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CURSO DE BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA

RESUMO DO ARTIGO

Disciplina: ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA Semestre:


Professor (a): SAMARA SILVA DE SOUZA Período: 7º
Aluno (a): ALBERTO DE OLIVEIRA BRANDÃO Turno: NOTURNO

ANESTESIA E ANALGESIA EPIDURAL LOMBOSSACRA EM PEQUENOS

A anestesia/analgesia epidural lombo sacra é uma técnica simples, segura e eficaz,


aspectos positivos como mínimas alterações cardiorrespiratórias, controle da dor pós-
operatória, possibilidade cirúrgicas no abdômen caudal, na pelve, na cauda, nos membros
pélvicos e no períneo, além de redução do estresse trans operatório. A técnica permite
utilização de dose menor da medicação, quando comparado à administração sistêmica, já
que esta sedo aplicada próximo a região de interesse. É indicada para abordagem
cirúrgica dos tecidos localizados caudais e retro umbilicais, e em procedimentos intra-
abdominais. Causa menos efeitos adversos por não ter intensa depressão respiratória e
cardiovascular. Como contraindicação estão as coagulopatias, pois durante a punção
neste espaço, pode ocorrer a penetração ou laceração de vasos sanguíneos. Também em
casos de sepse ou qualquer outra infecção no local da punção, como dermatites. Ainda
em pacientes hipotensos, politraumatizados com comprometimento hemodinâmico, com
lesões medulares preexistentes, animais com deformidade do canal espinhal. A técnica é
realizada entre a sétima vértebra lombar (L7) e a primeira vértebra sacral (S1), neste local
deve ser localizado o espaço lombossacro, sentido através de uma depressão anterior aos
processos espinhosos do osso sacro. A técnica deve ser realizada após o animal ter sido
tranquilizado e realizada a tricotomia no local da punção. Valida-se o local apropriado
para a administração dos fármacos quando ocorre à sucção de uma gota de anestésico
local depositado na agulha. Os anestésicos locais comumente empregados são lidocaína e
a bupivacaína. O tempo de duração do bloqueio dos anestésicos depende da capacidade
do fármaco em se ligar às proteínas. Lidocaína se liga menos às proteínas (65 a 75%) do
que a bupivacaína (99%), o tempo de duração do bloqueio com a lidocaína, é de 1 hora e
meia a 4 horas, sendo seu período de latência de 5 a 10 minutos, enquanto o bloqueio da
bupivacaína dura em torno de 3 a 6 horas e tem período de latência de 15 a 25 minutos.
Opióides como morfina e o fentanil podem ser administrados com segurança no espaço
epidural causando analgesia. A morfina é o mais utilizado, com período de latência de
até 60 minutos e duração de 10 a 24 horas. O fentanil é mais lipossolúvel, tem um início
de ação mais rápido, resultando numa menor duração (uma hora). Durante aplicação
pode ocorrer falhas, como em animais obesos, devido à dificuldade da localização dos
pontos de referência. Outra falha, quando há o extravasamento de sangue ao inserir a
agulha. Quando não se encontra o espaço epidural, pode-se levar à toxicidade,
ocorrendo convulsões e/ou colapso cardiopulmonar. A principal complicação
cardiovascular é a hipotensão, causada pelo relaxamento da musculatura das arteríolas e
depressão miocárdica. Outro risco é a ocorrência de paralisia respiratória, causada por
administração de dose excessiva, devido o animal ser obeso e o seu peso corpóreo não
condizer com o tamanho do seu espaço epidural, devido uma administração muito
rápida do anestésico, ou ainda, devido à gravidade (animal com a cabeça mais baixa do
que o corpo durante a técnica).

Palavras-chave: Anestésicos; Analgesia; Espaço epidural; Técnica;

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