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1. ANESTÉSICOS LOCAIS.
Um anestesico local pode ser definido como uma droga que bloqueia reversivelmente a
transmissao do impulso nervoso na região em que foi aplicada, sem alterar o nível de
consciencia. De maneira geral ligam-se aos canais de sódio dependentes inativados, impedindo
a sua ativação.
Podemos classificar a ação dos anestésicos locais de acordo com seu pKa, o qual será inativado
ou dificultado a sua utilização em ambientes que são ácidos, portanto, necessitamos de um PH
basico.
A classificação pode ser feita pelo diametro das fibras, presença de mielina, velocidade de
condução e função. Quanto maior o diâmetro das fibras, mais anestésico e mais tempo
teremos que ter para que haja um bloqueio daquele local.
AÇÃO:
A ação dos anestésicos locais depende de fatores como a ligação às proteinas plasmaticas e
aos tecidos, que possuem receptores, de onde as drogas irão atuar. A capacidade de
atravessar a membrana celular dos neuronios e o pH do tecido em que se espera a ação da
droga – pH e pKa do AL -.
TODOS os anestésicos utilizados são bases fracas que podem existir nas formas
hidrossoluvel (ionizada); lipossoluvel (não ionizada) ou neutra. A combinação do
pH do meio e do pKa – ph no qual as formas ionizadas e não ionizadas estão em
concentrações iguals -, determina a quantidade de composto em cada forma. A
penetração da forma liposoluvel pela membrana lipidica neuronal, parece ser a
principal forma de acesso do AL para dentro da célula, embora possa ocorrer de
forma hidrossoluvel, através do poro aquoso.
Aqueles ALs com pKa mais proximos ao pH do meio terão maior quantidade da
forma lipofilca, facilitando a penetração da membrana na droga neuronal. Quanto
mais ligados às proteinas plasmáticas forem os anestésicos, mais duradouros será
sua duração de ação.
A relação da duração x efeito do farmaco também liga-se ao fato de possuir vasos
no local, portanto, em locais que há muitos vasos sanguineos, pode ser que o
efeito possa passar mais rápido, portanto, há concentrações em que temos com
vasoconstrictor.
INTOXICAÇÃO
1. Analgesia (1-5ug)
2. Delirio; zumbido; parestesia de lingua (5 a 10 ug)
3. Convulsão; perda de consciencia (10 a 15 ug)
4. Coma; parada respiratoria (15 a 25 ug)
5. Depressão cardiovascular (> 25ug)
TRATAMENTO
2. RAQUIANESTESIA
A coluna vertebral é forada por 33 vertebras que são unidas por cinco ligamentos:
Supraespinal
Interespinal
Amarelo
Longitudinal anterior
Longitudinal posterior
A partir do terceiro mẽs de gestação, a coluna vertebral aumenta em extensão mais do que a
medula, que, ao nascimento, se posiciona ao nivel de L3. Quando o individuo é adulto,
apresenta-se na maioria das vezes em L1. Abaixo de l2, o espaço aracnoideo contem raízes
nervosas (cauda equina) e o filamento terminal, permitindo punção lombar sem risco a
medula.
O LCR possui cerca de 90 a 150mL, secretado continuamente (20mLH) em sua
maior parte pelo plexo coroide dos ventriculos encefálicos – terceiro, quarto e
laterais. É incolor, claro, cristalino e não coagulavel, ligeiramente alcalino e
proveniente do plasma.
Os principais AL’s para a tecnica são principalmente a lidocaina, com duração
intermediaria. A bupivacaina, com longa duração, podendo ser isobarica e
hipobarica, ou adicionando-se glicose, hiperbarica e a ropivacaina. Pode ser
utiliado agentes adjuvantes, como opioides, clonidina. Os opioides mais utilizados
são: fentanil, sufentanil e a morfina, que possuem ação analgésica, aumentando a
qualidade do bloqueio. A morfina causa otima analgesia, mas sua penetração é
lenta e sua permanencia no LCE prolongada, com risco de depressão respiratoria
tardia. Os efeitos observados são: prurido – que pode ser tratado com
difenidramina -, depressão respiratoria – naloxona – sonolencia, nauseas, vomitos
e retenção urinaria.
A tecnica, por sua vez, poderá ser feita com o paciente sentado, em decubito
lateral ou ventrl, em condições de antissepsia rigorosa. É praticado nos espaços L2-
L3; L3-L4; L4-L5; o correto posicionamento acarretará no refluxo de LCE.
BLOQUEIO PERIDURAL
Indicações
A anestesia é feita para procedimentos cirurgicos dos membros inferiores, pelve, abdome,
toracicos ou da parede toracica, tratamento da dor radicular aguda ou cronica; analgesia
prolongada.
Contra-Indicações
Tem por objetivo a obtenção de múltiplas informações do paciente, durante processo que
inclui anamnese em visita ao leito ou consultório; revisão do prontuário médico, exame fisico e
complementação com laboratoriais que trazem vantagens ao setor publico, as operadoras de
saúde aos medicos e pctes.
Todo pcte deve ser entrevistado antes da cirurgia. Na anamnese é importante obtermos o
maximo de informações orientadas:
A. Estado geral atual: atitude mental frente a doenca, atividade fisica e tolerância ao exercicio,
data de ultima menstruação.
Mesmo em casos de emergencia, o anestesista tem que saber o paciente e registrar suas
informações. Se o paciente estiver desacordado, por meio de familiar proximo. Apenas em
caso de morte ou inconsciencia sem alguem proximo realiza-se anestesia sem avaliação.
No prontuario deve constar: peso, altura, sinais vitais, motivo de internação, resumo da
doença atual, histórico cirurgico e anestesico com informações sobre dificildades de intubação,
bloqueios, intercorrencias.
*ALERGIAS*
Em geral, o pcte saberá informar se houve quadro grave ou importante de alergia. A incidência
a reação ao latex vem aumentando no mundo todo e deve ser investigada com a avaliação pré
anestésica.
*FATORES DE RISCO*
- pacientes com historico de alergia ao latex ou qualquer tipo de borracha, deverão ser
avaliados pelo alergista ou imunologista para confirmação ou não da sensibilidade.
*MIOPATIAS*
Historia de miopatias ou de quadros de febre grave não explicada -não infecciosa-, durante ou
fora do ato anestesico, levam a suspeita de hipertermia maligna e deverão ser investigados.
*GESTANTES*
Muitas vezes são necessarias cirurgias que não podem ser postergadas p/ pos parto, como
apendicite e colecistite. A partir da 12 semana de gestação, o utero adentra na cavidade
abdominal, e então passam a ser consideradas com “estomago cheio”, independente do
tempo de jejum, pois existe atraso no esvaziamento devido a progesterona, alem de aumwnto
na pressao intra abdominal, favorecendo vomitos e broncoaspiracao.
A via aerea torna-se mais dificil devido aos edemas de partes moles, levando a maior trauma,
sangramentos e hematoma.
A gestante tem sua capacidade residual funcional pulmonar diminuída, volume aumentado e
frequencia respiratoria aumentada, o que leva a hipocapnia discreta, com leve alcalose
respiratoria e elevação do consumo com menor reserva de O2, ocasionando desnaturação.
Há volume sanguineo circulante maior e debito aumentado. Pode predispor a trombos por
estase.
*JEJUM*
Deve ser realizado em todos os procedimentos que culminam na abolição dos reflexos ou
diminuição, que requerem jejum precoperatorio. (Sedação leve a geral) e aqueles pcientes que
apresentem comorbidades q o apresentem como estomago cheio, deverao ser abordados c/
mais cautela com a abordagem em sequencia rapida.
Gestação > 12 semanas; diabeticos com neuropatia periferica e sinais de gastroparesua, hernia
de hiato, drge, trauma, abdome agudo, uremia, ascite e obstrução intrstinal.
A pressão arterial devera ser aferido comparativamente em b.e e b.d. Ou no mínimo duas
vezes, em posição em pé e sentado/ou deitado.
A ausculta cardíaca deverá ser feita, atentando às bulhas, fonese, sopros. A ausculta pulmonar
vemos principalmente em bases pulmonares presença de ruidos adventicios (estertores,
roncos e sibilos). Perfusão, edema.
Dificil de ser avaliada de forma precisa. Por isso foi feito o ASA.
ASA 3: Pcte com doença sistemica limitante, mas não incapacitante. 1,8% - DM com lesão em
org algo
ASA 4: Paciente com doença incapacitante, com risco a vida - 7,8%- DPOC;
ASA 5: Pcte moribundo, com risco, vida estimada em menos de 24h - 9,4%- AAA, insuficiência
organica.
EXAMES LABORATORIAIS
Devemos os avaliar a necessidade, durante o exame fisico, os sistemas organicos que nos dao
duvidas de algum tipo de doença e pesquisar. Normalmente pede-se hemograma, função
renal, hepática, glicemia, etc.
