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SUMÁRIO........................................................................................................1
INTRODUÇÃO..................................................................................................1
Anestésicos gerais por inalação..................................................................3
Classificação............................................................................................... 3
Quesitos para um anestésico inalatório ideal..............................................3
Princípios básicos........................................................................................4
HALOTANO.....................................................................................................4
ISOFLUORANO................................................................................................5
SEVOFLUORANO.............................................................................................6
ENFLUORANO.................................................................................................6
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS....................................6
INTRODUÇÃO
Na metade do século XIX foram descritos, pela primeira vez, alguns sinais que
refletiam a profundidade da anestesia geral em pacientes que recebiam éter ou
clorofórmio. No início do século XX, mais precisamente em 1920, Guedel, com base
nestas observações e em outros sinais, dividiu a anestesia geral em quatro estágios e
o terceiro deles – a anestesia cirúrgica – em quatro planos. Este esquema varia na
dependência do anestésico empregado e é totalmente modificado pelo uso de
medicação pré-anestésica e associações de agentes anestésicos. (FANTONI,
CORTOPASSI e BERNARDI, 2006)
Estágio III – Anestesia cirúrgica: estende-se do final do estágio II, quando cessam os
movimentos espontâneos e a respiração torna-se automática e regular, e termina com
o aparecimento de movimentos erráticos do globo ocular. Além disso, os reflexos
desaparecem gradativamente, advém um relaxamento muscular completo e, com o
aumento da concentração do anestésico, a respiração torna-se pouco a pouco mais
superficial. Esta fase foi dividida em quatro planos, cujos sinais físicos são específicos
para cada um deles. No 1º plano observa-se respiração regular e automática,
associada a movimentos errantes do globo ocular (nistagmo), desaparecimento dos
reflexos laringotraqueal e interdigital. No 2º plano verifica-se que a respiração
gradativamente se torna menos profunda e cessam os movimentos do globo ocular. O
reflexo palpebral se torna ausente no final desse plano, assim como o laringotraqueal
nos gatos. No 3º plano a respiração se torna preferencialmente abdominal, com
esforço inspiratório torácico. O reflexo corneal torna-se ausente neste plano.
Finalmente no 4º plano o animal apresenta respiração exclusivamente abdominal,
pupilas dilatadas, sem reação à luz, e total flacidez muscular. (FANTONI,
CORTOPASSI e BERNARDI, 2006)
Classificação
Os anestésicos inalatórios podem ser divididos, do ponto de vista físico, em gasosos e
voláteis e, quimicamente, em orgânicos e inorgânicos. (FANTONI, CORTOPASSI e
BERNARDI, 2006)
Efeitos periféricos: não ter efeitos cardiovasculares, nem efeitos tóxicos renais e
hepáticos, não possuir toxicidade para quaisquer outros tecidos, seus metabólitos não
devem ser tóxicos. (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006)
Princípios básicos
Dentre os sistemas de anestesia utilizados na medicina veterinária, aquele que
emprega o filtro circular é, sem dúvida alguma, o mais utilizado. Suas principais
características são:
HALOTANO
Dentro da anestesia, a via inalatória é, sem dúvida, eletiva por várias razões, pois,
além de apresentar a segurança do aproveitamento total do anestésico, oferece pronta
eliminação após a supressão do mesmo, pois a principal via de eliminação é a
pulmonar. (www.ebah.com.br)
Propriedades farmacológicas: é quatro vezes mais potente que o éter e duas vezes
mais potente que o clorofórmio, sendo mais seguro que ambos. Seu coeficiente de
solubilidade sangue/gás é 2,3 (solubilidade média) como é relativamente insolúvel no
sangue, não é retirado logo dos alvéolos, fazendo com que a concentração alveolar se
aproxime da concentração inspirada. Á medida que a tensão alveolar se iguala a
tensão cerebral, atingem-se rapidamente altas tensões cerebrais, justificando a
indução rápida. (MASSONE, 1999)
ISOFLUORANO
A indução e a recuperação da anestesia com isoflurano são rápidas. Embora seu leve
odor pungente possa limitar sua capacidade de indução, aparentemente não há
estímulo excessivo de salivação ou secreções traqueobrônquicas. Os reflexos
laríngeos e faríngeos são prontamente deprimidos. O nível de anestesia pode ser
alterado rapidamente com o isoflurano. A freqüência cardíaca permanece estável. A
respiração espontânea torna-se deprimida com o aprofundamento da ação anestésica,
devendo ser cuidadosamente monitorada e com suporte, quando necessário. Durante
a indução da anestesia, observa-se diminuição da pressão arterial, a qual retorna a
valores praticamente normais com a estimulação cirúrgica. A pressão arterial tende a
diminuir durante a manutenção em relação direta com a profundidade do nível da
anestesia, mas a freqüência cardíaca permanece estável. Com respiração controlada
e PACO normal, o débito cardíaco tende a ser mantido, apesar do aprofundamento do
nível de anestesia, primariamente através de um aumento da freqüência cardíaca, que
