auxílio na clínica odontológica, uma vez que são exames com-
plementares de eficiência para revelar informações não obtidas no
exame clínico. Dentre eles encontram-se o hemograma, a glicemia em
jejum, a hemoglobina glicosilada, o exame de urina tipo I, VHS, PCR e
RNI (para pacientes anticoagulados). Também é interessante pedir um
teste de gravidez para as pacientes que estão com suspeita de estarem
grávidas, pois, nesses casos, é recomendado que o tratamento cirúrgico
seja adiado até o final da gestação, quando possível.
O leucograma pode ser solicitado para pacientes com história
de radioterapia, quimioterapia, leucemia ou infecção. O exame de ele-
trólitos (Na/K) para pacientes com insuficiência renal, uso de diuréticos
e corticoides. A creatinina para pacientes com história de doença
renal, diabetes mellitus ou hipertensão arterial. A radiografia de tórax
para pacientes com doença cardiovascular ou pulmonar, tabagismo pe-
sado ou história de neoplasia maligna e o eletrocardiograma para taba-
gistas, com hipertensão arterial, história de AVC ou doença vascular pe-
riférica ou da aorta.
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Fonte: FREIT AS, R. de. T ratado de Cirurgia Bucomaxilofacial. Livraria Editora Santos Com. Imp., 2006
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MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA:
Antibióticos:
Os protocolos para prevenção de uma infecção incluem o ma-
nejo de uma antibioticoterapia profilática, a qual tem o intuito de dimi-
nuir a morbidade e mortalidade associada à infecção do sítio cirúrgico,
se feita de forma a administrar o antibiótico mais adequado e no tempo
ideal. Ela não é necessária para a maioria dos pacientes imunocompe-
tentes. Pode ser indicada em casos de imunossupressão e história pré-
via de pericoronarite. Nesse caso, administrar 1 g de amoxicilina, 1 hora
antes da intervenção. Para os alérgicos às penicilinas, clindamicina 300
mg, 1 hora antes.
A administração deve ser feita no máximo 60 minutos antes da
incisão. O quadro a seguir apresenta a administração de uma antibioti-
coterapia para profilaxia da endocardite bacteriana, causada pela infec-
ção de microrganismos que apresenta altos índices de mortalidade. A
administração é recomendada em pacientes que possuem valvas cardí-
acas protéticas, endocardite bacteriana prévia, más formações cardía-
cas congênitas, entre outros.
PROFILAXIA DA ENDOCARDITE BACTERIANA PARA ADULTOS
Via Oral Via Parenteral
Amoxicilina, 2g 1 hora antes do Ampicilina, 2g intramuscular ou
procedimento endovenosa, 30 minutos antes do
procedimento
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Fonte: ANDRADE, E. D. T erapêutica Medicamentosa em Odon tologia. 3ed. São Paulo: Artes Médicas,
2014.
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Ansiolíticos:
O procedimento cirúrgico é uma experiência que desperta no
paciente um estresse físico e emocional. Dessa forma, ele produz com-
ponentes pessoais que se manifestam na forma de emoções e compor-
tamentos, e estes, por sua vez, podem interferir negativamente no re-
sultado cirúrgico e sua recuperação pós-operatória.
Um paciente ansioso expressa inquietude, pupilas dilatadas, pe-
le pálida, transpiração excessiva, aumento da frequência respiratória e
batimentos cardíacos, formigamento e tremores nas extremidades do
corpo.
Logo, é importante que o profissional consiga criar um vínculo
com o paciente, trazendo confiança e destrinchando pormenores os
detalhes que são relevantes para o paciente sobre o procedimento a
que irá se submeter. Assim, o cirurgião-dentista fornecerá um suporte
psicológico e social a ele, diminuindo o seu grau de ansiedade, aumen-
tando a qualidade de vida e melhorando a reabilitação após a cirurgia.
Também podem ser utilizados medicamentos ansiolíticos com a
finalidade de reduzir os níveis de estresse, sendo indicados, principal-
mente, quando os métodos não-farmacológicos não são suficientes. Os
benzodiazepínicos são os medicamentos mais utilizados, pela sua eficá-
cia, boa margem de segurança clínica e facilidade posológica.