O diagnostico de via aerea dificil devera ser feito antes, pois se for visto após, ira juntar com
situações como: estresse do operador, falta de equipamento necessario, repostas
improvisadas, ajuda tardia, tentativas de iot. Classificada em dificil após 3 tentativas ou 10min.
As principais sequelas associadas ao manejo inadequado são: obito, lesao corporal, parada
cardiaca, traqueo desnecessaris, trauma dentario ou na via aerea.
Outros: corpo estranho na via aerea; mallampati > 2; abertura da boca e mobilidade do
pescoço.
• Pescoço curto
• Pescoço largo
• IMC >30kg/m2
• Barba
• Mallampati > 3
• > 57 Anos
Além disso, devemos avaliar se o pcte apresenta sindrome da apneia e hipopneia obstrutiva do
sono (SAHOS) que normalmente se da por:
• Falta de ar noturno
• Ronco
• Dispneia
• Disfagia
• Disfonia
• Desvios da laringe
PROCEDIMENTOS INICIAIS
• Paciente deve ser sempre observado, devido aos riscos de aspiração gastrica.
• Sempre suplementar O2 com mascara e cateter nasal, além de manter oximetria de pulso p/
avaliação.
A máscara facial é a primeira medida de ventilação suplementar que manterá a via aerea com
fluxo de O2 adequado. Para ventilação melhor, a mascara deve-se adaptar a anatomia da face.
O paciente colocado na posição olfativa.
A ventilação com o AMBU (Artificial Manual Breathing Unit) deverá ser feita com o
posicionamento da mascara ao redor do nariz e boca, com pressão suficiente para fazer
elevação do tórax, conectado a fonte de o2 e reservatorio para CO2. A monitorização com
oximetro de pulso permite avaliar o suporte ventilatorio.
*PCTES QUE PERMANEÇAM EM PCR OU QUE NÃO CONSEGUEM MANTER A VIA AEREA
PROTEGIDA, NECESSITAM DE VIA AEREA DEFINITIVA - colocação de instrumento endotraqueal
com cuff insuflado -.
A IOT é a técnica mais utilizada p/ manipular a via aérea. Em procedimentos eletivos clássicos,
é realizada após anestésico com opioide, hipnótico e bloqueador neuromuscular. Em pediatria
é possível IOT usando apenas indução inalatória, mas opioides, hipnóticos e bnm podem ser
usados.
INDICAÇÕES
Glasgow < 9
Anestesia geral
VANTAGENS
5. A TECNICA
Consiste em utilizar a lamina curva (Macintosh), entrando pelo lado direito da boca e
afastando a lingua para o esquerdo, localizando a valécula e posicionar a ponta da lamina na
valecula, com movimento p cima e em direção ao pé do paciente, expondo cordas vocais.
• Aspiração gastrica
• Hernia de hiato
• DRGE
• Obstrução intestinal
• Trauma
+ Nesta técnica não ventila-se o paciente. São usadas drogas de rápido inicio de ação para que
o acesso a via aerea seja o mais rápido possível.
Deve ser garantido acesso venoso, equipamentos verificados, aspirador disponivel e paciente
em posição ótima (sniffing) alinhado na altura do esterno com leve extensão cervical.
As medicações devem ser feitas e empurraras por bolus de solução fisiologica. A laringoscopia
realizada rapidamente.
Ao fim, checar IOT com capnografo ou auscultando bilateralmente pulmões e bulha gástrica.
ANESTESIA GERAL
Os objetivos basicos da anestesia geral são de: obtenção da inconsciencia, bloqueio de
reflexo e relaxamento muscular. Os hipnoticos promoverão a inconsciencia e manutenção
do sono: propofol, midazolam, diazepam, etomidato, tiopental. Os opioides são
analgesicos e potencializam o efeito dos hipnóticos, em altas doses podem ser sedativos:
meperidina, morfina, fentalina, sufentalina, alfentanila, remifentanila. Os relaxantes
musculares são aqueles que irão conferir imobilidade para o paciente e a musculatura,
facilitando a intibação, ventilação mecanica e ato cirurgico: atracurio, rocuronio,
succinilcolina, pancuronio.
2. MIDAZOLAM
a. Benzodiazepinico de ação curta
b. Propriedades ansioliticas, sedativas, amnesicas, anticonvulsivantes, miorrelaxantes
c. Alta hidrossolubilidade
d. Facilita misturas IV com SF ou RL.
e. Ação mais lenta
f. Duração mais curta
g. Maior efeito amnesico.
h. IM, IV, NASAL E ORAL.
