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FARMACOLOGIA DOS

ANESTÉSICOS
VENOSOS
GABRIEL LUIS RIBEIRO CENTURION – RM1 ANESTESIOLOGIA
AGENTES NÃO OPIOIDES
PROPOFOL

 Ação hipnótica, curta latência e grande volume de distribuição

 Rápido término de ação

 O t1/2Keo do propofol é de 2,6 minutos, o que faz com que


alcance equilíbrio entre o plasma e a biofase após cerca de 8 a 10
minutos do início da infusão

 Metabolizado pelo fígado - Não é alterada em cirróticos

 Excreção renal - Efeito clínico inalterado em IRC


PROPOFOL

 Os pulmões desempenham uma função importante nesse


metabolismo extra-hepático e podem explicar a eliminação de
até 30% da dose em bolus de propofol.

 Mecanismo de ação

• Diminui dissociação GABA / Receptor

• Ação direta em receptor GABA

• Hiperpolarização pós-sináptica

• Bloqueio de receptores nicotínicos


PROPOFOL

DOSES

 Indução e manutenção da anestesia geral

 – 1,5 – 2,5 mg/kg

 – 100-300 mcg/kg/min

 Sedação

 25-100 mcg/kg/min
PROPOFOL

DOSES

 • Antiemético

• 10-15 mg EV

• Diminuição dos níveis serotoninérgicos

• Aumento dos níveis dopaminérgicos

 • Anti-pruriginoso

• 10 mg EV

• Opióides e colestase
PROPOFOL

SNC

 Hipnótico

 Redução no fluxo sanguíneo cerebral (FSC)

 Redução na taxa de metabolismo cerebral de oxigênio (CMRO2)

 Diminuição da pressão intracraniana (PJC) e da pressão intraocular

 Não altera a autoregulação PAM x CO2

 Anticonvulsivante
PROPOFOL

SISTEMA CARDIOVASCULAR

 Diminuição na pressão arterial

 Vasodilatação profunda – arterial e venosa

 Reduções na pré-carga e na pós-carga

 Pode ocorrer uma profunda bradicardia e assistolia

 Depressora da função miocárdica

 Bloqueia os barorreceptores
PROPOFOL

SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Depressor respiratório - apneia

 Pode ocorrer uma profunda bradicardia e assistolia

 Reduções no volume corrente e na Frequência respiratória

 Broncodilatador
BARBITURICOS

 Tiopental: lento e meia-vida de eliminação


longa

 infusão contÍnua, especialmente quando


utilizado em grandes doses pode produzir
padrão de burst-supression no EEG

 Alta lipossolubilidade e grande potencial de


acumulação em tecido gorduroso
BARBITURICOS

 Tiopental e o tiamilal, produzem, ainda,


metabólitos ativos, capazes de ocasionar
sedação pós-operatória prolongada

 As doses de indução são de 3 a 5 mg/kg para o


tiopental e de 1,5 mg/kg para o metoexital

 Ligação proteica: 80 %

 Metabolização hepática
BARBITURICOS

MECANISMO DE AÇÃO

 Aumento da neurotransmissão inibitória e a inibição da transmissão excitatório - GABAa


BARBITURICOS

SNC

 Depressão dose-dependente do SNC

 Vasoconstritores cerebrais potentes e produzem reduções previsíveis no FSC, no volume sanguíneo


cerebral e na PIC.

 Diminui a PIC > PAM – tiopental vs propofol

 Diminuem a CMRO2 – max. 50%

 Neuroproteção de isquemia cerebral focal

 Anticonvulsivante
BARBITURICOS

SISTEMA CARDIOVASCULAR

 Discreta diminuição na pressão sanguínea sistêmica e menor que aquela produzida pelo propofol

 Vasodilatação periférica

 Redução do débito cardíaco e da pressão sanguínea sistêmica

 Mantém reflexo dos barorreceptores


BARBITURICOS

SISTEMA RESPIRATORIO

 Diminuição da ventilação-minuto por meio de reduzidos volume corrente e frequência respiratória

 Diminuem a resposta ventilatória a hipercapnia e hipóxia

 DPOC são mais sensíveis


BENZODIAZEPINICOS

MECANISMO DE AÇÃO
 GABAa: alta afinidade, saturável
• Hiperpolarização através da entrada de
cloro
• alfa 1: sedação, amnésia anterógrada,
propriedades anticonvulsivantes
• alfa 2: ansiólise e relaxamento muscular
BENZODIAZEPINICOS

EFEITO CLÍNICO:

 Ansiólise: < 20 % dos receptores

 Sedação: 30 – 50 % dos receptores

 Inconsciência: > 60 % dos receptores


BENZODIAZEPINICOS
EFEITO CLÍNICO:

Ação hipnótica

Anmésia anterógrada - utilizado para pré-medicação oral


em crianças (0,5 mg/kg)

Sinergia com os opioides e com o propofol

Alta ligação proteica: 96-98%

Metabolização Hepática e excreção renal - Pode


acumular em IRC

Alta lipossolubilidade
BENZODIAZEPINICOS

SNC

 Redução no fluxo sanguíneo cerebral (FSC)

 Redução na taxa de metabolismo cerebral de oxigênio (CMRO2)

 Não demonstram ter propriedades neuroprotetoras

 Anticonvulsivantes potentes para o tratamento do estado epiléptico, abstinência do álcool e convulsão


induzida por anestésico local

 PIC inalterada
BENZODIAZEPINICOS

SISTEMA CARDIOVASCULAR

 Pequena redução da pressão arterial média e da resistência vascular sistêmica

SISTEMA RESPIRATORIO

 Depressão ventilatória dose-dependente

 Reduzem a resposta ventilatória ao CO2

 Depressão respiratória mais grave se: benzodiazepínicos + opioides


BENZODIAZEPINICOS

FLUMAZENIL

 Substituição do grupo carbonila por um fenila faz com que ele


apresente alta afinidade pelo receptor GABA.

 Capaz de remover o benzodiazepínico do receptor por competição,


mas, como um agonista fraco, não produz efeito clínico relevante.

 Apresenta meia-vida de cerca de 1 hora apenas.


CETAMINA

 Dois esteroisômeros, a forma S(+) é mais potente (dextrocetamina) que o isômero (R)

 Potente analgesia com mínima depressão respiratória.

 Alta lipossolubilidade

 Metabolismo hepático - citocromo P450

 Baixa ligação às proteínas

 Potencializa a analgesia dos opioide e parece atenuar a hiperalgesia, podendo ser utilizada em infusão
contínua
CETAMINA

FARMACODINÂMICA

 Inibição no complexo do receptor da NMDA

 Pupilas estão moderadamente dilatadas com um olhar nistâgmico

 Aumenta o lacrimejamento e a salivação

 Sonhos vividos e coloridos, alucinações, experiências extracorpóreas, sensibilidades visual, tátil e


auditiva aumentadas ou distorcidas

 Não preserva reflexos protetores das vias aéreas


CETAMINA

SNC

 Aumenta o FSC

 Aumenta CMRO2

 Aumenta pressão intracraniana

 Considerada um anticonvulsivante
CETAMINA

SISTEMA CARDIOVASCULAR

 Estimulação cardiovascular por ativação simpática

• aumento de frequência cardíaca,

• aumento pressão arterial sistêmica

• aumento resistência vascular periférica


CETAMINA

SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Mínima depressão ventilatória e broncodilatação

 Resposta respiratória à hipercapnia é preservada

 Presença dos reflexos respiratórios ativos

 Ação broncodilatadora
CETAMINA

DOSES

INDUÇÃO

 A indução de anestesia pode ser alcançada com 1 a 2 mg/Kg EV

 BIC: 15 a 45 mcg/kg/min, mais 50% a 70% de óxido nitroso ou somente cetamina, 30 a 90 mcg/kg/mi

ANALGESIA

 bolus de 0,2 a 0,8 mg/kg EV.


ETOMIDATO

 Propriedades hipnóticas

 Pouco hidrossolúvel

 Metabolismo ocorre principalmente através da hidrólise de ésteres em metabólitos inativos que, então,
são excretados pela urina (78%) e pela bile (22%).

 Curta meia-vida de eliminação

 Mínimos efeitos hemodinâmicos

 Alta taxa de ligação proteica – albumina

 Dose indução: 0,2 a 0,3 mg/kg EV


ETOMIDATO

SNC

 potente vasoconstritor cerebral – diminui FSC e PIC.

 redução da CMRO2

 Não é neuro protetor

 Mioclonia ocorrem em mais de 50% dos pacientes após um bolus do fármaco


ETOMIDATO

SISTEMA CARDIOVASCULAR

 Estabilidade cardiovascular

 Redução da pressão sanguínea arterial é modesta ou ausente

 Redução da PA maiores em pacientes hipovolêmicos

 Efeitos mínimos na contratilidade miocárdica, FR e DC


ETOMIDATO

SISTEMA ENDÓCRINO

 Supressão adrenocortical em virtude de


inibição dose-dependente de 11β-hidroxilase ,
enzima necessária para a conversão do
colesterol em cortisol.

 Dura de 4 a 8 horas após a dose de indução de


etomidato

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