A técnica de inalação da mistura de óxido nitroso e oxigênio
também vem sendo empregada com mais frequência, devido a sua se-
gurança, se feita de forma correta por um profissional habilitado.
O quadro a seguir apresenta a posologia
de alguns ansiolíticos de comum uso na prática odontológica,
de acordo com a faixa etária.
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Fonte: ANDRADE, E. D. T erapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ed. São Paulo: Artes Médicas,
2014.
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Analgésicos:
Biossegurança:
As condutas de biossegurança constituem um ponto fundamen-
tal dentro do momento pré-operatório, sendo basi-
camente um conjunto de procedimentos com o objetivo de dar prote-
ção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe, e, portanto,
devem ser seguidas de forma disciplinada, independente do conheci-
mento das características do paciente e suas morbidades.
A prevenção da transmissão das doenças é estabelecida com o
controle de infecção, como uso de equipamento de proteção individual,
esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente
e anti-sepsia da boca do paciente.
Inicialmente, é importante ressaltar a imunização do profissio-
nal e toda a sua equipe contra a Hepatite B, já que é uma doença de
fácil transmissão, principalmente, devido ao íntimo contato entre o
operador e a equipe com o paciente. Também, para a proteção indivi-
dual, é válido lembrar o uso de avental de mangas longas e de compri-
mento que estende até abaixo dos joelhos, cabelos presos e toucas,
sapatos fechados, óculos de proteção, máscara, sem joias ou bijuterias,
unhas cortadas e bem cuidadas e luvas.
Para a antissepsia intrabucal, orientar o paciente a bochechar
15ml de uma solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12% por
aproximadamente 1 minuto, imediatamente antes da cirurgia. Já para a
antissepsia extrabucal, fazer o uso de uma solução aquosa de digluco-
nato de clorexidina 2%.
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Manilúvio. Fonte: FREIT AS, R. de. T ratado de Cirurgia Bucomaxilofacial. Livraria Editora Santos Com.
Imp., 2006
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Passo a passo para a colocação da luva cirúrgica. Fonte: HUPP. J. R. Cirurgia Oral e Maxilofaci al Con-
temporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2009.
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Exemplo de cirurgiã-dentista pronta para a cirurgia oral em consultório. Fonte: HUPP. J. R. Cirurgia Oral
e Maxilofacial Contemporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2009.
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Considerações adicionais:
A cirurgia de terceiro molar não deve ser realizada se o paciente
estiver em um quadro de pericoronarite aguda. Nessa situação, fazer a
descontaminação do local e a terapia antimicrobiana sistêmica, até que
os sintomas sejam minimizados. Amoxicilina 500 mg de 8 em 8 horas ou
clindamicina 300 mg de 8 em 8 horas por 7 dias.
Também se faz importante o aconselhamento do profissional
para o paciente de evitar, quando for o caso, o fumo por pelo menos
trinta dias antes do procedimento cirúrgico, seja ele cigarro, charuto ou
qualquer outra forma de consumo de tabaco. Bem como não tomar be-
bidas alcoólicas no dia agendado para a cirurgia. Evitar praticar exercí-
cios físicos intensos no dia da intervenção.
Os medicamentos de uso contínuo, tais como anti-hipertensivos,
antianginosos, broncodilatadores e anticonvulsivantes, devem ser man-
tidos seguindo o esquema habitual do paciente, inclusive no dia da ci-
rurgia.
Os hipoglicemiantes orais, AAS, AINES e anticoagulantes devem
ser suspensos seguindo instruções médicas.
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4 – CONDUTAS TRANS-OPERATÓRIAS
2.Exérese;
3.Hemostasia;
4.Síntese.
Diérese:
É o ato de separar os tecidos com fins cirúrgicos (Dividir, cortar
ou separar tecidos).
Incisão é o corte do tecido. É praticada sobre a mucosa bucal ou
sobre a pele. É importante sempre utilizar lâminas novas, realizar a inci-
são de maneira firme, continua, relativamente amplas para manter o
campo operatório visível e posicionar as margens da incisão sobre osso
saudável e intacto.
Divulsão é a separação dos tecidos plano a plano, para acesso a
um objetivo cirúrgico.
Sindesmotomia é o rompimento dos ligamentos dento-
gengivais.
Deslocamento é separar o tecido mole do tecido duro. Alguns
autores classificam como uma divulsão.
Curetagem consiste em remover um órgão ou parte dele.
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Figura 1
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Figura 2
Wasmund: Trapezoidal, é destinada a áreas apicais e mai-
ores, não restritas a um dente apenas, pode ter envolvi-
mento de dois dentes. Uma incisão horizontal e duas re-
laxantes, sempre praticada em gengiva inserida, nunca
convergente devido a vascularização. (Fig.3)
Newmann: Triangular, é um retalho com duas relaxante e
intra- sulculares. Dois dentes adjacentes ou mais. (Fig.4)
Newmann modificada: Retalho com uma relaxante intra-
sulcular de canino a canino, onde a base não devera es-
tar sobre o osso.
Ochsenbein e Luebke: Incisão horizontal em nível de gen-
giva inserida
Figura 3 Figura 4
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Exérese:
É a remoção de parte ou a totalidade de um órgão ou tecido
com finalidade terapêutica.
Quando há a necessidade de remoção de tecido ósseo é reali-
zada a osteotomia, que consiste na remoção de tecido ósseo, com fina-
lidade de diagnostico ou para acesso cirúrgico a seu objetivo. Geralmen-
te executada com brocas, peças de mão e alta rotação. A remoção ós-
sea dá-se também através da utilização de martelo, cinzel (aplainamen-
to e remodelação do osso alveolar), lima para osso (servindo para des-
gaste ósseo) e pinça goiva (remoção de fragmento ósseo).
Para a extração propriamente dita é importante a utilização das
alavancas para luxar os dentes (soltá-los) do osso circunvizinho através
do rompimento das fibras do ligamento periodontal. Realiza primeiro
movimento de cunha e depois faz o movimento propriamente dito de
“alavanca”. Soltar os dentes antes da aplicação do fórceps torna as ex-
trações mais fáceis. Através da luxação dos dentes com alavancas antes
da aplicação do fórceps, o dentista pode minimizar a incidência de fra-
tura de raízes, dentes e osso. Por último, a luxação dos dentes antes da
aplicação do fórceps também facilita a remoção de uma raiz fraturada
caso esta fratura ocorra, pois, a utilização prévia da alavanca provavel-
mente terá luxado a raiz dentro do alvéolo dental. Posteriormente a
luxação dá-se a exodontia propriamente dita utilizando os fórcepses.
Deve-se lembrar que a luxação do dente com o fórceps e a remoção do
dente do osso são etapas distintas da extração. A luxação é direcionada
para expandir o osso e romper o ligamento periodontal. O dente não é
removido do osso até que esses dois objetivos tenham sido obtidos. O
principal papel do fórceps não é remover o dente, mas, na verdade, ex-
pandir o osso para que o dente possa ser removido.
Já quando há a necessidade de limpeza do alvéolo após a ex-
tração ou remoção de tecido mole de defeitos ósseos, como por exem-
plo pequenas quantidades de restos de tecido de granulação do alvéolo
dental, granulomas ou pequenos cistos de lesões periapicais, utiliza-se a
cureta de Lucas. A essa manobra dá-se o nome de curetagem.
Hemostasia:
Manobras que visam interromper a perda de sangue pela ferida
cirúrgica, detem ou impede o sangramento, através de pinçamento de
vasos, ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão. Essa fase é
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5 – ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
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Primeiro Passo
O primeiro passo é ter adequada exposição da área do dente
impactado. Isso significa que o retalho de tecido mole deve ser de di-
mensão adequada a fim de permitir que o cirurgião retraia o tecido
mole e realize a cirurgia necessária sem sérios danos ao retalho.
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Segundo Passo
O segundo passo é avaliar a necessidade de remoção óssea e
retirar a quantidade suficiente de osso para expor o dente para qual-
quer secção necessária e remoção.
Terceiro Passo
O terceiro passo, quando necessário, é dividir o dente com broca
para permitir a extração sem remover, desnecessariamente, grande
quantidade de osso. O ponto de apoio também deve ser localizado nes-
se passo.
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Quarto Passo
No quarto passo, o dente seccionado ou não é removido do pro-
cesso alveolar com alavancas apropriadas.
Quinto Passo
Finalmente, no quinto passo o osso na área da elevação é alisa-
do com uma lima para osso; a ferida é copiosamente irrigada com solu-
ção fisiológica estéril, e o retalho é reaproximado com suturas.
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Alveoloplastias.
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Alveoloplastias
O objetivo dessa plastia é o de proporcionar melhor contorno
de tecido de suporte da prótese, conservando o máximo possível de
tecído ósseo e tecido mole.
Na fase de planejamento da cirurgia deve-se ter em mente a
quantidade de tecido ósseo que será removida. Após a anestesia, reali-
zar um retalho envelope de extensão total (com descolamento muco-
periostal) e só em caso de necessidade, realizar incisões relaxantes. As
relaxantes permitem um maior acesso ao campo operatório, mas geram
maior desconforto no pós operatório e são mais anti-estéticas. Depen-
dendo do grau de irregularidade do rebordo, a plastia pode ser feita
com pinça goiva, lima para osso ou broca para osso montada em peça
de mão, individualmente ou combinados. A solução irrigadora de soro
fisiológico deve ser usada de maneira a nunca deixar o tecido ósseo se-
co; principalmente quando se usa broca. Após a plastia óssea, reapro-
xima-se o tecido mole do retalho (remova algum excesso de tecido mo-
le se houver) e suture.
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FIGURA: Alveoloplas-
tia simples elimina irregularidades
bucais e áreas de depressão pela re-
moção do osso cortical vestibular. A,
Elevação do retalho mucoperiosteal,
expondo irregularidades do rebordo
alveolar, e remoção das irregularida-
des grosseiras com pinça-goiva.
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FIGURA : Remoção
de toro palatino. A, Aparência
típica do toro maxilar. B, Incisão
na linha média com incisões rela-
xantes oblíquas ântero-
posteriores. C, Retalhos mucope-
riosteais rebatidos com suturas de
seda para melhorar o acesso a to-
das as áreas do toro.Remoção do
toro palatino.
D e E, Secção do to-
ro usando brocas de fi ssura. F,
Pequeno osteótomo usado para
remover as secções do toro. G e
H, Broca óssea grande usada
para produzir o contorno fi nal
desejado. I, Fechamento do te-
cido mole.
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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
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LIPOTIMIA
O que fazer?
Coloque o paciente em posição supina ( barriga para cima) e en-
tão eleve os membros inferiores para retomar a irrigação sanguínea
para o cérebro. Se não houver resposta, ligue para o serviço de emer-
gência e cheque os sinais do paciente (consciência e respiração).
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Fonte: https://firstaid201 5.wo rd p ress .co m/2 015/1 0/29/ pe rda- - s ub ita- - - de- - co nsc ien cia- -
CONVULSÃO
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HEMORRAGIA
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ENGASGO:
O que fazer ?
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Exodontias
Comunicações oroantrais
Sangramento pós-operatório
Fraturas da mandíbula
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mento cirúrgico. (...) É preciso compreender que mesmo com tal plane-
jamento e com excelente técnica cirúrgica as complicações ocasional-
mente ocorrem.”( HUPP; EDWARD ELLIS; TUCKER, 2009).
Visualização clara;
Acesso ao campo operatório;
Luz adequada;
Afastamento e observação ideal dos tecidos moles (lábios,
bochecha, língua e retalhos de tecidos moles;
Aspiração adequada.
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2. EXODONTIAS
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6. COMUNICAÇÕES OROANTRAIS
7. SANGRAMENTO PÓS-OPERATÓRIO
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10 – PRESCRIÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Analgésicos:
Dose pediátrica:
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Antiinflamatórios:
Dose pediátrica:
Antibióticos:
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Gestantes ou lactantes:
Analgésico:
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Antiinflamatório:
Analgésico:
Analgésico:
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Diabéticos:
Analgésico:
Analgésico:
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Antiinflamatório:
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11 – REFERÊNCIAS
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