compensa uma redução no volume sistólico. Com respiração espontânea, a
hipercapnia resultante pode aumentar a freqüência cardíaca e o débito cardíaco em
níveis acima daqueles observados com o paciente acordado. O fluxo sangüíneo
cerebral permanece inalterado durante leve anestesia com isoflurano, mas tende a
aumentar com o aprofundamento da ação anestésica. Aumentos na pressão liquórica
podem ser evitados ou revertidos pela hiperventilação do paciente antes e durante a
anestesia. Alterações eletroencefalográficas e convulsões são extremamente raras
com o isoflurano, que geralmente produz um traçado EEG similar ao observado com
outros anestésicos voláteis. (Instituto BioChimico)
SEVOFLUORANO
ENFLUORANO
•Aumenta a PIC
O coeficiente de partição óleo: gás esta relacionado com a potência dos anestésicos
inalatórios, bem como com o tempo de recuperação da anestesia. Os anestésicos que
apresentam solubilidade alta em gordura são lentamente liberados para a corrente
circulatória, sendo, portanto, eliminados pelo sistema respiratório de forma mais tardia,
quando comparados aos agentes poucos solúveis. Assim, a recuperação anestésica
com estes agentes se processa de maneira mais lenta. Pelo fato de o sevofluorano
apresentar também um baixo coeficiente de partição óleo: gás, quando se compara o
tempo de indução deste agente com o halotano, não se observam diferenças
significativas. No entanto, com relação à recuperação da anestesia, verifica-se que
esta ocorre muito mais rapidamente com o sevofluorano. (FANTONI, CORTOPASSI e
BERNARDI, 2006)
Por muitos anos os anestésicos inalatórios foram tidos como gases quimicamente
inertes e resistentes a biotransformação no organismo. Atualmente, sabe-se que os
anestésicos inalatórios, apesar de serem eliminados a priori pelo sistema respiratório,
sofrem graus diversos de biotransformação, que varia de acordo com cada agente. A
biotransformação ocorre primariamente no fígado, mas também, em menor grau, nos
pulmões, rins e sistema digestivo. (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006)
Sistema cardiovascular
Todos os anestésicos inalatórios alteram a função cardiovascular. A magnitude da tal
alteração dependerá, sobretudo do agente e da dose empregada. Há vários outros
fatores que contribuem para maior depressão cardiovascular, como por exemplo: o
valor da PaCO2, a ventilação mecânica, o tempo de anestesia, a volemia e o uso
concomitante de outros agentes (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006).
Dos anestésicos inalatórios, o óxido nitroso é o que causa menos efeitos adversos ao
sistema cardiovascular, possuindo atividade adrenérgica moderada (FANTONI,
CORTOPASSI e BERNARDI, 2006).
Sistema respiratório
Todos os anestésicos inalatórios deprimem a função respiratória de forma significativa,
sendo o óxido nitroso o agente com menor efeito. o volume minute diminui em 20%
com óxido nitroso, 28% com halotano, 34% com isofluorano e em 71% com o
enfluorano. A resposta ventilatória, a hipercapnia e a hipóxia encontram-se diminuídas
em decorrência da depressão da atividade dos quimiorreceptores. Este efeito é muito
importante no decorrer da anestesia, pois, pelo fato de o paciente perder a capacidade
de responder de forma adequada as alterações da PaCO2 e PaO2, a monitoração da
função respiratória torna-se imprescindível. Nos animais de risco,q eu muitas vezes já
se apresentam no exame pré-anestésico com distúrbios do equilíbrio ácido-básico, o
agravamento da hipercapnia e da acidose contribui para o óbito. O sevofluorano
apresenta as mesmas alterações no sistema respiratório, aumento da PaCO2 e
diminuição do volume minuto (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006).
Sistema neuromuscular
O óxido nitroso não produz efeitos significativos na fisiologia da musculatura
esquelética e o fluxo sanguineo para o músculo não se modifica. O halotano provoca
relaxamento da musculatura, inclusive a musculatura uterina, sendo útil nas manobras
de parto. No entanto, este agente pode inibir concentrações eficazes e, por isso,
prolongar o trabalho de parto. O enfluorano e isofluorano agem de forma semelhante
ao halotano (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006).
Fígado e outros órgãos
O óxido nitroso não interfere de forma importante ao trato gastrointestinal, fígado e
rins. Ocorrem vômitos e náuseas em pequena proporção. O óxido nitroso é capaz de
inibir a síntese de metionina, substancia importante para a síntese de DNA e de varias
proteínas. Pode ocorrer inibição da divisão celular e já se relatou a ocorrência de
leucopenia e anemia após a administração deste gás (FANTONI, CORTOPASSI e
BERNARDI, 2006).
O halotano, devido ao seu baixo custo em comparação aos outros agentes, foi,
durante muitos anos, o anestésico volátil mais usado na medicina veterinária.
Entretanto, esta situação esta se modificando, e a cada dia, o emprego, do isofluorano
esta aumentando gradativamente. Apesar de o isofluorano estar em uso há mais de 3
décadas, a recente mudança de atitude deve-se a queda no custo deste anestésico,
tornando-se mais acessível, e também ao aumento do número de profissionais
especialistas em anestesiologia. (FANTONI, CORTOPASSI e BERNARDI, 2006)
Contra-indicações do sevofluorano
Não administrar a cães com hipersensibilidade conhecida ao sevoflurano ou a outros
agentes.
Precauções especiais que devem ser tomadas pela pessoa que administra o
medicamento aos animais de modo a minimizar a exposição ao vapor de
sevoflurano, fazem-se as seguintes recomendações:
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA