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Oque é IA?

 O uso de biotecnologia de reprodução definido como inseminação artificial é uma


técnica de reprodução em que o sêmen de um touro é depositado no aparelho
reprodutivo da vaca pelo homem, com a utilização de equipamentos específicos, com o
objetivo de fecundar uma fêmea sem o contato físico do macho.
 A primeira inseminação artificial com êxito foi em 1779, realizada por Lazzaro
Spallanzani, em uma cadela que resultou o nascimento de três filhotes.
 A inseminação artificial foi introduzida no Brasil no ano de 1938.

Requisitos para a inseminação correta:

 Touros com boa genética


 Coleta e armazenamento correto do sêmen
O botijão é um equipamento utilizado para armazenar e manter o sêmen conservado.
O botijão deve ser mantido em local ventilado, sem umidade e sem incidência direta de
raios solares. Para proteger o botijão de pancadas ou batidas pode-se utilizar uma caixa
externa.
O nível de nitrogênio deve estar sempre acima de 15 centímetros.
A temperatura de conservação do sêmen é de 196ºC negativos. Essa temperatura é
atingida com o uso de nitrogênio em estado líquido, que evapora e diminui com o tempo.
 Profissional qualificado
 Identificação do cio
 Escore Corporal ideal
Entre 320 a 380 kg do peso vivo;
 Local ideal;
Tronco, brete e local para armazenar o sêmen

Passos para a inseminação artificial:

1º Passo: Identificação do cio.

 O cio é o período em que a fêmea aceita a monta.


 Pode ser causado pelo uso de hormônios, para as vacas clicarem todas juntas;

O uso de hormônios pode ser adotado como uma estratégia para a sincronização dos cios, para
facilitar o manejo da fazenda e/ou quando há falhas na observação de cios. A sincronização,
com a aplicação de hormônios, faz com que várias vacas deem cio juntas, em um curto intervalo
de tempo. Existem diferentes tipos de hormônios que podem ser utilizados de acordo com a
atividade reprodutiva do animal. Contudo, em vacas magras, em que os ovários não estão em
atividade, não é indicada a aplicação de hormônios, pois o cio geralmente não é fértil, trata-se,
na verdade, apenas de sinais de cio (não há ovulação). O importante é lembrar que o cio “entra
pela boca”, isto é, a vaca deve estar bem nutrida para apresentar o cio. Deve-se tomar cuidado,
pois alguns produtos como os corticosteroides e prostaglandinas podem provocar o aborto, se
aplicados inadvertidamente em animais gestantes. Assim, recomenda-se sempre a avaliação
reprodutiva dos animais por médico veterinário, antes da utilização de hormônios para a
sincronização de cios.
 Identificado pelo uso de rufiões;

Um dos grandes problemas da inseminação artificial é a dificuldade na identificação dos


cios (perda média de 50%), o que pode acarretar grandes prejuízos para o produtor, de
modo que o rufião é muito importante nos trabalhos de inseminação artificial. Os
métodos mais usados para se fazer um rufião são a deferectomia (secção/corte do canal
deferente), o desvio peniano e a aderência peniana. Podem-se usar, também, vacas
androgenizadas (que recebem hormônios masculinos). O rufião auxilia na identificação
do cio e pode-se usar buçal marcador, que marca com tinta o lombo das vacas em cio,
facilitando a detecção de cios mais curtos ou que ocorrem durante a noite. Um dos
grandes problemas com o uso de rufiões é o inseminador achar que seu uso dispensa a
observação de cio. Isso é um grande erro. O rufião apenas auxilia na detecção do cio, que
deve ser feito respeitando-se os horários e o tempo de observação de cada lote. Rufiões
podem perder a libido (interesse sexual) com a idade e deixar de montar as vacas em cio.
Podem ocorrem mudanças no seu comportamento, com o rufião velho cercando vacas
em porteiras e seguindo apenas algumas vacas do rebanho. Quando essas alterações são
observadas, o rufião deve ser trocado por um novo. O ideal é que se substituam os
rufiões a cada ano.

O cio é o período em que a fêmea aceita a monta, ou seja, deixa-se montar. Normalmente
dura de 10 a 18 horas e repete com intervalo médio de 21 dias, podendo variar de 17 a 24
dias.

Existem alterações na vaca que podem ser percebidas no momento do pré-cio (período que
antecede o cio) até o pós-cio (período posterior ao cio). Essas alterações devem ser
observadas para auxiliar a percepção do cio da vaca:

• Vulva inchada e brilhante


• Corrimento vaginal cristalino (semelhante à clara de ovo)

• Urina frequentemente

• Apresenta cauda erguida

• Inquietação

• Perda de apetite

• Monta em outras vacas e não aceita ser montada

• Berra constantemente

Deve ser observado pelo menos duas vezes ao dia (inicio e final do dia)

3 - Identifique os cios não aproveitáveis e não insemine fêmeas que apresentem:

• Cio com infecção uterina (corrimento vaginal não cristalino);

• Cio ocorrido antes de 45 dias após o parto;

• Cio de encabelamento (cio que ocorre em alguns animais entre o quarto e quinto mês de
gestação);

• Cio em novilhas com peso corporal abaixo do recomendado para a inseminação.

