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ASSOCIAÇÃO CASA FAMILIAR RURAL DE RIQUEZA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Anatomia e Fisiologia das aves de corte

Gabriel Miotto

Riqueza
2023
ASSOCIAÇÃO CASA FAMILIAR RURAL DE RIQUEZA

CNPJ: 01.082.076/0001-76

Vila Cambucica – SN

CEP: 89895-000

E-mail: cfrriquezasc@hotmail.com

Fone: (49)3675-3280

CENTROS FAMILIARES DE FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA – CEFFAs

ASSOCIAÇÃO CASA FAMILIAR RURAL DE RIQUEZA-SC.


TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA.

FOLHA DE APROVAÇÃO
ALUNO:

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO REFERENTE A

Como Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção de grau de Ensino
Médio Profissionalizante – Técnico em Agropecuária na Casa Familiar Rural de Riqueza – SC, avaliado por esta
banca examinadora:

Sr. Sr.
Presidente da banca Membro da banca

Sr. Sr.
Membro da banca Membro da banca
Riqueza/SC, Novembro de 2024

Sumário
HISTÓRIA DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL..........................................................4
ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES DE CORTE...........................................................7
 Conceitos de Anatomia e Fisiologia:......................................................................7
O que é anatomia?............................................................................................................7
O que é fisiologia?.............................................................................................................7
Classificação Taxonômica das Aves:..................................................................................7
Sistema Digestivo...............................................................................................................8
Boca:...................................................................................................................................8
Estruturas do sistema digestório:....................................................................................8
Cavidade Oral:.......................................................................................................................9
Esôfago e Papo...................................................................................................................10
Proventrículo e Moela.........................................................................................................11
Ductos pancreáticos............................................................................................................12
Ducto biliar............................................................................................................................13
Intestinos e Glândulas Anexas..........................................................................................13
Cecos:...................................................................................................................................14
Cloaca:..................................................................................................................................14
Abertura para o oviduto ou ducto deferente....................................................................15
HISTÓRIA DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL

A produção do frango de corte começou a se desenvolver na américa do


sul a partir dos anos de 1950 se formando em 3 fases.

A primeira fase começou no Brasil, entre os anos de 1950 a 1970. Nesse


tempo, a criação de aves era basicamente uma atividade de subsistência com
poucos recursos para se utilizar, e era uma atividade sem importância
econômica. A criação de frangos para corte começou a se desenvolver com a
criação de novas linhagens das raças Leghorn e New Hampshire nos estados
de São Paulo e Rio de Janeiro, com o objetivo de substituir as raças rústicas
nas quais eram comercializadas vivas em feiras e alguns comércios da época.
As pesquisas ajudaram na redução da mortalidade, numa melhor conversão
alimentar dos animais, na diminuição da idade de abate e na velocidade de
crescimento das aves, trazendo assim maior produtividade.

A segunda fase ocorreu entre os anos de 1970 a 1990. No Brasil, a segunda


fase ocorreu pela instalação de novas plantas produtivas e pelo início do
processo de centralização de capital. Na década de 1970, 80 novas empresas
avícolas, enquanto na década de 1980, foram instalados mais 32 novos
abatedouros, concentrados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os investimentos foram guiados por um
pacote de novas tecnologias, novas linhagens de matrizes e modernos
equipamentos nos setores de criação, abate e processamento. O Governo
Federal, nesse período, contribuiu com a criação da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária/aves, representando um esforço nacional para a
formatação de um sistema nacional de inovação na área de genética avícola,
destacam o papel da empresa Sadia na década de 1970, quando foi
responsável pela implantação do modelo de produção de aves integrada
trazida dos Estados Unidos na região Oeste do estado de Santa Catarina, e
adotada pelas empresas Perdigão, Seara entre outras. O período pós 1985 foi
significativo para a cadeia produtiva do frango de corte brasileiro. Devido às
quedas no volume das importações de aves abatidas pelos países da Ex-
URSS, Japão e outros, forçou os grandes exportadores como os EUA e
França, a adotarem novas estratégias de comercialização de seus excedentes.
As empresas brasileiras usaram a estratégia de agregação de valor e
diversificação, redefinindo suas linhas de produção para o corte de partes dos
frangos (asas, coxas, sobrecoxas, dentre outras) e para a elaboração de
produtos reprocessados (empanadas, nuggets, pratos prontos, etc.). O
Governo Federal influenciou indiretamente no aumento do consumo da carne
de frango no país, com a intensificação de novas noções de higiene sobre a
carne de aves, e com o aumento da sua presença nos abates e comércios de
aves, por meio do Sistema de Inspeção Federal.

