Você está na página 1de 70

Resumos para Anatomia e Fisiologia Animal

Sistema Circulatório
Como todas as células vivas, ao desempenharem
determinadas funções, necessitam constantemente de
nutrição, oxigénio e outras substâncias, necessário um
bombeamento contínuo do sangue por toda a vasta rede
vascular que possuem. É executado através de uma bomba
muscular, que se encontra funcional desde a vida
embrionária: o coração.

Sistema vascular sanguíneo:


● Artérias (função transportadora);
● Capilares (função de intercâmbio de substâncias);
● Veias (função transportadora).
Estrutura:
● Aorta e grandes artérias (muito elásticas dilatam a cada sístole para que possam armazenar todo o sangue
expulso bruscamente do coração);
● Artérias de pequeno e médio calibre (paredes musculares para permitir o fluxo do sangue);
● Arteríolas (surgem das ramificações sucessivas das artérias e dão origem aos capilares);
● Capilares (paredes com epitélio simples que facilitam a troca de substâncias);
● Vénulas;
● Veias de pequeno e médio calibre;
● Veias de grande calibre.
Variação da quantidade de sangue bombeado pelo VE aos diferentes órgãos dos animais
domésticos (%)

Coração 05-10

Cérebro 04-10

Rins 10-20

Fígado 20-30

Tracto Digestivo 10-30

Pele 04-06

Ossos e Músculos 30-60

Variação da frequência cardíaca nas diferentes espécies animais

Cavalo 32-44

Ruminantes 45-50

Porco 60-90

Cão 70-120

Gato 110-130

Galinha 200-400

Coração:
Bomba muscular → Envolvido por um saco seroso (Pericárdio).

Estrutura do Coração:
Histológica → 3 camadas:
● Miocárdio (músculo estriado).
● Epicárdio (cobre externamente o miocárdio - serosa).
● Endocárdio (forra o órgão).
Anatómica →Divisão por um septo (Sulco Coronário) em 2 porções:
● Direita: Venoso (A. Pulmonar, V. Cavas)
● Esquerda: Arterial (A. Aorta, V. Pulmonares)
Cada porção parcialmente dividida em cavidades:
● Aurículas: Receptora
● Ventrículos: Emissora

Coração:
● Funciona como uma verdadeira bomba, expulsa o sangue para o exterior através da artéria pulmonar e
aorta.
● Situa-se no peito, entre as duas lâminas do mediastino, à frente do diafragma e acima do esterno e ocupa
uma área auscultável da 3ª à 6ª costela.

Aurícula Direita:
● Porção anterior direita;
● Seio venoso.
Comunica com:
● Veia cava anterior e posterior;
● Seio coronário;
● Ventrículo direito.

Ventrículo Direito:
● Porção anterior direita da base do coração;
● Separado da aurícula pela válvula tricúspida;
● Forma o cone arterioso – artéria pulmonar.

Aurícula Esquerda:
● Parte posterior esquerda;
● Sangue oxigenado.
Comunica com:
● Veia Pulmonar;
● Ventrículo esquerdo.

Ventrículo Esquerdo:
● Porção posterior esquerda da base do coração;
● Separado da aurícula pela válvula mitral;
● Comunica com a artéria aorta.
O coração dos mamíferos possui 4 cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículos.
Através das 2 veias cavas (inferior e superior) o sangue, venoso, chega ao coração proveniente da grande
circulação sistémica. O coração recebe este sangue através da aurícula direita.
Da aurícula direita o sangue, rapidamente, vai passando ao ventrículo direito. Cerca de 70% do enchimento
ventricular faz-se mesmo antes da contração auricular. Durante a contração auricular completa-se o enchimento
ventricular.
Logo de seguida, com a sístole ventricular, uma boa quantidade de sangue venoso do ventrículo direito é ejectado
para a artéria pulmonar.
Desta forma, o sangue segue para uma grande rede de capilares pulmonares.
Ao passar através dos capilares pulmonares as moléculas de hemoglobina presentes no interior das hemácias vão
recebendo moléculas de oxigénio que se difundem do interior dos alvéolos, através da membrana respiratória, para
o interior dos capilares pulmonares e interior das hemácias.
O CO2, ao mesmo tempo, difunde-se em direcção contrária, isto é, do interior dos capilares pulmonares para o
interior dos alvéolos. Desta maneira o sangue torna-se mais enriquecido de oxigénio e menos saturado de CO2.
Este sangue volta então, mais rico em oxigénio, ao coração.
Através das veias pulmonares o sangue atinge a aurícula esquerda e vai rapidamente passando ao ventrículo
esquerdo.
Com a sístole auricular uma quantidade adicional de sangue passa da aurícula esquerda para o ventrículo
esquerdo, completando o enchimento deste.
Em seguida, com uma nova sístole ventricular, o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta e
desta será distribuído, por uma enorme rede vascular, por toda a circulação sistémica.
Após deixar uma boa quantidade de oxigénio nos tecidos, o sangue retorna mais pobre em oxigénio do mesmo, é
coletado pelas veias cavas de grande calibre, por onde retorna ao coração, na aurícula direita.

Sistema de Purkinje
A ritmicidade própria do coração, assim como o sincronismo na contracção de suas câmaras, é feito graças a um
interessante sistema condutor e excitatório presente no tecido cardíaco: O Sistema de Purkinje.
Este sistema é formado por fibras auto-excitáveis e que se distribuem de forma bastante organizada pela massa
muscular cardíaca.
Na figura abaixo podemos observar, como se distribuem as diversas fibras que formam o Sistema de Purkinje:
Nodo Sinu-auricular
Também chamado de nodo Sinusal, é de onde partem os impulsos, a cada ciclo, que se distribuem por todo o
restante coração. Por isso pode ser considerado um pacemaker natural.
Localiza-se na parede lateral da aurícula direita, próximo à abertura da veia cava superior.
Apresenta uma frequência de descarga rítmica de várias despolarizações (e repolarizações) a cada minuto.
A cada despolarização forma-se uma onda de impulso que se distribui, a partir deste nodo, por toda a massa
muscular que forma o sincício auricular, provocando a contracção do mesmo.

Nodo aurículo-ventricular
Este nodo, localizado numa região mais abaixo do sincício auricular, tem por função principal retardar a passagem
do impulso antes que o mesmo atinja o sincício ventricular.
Isto é necessário para que o enchimento das câmaras ventriculares ocorra antes da contracção das mesmas pois,
no momento em que as câmaras auriculares estariam em sístole (contraídas), as ventriculares ainda estariam em
diástole (relaxadas).
Após a passagem, lenta, através do nodo AV, o impulso segue em frente e atinge o feixe AV.

Feixe aurículo-ventricular
Através do mesmo o impulso segue com grande rapidez em frente e atinge um segmento que se divide em 2 ramos:

Ramos direito e esquerdo do feixe de Hiss


Através destes ramos, paralelamente, o impulso segue com grande rapidez em direção ao ápice do coração,
acompanhando o septo interventricular.
Ao atingir o ápice do coração, cada ramo segue, numa volta de quase 180 graus, em direção à base do coração,
desta vez seguindo a parede lateral de cada ventrículo.
Cada ramo emite uma grande quantidade de ramificações. Estas têm por finalidade otimizar a chegada dos
impulsos através da maior quantidade possível e no mais curto espaço de tempo possível por todo o sincício
ventricular.
Com a chegada dos impulsos no sincício ventricular, rapidamente e com uma grande força, ocorre a contração de
todas as suas fibras.
A contracção das câmaras ventriculares reduz acentuadamente o volume das mesmas, o que faz com que um
considerável volume de sangue seja ejetado, do ventrículo direito para a artéria pulmonar e, do ventrículo
esquerdo para a artéria aorta.
● Sístole: contração (pressão de 120 mmHg)
● Diástole: relaxamento (pressão de 80 mmHg)
*Nódulo sinoatrial ou marcapasso (aurícula direita) produz os estímulos nervosos para as pulsações do coração
*Ação do sistema nervoso autónomo:
● Simpático – ↑ frequência cardíaca
● Parassimpático – ↓ frequência cardíaca
Sincício cardíaco
O músculo cardíaco tem as suas fibras dispostas, umas junto às outras, juntando-se e separando-se entre si,
como podemos observar na figura seguinte.

Uma grande vantagem neste tipo de disposição de fibras é que o impulso, uma vez atingindo uma célula, passa com
grande facilidade às outras que compõem o mesmo conjunto, atingindoo por completo após alguns centésimos de
segundos.
A este conjunto de fibras, unidas entre si, damos o nome de sincício. Portanto podemos dizer que existe uma
natureza sincicial no músculo cardíaco.
Existem, na verdade, 2 sincícios funcionais formando o coração: Um sincício auricular e um sincício ventricular.
Um sincício é separado do outro por uma camada de tecido fibroso. Isto possibilita que a contração nas fibras que
compõem o sincício auricular ocorra num tempo diferente da que ocorre no sincício ventricular.
Sangue
Principais funções: Respiratória, nutritiva, excretora, defesa (anticorpos, enzimas, leucócitos), transporte de
hormonas, transmissão térmica, regulação da pressão do sangue, regulador do equilíbrio hídrico, pH e pressão
osmótica (proteínas e sais).
Volume sanguíneo – variação em função da espécie, idade, tipo corporal e sexo.

Espécie Animal ml/ kg PV

Homem 71

Cavalo 75-90

Boi 62-82

Vitelo 58

Carneiro 80

Cabra 60-70

Porca 74

Coelho 55-63

Aves 78-92

Cão 72-74

Gato 65-70
Células Sanguíneas
1. Eritrócitos ou glóbulos vermelhos
2. Leucócitos ou glóbulos brancos
● Granulares: Eosinófilos, basófilos, neutrófilos
● Agranulares: Linfócitos e monócitos
3. Trombócitos ou plaqueta

Sistema linfático
Vasos linfáticos e linfonodos envolvidos na condução da linfa.
Gânglios Linfáticos (órgãos importantes do sistema imunitário).
Linfa:
Líquido claro e incolor, exceto nos vasos intestinais, onde após a digestão é de cor leitosa e denominada quilo.
Composição química semelhante ao plasma, mais rica em proteínas. Provém principalmente do fígado e intestino.
Vasos linfáticos:
Capilares linfáticos (células endoteliais) lado a lado com capilares sanguíneos mas independentes.
Confluência em vasos de calibre maior – ductos linfáticos. Diversos autores têm relatado que por vezes
pequenos vasos linfáticos podem entrar nas veias, sem passar primeiro através de um linfonodo.
Estruturalmente assemelham-se às veias com as excepções:
1º- Paredes mais finas.
2º- Contém mais válvulas.
3º- Contêm gânglios linfáticos localizados a vários intervalos.
● Gânglios linfáticos – filtros ou barreiras contra infecções, onde se dá a formação de linfócitos e
fagocitose.
● Nódulos hepáticos – órgãos de tecidos linfáticos distintos com uma única morfologia. Diferem-se dos
linfonodos na cor e na ausência de vasos linfáticos aferentes e eferentes.
Funções:
● Elevado grau de permeabilidade dos capilares linfáticos permite entrada de grandes moléculas e mesmo
partículas que não podem ser absorvidas pelo sangue e têm que ser removidas dos espaços intersticiais.
● Proteínas só podem retornar pelos vasos linfáticos.
● Absorção das gorduras nas vilosidades intestinais pelos vasos linfáticos.
Centros linfáticos: Linfonodo ou grupo de linfonodos que ocorrem constantemente na mesma região do corpo e
recebe vasos aferentes de regiões semelhantes em todas as espécies. Os linfonodos de mamíferos são agrupados
nos seguintes centros linfáticos:
● Cabeça: mandibular, parotídeo e retrofaríngeo;
● Pescoço: cervical superficial e profundo;
● Membros anteriores: axilar;
● Cavidade torácica: torácico dorsal e ventral, mediastínico e bronquial;
● Parede pélvica e abdominal: lombar, iliossacral, inguinofemoral e isquiático;
● Membros posteriores: ileofemoral e poplíteo;
● Vísceras abdominais: celíaco, mesentérico cranial e caudal.
Linfonodos: Intercalados no curso dos vasos linfáticos. Rodeados por fibras elásticas e músculo liso contendo
uma cápsula de tecido conjuntivo.
Amígdalas: São agregados de tecido linfático ao nível da boca, localizadas subepitelialmente na submucosa e
rodeadas por uma cápsula de tecido conjuntivo.
Aparelho Urinário

Valores médios de produção de urina por dia


Animal L/Dia

Cavalo 03-10

Vitelo 3,5-05

Vaca 06-20

Cabrito 0,4-0,8

Porco 02-04

Função dos Rins: Principal


● Filtração do Sangue (diálise sanguínea) = Formação da Urina
Outras funções importantes:
● Regulação da composição iónica do sangue.
● Manutenção da osmolaridade do sangue.
● Regulação do volume sanguíneo.
● Regulação da pressão arterial.
● Regulação do pH do sangue.
● Libertação de hormonas.
● Regulação do nível de glicose no sangue.
● Excreção de resíduos e substâncias estranhas.

Funções Vitais
● Regulação do volume e pressão do sangue (regulando a eliminação e retenção de água);
● Regulação da concentração plasmática de iões inorgânicos (K, Na e Ca);
● Contribuição para a regulação do pH sanguíneo (regulando os níveis de H+ e HCO3-);
● Eliminação de “lixo” orgânico e conservação de nutrientes importantes;
● Contribuição para a desintoxicação de venenos.

Órgãos Urinários
● Dois Rins, que produzem a urina; -
● Ureteres, que transportam a urina do rim até à bexiga;
● Bexiga, que armazena temporariamente a urina até à micção;
● Uretra, pela qual a urina é eliminada durante a micção.
Rins
Os rins são os órgãos que produzem a urina, têm cor vermelho escuro e estão situados junto à parede dorsal do
abdómen. Na maioria dos animais são quase simétricos em cada lado da coluna vertebral. Regulam a concentração
aquosa e salina do organismo e eliminam as substâncias estranhas do sangue. A forma do rim varia muito de
espécie para espécie, tendo normalmente a forma de feijão mas podendo ter a forma de coração (caso do rim
direito do cavalo). Só nos bovinos é que apresenta uma disposição lobulada.

Rins: Anatomia Interna


Corte frontal: são reveladas 2 áreas
1. Área avermelhada de textura lisa = Córtex Renal
2. Área castanho-avermelhada profunda = Medula Renal
Medula Renal: 8 a 18 estruturas cuneiformes = Pirâmides Renais
Córtex + Medula Renal e Pirâmides = Parênquima Renal
Parênquima Renal: estão localizadas as unidades funcionais dos Rins = Nefrónios
Morfologia Interna dos Rins
Córtex – granuloso e mais escuro com pontos escuros (corpúsculo renal).
Medula – mais resistente e com mais estrias.
Córtex
Corpúsculos de Malpighi (corpúsculos renais)
● Cápsula;
● Glomérulo;
● Túbulos excretores.
Nefrónio é a unidade funcional estrutural do rim: é formado por um glomérulo e um tubo excretor.
A porção tubular tem 3 segmentos:
● Proximal;
● Distal;
● Ansa de henle (zona medular).
Reabsorção de:
● Glucose Água (difusão passiva na porção proximal);
● Electrólitos.

Medula
● Porção central (pálida);
● Zona intermédia (vermelho escuro);
● Bases das pirâmides renais;
● Colunas renais (prolongamentos do córtex entre as bases das pirâmides);
● Crista renal.
* O ureter, artéria e veia entram e saem do rim pelo hilo.
Rins: Anatomia Interna
Nefrónios: quantidade variável entre espécies
Unidade produtora da urina nos rins
N° aproximado de nefrónios em cada rim:

Espécie Nefrónios/Rim

Bovinos 4.000.000

Suínos 1.250.000

Cães 415.000

Gatos 190.000

Homem 1.000.000
Processo de formação da urina: (simplificado)
1. Chegada do sangue: artéria aorta (a ser filtrado) – artéria renal (1 em cada rim);
2. Saída do sangue: veia cava inferior.
Entre a etapa 1 e 2 sangue circula pelos milhares de nefrónios;
Na filtragem = resíduos que formam a urina (diurese) .
Sangue excessivamente “sujo” ou mal funcionamento dos rins = formação de cálculos renais (pedras) = sais.

Ureteres: Iniciam-se na pélvis e terminam na bexiga.


Bexiga: Difere na forma, tamanho e posição dependendo do seu conteúdo – piriforme a ovóide conforme o estado.
Uretra: Expulsa a urina procedente do organismo. É diferente dependendo do sexo.

Mecanismo de excreção renal


Filtração – Reabsorção – Secreção

● Excreção de Água:
96-99% da água filtrada no glomérulo é reabsorvida nos túbulos (porção proximal, ansa de henle – reabsorção
passiva e na porção distal – reabsorção activa).
● Excreção de substâncias diferentes de electrólitos:
Ureia (estimula a formação de urina);
Creatinina;
Ácido úrico.
● Excreção de Electrólitos:
Transporte activo;
Urina alcalina nos herbívoros;
Urina ácida nos carnívoros Sódio, cloro, potássio, cálcio e fosfato.
● Equilíbrio ácido-base:
O sangue tem elevado poder tampão;
O pH normal da urina é 7,2 a 7,4 Bovinos e equinos com urina alcalina – secreção de álcalis ou reabsorção de
ácido.
Aparelho Genital

Morfologia Genital Feminina

Ovários
A diferenciação da gónada ocorre no final do período embrionário:
● Fixação do ovário - mesovário
● Localização
Suspensos atrás dos rins – égua, cadela e gata.
Assentes no pavimento pélvico – suínos e ruminantes.
● Conformação
Reniforme – égua amêndoa
Ruminantes esféricos
Pequenos ruminantes cilíndricos - suinos
● Diâmetro/peso
5 a 8 cm e 40 a 80 g – égua
2 a 3 cm e 10 a 20 g – vaca
1,5 a 2 cm e 1 a 4 g – pequenos ruminantes
10 g – porca
● Fatores de variação – idade, fases do ciclo sexual e gestação.
Vias Genitais
Trompas de falópio, ovidutos:
● Fixados pelo mesossalpinge.
● Pavilhão e infundíbulo – captação do ovócito e líquido folicular.
● Ampola – segue-se ao pavilhão e o seu diâmetro diminui até ao istmo.

Útero
● Fixado pelos mesotérmicos (ligamentos largos).

Fêmea Cornos Uterinos (cm) Corpos (cm)

Égua 18-25 20

Vaca 40 (compridos, inclinados para baixo) ±3 (curtos)

P.Ruminantes Idêntico à vaca Idêntico à vaca

Porca 40 – 60 (intestiniformes, flexíveis) 05-06

Útero
Endométrio – mucosa uterina
● Égua, porca, cadela e gata – 70 a 120 saliências circulares.
● Ruminantes – 4 fiadas longitudinais de carúnculas.
Miométrio – capa muscular (fibras musculares lisas – 2 camadas)
● Interna – grossa e circular.
● Externa – longitudinal e delgada.
Colo uterino - “Cérvix” ou “canal cervical” - comunicação do útero com a vagina
● Égua - tem numerosas pregas, mas as paredes são delgadas e elásticas.
● Vaca - 10cm, mucosa pregueada radialmente; forma 2, 3 até 4 flores dilatadas.
● P. Ruminantes - engrossamento da mucosa do colo, tem forma de saca-rolhas.
● Porca - 15 a 20 cm, pregas papilares, flores abertas que estreitam a luz. Coelha - a flor desabrochada é
dupla (útero didelfo).

Vagina
Espaço entre o cérvix e o meato urinário
● Égua – 20 cm de comprimento.
● Vaca – 28 cm de comprimento.
● Porca – 12 cm de comprimento.

Vestíbulo e Vulva
Hímen – limite anterior do vestíbulo
● Vaca, ovelha, cadela e gata – prega rudimentar transversal.
● Porca e égua – simples vestígio – prega vaginal transversa.
Meato urinário – eliminação da urina para o exterior
Glândulas vestibulares de Bartolin – segregam muco que facilita a cópula.
Clitóris – contido na comissura ventral
● Égua – dupla inserção, volumoso e eréctil no cio.
● Vaca – vestigial.
● Porca, gata e coelha – bem evidente.

Aparelho Reprodutor
➢ Puberdade – Funcionalidade dos órgãos reprodutores a partir de determinada idade.
➢ Apto a reproduzir
➢ Influência do estado (selvagem ou domesticado), espécies ou raças.
➢ Elementos exógenos (temperatura, fotoperíodo, estado de desenvolvimento e nutrição, manejo, doenças).
➢ Maturidade sexual.

Espécie Idade (meses)

Equinos 15-18

Bovinos 09-15

Ovinos, Caprinos 06-08

Suínos 06-08

Canídeos 06-09

Felinos 05-08

Coelhos 04-06
Histofisiología Ovárica
➢ Ovário entra em atividade na puberdade – Influência das hormonas hipotalámicas-hipofisárias, sendo o
centro de fenómenos cíclicos de maturação folicular.
➢ Repercussão no aparelho sexual feminino e caracteres femininos secundários.
➢ Ciclo éstrico – Transformações representadas de forma periódica pelos órgãos genitais da fêmea.
➢ Duração (21 dias vaca) e evolução depende espécies, existindo quatro fases:
➢ Proestro (fase folicular);
➢ Estro (fase folicular);
➢ Metaestro (fase anabólica do corpo lúteo);
➢ Diestro (fase atividade do corpo lúteo).

Proestro
➢ Maturação de um ou mais folículos.
➢ Regressão do corpo lúteo.
➢ Mucosa uterina congestionada e edemaciosa.
➢ Musculatura aumenta de grossura e contratibilidade.
➢ Vagina hiperémica e células epiteliais sofrem cornificação.

Estro
➢ Período de aceitação do macho.
➢ Rotura do folículo seguida de ovulação (com ou sem cobrição).
➢ Glândulas uterinas, cervicais e vaginas segregam grande quantidade de muco de consistência fluída.
➢ Vagina e vulva congestionadas e tumefactas.

Metaestro
➢ Continuação imediata do cio.
➢ Formação do corpo lúteo.
➢ Cavidade luteal hemorrágica e invadida por células da granulosa que a transformam em células luteais.
➢ Fenómenos congestivos e secretórios desaparecem a nível dos órgãos genitais e a fêmea fica quieta.
➢ Duração de 2-3 dias, dependente da espécie.

Diestro
➢ Atividade do corpo lúteo.
➢ Fêmea recusa o macho.
➢ Colo uterino encerrado e secreção vaginal espessa e vis.

Anestro
➢ Estado de uma fêmea em que o ovário está inativo, sem desenvolvimento folicular e sem presença de corpo
lúteo.
➢ Útero pequeno e anémico.

Ovulação Provocada
➢ Ciclo parcial (gata, coelha e furão), existindo estro, mas a ovulação realiza-se apenas se existir cobrição.
➢ Ciclos regulares – ao longo de todo o ano.
➢ Ciclos estacionários – atividade sexual limitada a algum período de tempo (clima).

Frequência do ciclo
➢ Monoéstricos – animais selvagens (determinada época do ano – primavera/outono).
➢ Lobos (janeiro) , corso (julho/agosto) e javali (novembro/dezembro).
➢ Diéstricos - duas vezes/ano (cadela, gata).
➢ Poliéstricos sazonais – pequenos ruminantes.
➢ Poliéstricos parcial – maior parte das espécies.

Espécie Ciclo éstrico (dias) Estro

Média Intervalo Média Intervalo

Égua 21 16-30 6 dias 02-13 dias

Vaca 21 18-24 24 horas 16-32 horas

Porca 21 18-24 2 dias 01-03 dias

Ovelha 17 14-20 1,25 dias 01-02 dias

Cabra 21 15-24 1,25 dias 01-02 dias

Espécie Proestro (d) Diestro (d)

Égua 03-06 05-06

Ruminantes 02-03 07

Porca 02-03 05-06

Cadela 04-12 04-06

Duração da Digestão
➢ Fatores maternos → nas fêmeas mais velhas é mais prolongada;
➢ Fatores fetais → com maior prolificidade diminui;
➢ Sexo → +1 ou 2 dias nos machos;
➢ Fatores ecológicos → época de nascimento;
➢ Os partos gemelares apresentam um tempo de gestação mais curto;
➢ Os bovinos de carne tem um tempo de gestação superior às raças de leite;
➢ Quando a égua é coberta por um burro ou vice-versa, o tempo de gestação é de 345 dias (período
intermédio entre a égua e a burra).

Morfologia Genital Masculina


Localização – cavidade abdominal (porção média interior e exterior).
Constituição do aparelho genital:
● Testículos e suas bolsas: - espermatozóides (ESPZ) – função espermatogénica - testosterona – função
endócrina.
● Vias espermáticas: - maturação dos ESPZ - transporte do sémen - depósito do sémen nas vias genitais
da fêmea.
● Glândulas anexas: - secreções que servem de suporte e de meio nutritivo aos ESPZ -
● Pénis ou verga – órgão da cópula

Órgãos Genitais do Cão e do Gato

Testículos e Bolsas
● Dois testículos ligados ao corpo pelo cordão testicular e suspensos pelas bolsas.
● Bolsas – asseguram: - protecção dos testículos - regulação térmica - possui 4 camadas de tecidos ou
túnicas componentes:
● Escroto ou pele comum aos 2 testículos, desprovida de camada gordurosa e com muitas glândulas
sudoriparas – papel refrigerante;
● Dartos ou camada conjuntiva – envolve cada testículo de maneira independente, constituída por fibras
elásticas e lisas;
● Cremaster – camada muscular que permite a contracção do testículo contra a parede abdominal limitando
os desperdícios de calor;
● Capa vaginal – atravessa a parede abdominal através de um canal muscular – canal inguinal, delimitado
superiormente e inferiormente pelos anéis inguinais.
Órgãos Genitais do Porco

Testículos:
Ovoides, elásticos e móveis nas bolsas.
Perímetro escrotal – medida morfológica de avaliação da capacidade de produção de esperma do macho (Ex.:
touro).
Estrutura: túnica albugínea elástica e fibrosa (externa) e vaginal visceral (interna).
* Secreção externa (exócrina) – ESPZ ocupam mais de 75% do volume dos testículos e os túbulos seminíferos
reúnem-se ao centro;
* Secreção interna (endócrina) – testosterona através das células de Leydig, disseminadas entre os túbulos
seminíferos;
Gametas - arrastados pelo fluido testicular que atravessam os canais eferentes na cabeça do epidídimo.
Vascularização – artéria grande testicular e veia grande testicular.
Órgãos Genitais do Touro

Características dos testículos nas espécies:


* Ruminantes – pendentes, colo alongado e piriformes;
* Equídeos - globosos;
* Varrasco – hemisféricos ou levemente pendentes.
Dimensões dos testículos:
* Touro – 13 X 7 cm = 500g;
* Carneiro, Bode e Cavalo – 10 X 6 cm = 300g.

Vias Genitais
Epidídimo:
* Estende-se de polo a polo dos testículos e contém circunvoluções dos canais eferentes seguida do canal
deferente, num total de 30 a 35 m de canais para o armazenamento e maturação dos ESPZ;
Órgãos Genitais do Cavalo

Canais deferentes:
* Continuação do tubo epididimal;
* Termina no canal ejaculador;
* Abertura na uretra pélvica;
Uretra:
* Canal uro-genital;
Cordão testicular:
* Associação das vias genitais que incluem os testículos, os vasos sanguíneos e nervos que irrigam e inervam os
testículos;

Glândulas Anexas
Glândulas de secreção externa:
* Produção de líquidos destinados a diluir os ESPZ;
* Favorecimento do seu movimento;
* Alimentação (açúcar, frutose);
* Eliminação do dióxido de carbono;
● Vesículas seminais – produção de frutose e ácido cítrico - p
● Próstata – situada sobre o músculo da uretra pélvica -
● Glândulas de Cowper ou Bulbouretrais – 2 lóbulos situados sobre a extremidade posterior da uretra
pélvica.
Pênis ou Verga
Cilíndrico e eréctil:
* Albugínea (tecido conjuntivo e fibras musculares lisas);
* Corpo cavernoso;
* Corpo esponjoso (envolve a uretra);
* Glande;
* Prepúcio – bainha, forro ou estojo tegumentar que protege o pénis em repouso.
Diferenças morfológicas:
* Touro – S peniano com 1 m de comprimento e glande pequena);
* Carneiro e Bode – S peniano com glande globosa e apêndice vermiforme na uretra;
* Porco – extremidade espiral, sem glande;
* Cavalo – corpo esponjoso com 90 cm e glande com fosseta.
Músculos Anexos
● Músculo uretral – ejaculação do fluído seminal e última fracção de urina.
● Músculo ísquio-uretral – exercem pressão nas veias dorsais auxiliando e ereção.
● Músculo bulbo-uretral – esvazia a parte esponjosa da uretra.
● Músculo ísquio-cavernoso – compressão nas veias dorsais produzindo e mantendo a ereção.
● Músculo retrator do pénis – atua na retracção do pénis.
Classificação do Sistema Digestivo:

Sistema Digestivo
● Boca;
● Dentes;
● Língua;
● Faringe;
● Esófago;
● Estômago;
● Intestino Delgado;
● Intestino Grosso;
● Ânus.
1. Estrutura oca e tubular.
2. Alimento necessita ser fracionado em partes menores por forma a ser absorvido para o organismo –
digerir = quebrar.
3. Processos físicos (ex.: mastigação).
4. Processos químicos (ex.: suco gástrico).
Órgãos acessórios do Sistema Digestivo

Glândulas salivares:
3 pares:
● Parótida: ventralmente à orelha;
● Mandibular ou submaxilar: ventralmente à parótida;
● Sublingual: abaixo da membrana mucosa, ao longo da face ventral da superfície lateral da língua.

Sistema Digestivo Poligástrico


Os ruminantes são animais, como a vaca, a ovelha e a cabra, que possuem um "estômago" compartimentado.
Através do processo de fermentação microbiana no compartimento designado por rúmen, estes animais podem
fazer uso efetivo de alimentos altamente fibrosos.
Estas espécies também são capazes de ruminar, isto é, remastigar, ressalivar e redeglutir o alimento regurgitado
até à boca.

Boca:
1. O maxilar superior é mais largo do que o inferior, e a mastigação dos alimentos é feita apenas num dos
lados das mandíbulas de cada vez.
2. Saliva;
a) A secreção é contínua, embora seja produzida em muito maior quantidade durante a ingestão do alimento,
ruminação e presença de alimentos grosseiros no "estômago" (22 kg por dia num bovino adulto e 3 a 7 kg
diários em ovinos). A saliva mantém a consistência fluida do conteúdo do rúmen.
b) Não contém enzimas digestivas mas constitui uma boa fonte de azoto (através da ureia), fósforo e sódio,
que são utilizados pelos microrganismos do rúmen na digestão bacteriana da celulose. A saliva
desempenha diversas funções importantes:
● Forte poder tampão que auxilia a manutenção do pH do rúmen.
● Fornece um meio fluido para o transporte mecânico da ingesta na deglutição, regurgitação e passagem
entre os compartimentos do "estômago".
● Auxilia a neutralização dos AG produzidos no rúmen.

Esófago:
Apresenta contrações peristálticas (no sentido direto ou inverso), relativamente lentas, que promovem o
movimento dos alimentos e gases na deglutição, eructação e regurgitação do bolo alimentar durante a ruminação.

Estômago:
É dividido em 4 compartimentos:
Retículo:
a) Compartimento mais pequeno nos bovinos; nos ovinos e nos caprinos é relativamente maior.
b) Não é completamente separado do rúmen: a abertura para o esófago (cárdia) é comum ao retículo e ao
rúmen.
c) As paredes estão revestidas por uma membrana mucosa contendo numerosas "cristas" intersecantes que
subdividem a superfície em pequenos compartimentos, semelhantes a favos de mel. Este arranjo de
paredes favorece a retenção de corpos estranhos, tais como pregos e arame, não lhes permitindo
prosseguir através das restantes zonas do TGI.
d) As paredes não segregam enzimas.
e) Participa no movimento do alimento ingerido para o rúmen, ou para o omaso e na regurgitação da ingesta
durante a ruminação.
Rúmen:
a) Compartimento grande, muscular, que se estende desde o diafragma até à região pélvica, preenchendo
quase inteiramente a metade esquerda da cavidade abdominal.
b) As paredes do rúmen do animal adulto contêm pequenas projeções denominadas papilas, facilmente
identificáveis a olho nu.
c) As paredes não segregam enzimas mas possuem uma quantidade enorme de microrganismos.
d) As funções do rúmen incluem:
● Armazenamento;
● Embebição;
● Mistura e Rutura física;
● Fermentação microbiana..
O retículo e o rúmen proporcionam um ambiente ideal ao desenvolvimento e atividade microbiana (bactérias,
protozoários, fungos e leveduras), uma vez que são compartimentos em que o meio é húmido, quente, anaeróbio e
com pH adequado.
À medida que as bactérias são lançadas, juntamente com os alimentos, para fora do rúmen, sofrem degradação nas
porções posteriores do TGI constituindo assim uma importante, fonte de aminoácidos para o animal hospedeiro.
Degradação de alimentos fibrosos (ricos em celulose). As bactérias possuem enzimas que atuam ao nível das
ligações químicas da celulose e do amido. Na degradação dos hidratos de carbono da dieta as bactérias libertam
ácidos gordos voláteis (acético, propiónico e butírico). Estes AGVs são absorvidos através da parede do rúmen e
são aproveitados pelo animal como fontes de energia.
Omaso:
a) É um órgão esférico localizado à direita do rúmen e retículo. É revestido interiormente por dezenas de
pregas longitudinais, as lâminas do omaso, que por sua vez são cobertas por pequenas e ásperas papilas.
b) As paredes não segregam enzimas.
c) A atividade do omaso parece estar relacionada com a redução do tamanho das partículas de alimento,
previamente à sua entrada no abomaso, e também com a absorção de grandes quantidades de água.
Abomaso:
a) É a primeira porção glandular do TGI dos ruminantes. A parede segrega enzimas.
b) Em geral, as regiões glandulares do abomaso correspondem às regiões glandulares do estômago simples
dos não ruminantes.
c) A secreção de sucos gástricos pelo abomaso assemelha-se à do estômago de um monogástrico, embora
no primeiro seja contínua.
Intestino:
Áreas do TGI dos ruminantes que são idênticas, em estrutura e função, às do porco. A ação microbiana no
intestino grosso dos ruminantes está associada a um segundo processo fermentativo que, embora não desprezível,
não atinge o significado e a importância do que tem lugar ao nível dos pré-estômagos (retículo-rúmen).
Goteira esofágica:
a) A goteira esofágica, canal que passa ao longo do retículo-rúmen, é formado por duas pregas musculares
fortes que podem fechar por um mecanismo reflexo e dirigir o alimento (leite) do esófago diretamente para
o abomaso, ou abrir e permitir a entrada do alimento no rúmen e retículo.
b) O reflexo da goteira esofágica permite que o leite ingerido pelo animal lactante passe pelo retículo-rúmen
e escape à fermentação bacteriana.
c) Parece não permanecer funcional em animais adultos.
Ruminação:
a) A ruminação é o processo que permite ao animal ingerir grandes quantidades de alimentos rapidamente e,
mais tarde completar, após regurgitação daqueles, a mastigação, a ressalivação e a redeglutição dos
mesmos.
b) A regurgitação é precedida pela contração do retículo e pela abertura do cárdia, acompanhada por um
peristaltismo reverso no esófago que é o principal propulsor do movimento do conteúdo ruminal até à
boca; nesta o líquido em excesso é separado do restante material alimentar e deglutido.
c) Um bovino rumina em média cerca de 8 h por dia e um ciclo ruminal demora cerca de um minuto, sendo 3 a
4 segundos utilizados na regurgitação e deglutição.
Eructação:
a) Devido à fermentação microbiana no rúmen formam-se grandes quantidades de gases, principalmente
CO2 e metano, que devem ser eliminados através da eructação.
b) As contrações do saco dorsal do rúmen forçam os gases para diante e para baixo, o esófago dilata-se e
permite a saída dos gases para o exterior.
Fígado
O fígado é a glândula mais volumosa dos seres vivos, localiza-se no canto superior direito do abdómen, sob o
diafragma.
Funções:
● Integração entre os vários mecanismos energéticos do organismo;
● Armazenar e metabolizar as vitaminas;
● Fazer a síntese das proteínas plasmáticas;
● Desintoxicação de toxinas químicas produzidas pelo organismo;
● Desintoxicação de toxinas químicas externas ao organismo;
● Filtragem mecânica de bactérias;
● Controlar o equilíbrio hidro-salínico;
● Secreção da bílis.
Revestido externamente por uma membrana serosa e internamente por tecido fibroso, sendo detectável entre a
6ª e 8ª costela. A maior parte do órgão localiza-se à direita do plano médio. Num cavalo de grande porte (tiro)
pode atingir 10 kg.

Baço
O baço é um órgão de forma oval, situado na cavidade abdominal, logo abaixo da hemicúpula diafragmática
esquerda, ao nível da nona costela. Possui uma face diafragmática (que se relaciona com o diafragma) e uma face
visceral (que se relaciona com o estômago, o cólon transverso e o rim esquerdo).
Funções:
Produz, controla, armazena e destrói células sanguíneas. O baço funciona como dois órgãos: a polpa branca faz
parte do sistema de defesa do organismo (sistema imunitário) e a polpa vermelha remove os materiais inúteis do
sangue (ex.: hemácias defeituosas).
Quando o baço aumenta de tamanho (esplenomegalia), a sua capacidade de reter e armazenar células sanguíneas
aumenta..
É um órgão esponjoso, liso e de cor púrpura, quase tão grande como o punho; está localizado na parte superior da
cavidade abdominal, mesmo por baixo das costelas, do lado esquerdo.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula endócrina retroperitoneal.
Funções:
● Exócrina - produz o suco pancreático, que contém enzimas digestivas: protease, lipase, amilase e nuclease
e iões que interferem ao nível do pH.
● Endócrina - produz várias hormonas, como a insulina e o glucagon. O pâncreas endócrino é composto de
aglomerações (clusters) de células especiais denominadas ilhotas de Langerhans. O cansaço crónico
destas células leva ao aparecimento da diabetes.
É uma massa irregular de tecido situado entre o estômago e o intestino delgado.

Composição dos alimentos:

Carboidratos:
Classificados quanto ao n° de carbonos.
● Monossacarídeos;
● Dissacarídeos;
● Polissacarídeos.
Possuem de 5 a 6 unidades de carbono.
Monossacarídeos - açúcares de 5 carbonos
● Ribose;
● Glucose;
● Frutose;
● Galactose.
Dissacarídeos – 2 moléculas de monossacarídeos
● Sacarose;
● Maltose;
● Lactose .
São sintetizados em monossacarídeos (hidrólise).
Polissacarídeos – moléculas contendo múltiplos açúcares
São os principais para os animais
● Amido;
● Glicogénio;
● Celulose.

Carboidratos: Polissacarídeos
Amido:
● Reserva alimentar da maioria das plantas;
● Excelente fonte de energia;
● Degradado em maltose, posteriormente em glicose, sendo então absorvido pelo TGI.

Carboidratos: Polissacarídeos
Glicogénio:
● Principal reserva de carboidratos nos animais;
● Armazenado no fígado e músculos;
● Molécula altamente ramificada de moléculas de glicose;
● Degradada conforme necessidade de energia.

Carboidratos: Polissacarídeos
Celulose:
Componente estrutural das plantas Degradada somente por enzimas dos microrganismos que degradam celulose.
● Ruminantes – no pré-estômago (rúmen).
● Não-Ruminantes – ceco e cólon (intestino grosso).
Proteínas
● Moléculas complexas.
● Contém elevada percentagem de aminoácidos.
● Formadas por: carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio.
● Hidrólise das proteínas produz aminoácidos.
Aminoácidos: classificados como
1. Essenciais: não podem ser sintetizados pelo organismo.
2. Não-Essenciais: sintetizados pelo organismo.
● Qualidade Protéica: cada molécula de proteína tem uma combinação de aa’s que melhor atende a uma
necessidade nutricional.

Lípidos
Gorduras e substâncias relacionadas
● Gorduras Neutras (Triglicerídeos):
ácido + álcool = ésteres
● Fosfolipídios: lipídios complexos que contém fosfato, glicerol, ácidos gordos e base nitrogenada.
● Colesterol: substância gordurosa derivada de triglicerídeos.
● Álcool de alto peso molecular.
● 80% do colesterol formado no corpo são conjugados para formação de sais biliares, transportados para
os intestinos e usados na digestão.
● Importante componente de membranas celulares.

Minerais
São nutrientes inorgânicos.
Essenciais para o crescimento e reprodução dos animais.
● Macrominerais necessários em maior quantidade: Ca, P, K, Mg, Na, Cl, S.
● Microminerais necessários em menor quantidade: Fe, Cu, Mn, Mo, I, Se, Zn, Cr, F
Atenção:
Diferença entre Macro e Microminerais = apenas a necessidade.
Ambos são fundamentais para o pleno funcionamento do organismo (constituintes corpóreos, ossos, reprodução
etc…).

Vitaminas:
● Compostos orgânicos quimicamente não relacionados essenciais para a vida.
● Atuam como reguladores metabólicos
Classificadas com base na sua solubilidade
● Lipossolúveis (A, D, E e K).
● Hidrossolúveis (B e C).
● São necessárias para o funcionamento normal de todos os animais.
● Na maioria das dietas – necessidade de suprimento vitamínico: alguns grupos.
● Ruminantes: microrganismos produzem várias vitaminas hidrossolúveis do complexo B (alguns animais têm
a capacidade de produzir/sintetizar algumas vitaminas).

Sistema Mamário

Glândula Mamária
Corresponde a uma glândula sudorípara modificada que segrega leite para nutrição da prole. Origina-se
embrionariamente a partir do espessamento linear bilateral da ectoderme ventrolateral da parede abdominal,
denominados:
● Linhas Lácteas;
● Cristas Mamárias.
Embora semelhante em todos os mamíferos, existem evidentes diferenças em cada espécie, tal como na
arquitetura glandular e número de glândulas.
Número de glândulas:
● As cabras, ovelhas e éguas apresentam um complexo glandular par, simétricas, colocadas em ambos os
lados do corpo;
● Na vaca observam-se 2 pares de glândulas: 2 anteriores e 2 posteriores;
● A gata apresenta 4 pares;
● A cadela tem 4 a 5 pares;
● Na porca observam-se 5 a 8 pares.
Localização das glândulas:
● Nos equinos e ruminantes as glândulas encontram-se na zona inguinal;
● Nos suínos e canídeos na zona torácico-inguinal;
● Nos gatos na zona toráxico-abdominal.
Glândula mamária composta por 3 tipos de tecidos:
● Tecido glandular;
● Tecido conjuntivo e adiposo;
● Ramificações vasculares e nervosas.
Espécie Nºde tetos Posição Nº de ductos por Aparelho
teto suspensor

Égua 2 pré-umbica 2a3 2 lâminas


descendentes no
plano mediano
entre as 2
glândulas.

Vaca 4 2 abdominais 1 4 lâminas tecido


2 inguinais elástico amarelo
(septo duplo).

Ovelha/ Cabra 2 Inguinais 1 2 lâminas


descendentes no
plano mediano
entre as 2
glândulas.

Porca 5 a 8 pares peitorais abdominais 2


Inguinais

Cadela 4 a 5 pares peitorais abdominais 8 a 12


Inguinais

Gata 3 a 4 pares peitorais abdominais 4a8

Coelha 4 a 5 pares peitorais abdominais 8 a 10


Tecido glandular:
● Lobos glandulares - constituídos por conjuntos de lóbulos (contendo vários ácinos ou alvéolos que são
formados por conjuntos de pequenas células epiteliais fixadas por uma membrana basal que por sua vez se
encontra envolvida por uma malha de capilares arteriais e venosos, como de fibras musculares lisas e
contráteis).
● Canais excretores - canais intralobulares, intralobulares, canais galactóforos (5 a 20 por quarto),
cisterna glandular ou do úbere (500 ml), cisterna do teto (15 a 40 ml), e meato do teto (caso da vaca).
Tecido conjuntivo:
● Ligamentos suspensores (médios e laterais) - Matéria intersticial que envolve o tecido glandular
(constituída por fibras elásticas e acumulações adiposas mais ou menos abundantes).
Sistema vascular e nervoso:
● O sistema venoso está muito desenvolvido, o total de veias mamárias é 50 vezes superior ao número de
artérias. 2 artérias mamárias conjunto de veias:
2 veias inguinais
2 veias perineais
2 veias centrais
O sistema nervoso é composto sobretudo por fibras sensitivas, uma vez que não existe um “nervo motor mamário”.

Aparelho suspensor do úbere:


(estrutura de suporte)
12 a 50 kg + leite
Pele
Tecido subcutâneo
Ligamento suspensor médio
Ligamentos suspensores laterais profundos
Ligamentos suspensores laterais superficiais
Desenvolvimento embrionário e fetal:
1as Semanas:
Engrossamento das células ectodérmicas sobre a superfície ventral do embrião;
Crescimento e reunião das células em 2 linhas mamárias;
Diferenciação para formar 4 gemas mamárias (botões).
8ª e 9ª Semanas:
Diferenciação dos sexos;
Desenvolvimento das gemas mamárias – primórdio primário;
Primórdio primário dá origem ao primórdio secundário.
16ª Semana:
São visíveis os tetos e os canais condutores.
Estável até ao nascimento.
Do nascimento até à puberdade (apenas há deposição de gordura).
Até aos 3 meses:
Crescimento proporcional ao aumento de peso.
Até aos 9 meses:
Crescimento 3,5 vezes superior ao aumento de peso.
Estável até à gestação (exceto período de cio).
Desenvolvimento
Fases - pré-natal, pré-puberal, pós-puberal, gestação/lactação, seco.
Repetição - crescimento, diferenciação funcional, involução.
Pré-puberal (nascimento-puberdade)
● Crescimento isométrico.
● Ductos, tecidos não secretores e almofada adiposa
Pós-puberal (puberdade-início gestação)
● Proestro/estro - estrogénios.
● Alongamento/ramificação dos ductos (até 18 meses nas novilhas). Início diferenciação alveolar
● Ausência gestação – diferenciação alveolar até 30/36 meses.
Gestação
● Principal crescimento da glândula mamária.
● Diferenciação de lóbulos e alvéolos.
● Crescimento e multiplicação de células secretoras.
● A taxa de crescimento aumenta com o avanço da gestação.
Lactação
● Aumento do número de células alveolares depois do parto.
● A produção diminui antes do número de células.
● Controlo da persistência da curva por outros fatores.
Durante a gestação:
Até ao 4º mês:
Praticamente tecidos vascular e conjuntivo;
Botões terminais dos canais condutores – alvéolos.
5º Mês:
Conclusão da formação dos lóbulos;
Início da secreção.
7º Mês:
Aumento gradual do tecido glandular;
Aumento rápido do tecido vascular e linfático.
8º Mês:
Fim do aumento do tecido glandular.
9º Mês:
Aumento devido apenas à secreção láctea.
48 horas antes do parto Grande aumento – acumulação de colostro.
Período Seco
● Involução tecido secretor acelerada pela não remoção do leite aumento pressão intramamária ?
● Presença de substância inibidora no leite ?
● Precursores não entram células (pressão lúmen > capilares)
● Involução progride a partir dos extremos em direção cisternas, espaços ocupados por tecido adiposo.
● Involução não completa - coexistência com gestação - regeneração da glândula mamária (40 a 60 dias).
Os processos que participam na lactação podem distinguir-se entre secreção, armazenamento e excreção.

Secreção Armazenamento Excreção

Síntese láctea das células do Armazenamento nos alvéolos: Saída passiva: saída do leite
epitélio glandular. Passagem do (leite alveolar). cisternal.
leite desde as células do epitélio Passagem para os canalículos e Saída activa saída do leite alveolar.
para o lúmen. cisternas: (leite cisternal)
Sistema Endócrino

Sistema de Comunicação Corpórea:


● Endócrino
● Nervoso
Produtos = Hormonas: ajudam a enviar informações para outras células
Sistema Nervoso: utiliza estruturas físicas (neurónios) para transmissão de mensagens.
Sistema Endócrino: utiliza os líquidos corpóreos para transmitir as mensagens.
Líquidos Corpóreos – conhecidos também como “Humores”.
Sistema Endócrino = responsável pelo controlo humoral.
Comunicação Nervosa + humoral: principal função = controlar ou regular as várias funções corpóreas.
Hormonas (definição): Substâncias químicas produzidas por glândulas especializadas sem ductos, libertadas no
sangue e transportadas para outras partes do corpo para produzir efeitos reguladores específicos.
Geralmente produzidas por uma glândula, mas podem também ser produzidas por células em diferentes regiões do
corpo.
Ex.: prostaglandinas.

Transmissão Hormonal: Classificação


● Epícrina: hormonas atravessam células adjacentes sem entrar no líquido extracelular.
● Neurócrina: hormonas que se difundem através de fendas sinápticas entre neurónios.
Ex.: neurotransmissores.
● Parácrina: hormonas que se difundem através de líquido intersticial.
Ex.: prostaglandinas
● Endócrina: hormonas transportadas na circulação sanguínea. Tipicamente a maioria das hormonas.
● Exócrina: hormonas segregadas para o exterior do corpo
Ex.: feromonas

Composição Bioquímica das Hormonas:


● Aminos (Ex.:hormona da tiróide, catecolaminas).
● Peptídicos (Ex.: insulina, glicogênio).
● Esteróides (Ex.: prostaglandina).

Glândula Hipófise Cerebral (Pituitária):


Dividida em 2 partes:
● Adeno-Hipófise (pituitária anterior); localizada no lobo anterior.
● Neuro-Hipófise (pituitária posterior); localizada no lobo posterior.
Localizada numa “cavidade óssea” = Sela túrcica na base do cérebro.

Adeno-Hipófise (Pituitária Anterior):


5 diferentes tipos de células secretoras:
1. Células Somatotróficas (segregam hormona do crescimento).
2. Células Corticotróficas (segregam hormonas adrenocorticotróficas e beta-lipotropina).
3. Células Mamotróficas (segregam prolactina).
4. Células Tireotróficas (segregam hormona estimulante da tiróide).
5. Células Gonadotróficas (segregam hormônios do folículo estimulante e luteinizante).

Adeno-Hipófise (Pituitária Anterior):


Hormonas Produzidas: Classe Peptídica Hormona do Crescimento (GH – “Grow Hormone”):
● Chamada Hormona Somatotrófica
● Efeito estimulante nas células somáticas (corpos celulares)
● Associado ao aumento do tamanho corpóreo. Promove o crescimento dos tecidos no corpo. Aumenta o
tamanho das células e estimula a mitose (divisão celular).
● Estimula o fígado a formar várias e pequenas proteínas (somatomedinas).
● Somatomedinas: atuam na cartilagem e nos ossos – promotores de crescimento.
● Hormona necessária durante toda a vida e não somente durante a fase de crescimento.
● Aumenta a síntese proteica em todas as células corpóreas.
● Mobiliza ác. gordos da gordura e promove o melhor aproveitamento desta para o consumo de energia.
● Melhora a eficiência do uso da glicose no organismo, reduzindo o consumo da mesma.
● Vacas de Leite – utilizada para aumentar a produção.
● Não atua na glândula mamária como estimulante.
● Promove melhor distribuição de nutrientes = direciona fluxo de nutrientes corpóreos para produção de
leite.
BST – “Bovine Somatotropin”.
Hormona Adrenocorticotrópica (ACTH):
● Aumenta a atividade do Córtex.
● Adrenal Promove a secreção de Aldosterona.
● Função semelhante ao GH, aumenta síntese proteica e consumo de ácidos gordos; reduz também o
consumo de glicose.
Hormona Estimulante da Tireóide (TSH):
● Estimula a síntese de colóide pelas células da tireóide.
● Estimula a libertação da Hormona da Tiroide (Tireoidiano).
● Associado à formação da Tiroxina.
Hormonas Gonadotróficas e Prolactina:
A adeno-hipófise é responsável pela produção da:
● Hormona Folículo Estimulante (FSH).
● Hormona Luteinizante (LH).
● Ambas = participação específica na reprodução de machos e fêmeas.
● FSH – estimula a ovulogênese (fêmeas) = produção de óvulos e estimula a espermatogénese (machos).
● LH – auxilia na ovulação e desenvolvimento do corpo lúteo (CL) em fêmeas e estimula a secreção de
testosterona em machos.
● Prolactina: hormona responsável pela manutenção da lactação em fêmeas.

Neuro-Hipófise (Pituitária Posterior):


● Lobo posterior da Hipófise: responsável pela produção de 2 hormonas.
Hormona Antidiurética (ADH):
● Entra em ação para controlar a diurese (aumento da formação de urina).
● Responsável pela conservação da água nos sistemas corpóreos dos animais.
Ocitocina:
● Relacionada com processos reprodutivos.
● Associada à lactação: no estímulo da descida do leite.
● Produzida por reflexos neuroendócrinos (estímulo).
Ex.: toque manual, sons, cheiros e ambiente (ordenha).

Neuro-Hipófise (Pituitária Posterior): Ocitocina

Glândula Tireóide:
Hormonas da Tiróide:
● T3 e T4 : combinam-se com proteínas plasmáticas no sangue.
● Função principal: capacidade de aumentar o calor interno do corpo elevando a taxa de consumo de
oxigénio.
● Hormonas da Tiróide – estimulam as atividades metabólicas da maioria dos tecidos do corpo (exceto:
cérebro, pulmões, retina, testículos e baço).
● Calcitonina: hormona produzida pela Tireóide.
● Responsável pelo controle da Hipercalcemia (excesso de Ca no organismo).
● Inibe a reabsorção óssea osteoclástica de Ca, diminuindo a concentração do mesmo no plasma sanguíneo.
● Antagónica à Paratormona (Hormona da Paratiróide).

Glândulas Adrenais:
● São estruturas pequenas e pareadas.
● Repousam na parte superior dos rins.
Hormonas do Córtex Adrenal:
● Esteróides formados pelo colesterol
Córtex Adrenal segrega 7 hormonas:
● 4 glicocorticóides + 3 mineralocorticóides
Glicocorticóides:
● Atuam no metabolismo dos carboidratos.
● Favorecem a Gliconeogénese.
● Atuam sobre - Glucagon e Epinefrina:
● Elevam os níveis de glicose no sangue atuando na glicólise do glicogénio no fígado.
● Possuem ação anti-inflamatória.
● São usados na indústria farmacêutica.
● São segregados pela zona fasciculada do Córtex Adrenal.
Glicocorticóides:
Mineralocorticóides:
● Principal função:
● Aldosterona nos rins = aumenta a reabsorção de Na e aumenta a excreção de K.
● Mineralocorticóides: são eficientes na atuação do transporte de membranas em glândulas sudoríparas,
salivares e mucosa intestinal.
Hormonas da Medula Adrenal:
● Pertencentes às aminas.
Conhecidos como:
● Adrenalina (Epinefrina);
● Noradrenalina (Norepinefrina);
● Adrenalina: segregada continuamente (estado de prontidão); aumenta drasticamente em situações de
emergência.
● Reações: “luta, medo, fuga”.

Glândula Pancreática
Hormonas do Pâncreas:
● Insulina;
● Glucagon;
● Somatostatina;
● Polipeptídeo Pancreático.
Insulina:
● Atua sobre o fígado, músculos, tecido adiposo e leucócitos.
● Principal função: permitir o transporte de glicose através da membrana celular.
● Aumenta a difusão facilitada (membrana celular).
● Fígado: a insulina aumenta a absorção de glicose, estimulando enzimas hepáticas que ajudam a produzir
glicogénio e inibe enzimas que catalisam a glicogenólise.
● Promove a deposição de gordura e síntese protéica
● Atividade da insulina promove a redução da concentração plasmática de glicose (“glicose para tecidos”).
Glucagon:
● Função: elevação da concentração sanguínea de glicose.
● Aumenta a gliconeogénese e estimula a lipólise.
● Estimula a secreção de insulina.
Somatostatina:
● Agente “inibidor” para retardar a produção de nutrientes para a circulação e moderar os efeitos
metabólicos da Insulina, Glucagon e GH.
● Inibe a secreção de gastrina (estômago), secretina, colecistocinina, secreção exócrina pancreática e ácido
gástrico.
● Polipeptídeo Pancreático: Secreção estimulada pela ingestão de proteína, exercício físico e jejum.
Controle da Insulina e Glucagon:
● Diretamente controlada pela concentração sanguínea de glicose.
● Insulina diminui = Glucagon aumenta
Glucagon:
● Estimulado por hipoglicemia Inibido por glicose, insulina e somatostatina.

Prostaglandinas:
● Primeiramente (passado) foram isoladas de líquidos e glândulas sexuais acessórias.
● Atualmente: sabemos que são segregadas por quase todos os tecidos corpóreos.
● Derivam do ácido araquidónico.
● Curta ação, algumas formas nunca aparecem no sangue.
● Algumas formas são degradadas ao passarem pelo fígado e pulmões.
● Agente luteolítico natural: PGF2α .
● Potente interruptor inicial da gestação Atua na fase luteínica do ciclo éstrico, permitindo o início de novo
ciclo a partir da rutura do corpo lúteo (CL).

Você também pode gostar