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Módulo 05

Cirurgia
Odontopediátrica
SUMÁRIO
ANESTESIA PEDIÁTRICA ...................................................................................04
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS ......................................................................04
CÁLCULO ANESTÉSICO ....................................................................................06
EXODONTIA DE DENTE DECÍDUO ................................................................09
TÉCNICA CIRÚRGICA PARA EXODONTIA DE DENTES DECÍDUOS .........10
FRENECTOMIA .....................................................................................................13
FRENECTOMIA LABIAL SUPERIOR .................................................................13
FRENECTOMIA LINGUAL .................................................................................17
ULOTOMIA E ULECTOMIA ................................................................................21

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O manejo comportamental em pacientes pediátricos é especialmente importante.
Compreender a fase de desenvolvimento da criança, interagir e lançar mão de
técnicas de manejo são essenciais para o atendimento infanto-juvenil.

Existem também diferenças anatômicas relacionadas com a idade entre adultos


e crianças. Por exemplo, na dentição mista, deve ser dada atenção especial para
evitar dano aos germes dos dentes permanentes. A sequência e a cronologia da
erupção da dentição permanente devem ser conhecidas, para que as intervenções
possam ser agendadas de modo correto, para facilitar a erupção normal dos dentes.
Caninos retidos, dentes supranumerários e freios hipertróficos são as condições
vistas com mais frequência em crianças do que em adultos, mas os dois primeiros
não serão abordados neste módulo, pois já foram discutidos anteriormente.

ANESTESIA PEDIÁTRICA

MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS

Dentes superiores:

- Para anestesiar o nervo alveolar superior anterior, devemos introduzir a agulha


entre a raízes do incisivo lateral superior e o canino superior.

- Já para o nervo alveolar superior posterior, a agulha é inserida entre o primeiro


molar e o segundo molar superior.

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Dentes inferiores:

- Ao realizarmos a anestesia do nervo alveolar inferior, devemos ter em mente


algumas modificações para as crianças: o ramo ascendente mandibular é mais
curto, o ângulo goníaco é mais aberto, a língula da mandíbula está abaixo do
plano oclusal e o diâmetro anteroposterior é menor. Quanto mais jovem for a
criança, mais marcantes serão essas características.

Por isso, a técnica direta para anestesia do nervo alveolar inferior


deverá ser feita da seguinte maneira:

1º Palpação da linha oblíqua.

2º Posicionamento da seringa carpule na comissura do lado oposto.

3º Inserção da agulha na depressão pterigomandibular, seguindo a


linha de prolongamento do plano oclusal dos molares inferiores ou
um pouco abaixo (no caso de crianças muito jovens – abaixo de 2
anos).

A técnica se mantém idêntica para o paciente adulto e infantil nos


passos 1 e 2, a diferença é que, ao invés de introduzirmos a agulha
em um ponto equidistante entre os planos superiores e inferiores
(como fazemos no adulto), iremos introduzir no plano dos molares
inferiores ou um pouco abaixo.

- Para anestesia do nervo lingual, realizamos a mesma manobra que a do paciente


adulto: após anestesia do nervo alveolar inferior, fazemos o recuo da agulha e
deslocamento da carpule da comissura do lado oposto para a linha média do
paciente.

- A mucosa vestibular dos molares inferiores, geralmente, é anestesiada por


complementação (técnica anestésica infiltrativa por vestibular ou transpapilar).

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CÁLCULO ANESTÉSICO

Deverá seguir o mesmo passo a passo do cálculo para pacientes adultos. A única
diferença que temos que lembrar é que alguns anestésicos (como articaína e
bupivacaína) têm suas doses máximas alteradas para os pacientes pediátricos.

Relembrando o passo a passo do cálculo (tabelas de doses máximas se encontram


no módulo 1):

1 Calcular a dose máxima de anestésico local (mg/kg) para o paciente.


2 Observar a tabela de quantidade máxima de tubetes para o anestésico local.
3 Observar a tabela de quantidade máxima de tubetes para o vasoconstritor.

O menor valor dos 3 será o valor máximo de tubetes para o paciente.