A terceira fase se caracteriza no período pós 1990, com o início da economia


latino-americana. A abertura econômica proporcionou condições favoráveis aos
setores agroindustriais, expondo-os à concorrência a nível mundial, obrigou as
empresas processadoras a redefinirem suas estratégias empresariais, assim
como a reestruturação e reorganização da base agroindustrial da cadeia
produtiva do frango. O aumento do consumo per capita da carne de frango, nos
países selecionados, ocorreu principalmente da intensa modernização
tecnológica e sanitária envolvidos nos processos da cadeia produtiva,
destacam fatores adversos que poderiam comprometer o crescimento das
exportações brasileiras do complexo carne na década de 2000, sendo eles, a
falta de acordo nas negociações de comércio multilateral, instabilidade de
preços, valorização cambial, manutenção de subsídios agrícolas por parte dos
países desenvolvidos e crise econômica de grande impacto. Com relação às
variações cambiais ocorridas na década de 2000, destaca-se a mudança do
regime cambial para um sistema flutuante, nos anos de 1999 a 2002, a moeda
brasileira sofreu forte depreciação, entretanto, o setor do agronegócio se
mostrou beneficiado com essa desvalorização cambial, apresentando uma
expansão significativa das exportações do agronegócio, demonstrado pela
participação de aproximadamente 50% das exportações totais do Brasil no ano
de 2002. Após o ano de 2003, com a valorização crescente do Real perante a
moeda norte-americana, as exportações do agronegócio apresentaram
constantes quedas em suas taxas de crescimento nos primeiros anos,
crescendo apenas 11,64% no ano de 2005, porém a avicultura continuou
apresentando crescimento das exportações. Consideram que a reorganização
da cadeia produtiva do frango de corte ocorreu principalmente através da
implantação de modernas plantas industriais nos estados da região Centro-
Oeste. Destacam a ocupação de novas plantas da agroindústria avícola no
cerrado brasileiro e em novos projetos nos estados de Mato Grosso, Rondônia,
Acre, Tocantins e no Nordeste brasileiro a partir de 2000. A expansão produtiva
tornou a região Centro-Oeste um novo polo de expansão para as grandes
empresas processadoras, com perfil de produtores diferentes, tais como:
contrato com um número reduzido de granjas com maior capacidade de
produção; e a característica da região se destacar como maior produtora de
milho e soja, base da alimentação das aves.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES DE CORTE

Conceitos de Anatomia e Fisiologia:


O que é anatomia?
A anatomia é um ramo da biologia que estuda as formas e estruturas que
compõem o corpo do animal e as relacionas com as funções do próprio corpo.

O termo que vem de origem grega tem o significado “cortar fora dissecar’’ e
era muito usada pelos primeiros anatomistas com referência à dissecção
completa de um cadáver.

O que é fisiologia?
A fisiologia é um ramo da biologia que estuda as funções mecânicas, físicas
e bioquímicas nos seres vivos, de uma forma mais específica a fisiologia
estuda o funcionamento do organismo dos animais.

Classificação Taxonômica das Aves:


Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Sistema Digestivo

Boca:
As aves não possuem lábios, paladar, dentes e bochechas, mas possuem uma
mandíbula inferior e outra superior denominada bico que tem a função de pegar
a comida, defesa e outras funções específicas. A mandíbula inferior é articulada
enquanto a superior é fixada no crânio das aves. O paladato duro é separado
por uma longa fenda estreita no centro que está aberta para as passagens
nasais, e por causa dessa abertura e a ausência do paladar e se torna
impossível para as aves criarem um vácuo para puxar a água para a boca, por
isso para que as aves possam beber água elas devem elevar sua cabeça para
que escorra pelo esôfago.

