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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

CURSO DE ENFERMAGEM

BEATRIZ JUNQUEIRA BALTHAZAR BORZI


EDUARDA BRAGA SOARES
EDUARDA ZILIOLI MONTEIRO
GRAZIELY DE SOUZA CARLOS
LETÍCIA LIMA FEITOSA
MARIA FERNANDA PITTERI
NATÁLIA APARECIDA GOMES DOS SANTOS

Anestésicos

São Paulo
2022
BEATRIZ JUNQUEIRA BALTHAZAR BORZI
EDUARDA BRAGA SOARES
EDUARDA ZILIOLI MONTEIRO
GRAZIELY DE SOUZA CARLOS
LETÍCIA LIMA FEITOSA
MARIA FERNANDA PITTERI
NATÁLIA APARECIDA GOMES DOS SANTOS

Anestésicos

Trabalho apresentado como requisito


parcial para aprovação na disciplina de
Farmacoterapia Aplicada à Enfermagem do
curso de Enfermagem do Centro
Universitário São Camilo sob a orientação
da professora Lucia Tobase.

São Paulo
2022
Introdução:

Anestesia é definida como a perda da função sensitiva. Desse modo, os anestésicos


são fármacos capazes de bloquear as capacidades sensitivas do organismo, sendo
utilizados no alívio da dor e bloqueio de outras funções sensitivas para realização de
procedimentos médicos invasivos, tais como cirurgias e alguns exames. (SANAR,
2019).
Os anestésicos são divididos em anestésicos gerais e anestésicos locais, que se
diferem principalmente pela capacidade de induzir ou não perda da consciência.
(SANAR, 2019).

Tabela: Fases da anestesia geral.


Fonte: SANAR

Os anestésicos gerais são amplamente utilizados nos procedimentos em que se


necessita retirar os reflexos do paciente, além de promover diminuição da dor e
desconforto, levando a perda momentânea da consciência. A anestesia geral pode
ser feita por via venosa ou inalatória e conta com o auxílio de fármacos coadjuvantes,
chamados de pré-anestésicos, que servem para abolir a dor, gerar sedação, proteger
as vias aéreas, bloquear os reflexos vagais e reduzir o metabolismo. (SANAR, 2019).
Nas anestesias gerais, os efeitos colaterais mais comuns acabam sendo enjoos,
vômitos e alergia ao medicamento. Pode ocorrer também do paciente sofrer paradas
cardíacas, respiratórias e até sequelas neurológicas, e em casos mais raros a pessoa
não consegue se mover mesmo estando consciente. (TURAZZI)

Anestésicos locais não provocam alterações no nível de consciência do paciente e


são utilizados em procedimentos menores. (SANAR, 2019) Anestésico local pode ser
definido como uma droga que pode bloquear de forma reversível a transmissão do
estímulo nervoso no local onde for aplicado, os anestésicos locais bloqueiam a ação
de canais iônicos na membrana celular impedindo a neurotransmissão do potencial de
ação. A forma ionizada do anestésico local liga-se de modo específico aos canais de
sódio, inativando-os e impedindo a propagação da despolarização celular.
(HOCKING). Nas anestesias locais em altas doses, podem ocorrer efeitos tóxicos que
acabam afetando o pulmão, o coração e funções do cérebro. (TURAZZI)
Anestesia regional é utilizada para anestesiar uma parte específica do corpo, como a
perna, o braço, pode ser dividida em alguns tipos: Anestesia raquidiana: provoca a
perda de sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdômen.
Anestesia peridural: também bloqueia a dor da mesma forma que a raquidiana, porém
não tem contato direto com o líquor. Geralmente, é aplicada da cintura para baixo,
mas também pode ser aplicada na região do tórax.
Bloqueio dos nervos periféricos: com essa anestesia, os grupos de nervos, que
causam dor são bloqueados.
Anestesia regional intravenosa: o anestésico é injetado na veia, anestesiando
somente uma parte do corpo. Geralmente utilizada para cirurgias na mão.
A anestesia regional é utilizada em procedimentos cirúrgicos simples ou em cirurgias
pequenas. Os efeitos adversos da anestesia regional são as infecções no local da
injeção, problemas cardíacos e pulmonares, febre com calafrios e toxicidade
sistêmica. Em casos de Raquianestesia existe um efeito especifico denominado
cefaleia pós-raquianestesia, que ocorre nas primeiras 24 horas ou em ate 5 dias após
a cirurgia. (TURAZZI)
Objetivo:

Realização de pesquisa na literatura sobre anestésicos, seu mecanismo de ação e


seus efeitos adversos, condutas e realização de estudo de caso sobre o mesmo
tema.
Métodos:

Realizada pesquisa bibliográfica e coleta de dados em artigos, livros e matérias sobre


o assunto anestésico, utilizando a elaboração de um estudo de caso como material
central para estudo e discussão dos anestésicos em relação as reações adversas,
seu uso clínico e sua função durante procedimentos cirúrgicos.
Estudo de caso:

Dona Luiza, 58 anos, trabalhou como cabeleira por 30 anos, atualmente é aposentada
e mora com a sua única filha. Tem histórico de asma e hipertensão controlada com o
uso diário da medicação. Recentemente sofreu uma queda no banheiro onde fraturou
o fêmur e precisa passar por um procedimento cirúrgico. Internada para a realização
do procedimento, foi aferido sinais vitais que estavam, Saturação 98%, FR 19ipm, FC
88bpm, PA 130x90, T 36, 5º C. Na cirurgia foi administrado anestésico geral (Fentanil,
Midazolam e Propofol), e após 50 minutos do início do procedimento, foi observado
uma vermelhidão na pele da paciente, presença de urticaria, depressão respiratória e
uma diminuição da pressão arterial.
Nesse caso a paciente apresentou uma reação anafilática, provavelmente causada
por uma das medicações utilizadas da anestesia geral.
Conduta:
Logo de início administrado medicação para reverter o efeito anestésico, estabilizado
sinais vitais, manutenção de via aérea definitiva com oxigênio 100%, administrado
epinefrina (adrenalina) logo após a constatação da crise, reposição volêmica e
administração de hidrocortisona para diminuição do efeito broncoespasmo. Cancelado
procedimento cirúrgico.

Cuidados:
Monitorização dos sinais vitais
Suporte de oxigênio
Manter paciente em recuperação pós-anestésica em observação continua
Observar diminuição ou evolução dos sinais e sintomas eferentes ao quadro
anafilático (nível de consciência, quadro respiratório, débito cardíaco e exantemas).
Conclusão:

Pela observação dos aspectos analisados pudemos concluir que os anestésicos são
fármacos capazes de bloquear as capacidades sensitivas do organismo, os mesmos
promovem a melhoria da dor e bloqueio de algumas funções sensitivas, para a
realização de alguns procedimentos. A importância desse tema é para melhor
compreensão de suas diferenças, seus efeitos adversos e seu mecanismo de ação.
Referências:

ANESTESIA,POSSO TER EFEITOS COLATERAIS? Serviço de Anestesiologia de


Joinville,2022.Disponível em: https://saj.med.br/anestesia-posso-ter-efeitos-colaterais/

PROCEDIMENTO ANESTÉSICO: TIPOS DE ANESTESIA E ATUAÇÃO DA EQUIPE


DE ENFERMAGEM. Diretrizes de práticas, centro cirúrgico, 2021. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7085705/mod_resource/content/1/Anestesia.p
df

FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS. Tutorial de anestesia da semana,


2022. Disponível em:
https://tutoriaisdeanestesia.paginas.ufsc.br/files/2013/05/Farmacologia-dos-
anestesicos-locais.pdf

ANESTÉSICOS: SAIBA TUDO SOBRE OS ANESTÉSICOS GERAIS E LOCAIS.


Sanar, 2019. Disponível em: https://www.sanarmed.com/anestesicos

ALERGIA A ANESTESIA: CONHEÇA AS MAIS COMUNS E COMO LIDAR. Clinica


Croce, 2022. Disponível em: https://www.clinicacroce.com.br/blog/alergia-a-
anestesia/

CHOQUE ANAFILÁTICO E ANESTESIA. UFSC Departamento de Cirurgia, 2015.


Disponível em: https://cirurgia.ufsc.br/2015/02/06/choque-anafilatico-e-anestesia/

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