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EXEMPLO

Anestésico Local: Lidocaína + Adrenalina a 1:100.000

Paciente ASA 1 de 10 kg

ANESTÉSICO LOCAL

1 Dose máxima da solução anestésica (lidocaína): 7,0mg/kg = 7,0mg x 10kg = 70mg


Quantidade de mg em 1 tubete: 36mg

70mg/36mg = 1,94 tubetes

2 Dose máxima de tubetes de solução anestésica (lidocaína): 13 tubetes

VASOCONSTRITOR

3 Valores máximos para vasoconstritor.


Neste caso (adrenalina 1:100.00 em paciente ASA 1): 11,1 tubetes

{
Anestésico Local (máximo mg/kg): 1,94 tubetes

Anestésico Local (máximo de tubetes): 13 tubetes

Vasoconstritor (máximo de tubetes): 11,1 tubetes

____________

1,94 tubetes

Para facilitar o cálculo, abaixo montamos uma tabela relacionando o peso do


paciente, o tipo de anestésico (com ou sem vasoconstritor) e o cálculo de tubetes
máximos.

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Tabela 1 – Valores máximos de tubetes utilizados em odontopediatria.

10 KG 15 KG 20 KG 25 KG 30 KG 35 KG 40 KG
Lidocaína 2% sem vasoconstritor 1,25 1,87 2,5 3,12 3,75 4,37 5

Lidocaína 2% + adrenalina 1:50.000 1,94 2,91 3,88 4,86 5,5* 5,5* 5,5*

Lidocaína 2% + adrenalina 1:100.000 1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7

Lidocaína 2% + adrenalina 1:200.000 1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7

Mepivacaína 3% sem vasoconstritor 1,22 1,83 2,44 3,05 3,66 4,27 4,88

Mepivacaína 2% + adrenalina 1:100.000 1,83 2,75 3,66 4,58 5,5* 5,5* 5,5*

Mepivacaína 2% + levonordefrina 1:20.000 1,83 2,75 3,66 4,58 5,5 6,41 7,33

Prilocaína 3% + felipressina 0,03UI/ml 1,11 1,66 2,22 2,77 3,33 3,88 4,44

Articaína 4% sem vasoconstritor 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77

Articaína 4% + epinefrina 1:100.00 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77

Articaína 4% + epinefrina 1:200.00 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77

Bupivacaína 0,5% + epinefrina 1:200.000 2,77 4,16 5,55 6,94 8,33 9,72 11,1

* Valor limitado pela dose máxima de tubetes de vasoconstritor


Fonte: Adaptado de Malamed (2013) e Wannmacher e Ferreira (2007).

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EXODONTIA DE DENTE DECÍDUO
Assim como na anestesia local, a extração dentária também possui algumas
particularidades quando falamos de pacientes infanto-juvenis.

Além de modificarmos um pouco a técnica de exodontia devido à


presença do dente permanente logo abaixo do decíduo, temos que
estar atentos a alguns detalhes de anatomia:

 O osso alveolar é mais elástico e, sob pressão, responde a uma rápida


expansão e fácil luxação do dente.

 A coroa dentária apresenta protuberâncias cervicais mais pronunciadas,


constrição cervical mais acentuada e é mais ampla no sentido mesiodistal.
 As raízes mais longas e afiladas quando já estão em processo de rizólise
facilitam a extração. Entretanto, a ausência do processo de reabsorção fisiológica,
a presença de reabsorção na furca ou no terço médio da raiz podem favorecer as
fraturas radiculares.

 Nos molares decíduos, as raízes divergem no sentido apical, oferecendo


maior dificuldade para a exodontia.

Como citado logo acima, a exodontia dos dentes decíduos também possui algumas
particularidades, que serão abordadas logo abaixo.

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TÉCNICA CIRÚRGICA PARA EXODONTIA DE DENTES DECÍDUOS

O uso do fórceps:

- Os fórceps têm indicações e numerações específicas.

Tabela 2 – Fórceps pediátricos.

NÚMERO DO FÓRCEPS INDICAÇÃO

1 Incisivos e caninos

2 Posteriores superiores

3 Posteriores inferiores

18D Molares superiores

27 Molares superiores

65 Raízes de dentes superiores

Fonte: Elaborado pelos autores.

- Ao contrário das extrações dos dentes permanentes, aqui não é recomendado


o movimento de intrusão, a fim de preservarmos os germes dentários dos
permanentes.

- Os movimentos rotacionais podem ser usados, mas devem ser mínimos.

Figuras 1 e 2 – Exodontia a fórceps.

Fonte: Arquivo dos autores (2020).

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Necessidade de ostectomia e odontossecção:

- A ostectomia é frequentemente utilizada nos casos de exodontias por fratura


ou por anquilose;

- Se as raízes de um molar decíduo abraçarem a coroa do pré-molar permanente


e a extração não possa ser concluída apenas com luxação ou ostectomia, o
cirurgião-dentista deve considerar o uso de odontossecção.

Figuras 3, 4, 5, 6, 7 e 8 – Sequência de exodontia de dente decíduo com


ostectomia e odontossecção.

Anquilose
associada à raiz
mesial do dente 75

Fonte: Puricelli (2014).

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Cuidados com a ferida operatória e sutura:

- Pelo mesmo motivo de comunicação com o germe permanente, a curetagem


apical também não está indicada. Deve-se realizar apenas a inspeção do alvéolo.

- Dependendo do grau de rizogênese do dente permanente, podemos descartar


o uso de suturas.

Complicações transoperatórias:

- As complicações relacionam-se com a possibilidade de fratura radicular.

- Um pequeno fragmento de raiz abandonado no interior do alvéolo poderá ser


deixado e reabsorvido.

- Entretanto, se isto não ocorrer, a sua permanência pode se transformar em um


obstáculo mecânico que impede a erupção fisiológica do dente permanente.

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FRENECTOMIA
Freios hipertróficos podem ser a causa de diastema interincisivo, alterações
periodontais, dificuldade de fala, comprometimento de funções labiais, dificuldade
de adaptação de prótese dentária e prejuízo estético. Por isso, possuem indicação
de abordagem cirúrgica.

Na maioria das vezes, os freios hipertróficos são diagnosticados na infância e na


adolescência e, por isso, serão abordados neste módulo. Entretanto, a mesma
técnica cirúrgica pode ser aplicada para qualquer faixa etária.

FRENECTOMIA LABIAL SUPERIOR

O freio labial é frequentemente mais proeminente em crianças e parece diminuir


com o crescimento dentoalveolar. Por isso, a frenectomia não deve ser realizada
antes da erupção dos caninos permanentes estar em curso, porque, enquanto
esses dentes se movem inferior e anteriormente, o diastema fechará na maioria
dos casos. Entretanto, caso não haja o fechamento do diastema e sejam observadas
alterações periodontais pelo freio hipertrófico, a frenectomia está indicada.

Técnica cirúrgica:

1) Anestesia local.

2) Suspensão do lábio superior e delimitação cirúrgica. Após o afastamento do


lábio superior e exposição do freio labial, fixaremos uma pinça mosquito RETA no
freio junto ventre labial e uma pinça mosquito CURVA com a face convexa apoiada
no rebordo alveolar, fixando a porção alveolar. O contato de ambas formará um
ângulo reto.

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Figura 9 – Pinças mosquitos fixadas delimitando área cirúrgica.

Fonte: Puricelli (2014).

3) Primeira incisão: feita com lâmina de bisturi número 15 ou 15C. Esta irá deslizar
sobre a superfície externa da pinça reta até atingir seu extremo no fundo de sulco.

Figura 10 – Incisão na porção labial.

Fonte: Puricelli (2014).

4) Segunda incisão: a lâmina de bisturi deslizará sobre as superfícies laterais da


pinça curva aprofundando-se para palatino entre as papilas gengivais.

Figura 11 – Incisão na porção alveolar.

Fonte: Puricelli (2014).

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5) Pinça mosquito curva é removida da porção alveolar, juntamente com tecido
hiperplásico.