Estruturas do sistema digestório:


As estruturas que fazem parte do sistema digestório são: cavidade oral,
esôfago, papo, proventrículo, moela, intestinos e glândulas que são juntas no
(fígado e pâncreas)
Cavidade Oral:

Figura 4.2: Cavidade oral, esôfago e papo.

A cavidade oral consiste no bico, língua, glândulas salivares e faringe. O bico


faz parte da epiderme das aves queratinizada (formado por um tipo de proteína
estrutural que se chama queratina. A queratinização do bico é um processo de
ressecamento e endurecimento das células superficiais, o que faz ele se tornar
mais forte e resistente). O formato do bico determina o tipo e tamanho de
alimento a ser consumido pela ave.

A língua é formada por músculos que participam no processo de apreensão e


deglutição dos alimentos. Na língua existe papilas tácteis e gustativas que
ajuda a ave na hora de escolher o alimento. O formato da língua é parecido
com o do bico sendo estreita e pontiaguda e galinhas e aves de corte.
As glândulas salivares largam a saliva na cavidade bucal derramando uma
boa quantidade de saliva para umidificar o alimento

A faringe determina-se a um curto canal que une a cavidade oral ao esôfago e


que contem a abertura da laringe, abertura para a cavidade nasal e a abertura
para o ouvido

Esôfago e Papo

Na continuação do sistema digestório tem o esôfago e o papo que são


responsáveis pela condução de alimento ingerido pela faringe até o
proventrículo e assim reservando o alimento. O esôfago é um tubo longo
comparado ao tamanho da ave com grande capacidade para se estender nele
a glândulas mucosas que soltam o muco que ajuda a amolecer o alimento.

O papo é um órgão que serve para a armazenagem do alimento, tem uma


grande capacidade de dilatação, podendo chegar a um tamanho bem grande
quando cheio comparado ao vazio. O papo permite que a ave consuma grande
quantidade de ração em um curto tempo e faça a digestão logo após. O papo
regula parcialmente a entrada de alimento ingerido na moela.
Proventrículo e Moela
Nas aves o processo de digestão tem seu início no estomago no qual é
dividido em duas partes funcionalmente distintas, o proventrículo ou também
chamado de estomago glandular e a moela que também é chamada de
estomago muscular ou ventrículo.

O proventrículo é responsável pela eliminação de enzimas e ácidos. Ele


funciona principalmente na eliminação, mas também tem uma função de
armazenamento nas aves que não tem papo e em algumas espécies que se
alimentam de peixes. Também ajuda na dissolução dos minerais assim como
na digestão de algumas proteínas.

Do proventrículo o alimento passa para a moela, que é um órgão muscular


que tritura e mistura o alimento ao suco gástrico da ave. A moela apresenta
uma musculatura muito desenvolvida, sendo que as contrações são as
responsáveis pela trituração do alimento. Na moela, continua a digestão, como
o resultado das eliminações do proventrículo.

Ductos pancreáticos
Ducto Pancreático Principal: É a estrutura principal que transporta enzimas
pancreáticas e bicarbonato de sódio do pâncreas para o duodeno, a primeira
parte do intestino delgado. O bicarbonato de sódio neutraliza a acidez
proveniente do estômago, criando um ambiente alcalino favorável para a ação
das enzimas pancreáticas.

Ductos Intralobulares: Esses ductos levam o suco pancreático das células


acinares, que são as células secretoras do pâncreas, para os ductos
interlobulares.

Ductos Interlobulares: Esses ductos são responsáveis pelo transporte do


suco pancreático dos ductos intralobulares para os ductos pancreáticos
principais. Eles também secretam bicarbonato de sódio, que ajuda a neutralizar
o ácido gástrico no duodeno.

Ductos Excretores: Após os ductos interlobulares se fundirem para formar o


ducto pancreático principal, o suco pancreático é transportado por este ducto
até o duodeno.
Ducto biliar

Ducto Hepático Comum: Este é o principal ducto que transporta a bile


produzida pelo fígado para fora do órgão. Na ave, a bile é armazenada na
vesícula biliar ou é diretamente liberada no duodeno.

Ducto Cístico: Em algumas aves de corte, como as galinhas, existe uma


vesícula biliar que armazena a bile temporariamente. O ducto cístico conecta a
vesícula biliar ao ducto hepático comum, permitindo que a bile seja liberada na
corrente sanguínea conforme necessário para a digestão.

Ducto Colédoco: Este é o ducto formado pela união do ducto hepático


comum e do ducto cístico. Ele transporta a bile combinada do fígado e da
vesícula biliar para o duodeno, a primeira parte do intestino delgado.

Ducto Pancreático Comum: Em algumas aves, como as galinhas, o ducto


biliar e o ducto pancreático se fundem para formar um único ducto antes de
desembocar no duodeno. Isso permite que a bile e o suco pancreático sejam
liberados juntos no intestino delgado para facilitar a digestão.

Intestinos e Glândulas Anexas


O intestino das aves pode ser dividido igual ao dos seres humanos entre
intestino delgado e intestino grosso.

O intestino delgado é a parte mais longa do sistema digestório das aves, é


composto por alça duodenal e o íleo. Dentro da alça duodenal se tem o
pâncreas que produz os sucos pancreáticos contendo as enzimas amilases.
Também outras enzimas que são importantes para o processo de digestão são
produzidas e soltas pelas Parade do intestino delgado. O intestino delgado é o
onde ocorre o início de absorção de nutriente para a corrente sanguínea e para
as celular. Quando uma ave adulta o intestino delgado pode chegar a medir
aproximadamente 140 cm de comprimento.

O intestino grosso é uma extensão curta do intestino delgado das aves, tendo
aproximadamente 10 cm de comprimento na fase adulta das aves. É duas
vezes o diâmetro do intestino delgado, estende se a partir do intestino delgado
para a cloaca. O intestino grosso faz parte no processo de reabsorção de água
e ao realizar esse processo, ajuda no equilíbrio da água no organismo e em
todo o corpo da ave.

Cecos:
Entre o intestino delgado e intestino grosso se encontra os cecos, duas
bolsas que tem aproximadamente 15cm de comprimento quando a ave está na
fase adulta. Sua função é na absorção de água e na digestão de aminoácidos
por uma microbiota ceca

Cloaca:
A parte bulbosa localizada no final do trato alimentar, que se estende da boca
ao ânus, é conhecida como cloaca. O termo cloaca, refere-se no caso das
galinhas, é onde se fundem os sistemas digestivo, urinário e reprodutivo. Todos
esses sistemas terminam na cloaca. Para facilitar a expulsão dos ovos e para
proteger os ovos contra microrganismos presentes no ambiente, há uma
glândula na cloaca que libera um óleo importante com essas funções. O
mesmo canal por onde as fezes é eliminado também é por onde a urina é
excretada, resultando no fato de que as galinhas eliminam urina e fezes
simultaneamente através do mesmo orifício.
Abertura para o oviduto ou ducto deferente
A abertura para o oviduto está localizada na cloaca, que é a região onde se
unem os sistemas digestivo, urinário e reprodutivo. Na galinha, assim como em
outras aves, a cloaca serve como o ponto de saída tanto para os produtos do
sistema digestivo (fezes) quanto para o sistema urinário (urina).

O oviduto é o órgão responsável pela formação do ovo. Após a maturação de


um óvulo no ovário, ele é liberado e capturado pela abertura do oviduto. Aqui, o
óvulo passa por várias etapas de desenvolvimento, incluindo a adição de
casca, membranas e clara de ovo, antes de ser finalmente expulso como um
ovo completo.

O ducto deferente, ou oviduto, fornece um caminho para que o óvulo viaje do


ovário até a abertura na cloaca. Ao longo deste trajeto, o óvulo é fertilizado se
houver um macho presente para acasalamento. Caso contrário, o óvulo
continua seu desenvolvimento, mas permanece não fertilizado. A abertura para
o oviduto está intimamente ligada aos sistemas reprodutivo e excretor da
galinha. Ela está posicionada próxima às aberturas para os ureteres, que
transportam a urina dos rins para a cloaca, e para o trato digestivo, que leva os
alimentos digeridos para o intestino.

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