3. DIAZEPAM
a. Sedação, hipnose, relaxamento muscular, amnesia, atividade anticonvulsvante.
b. Ação revertida por FLUMAZENIL
4. ETOMIDATO
a. Sem atividade analgesica
b. Ação que potencializa o efeito inibitorio do acido gama-aminobutirico
c. Inicio de ação rapido, com metabolização hepatica
d. Redução do fluxo sanguineo cerebral e pic.
e. Mais bem sucedido que propofol e tiopental na pressão da perfusão cerebral.
f. Hipnotico de escolha quando deseja-se estabilidade cardiovascular.
g. Uso em asmaticos
5. TIOPENTAL
a. Ação ultracurta
b. Uso para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguineo cerebral, ritmo metabolico
cerebral e pic.
c. Pouco usado – tontura, sedação, cefaleia, nauseas e vomitos -.
d. C.I a asmaticos.
O ETOMIDATO é o mais seguro do ponto de vista cv, sendo o mais indicado para
pessoas instaveis hemodinamicamente e coronariopatas.
OPIOIDES
São substancias exogenas, naturais ou sinteticas, que ligam-se a quaisquer das subpopulações
dos receptores opioides, produzindo efeito agonista.
a. MORFINA
b. FENTANILA
c. SUFENTANILA.
10x mais potente que a fentanila, com lipossolubilidade. Possui maior efeito sob os demais,
pois possui ativiade sedativa (maior efeito) e capacidade em reduzir estimulos neuro-humorais
d estresse. Bastante desejada a sedação do pcte, pois com isso, consegue-se com que ele fique
consciente por meio do ato cirurgico.
d. ALFENTANILA
5 a 10x mais potente que a fentanila, com inicio de ação rapido e de curta duração. Muito
utilizada na tecnica de anestesia balanceada em procedimentos de curta duração. Associa-se
ao maior grau de hipotensão e bradicardia.
e. REMIFENTANILA
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
São aqueles que irão fazer o bloqueio muscular, facilitando IOT, ou paralisiando os
movimentos do paciente. Temos 02 tipos. Os despolarizantes que irão causar bloqueio não
competitivo, pois vão atuar no receptor da aCH, abrindo canais ionicos, gerando potencial de
ação do musculo e com isso, contração muscular no tempo em que ocorre a fasciculação.
Representados por succinil colina, e levam ao BNM por não se desligarem tão rapidamente dos
receptores quanto a AcH. Os adespolariantes promovem o bloqueio competitivo ao se ligarem
aos receptores de AcH, antagonizando-os, impedindo a abertura do canal ionico e
subsequente bloqueio do potencial de ação. Curta duração – mivacurio, fora da pratica atual-.
Duração media – rocuronio, atracurio, cisatracurio-, duração longa; pancuronio, alcuronio,
pipecuronio e doxacuronio. (apenas pancuronio disponivel na pratica).
DOR
o 0 = ausência de dor
o 1 a 3 = dor leve
o 4 a 6 = dor moderada
o 7 a 9 = dor intensa
o 10 = dor insuportavel.
COMO COMPARAR A EFICÁCIA
A EFICÁCIA dos medicamentos pode ser medido pelo número necessário para tratar
(number-needed-to-treat- NNT). Constitui um instrumento referenciado pela
literatura, onde, compara a eficácia analgésica dos diferentes medicamentos. Trata-se
da quantidade de pacientes que necessitam ser tratados com o analgésico um deles
obtenha melhora da dor em 50%, quando comparado ao placebo, em periodo de 4 a 6
horas. Valores próximos a 2 indicam eficácia adequada, pois significam que a cada 02
pacientes que recebem a medicação, um deles apresenta melhoras da dor em até
50%.
INTRODUÇÃO
A dor aguda é uma realidade. Anualmente, milhoes de pessoas passam por cirurgias.
Portanto, o tratamento adequado da dor tem por objetivo; reduzir o sofrimento,
promover recuperação fisica e funcional do individuo, diminuindo o custo e a
permanencia hospitalar e melhorando o grau de satisfação do paciente.
A dor aguda mal controlada está associada ao impacto negativo no funcionamento
correto do organismo, aumentando a morbidade e consequencias fisicas, psiquicas e
sociais.
Associa-se a falta de conhecimento, treinamento insuficiente do corpo clinico,
ausencia de cooperação no trabalho em equipe; atitudes inadequada dos pacientes;
avaliação e mensuração insuficientes da dor; medo dos efeitos adversos dos farmacos
e falta de protocolos estabelecidos. Desta forma, o tratamento eficaz, promove a
mobilização precoce do paciente, redução das complicações perioperatorioas e menor
tempo de permanencia em UTI e internação hospitalar.
É necessário ser agressivo no tratamento da dor aguda, pois as consequências da
analgesia inadequada superam o risco da ocorrencia dos efeitos adversos como usode
medicações. A dor deve ser avaliada como o quinto sinal vital.
1.1 PLANEJAMENTO
Os fatores que podem influenciar o plano de estratégia para analgesia pós operatória
são: o tipo da cirurgia; intensidade esperada da dor pós operatória; condições clinicas
associadas; intolerancia a medicamentos e alergias; estado cognitivo; relação risco-
beneficio das tecnicas analgésicas disponiveis; preferencias do paciente e suas
experiencias previas com dor ou tecnicas de analgesia. Neste momento, devemos
identificar a presença de disturbios de coagulação, deformidades em coluna, doenas
psiquiatricas – ansiedade, depressão -; historia de dependencia física e tolerancia ao
opioide ou abuso de substancias psicoativas.
56t recomendações deverão sempre ser baseadas no tipo de procedimento realizado. Existem
evidencias na literatura de que a combinação de 02 farmacos com mecanismos de ação
diferentes, possuem ação sinergica no tratamento da dor. Os AINE’s e os inibidores da COX-2
possuem eficacia semelhante no tratamento da dor pós operatoria, no entanto, não devem ser
utilizados por um longo periodo de tempo, e não devem ser utilizados em pacientes idosos,
com historico de ulcera gastrica, sangramento, instabilidade hemodinamica, disfunção renal,
disturbio de coagulação.
1.4 OPIOIDES.
Temos os opióides fracos, que são a codeina e o tramadol. A dose maxima da codeína é de
360mg e a de tramadol de 400mg. São mais indicados para procedimentos ambulatoriais,
cirurgias de pequeno e médio porte quando o paciente puder deglutir. Os opioides fortes são
eles: a morfina, buprenorfina, oxicodona, metadona, buprenorfina e fentanil transdermicos. A
metadona possui meia-vida longa, e potencial de acumulo no organismo, não é recomendada
na dor aguda. Fentanil e buprenorfina transdermicos possuem inicio de ação lento e sua
absorção vai depender mais da temperatura da pele do que do fluxo sanguineo, tendo ação
em 12h, podendo ocorrer novo pico sérico. Não recomendado. Os opioides potentes que são
recomendados em cirurgias de médio e grande porte são: morfina e fentanil por via espinhal
ou venosa.
As tecnicas de infusão continua com anestesicos locais pelas vias (espinhal, regional, local da
incisão) associados a adjuvantes, podem reduzir o consumo de opioides e a incidencia de
náuseas e vomitos, alem de melhorar a qualidade de analgesia e satisfação do paciente.
GABAPENTINA E PREGABALINA
Possuem mecanismo de ação semelhante, tem sido utilizado; gabapentina (1200mg)
pregabalina (300mg) 1 a 2 horas antes da cirurgia, para reduzir a dor e o consumo de
opioide, reduzindo a dor cronica persistente no pós operatorio. Pode levar a tontura e
sedação.
A DOR E O CÂNCER.
Aproximadamente 80% dos pacientes com câncer em estágios avançados, apresentam dor
moderada ou intensa, decorrente de múltiplas causas. O alivio da dor é essencial, antes do
tratamento anti-tumoral, quanto em condições de lesão irreversivel.
Os pacientes podem ter dor por nocicepção e desaferentação, provocada pelo tumor,
tratamento realizado, ou devido a causas não relacionados à doença.
O tratamento da dor deve ser individualizada para cada paciente, adequando as necessidades.
As medidas menos invasivas são os metodos de escolha. Devemos iniciar com a dose
apropriada, na menor dosse necessária para analgesia.
MORFINA deve ser utilizada na dose necessária para controle adequado da dor. A dose é
variável entre 15-60mg (0,3mg.kg) cada 4-8 horas para a de liberação imediata e 30-60mg cada
8-12 horas para a de liberação controlada.
METADONA tem duração de 4-12h. Inicialmente administrar a cada 8-12h, mas após
estabilização, pode ser usada na dose de 10-30mg (0,05-0,2mg.kg) a cada 8h.