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Preceptoria
2017
Residência de
Radiologia
HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS
Manual do residente
CONSOLE
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1. CONTRASTES
1.1 TIPOS DE CONTRASTES
1.2 MODO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE VIA ORAL IODADO
1.3 MODO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE VIA ORAL BARITADO
1.4 MODO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE VIA ORAL NEGATIVO
1.5 MODO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE VIA RETAL
1.6 MODO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE INTRA-ARTICULAR
2. REAÇÕES AO CONTRASTE
2.1 PRÁTICAS GERAIS DE SEGURANÇA:
2.1 CONDUTAS NAS REAÇÕES AO CONTRASTE
2.1.1 CONDUTAS GERAIS
2.1.2 MEDICAMENTOS
2.1.3 REAÇÕES ESPECÍFICAS
2.1.4 EXTRAVASAMENTO CUTÂNEO DO MEIO DE CONTRASTE
6. PACIENTES ESPECIAIS
6.1 PACIENTE COM DOENÇA RENAL
6.2 PACIENTE EM USO DE METFORMINA
6.3 PACIENTES EM DIÁLISE
7. DESSENSIBILIZAÇÃO
8. PROTOCOLOS DE EXAMES
8.1. ABDOME
2.2 TÓRAX
2.3 NEURO
2.4 CABEÇA E PESCOÇO
2.5 MÚSCULO
MANUAL DE CONSOLE
RESIDÊNCIA DE RADIOLOGIA
Observações:
OBS.: - Nos casos em que o paciente portar SNG e SNE e estiver impossibilitado de ingerir o
contraste, o mesmo deve ser administrado via sonda.
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Utilizado, a critério medico, nos casos onde o paciente refere antecedentes alérgicos ao iodo, mas a
suspeita clinica necessita de um estudo do transito intestinal.
Adultos: 900 ml, um copo (200 ml) a cada 10 min., totalizando 04 copos e 01 copo (volume
restante) na sala de exames, imediatamente antes do início do mesmo, totalizando 900 mL. Nesse
caso a administração do contraste por Via Oral se inicia 50 min. antes do início do exame.
Crianças: dependente da tolerância.
2. REAÇÕES AO CONTRASTE
2.1.2 MEDICAMENTOS
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A maioria dos casos tem volume menor que 10 mL, sendo rapidamente absorvidos. Mesmo grandes
volumes (100 a 150 ml) são bem tolerados e a reabsorção ocorre entre 1 e 3 dias.
1. Tratamento inicial:
Recomenda-se entrar em contato periodicamente com o paciente até o mesmo referir resolução
completa da lesão e certificar-se de que o paciente observe e relate:
• dor residual;
• bolha no local;
• vermelhidão cutânea ou mudança de cor da pele no local;
• endurecimento/retração cutânea no local da injeção;
• alteração da temperatura (frio ou calor) no sítio do extravasamento (pedir para que compare com
área normal no outro membro); Atualizado em 11/2015
• mudança de sensibilidade.
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3.3 INSUFICIÊNCIA RENAL (exceções terão de ser discutidas com o clínico do paciente):
*Creatinina sérica maior que 1,4 mg/dl.
3.11 MIELOMA MÚLTIPLO (RELATIVA) – assegurar função renal adequada e proteção renal
(hidratação)
3.12 HIPERURICEMIA
Identificar pacientes com risco para nefropatia induzida pelo meio de contraste, nos quais será
obrigatório dosar Creatinina sérica:
Resposta positiva para qualquer das seis perguntas:
1. Alguém já te disse que você tem problema renal?
2. Alguém já te disse que você tem proteína na urina?
3. Você tem pressão alta?
4. Você tem diabetes?
5. Você tem gota?
6. Você já realizou cirurgia renal?
questionário de Choyke*: resposta negativa para todas indicam chance de Creatinina sérica normal
em 94%.
6. PACIENTES ESPECIAIS
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*Choyke PL, et al. Determination of serum creatinine prior to iodinated contrast media: is it
necessary in all patients? Tech Urol 1998;4:65-69.
+ Bicarbonato: 154 mL de bicarbonato de sódio 8,4%, diluído em 846 mL de soro glicosado 5% (na
prática: pegar 1000 mL de SG5%, desprezar 150 mL e repor este mesmo volume por bicarbonato de
sódio 8,4%).
Esta solução deve ser administrada por via venosa da seguinte forma:
- 3 mL/kg/hora 1 hora antes do exame;
- 1 mL/kg/hora 6 horas após a injeção do contraste iodado.
Cuidado ao prescrever volume para pacientes com restrição hídrica e cardiopatias.
Utilizada geralmente em pacientes externos com tempo hábil. Obs: não recomendamos o uso de n-
acetilcisteína por via venosa, devido a inexistência de apresentação adequada para esta finalidade.
O uso da metformina não aumenta o risco da nefropatia induzida pelo contraste. O risco da
utilização do contraste é a indução de redução da função renal, que pode acarretar em diminuição da
eliminação deste medicamento, que tem 90% de sua depuração pelos rins. Isto pode aumentar o
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risco para desenvolver acidose lática. Recomenda-se que este medicamento seja suspenso por 48 h
após a injeção do contraste iodado.
Pacientes com boa função renal e sem fatores de risco para acidose lática podem reintroduzir o
medicamento após 48h.
Em pacientes com algum fator de risco ou com disfunção renal prévia deve-se assegurar que não
houve nefropatia induzida pelo contraste antes de se reintroduzir o medicamento.
Fatores de risco para desenvolvimento de acidose lática:
1. Disfunção hepática;
2. Alcoolismo;
3. Insuficiência cardíaca;
4. Isquemia miocárdica;
5. Insuficiência vascular periférica;
6. Sepse ou infecção grave.
Pacientes sem função renal residual, em diálise, não têm contra-indicação ao uso do contraste. A
preocupação passa ser a sobrecarga volumétrica associada ao uso do contraste, que tem efeito
osmótico. Caso não haja insuficiência cardíaca prévia, não é necessário realizar diálise urgente.
Nosso serviço recomenda que a diálise seja feita dentro das 24 horas após o uso do contraste.
Pacientes com função renal residual têm alto risco para desenvolver nefropatia induzida pelo
contraste, não sendo recomendado o seu uso.
7. DESSENSIBILIZAÇÃO
Uso oral:
1) Cloridrato de fexofenadrina 60 mg - 1 cp VO 12h e 1 cp VO 2h antes do exame.
2) Ranitidina 150 mg - 1cp VO 12h e 1 cp VO 2h antes do exame.
3) Prednisona 20 mg - 2cp VO 12h e 2 cp VO 2h antes do exame.
*São 8 cp, 4 administrados 12 horas antes do exame e os outros 4 serão 2h antes.
Uso endovenoso:
½ HORA ANTES DO EXAME
1) Hidrocortizona – 200mg diluído em 01 seringa de 20ml
2) Ranitidina ( 01 Ampola )– 50mg Diluído em 01 seringa de 20ml
3) Benadryl ( 01 Ampola )- 50mg diluído em 100ml de soro fisiológico, correr a medicação entre 20
a 30min.
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8. PROTOCOLOS DE EXAMES
8.1. ABDOME
Nos pacientes externos, a administração do contraste V.O positivo deve ser realizada conforme
solicitação clinica.
Nos pacientes com pós-operatório abdominal recente (< 15dias), administrar o contraste V.O.
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Fases
Água VO EV Pré- Observações
Arterial Venosa Tardia
Contraste
Arterites (Todas as Arterites) Sim Não Sim Sim 40s 70s 180s
Sim
VO Curto - 03 a 04 copos
Pesquisa de Nódulo
Não. Não Sim Não Não Não
Avaliação de Incidental Adrenal “WASHOUT”
Adrenais Pré/Portal/ Tardia 10min
Sim
Estadiamento de Carcinoma Não. Não Sim Não Sim Não Contraste Quando solicitado
Sim
Feocromocitoma Não Sim Sim 35s 70s Não Contraste Quando solicitado
Neo de Bexiga Sim Não Sim Sim (Abd tt) Não 90s 300s Urinárias *Nos casos em que for
necessário visualizar bexiga na
Neo de Rim (Operado ou fase excretora, virar o paciente na
Sim Não Sim Sim 40s 90s 420s
Não) mesa (03 voltas) para
Neo de Ureter Sim Não Sim Sim (Abd tt) Não 90s 420s homogeneizar o contraste e
adquirir imediatamente após a
Nódulo Renal Sim Não Sim Sim 40s 90s 420s manobra.
Transplante Renal Sim Não Sim Sim 40s 90s 300s
Apendicite Sim Não Sim Não Não 70s Não
Colite Sim Não Sim Não Não 70s Não
Diverticulite Sim Não Sim Não Não 70s Não ATENÇÃO para o casos onde é
necessário o Contraste por Via
Intestino/Cólon Doença de Crohn Sim Não Sim Não Não 70s Não Retal - SEMPRE confirmar com
Sim Não o Radiologista
Neo Carcinóide de
Sim Sim 40s 70s 180s
Intestino Operado ou Não
Neo de Intestino Sim Não Sim Não Não 70s Não
Check-up Sim Não Sim Sim Não 70s Não Se lesão Hepática na Pré -
Dor Abdominal A/E Sim Não Sim Sim Não 70s Não Fazer Trifásico
2.2 TÓRAX
* Se o paciente já tiver Enfisema diagnosticado e o intuito do exame não for enfisema, não é necessário fazer expiração. Na dúvida consultar o
radiologista.
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2.3 NEURO
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Fases Observações
Contraste
Pré- Pós-
EV
Contraste Contraste
Aquisição Somente na
Hipófise Sim Sim 60s/120s
Hipófise
Usar o Monitoring (ou Sure
Angio arterial Arterial -
Sim Não Start) e Soltar Manual –
cervical Angiográfica
Fazer só Ida (fase arterial)
Fase venosa –
Angio venosa
Sim Não aquisição Só fase venosa
Intracraniana
angiográfica
Usar o Monitoring (ou Sure
Angio arterial Arterial -
Sim Não Start) e Soltar Manual –
Intracraniana Angiográfica
Fazer só Ida (fase arterial)
TCE / trauma Não Sim Não
AVC Não Sim Não
Cefaleia de Início
Recente (2 meses) ou
Sim Sim 60s
com mudança no
padrão
Cefaleia Crônica Não Sim Não
Hidrocefalia Não Sim Não
Labirintite /
Não Sim Não
Tontura
MAV Sim Sim 60s
Meningite (Viral ou
Sim Sim 60s
Bacteriana)
Neurocisticercose Sim Sim 60s
HIV Sim Sim 60s
Neurinoma Acústico Sim Sim 60s
Tumores Cerebrais Sim Sim 60s
Demência /
esquecimento / Não Sim Não
déficit cognitivo
Metástase Sim Sim 60s
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Fases Observações
Contraste
** Face / EV Pré- Pós-
Seios da Face Contraste Contraste
** Pescoço
Usar o Monitoring (ou
Avaliação Vasos
Arterial - Sure Start) e Soltar Manual
Cervicais (Angio Sim Sim
Angiográfica ou 100HU Arco - Fazer
Cervical)
Ida e Volta se necessario.
Abscesso Sim Não 60s
Cálculo Ducto
Sim Sim 60s
Salivar
Estudo Cordas Fazer Valsalva e Fonação
Sim Não 60s
Vocais (iii)
Infecções Sim Não 60s
Bócio
Sim Não 60s
Mergulhante
Fazer Manobras
Neoplasia Sim Não 60s
Específicas
Em pacientes com idade
maior que 50 anos.ou
Paratireóide pedido medico
Sim Sim 30s e 60s
”paratireóide 4d “
Fases: Pré, Arterial e
Venosa.
2.5 MÚSCULO
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Fases Observações
Contraste
EV Pré- Pós-
Contraste Contraste
Pesquisa Foco
Infeccioso (abcesso, Sim Sim 70s
celulite, etc.)
Osteomielite Sim Sim 70s
Neoplasia *Colocar Marcador se
Muscular Maligna houver ponto de dor
-Sarcomas- específico
(Osteosarcoma, Sim Sim 70s
condrosarcoma,
fibrosarcoma,
liposarcoma)
Neoplasia
Muscular Benigna
Não Sim Não
(leiomioma,
lipoma, fibroma)
Trauma* Não Sim Não Realizar em Dupla Energia
Dor* Não Sim Não Marcador
Coluna Operada Não Sim Não
Coluna Operada
Sim Não Sim
(Infecção)
Tumor osseo Não Sim Não
Gota Não Sim Não Dupla energia
Protese Não Sim Não Dupla energia
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