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Dobutamina: atua nos receptores B-1 adrenérgicos, com efeito inotrópico positivo e
cronotrópico positivo. Reduz pós-carga e pré-carga. Pode ser feita na veia periférica;
Solução: 250 mcg/ 20 mL.
Doses (2-20 mcg/kg/min):
- VD: 2 mcg/kg/min - 5 mcg/kg/min
- VE: 5 mcg/kg/min - 20 mcg/kg/min
Diluição: 1 ampola em 230 mL de SG ou SF (1 mg/mL).
- Passo 5: Intubação
Segurar o laringoscópio com a mão esquerda, se destro, introduzir acima do
lábio inferior, deslocar a língua da direita pra esquerda, se lâmina curva,
posicionar sobre a valécula, se lâmina reta, sobre a epiglote
Deslocar em direção superior e caudal, não realizar movimento de báscula.
Atualmente não se recomenda realizar manobra de pressão cricoide.
Após visualizar pregas vocais e introduzir tubo, retirar fio guia antes de
introdução total; avançar tubo até 22 cm. Inflar balonete com 5- 10 mL de ar.
Checar posicionamento com ausculta ou com capnografia se disponível (curva
adequada com 40 de ECO2). Após checar, fixar tubo.
Critérios Diagnósticos:
EHH: pH >7,3/ BIC>18/ Glicemia > 600/ Osm >320, alteração do nível de
consciência (coma ou estupor)
Cálculo osmolaridade: 2x Na + Gli/18 (não há necessidade de incluir ureia)
CAD: pH <7,3/ BIC< 18/ Glicemia >250/ Cetonuria ++ ou Cetonemia
Coletar: gasometria venosa, potássio, sódio, fósforo, glicemia sérica, cetonemia,
Urina tipo I, hemograma, creatinina, ureia.
Primeiro passo: Soroterapia. Fazer 1000 mL de SF 0,9% e deixar vazão após
conforme osmolalidadera EHH pa (Osm de 3-8 osm/kg/h), geralmente 25-30
mL/kg/h.
Segundo passo: Insulinoterapia. Iniciar apenas se K >3,3; para K entre 3,3-5,5,
repor em torno de 20-40 mEq de potássio por solução; K > 5,5 não há
necessidade de repor potássio.
Fazer 0,1 UI/Kg bôlus EV de Insulina Regular e após deixar 0,1 UI/Kg em BIC
e ajustar conforme glicemia.
Coletar glicemia de 1/1 hora, potássio, gasometria venosa, sódio, ureia,
creatinina de 2/2 horas.
Na CAD, repor fósforo se disfunção cardíaca, anemia, desconforto respiratório
ou <1.
Na CAD, se pH <6,9, repor BIC com 100 mEq.
Se Na >150, utilizar NaCl 0,45%.
Objetivo: reduzir 50-75 mg/dL por hora. Se >75, reduzir a dose pela metade. Se
<50, dobrar a dose.
Diluição: 100 UI de Insulina R em 100 mL de SF 0,9%.
Na EHH: Adicionar SG 5% quando Glicemia <300, reduzir vazão para 0,02-
0,05 UI/Kg/h. Critérios de resolução: osmolalidade normal e recuperação do
nível de consciência. A insulinoterapia pode ser suspensa se nível de
consciência permitir ingesta hídrica/ alimentar. Manter soroterapia para evitar
desidratação.
Na CAD: Adicionar SG 5%-10% quando glicemia <250, reduzir vazão para
0,02-0,05 UI/Kg, ou fazer insulina SC rapida 0,1 UI/kg a cada 2 horas. Manter
glicemia entre 150-200 até resolução. Critérios de resolução: glicemia <200,
BIC >15, pH >7,3, AG<12. Paciente comendo, com boa aceitação alimentar,
introduzir insulinoterapia bolus-basal.
Atentar a sinais de choque, edema cerebral, hipocalemia;
Capítulo 6: Síndrome Coronariana Aguda
Quando suspeitar? Paciente com dor torácica típica (irradiação para MSE,
MSD, ambos os membros, mandíbula região epigástrica) ou dor torácica atípica
em paciente de risco (mulheres, diabéticos, idosos) ou equivalentes isquêmicos
(náuseas, vômitos, dispneia).
Coletar história, monitorizar, realizar exame físico e ECG em até 10
minutos da entrada na sala de emergência. Coletar troponina US (não há
necessidade de CKMB, CPK). Repetir ECG em até 3 horas ou se mudança
clínica (comportamento da dor, novos sintomas). Internar para a Cardiologia.
Síndrome Coronariana Aguda Sem Supra de ST (Angina Instável/
IAMSSST):
-> Classificar conforme HEART score (História, ECG, Idade, Fatores de risco,
Troponina). Se <3, considerar estratificação não invasiva. >=4 considerar
estratégia de estratificação invasiva.
-> Utilizar scores como GRACE e TIMI para auxiliar na decisão clínica.
Medidas: AAS 300 mg + Clopidogrel 300 mg.
Anti-anginosos: Nitrato (sublingual ou Tridil EV – exceto se comprometimento
de VD ou uso de sildenafila e tadalafila nas ultimas 24 horas), BBQ nas
primeiras 24 horas. Se dor refratária, considerar Morfina.
IECA nas primeiras 24 horas, principalmente se disfunção ventricular esquerda.
Enoxaparina 1 mg/kg SC de 12/12 horas ou 0,75 mg/kg SC de 12/12 se Idade
>75 anos. Até o máximo de 8 dias; se função renal comprometida (TFG<30)
BIC de heparina ou dose canadense
-> Dose inicial de 333 UI/kg via SC, seguido de duas doses diárias de 250
UI/Kg/dose.
Oxigênio se saturação <90% ou desconforto respiratório;
Introduzir estatina de alta potência (Atorvastatina 40-80 mg)
Se troponina acima do percentil 99 do limite superior da normalidade ou
variações acima de 20-30% com pico-descenso, diagnóstico de IAMSSST,
conforme 4° Definição Universal de Infarto (tipo 1). Se tropo negativa em 1-3
horas com HEART score baixo, tratamento ambulatorial. Coletar Troponina de
6-8 horas nas primeiras 24 horas
-> TIMI >2 e GRACE >140 no geral indicam pacientes de maior risco e que se
beneficiariam de estratégia invasiva precoce; se infra de ST profundo (>2 mm)
ou ondas T profundas, ICC, nova CIV/regurgitação mitral, angina refratária,
arritmia ventricular urgenciar CATE (<2 horas). Se GRACE >140, TIMI >5,
alterações dinâmicas de ST e T, CATE precoce (<24 horas).
Quando suspeitar? Paciente com dor torácica pleurítica, hemoptise com quadro
de dispneia súbita com fatores de risco (TVP, viagem prolongada, imobilidade,
etc.). Pode se utilizar dois critérios para avaliar chance de TEP: PERC e Wells.
No PERC, idade >=50 anos, hemoptise, cirurgia/trauma/ IOT nas ultimas 4
semanas, TVP ou EP previos, uso de estrogeno, FC>100, sat o2 <95, edema
assimetrico de MMII pontuam. PERC igual a 1 ou maior não exclui TEP ->
Escore de Wells. TEP improvavel se 4 pontos ou menos, provavel se >4.
Para TEP improvável, pode ser realizado o Dímero-D. Se menor que 500,
excluído o diagnóstico. Se provável, realizar angiotomografia de tórax.
No ECG, o achado mais sensível e associado ao TEP é a taquicardia sinusal.
Fatores de pior prognóstico: síncope, hipotensão, hipoalbuminemia, SAHOS.
Para tratamento e acompanhamento, pode se utilizar o PESI score, que
determina mortalidade e risco de complicações.
Para pacientes com classe I e II (muito baixo e baixo risco), considerar
tratamento ambulatorial com NOAC. Pacientes classe III, IV e V devem ser
tratados em ambiente hospitalar.
Na impossibilidade de angio-TC, o PESI e o BOVA score + USG de mmii
podem auxiliar na conduta;
Tratamento: anticoagulação plena (Enoxaparina 1 mg/kg SC 12/12 horas ou
BIC de heparina ou dose canadense)
Quando trombolisar? Pacientes com instabilidade hemodinâmica
associada ao TEP. Considerar em pacientes com disfunção de VD, com sinal de
McConell em POCUS.
Alteplase dose: eficácia maior nas primeiras 72 horas, podendo ser realizado em
até 14 dias. 100 mg EV em 2 horas (no PCR, pode ser utilizado em bôlus e
prosseguir com PCR por mais 30 minutos).
Capítulo 11: Intoxicações Exógenas
Fibrilação Atrial: ritmo não sinusal, ausência de onda P ou não sinusais em DI,
DII e aVF com ritmo irregularmente irregular. Se aparecimento menor que 48
horas, pode se realizar cardioversão sincronizada, mas na prática, é difícil bater
o martelo em FA <48 horas. Se paciente instável, cardioversão sincronizada
com 200 J; OSASCO:
Orientar
Sedar
Ambuzar
Sincronizar
Chocar
Observar
Para FA estável, a cardioversão pode ser realizada após 4 semanas de
anticoagulação ou com realização de EcoTE descartando trombo atrial; a
maioria dos pacientes vai se optar por controle de FC, objetivando FC<110
bpm.
-> Sem cardiopatia: Metoprolol 5 mg EV em 2 minutos, repetir em 15 em 15
minutos até dose máxima de 15-20 mg; Verapamil EV 5 mg em 2 minutos,
repetir em 30 em 30 minutos até dose de 20 mg.
-> Cardiopata: Deslanosideo 0,8 mg, até 4 doses. Pode se tentar contro le com
Amiodarona EV, com risco de reversão de ritmo. Amiodarona 150 mg nos
primeiros 10 minutos, 360 mg nas 6 horas seguintes, 0,5 mg/min por 18 horas.
Esquema alternativo: 300 mg EV dose de ataque, manutenção de 900 mg por 24
horas. Manter amiodarnoa 200-400 mg VO após para impregnação;
Para pacientes jovens sem cardiopatia, pode se realizar cardioversão química
com Propafenona.
CHA2DS2VASC >2 pontos -> anticoagulação plena!! Calcular o HAS-BLED;
Flutter Atrial: arritmia sustentada atrial com presença de ondas F, regular, com
frequência ventricular que chega a 150-300 bpm. Responde melhor à
cardioversão elétrica que FA.
Anticoagulação plena!
Pode se utilizar as mesmas medicações para FA; a dose na cardioversão elétrica
sincronizada inicial é de 50 J, podendo chegar a 200 J.
Taquicardia Supraventricular: vias reentrantes alternativas ao feixe de
His com FC usualmente >120 bpm. CVE se instabilidade hemodinâmica; QRS
curto SEM dissociação atrioventricular.
Primeiras medidas: massagem de seio carotídeo (Evitar na população idosa),
manobra de Valsalva, manobra de Valsalva modificada.
Farmacológico: Adenosina 6 mg EV em veia periférica (3 mg em CVC), com
flush de 20 mL de SF; repetir com 12 mg EV. Se não der certo, procainamida
(não tem no Brasil) ou Amiodarona. Caso não haja reversão com Amiodarona,
realizar CVE.
Bradiarritmias:
Bradicardia sinusal, BAV 1° grau (intervalo PR >0,20 ms), BAV 2° grau
Mobitz I, se estáveis, podem ser avaliados em relação à causa base e tratados
ambulatorialmente. BAV 2° grau Mobitz tipo II, BAV 2:1 e BAVT devem ser
internados para passagem de marca-passo transvenoso pela Cirurgia Cardíaca.
Se instabilidade:
->Atropina 0,5 mg EV bolus, repetir em 3-5 minutos até dose máxima de 3 mg.
Na segunda dose, considerar segunda linha de tratamento
-> Adrenalina 2-10 mcg/kg/min, Dopamina 2-10 mcg/kg/min
-> Marcapasso transcutâneo até marcapasso transvenoso!
Capítulo 13: Distúrbios Hidroeletrolíticos;
Hipernatremia:
- Se hipovolemicos ou instaveis hemodinamicamente, primeiro repor
volemia com cristaloides;
- Se hipervolêmicos: restrição hídrica e uso de diuréticos;
- Se euvolêmicos: reposição de água livre via oral é sempre encorajada ou
via sonda nasoenteral (200 mL de agua destilada via sonda 4/4 horas).
Pacientes SINTOMÁTICOS (convulsoes, coma, estupor) utiliza-se
fórmula de correção pela reposição de água livre do paciente.
- Déficit de agua livre: ACT x (Na serico/140 -1).