6) Incisão palatina: a lâmina de bisturi realizará uma incisão em formato triangular


com a base voltada para a papila. O tecido demarcado é removido por descolamento
ou raspagem.

Figuras 12 e 13 – Incisão e descolamento na face palatina.

Fonte: Costa (2013).

7) Remoção da pinça mosquito reta e sutura da porção labial com pontos simples.

8) Ao indicarmos a realização de frenectomia labial superior, também é


recomendado que o cirurgião-dentista solicite uma radiografia periapical da
região. Nesta radiografia, devemos avaliar o formato do septo interincisivo, que
poderá ter formato de V, U ou W. Nos casos de septos em formato de U ou W,
há indicação de ostectomia nesta etapa cirúrgica. Com o uso de brocas esféricas
e cilíndricas, realizamos desgastes de forma escalonada e paralela ao longo eixo
do dente.

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Figura 14, 15 e 16 – Radiografias periapicais demonstrando septos
interincisivos em V, U e W.

Fonte: DPI (c2013-2017). Fonte: Arquivo dos autores (2020). Fonte: Costa (2013).

9) Fricção interincisiva com gaze por movimentos contínuos direção vestíbulo-


palatino. A gaze deve atingir uma profundidade máxima, desta forma irá impedir
a laceração de papilas. Esta fricção elimina resíduos teciduais do freio, periósteo
e fibras transeptais inseridas.

Figura 17 – Fricção interincisiva com gaze.

Fonte: Puricelli (2001).

10) Cuidados com a ferida operatória através de irrigação e limpeza.

11) A sutura da porção labial foi realizada na etapa 7. Ao final da abordagem, se


disponível, realizar o tamponamento e proteção da ferida com cimento cirúrgico.
O mesmo pode permanecer por 24/48h ou mais e permite uma cicatrização por
segunda intenção.

12) Caso seja necessária ortodontia, assim que ocorrer a cicatrização do tecido
mole (a partir do 7º ao 14º dia pós-operatório), esta deverá ser iniciada, sendo
mais fácil o fechamento do diastema.

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FRENECTOMIA LINGUAL

Os cirurgiões-dentistas são muitas vezes solicitados pelos pais e pediatras para


remover o freio da criança, por medo de problemas de dicção. Em muitos casos,
a articulação das palavras se desenvolve normalmente e uma frenectomia lingual
não é necessária. Por isso, antes de indicarmos a cirurgia, a criança deve passar
por uma avaliação fonoaudiológica.

Em geral, esses problemas ocorrem se o freio for muito curto e a língua apresentar
diminuição dos movimentos ou formação de fendas quando a criança tenta
projetar ou elevar a língua.

Figura 18 – Freio lingual gerando fenda no ápice da língua.

Fonte: Alvaclin (2016).

Um freio lingual que se estenda sobre o rebordo alveolar pode produzir um


diastema e problemas periodontais relacionados com os incisivos centrais
inferiores. O simples corte do freio, nessas circunstâncias, não resolverá o
problema e pode produzir uma cicatriz linear capaz de limitar a mobilidade da
língua. Portanto, quando bem indicada, a cirurgia de frenectomia lingual deve ser
realizada.

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Técnica cirúrgica:

1) Anestesia local.

2) Transfixação de fio de sutura no ápice lingual e suspensão da língua para


delimitação cirúrgica. Com a elevação da língua pelo fio de sutura, realizamos
a colocação de pinça mosquito RETA no ventre lingual (fixando o freio junto ao
ventre lingual) e pinça mosquito CURVA com a face convexa sobreposta à região
das carúnculas, protegendo o soalho bucal.

Figuras 19 e 20 – Transfixação de fio de sutura em ápice da lingual.

Fonte: Silva (2011). Fonte: Vieira e Machado (2018).

3) Primeira incisão é feita com lâmina de bisturi número 15 ou 15C que deslizará
sobre a superfície externa da pinça reta até atingir seu extremo.

Figura 21 – Incisão em porção lingual.

Fonte: Puricelli (2014).

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4) Segunda incisão é realizar com a lâmina de bisturi deslizando sobre a superfície
côncava da pinça curva.

Figura 22 – Incisão em porção de soalho bucal.

Fonte: Puricelli (2014).

5) Pinças mosquitos são removidas, juntamente com o tecido hiperplásico do


freio.

6) Divulsão das fibras da musculatura do músculo genioglosso próximas à ferida


com o uso de tesoura metzenbaum ou íris. Entramos com a tesoura fechada e, ao
atingirmos uma profundidade de cerca de 0,5 centímetros, realizamos a abertura
da tesoura e divulsão dos tecidos adjacentes.

Figura 23 – Divulsão das fibras do freio lingual.

Fonte: Tucker (2015).

Neste momento, precisamos fazer o teste do tracionamento da língua. Com o


auxílio do fio de sutura transfixado no ápice da língua, realizamos movimentos de
tração para anterior e para lateral para verificar se houve a liberação da mesma.

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Se houver a manutenção da limitação do movimento ou se o ápice lingual ainda
segue delimitado pelo freio (como na Figura 13), deve-se ampliar a divulsão
tecidual.

Figuras 24 e 25 – Teste de tracionamento da língua.

Fonte: Silva (2011).

7) Cuidados com a ferida operatória através de irrigação e limpeza.

8) Sutura a pontos isolados e simples da porção do ventre lingual. A região do


assoalho bucal e sob as carúnculas dispensa sutura, possibilitando movimentação
da língua de forma indolor logo nos primeiros dias pós-operatórios.

Figura 26 – Sutura da porção lingual.

Fonte: Tucker (2015).

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ULOTOMIA E ULECTOMIA
Algo bastante comum de observarmos na fase de erupção dentária, tanto decídua
quanto permanente, é o desenvolvimento de um aumento de volume na região do
dente que está em processo de erupção. Esse aumento é chamado de hiperplasia
fibrosa focal e consiste na formação de tecido conjuntivo fibroso reacional ou
de reparo, que poderá dificultar a erupção dentária, causando retenção dentária
subgengival.

Para o tratamento desta retenção dentária subgengival, podemos lançar mão de


duas técnicas: ulotomia ou ulectomia.

A escolha entre ulotomia ou ulectomia se dá pela quantidade de tecido presente no


impedimento da erupção dentária. Portanto, se estamos frente a uma hiperplasia
maior ou mais fibrosa, a indicação é que a ulectomia seja realizada.

Lembrando sempre que essas técnicas não são indicadas para retenções dentárias
intraósseas, pois estas retenções requerem osteotomia e, por vezes, abordagens
para tracionamento ortocirúrgico.

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ULOTOMIA ULECTOMIA

1) Anestesia local. 1) Anestesia local.

2) Incisão linear sobre o 2) Incisão elíptica sobre o rebordo


rebordo. com exposição da porção incisal/
oclusal da coroa dentária.
Figura 27 – Incisão para
ulotomia. Figura 28 – Incisão para
ulectomia.

Fonte: Arquivo dos autores (2020).


Fonte: Arquivo dos autores (2020).

3) Suturas não devem ser


realizadas na região. 3) Remoção de tecido
gengivofibroso e encaminhamento
para exame histopatológico.

4) Suturas não devem ser


realizadas na região. Se houver
disponibilidade, a proteção da
ferida cirúrgica pode ser realizada
com cimento cirúrgico por 72
horas.

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DICA: na presença de cisto de erupção, recomenda-se a ulectomia, pois
permite a remoção de tecido e o encaminhamento para o exame
histopatológico.

Cisto de origem odontogênica associado a um dente não erupcionado.

É localizado entre a gengiva e o dente permanente, podendo deixar a


gengiva com aspecto azulado pela tumefação translúcida característica.

Figura 29 – Cisto de erupção.

Fonte: Arquivo dos autores (2020).

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REFERÊNCIAS
ALVACLIN Odontologia: prazer em sorrir. Você sabe o que é freio lingual curto? 30
mar. 2016. Disponível em: https://alvaclin.wordpress.com/2016/03/30/voce-sabe-o-
que-e-freio-lingual-curto/. Acesso em: 12 out. 2020.

BOUCHARD, C.; TROULIS, M. J.; KABAN, L. B. Cirurgia dentoalveolar pediátrica. In:


MILORO, M. et al. (org.). Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de Peterson. 3. ed.
São Paulo: Santos, 2016. Cap. 7, p. 124-139.

COSTA, S. A. L. da. Freios orais: complicações clínicas e tratamento cirúrgico. 65 f.


Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Dentária) - Faculdade de Medicina
Dentária da Universidade do Porto, Universidade do Porto, Porto, jun. 2013.
Disponível em: https://sigarra.up.pt/fep/pt/pub_geral.show_file?pi_doc_id=65444.
Acesso em: 12 out. 2020.

DPI: diagnóstico por imagem. Radiografias intrabucais. Botucatu, c2013-2017.


Disponível em: https://www.dpibotucatu.com.br/exames-e-servicos/. Acesso em: 12
out. 2020.

MALAMED, S. F. Ação clínica de substâncias específicas. In:______. (org.). Manual de


anestesia local. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Cap 4, p. 52-75.

PURICELLI, E. Cirurgia na odontopediatria. In:______. (org.). Técnica anestésica,


exodontia e cirurgia dentoalveolar. Porto Alegre: Artes médicas, 2014. Cap. 10, p.
121-132.

PURICELLI, E. Frenectomia labial superior: variação de técnica cirúrgica. Revista da


Faculdade de Odontologia de Porto Alegre, Porto Alegre, v. 42, n. 1, p. 16-20, jul.
2001.

SILVA, M. G. da. Frenectomia lingual. Teresópolis, 27 mar. 2011. Disponível em:


https://www.ident.com.br/dra.michellegomes/caso-clinico/5752-frenectomia-lingual.
Acesso em: 12 out. 2020.

TUCKER, M. R. Cirurgia pré-protética. In.: HUPP, J. R.; ELLIS III, E.; TUCKER, M. R.
(org.). Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
Cap. 12, p. 190-223.

24
VIEIRA, K. A.; MACHADO, F. G. Frenectomia em odontopediatria: relato de caso.
Revista da ACBO, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 145-152, 2018.

WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Anestésicos locais. In:______. (org.).


Farmacologia clínica para dentistas. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Cap. 18, p. 154-178.

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EQUIPE RESPONSÁVEL

Coordenação Geral Gravação das etapas cirúrgicas


Roberto Nunes Umpierre Adriana Corsetti
Marcelo Rodrigues Gonçalves Carlos Eduardo Baraldi
Bruna Pires Porto
Gerência do projeto Camila Longoni
Ana Célia da Silva Siqueira Luiza Bastos Nozari
Taíse Simonetti

Coordenação Executiva
Revisores
Rodolfo Souza da Silva
Angelo Luiz Freddo
Carlos Eduardo Baraldi
Responsável Teleducação
Deise Ponzoni
Ana Paula Borngräber Corrêa
Vinicius Coelho Carrard

Gestão educacional
Revisão ortográfica
Ylana Elias Rodrigues
Ana Paula Borngräber Corrêa
Angélica Dias Pinheiro
Coordenação do curso
Adriana Corsetti
Normalização
Taíse Simonetti
Geise Ribeiro da Silva

Conteudistas
Projeto gráfico
Adriana Corsetti
Lorenzo Costa Kupstaitis
Taíse Simonetti
Diagramação e Ilustração
Elaboração de questionários e testes Davi Perin Adorna
Adriana Corsetti Lorena Bendati Bello
Michelle Iashmine Mauhs
Angelo Luiz Freddo
Pedro Vinícius Santos Lima
Taíse Simonetti

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Filmagem/ Edição/Animação
Héctor Gonçalves Lacerda
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Camila Alscher Kupac

Divulgação
Angélica Dias Pinheiro
Camila Hofstetter Camini
Carolina Zanette Dill
Laíse Andressa de Abreu Jergensen

Dúvidas e informações sobre o curso


Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br
Telefone: 51 3308-2098 ou 51 3308-2093

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