2º Passo: Preparação.

 Prender o animal;
 Colocar a luva;
 Realizar a limpeza (reto e vulva);
 Descongelar o sêmen;
A temperatura da água para descongelamento do sêmen deve estar entre 35 e 37ºC. 2-
Use sempre termômetro para aferir a temperatura da água. 3- Pode ser utilizado o
descongelador eletrônico de sêmen, ao utilizá-lo siga as recomendações do fabricante.
3º passo: Aplicação

deve ser feita entre 8 e 12 horas após o cio. Cio de manhã inseminação a tarde, cio a tarde
inseminação de manhã.

Introdução do aplicador na vagina do animal Introdução da mão do reto do


animal
Introdução do aplicador na Cérvix do animal Deposição do sêmen após o último
anel da cérvix

Vantagens da inseminação artificial:

 Melhoramento Genético
 Prevenção de doenças transmitidas pelo touro;
 Permite escolher sêmen que poderá reduzir os problemas de parto
 Possibilidade de cruzamento de diferentes raças
 Padronização do rebanho
 Permite utilizar sêmen de reprodutores que já morreram
 Permite o uso de sêmen sexado (escolha do sexo da cria)
 Controle zootécnico mais eficiente
 Possibilita baixo investimento em relação à aquisição de um bom reprodutor;
 Valoriza o rebanho pela qualidade dos animais;
 Facilita anotações e registros;
 Aumento da produtividade a cada geração;
 Evita doenças transmitidas durante a monta natural;
 Prevenção de acidentes durante a cobertura, principalmente em caso de touros muito
pesados;

Oque é IATF?
 É uma técnica criada para solucionar problemas encontrados na Inseminação Artificial
convencional.
Dentre as melhorias alcançadas, pode-se citar a solução para as falhas de observação de cios e
para o não alcance de fêmeas em anestro pela técnica convencional, por exemplo.
 A inseminação IATF faz uso de protocolos hormonais;
. A sincronização da ovulação e do cio permite realizar a inseminação artificial em um horário
predeterminado,
ou tempo fixo, o que dispensa a observação do cio. Isso podefacilitar o manejo da fazenda,
concentrando as inseminações artificiais e os partos para épocas programadas que, por
oferecerem maior controle sobre a ovulação, permite inseminar um grande número de animais
na menor janela de tempo possível. A aplicação do protocolo, quando seguida e devidamente
acompanhada por profissionais capacitados, gera uma melhora visível na eficiência
reprodutiva das fazendas.

Protocolo utilizado na IATF

Fonte: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2022D/a%20inseminacao.pdf

1) 1º manejo: dia 0 (D0), ocorre a aplicação de BE (Benzoato de Estradiol) e do dispositivo


intravaginal de P4, estimulando o fim da onda folicular e o início de nova onda de folículos,
sendo mantida alta a concentração de progesterona (SÁ FILHO; VASCONCELOS, 2010). 2)
2º manejo: dia 8 (D8), retirada do dispositivo intravaginal de P4; aplicado 2 mL de PGF2α,
hormônio responsável pela lise de corpo lúteo, permitindo a redução dos teores de P4;
administrado o eCG, hormônio com função de auxílio no desenvolvimento folicular, sendo mais
indicado para animais com menor condição corporal; e, também, administrado o cipionato de
estradiol (ECP), hormônio com a função de induzir o pico de LH. 3) 3º manejo: dia 10 (D10,
48h após a administração do ECP), realiza-se a inseminação artificial das fêmeas bovinas, que
estão com a ovulação sincronizada para ocorrer em 60h depois da aplicação do ECP
(BARUSELLI et al., 2017).

prostaglandina é de extrema importância nos protocolos de IATF, pois induz a regressão do


corpo lúteo (CL) e, consequentemente, diminui as concentrações de progesterona,
estimulando a liberação de pulsos de LH (hormônio luteinizante), que, por sua vez, promove o
crescimento final do folículo

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/39839/1/cicloestral.pdf

https://www.lancerural.com.br/entenda-o-passo-passo-da-inseminacao-artificial-em-bovinos/

https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/132-INSEMINA%C3%87%C3%83O.pdf

https://www.lancerural.com.br/entenda-o-passo-passo-da-inseminacao-artificial-em-bovinos/

https://www.researchgate.net/profile/Gioto-Ghiarone-Terto-E-
Sousa/publication/315301844_Monta_natural_versus_inseminacao_artificial_em_bovinos/lin
ks/5e85e8dda6fdcca789ea1c97/Monta-natural-versus-inseminacao-artificial-em-bovinos.pdf

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