- ACT: 0,6x peso ideal em homens jovens, 0,5x em mulheres jovens e
homens idosos, 0,45x em mulheres idosas. Exemplo: Homem de 90 anos
com 60 kgs com Na de 160. 30x(160/140-1) = 4,2L de água.
- Outra fórmula: Delta Sódio: Na solução– na paciente/ ACT-1.
- SG tem 0 meq de sódio. -160/29. 1000 mL de SG muda 5,5 mEq de
sódio, o máximo diário é de 10-12 mEq. Pode se fazer 500 mL de 8/8
horas.
Capítulo 14: Urgências Dialíticas
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- Avaliação do parênquima pulmonar: o normal é apresentar linhas A;
linhas B geralmente refletem acometimento intersticial ou alveolar
pulmonar. A presença de linha B (3 ou mais) pode indicar edema
pulmonar, processo pneumonico, tumoral; o achado de sinal de
hepatização e o sinal do retalho são específicos para consolidação
pulmonar.
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- Derrame pleural: imagem hipoecogênica e homogênea nas regiões
pendentes do tórax
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- Protocolo BLUE: provem respostas em pacientes com insuficiência
respiratória aguda separando-os em perfis.
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- Paraesternal Eixo Curto (PEEC): DLE, se possível. Entre o 2° e 4°
EIC, com marker apontado para ombro esquerdo do paciente. Visualizar
músculos papilares. Avalia função do VE, dinâmica septar e tamanho
VE/VD.
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- Apical 4 camaras: 5° EIC; probe marker apontado para 3 horas, com
transdutor apontado para ombro direito do paciente. Função do VE/VD,
avalia átrios, tamponamento;
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Subcostal: posição supina. Subxifoide, posição do probe marker para as 3
horas. Transdutor apontado para ombro esquerdo. Função e tamanho do
VE/VD, dinamica septar, avalia VCI (se apontar para 12 h)
Protocolo RUSH:
Avaliação do estado volêmico do paciente:
-> Avaliação da VCI: se colapsibilidade >50%, <10mm, frequentemente indica
paciente hipovolêmico; colapsibilidade <50%, <25 mm indica paciente
euvolemico para hipervolêmico. Para pacientes em VM, modo controlado,
VC>8, pode-se utilizar a distensibilidade
Choque Distributivo:
- Anafilático: anafilaxia é provável quando início agudo envolvendo pele,
mucosa ou ambos + comprometimento respiratorio OU
comprometimento hemodinamico (hipotensão, síncope). A exposição a
alergeno conhecido com comprometimento mucoso ou GI ou hipotensao
ou respiratório. A dose de Epinefrina é de 0,01 mg/kg, no máximo 0,5 mg
IM. Pode ser repetida em 5-15 minutos. Se paciente em uso de BBQ,
fazer uso de glucagon. Associar anti-histaminicos, hidratação (se
possível), glucocorticoides e broncodilatadores. Se refratária, pode se
fazer uso de Azul de Metileno.
- Neurogênico: diminuição do tônus vagal geralmente após lesão
raquimedular grave, associado à bradicardia. Exige uso de vasopressores
(Noraepinefrina, Adrenalina).
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- Sepse e Choque Séptico: (atualização: SOFA superestima mortalidade
em população negra)
A sepse é definida como uma situação ameaçadora à vida, de alta mortalidade
intrahospitalar, com resposta desregulada do hospedeiro à infecção com:
- Disfunção orgânica: definida por aumento de 2 pontos no SOFA;
O choque séptico é definido pela sepse que, apesar de ressucitação volêmica
adequada, necessita de vasopressor para manter PAM >= 65 mmHg e lactato >
2 mmol/L (18).
Clínica: febre > 38,3 ou temperatura <36, taquipneia, hipotensão arterial, sinais
e sintomas sugestivos de infecção, na fase inicial, pele quente e ruborizada, que
aos poucos evolui para diminuição do enchimento capilar, cianose, sinais de má
perfusão, como inquietação, RNC, oligúria; RHA ausentes podem indicar um
estágio avançado de hipoperfusão.
Devem ser coletados gasometria arterial com lactato arterial, bilirrubinas totais,
hemograma com contagem de plaquetas, função renal (creatinina e ureia),
quantificar diurese (passagem de SVD), coagulograma, monitorizar, 2 acessos
venosos calibrosos.
Guidelines da Surviving Sepsis Campaign 2021: