Manejo Reprodutivo Suínos

FACULDADE REGIONAL DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: AVICULTURA E SUINOCULTURA
Manejo Reprodutivo Suinos
Professor: Msc. Isak Samir
Barreiras, 2019
MANEJO REPRODUTIVO SUÍNOS
✓ Quando se conhece a anatomia funcional e os

eventos reprodutivo dos animais, torna-se
mais fácil entender o comportamento dos
indivíduos e ajustar as técnicas de manejo às
suas necessidades.
 Função do aparelho reprodutor do macho
✓ Produção de gametas;
✓ Transporte de gametas;
✓ Excreção de hormônios;
✓ Excreção de urina;
✓ Ejaculado
 Composição do aparelho reprodutor
O sistema reprodutivo pode ser dividido em:

✓ Aparelho secretor de sêmen.
✓ Glândulas anexas.
✓ Órgão copulador.
 Composição do aparelho reprodutor
✓ Testículos
▪ Criptorquidia
▪ Hérnia Escrotal
✓ Para funcionamento eficiente, os testículos devem ser

mantidos a uma temperatura inferior à temperatura do
corpo.
 Dentro do testículo temos o sistema secretor de
sêmen, formado pelas seguintes estruturas:
✓ Túbulos seminíferos.
✓ Condutos Eferentes.
✓ Epidídimo.
✓ Canal deferente.
✓ Uretra.
As estruturas que compõem os túbulos seminíferos são:

✓ Lâmina basal.
✓ Células de Sertoli e células de linhagem germinativa
✓ Células de Leydig: estão situadas fora dos túbulos seminíferos
 Função endócrina
✓ Dois hormônios produzidos pela Hipófise influenciam
a produção espermática dos machos suínos:
✓ Hormônio folículo estimulante-FSH: possui a

função de agir nas células de Sertoli e estimular a
espermatogênese.
✓ Hormônio luteinizante LH: estimula a secreção da

testosterona responsável por garantir as
características sexuais masculinas.
 Maturidade sexual do macho suíno
Fase de transição: 150 dias (5 meses) –

espermatozoides nos túbulos seminíferos;
Puberdade: 10 a 12 meses - aumento do volume

testicular e do número de espermatozoides;
Capacidade fecundante
Alterações em espermatozoides de suínos jovens: gota

citoplasmática proximal.
 Glândulas anexas ou acessórias
✓ O volume médio do ejaculado de um suíno é em
torno de 400mL.
✓ As principais glândulas do sistema

reprodutor masculino são:
✓ Próstata;
✓ Glândulas Seminais;
✓ Glândulas Bulbouretrais.
 Pênis Suíno
Extremidade apical em forma de espiral.

 Divertículo prepucial
 Aparelho reprodutor da fêmea suína
✓ As principais estruturas que compõem o sistema
reprodutor da fêmea suína são:
✓ Vulva
✓ Vagina
✓ Cérvix
✓ Oviduto
✓ Ovário
✓ Corpo e corno uterino.

❑ Útero
É o órgão onde o embrião se desenvolve até o nascimento.

Consiste em dois cornos e um corpo uterino. As fêmeas
suínas ovulam em torno de 35 óvulos por ciclo. A ovulação
ocorre em ambos os ovários de uma só vez.
Medidas do corno uterino de suínos.
▪ Dessa forma a quantidade de leitões que uma fêmea

pode gerar está relacionada a:
✓ Capacidade de ovulação da fêmea.

✓ Tamanho do corno uterino durante o cio.
✓ O oviduto ou tuba uterina

é a porção do sistema
reprodutivo que recebe
o óvulo após a ovulação
✓ O infundíbulo apresenta
a forma de um funil para
facilitar a entrada do
ovócito no oviduto
 Ovários e folículos
Função exócrina (liberação

de óvulos) e endócrina
(função hormonal).
Apresentam o formato
de um cacho de uva.
 Ciclo estral
Identificação de cio:
Para fazer o diagnóstico do cio de fêmeas suínas e o

manejo de cobertura é preciso atentar para o fato de que,
na fase do pré-estro, as fêmeas não aceitam o contato
humano e, muito menos, a monta. Contudo, é possível
detectar as fêmeas no cio por meio do reflexo de
tolerância ao homem (RTH).
Verificação de RTH na presença de macho suíno

posicionado próximo, mas separado da fêmea.
Características comportamentais de
suínos durante o ciclo estral.
As fêmeas suínas aceitam o reflexo de pressão

lombar durante o período de estro.
 Manejos reprodutivos da fêmea suína
✓ Produtividade
- Em uma granja, é ideal haver grande número de
porcas que apresentam alta produtividade, isto é,
porcas que estão entre o 3º e o 6º parto.
 Taxa de reposição
✓ Para que haja grande número de porcas com alta
produtividade é necessário que a granja planeje e
respeite a taxa de reposição, que deve ser em
torno de 40%.
✓ Descarte voluntário
- Eliminação de porcas com idade avançada do rebanho,
matrizes que já desempenharam o papel de
reprodutoras; valeram o custo de investimento e
forneceram lucro necessário ao produtor.
✓Descarte involuntário
Animais sujeitos a descarte involuntário devido à:

(A) cegueira, (B) doença de pele, (C) problemas urinários.
 Seleção de matriz
A seleção de matrizes ocorre durante a fase de maternidade.

 GPD
✓ Na fase de recria e terminação, quando a matriz

será selecionada para a reprodução, é importante
avaliar o ganho de peso diário - GPD.
✓ Porcas com GPD menor que 600g não são

indicadas como matrizes
 Critérios para seleção
Outros critérios para a seleção de matrizes

são:
✓ Conformação do animal.
✓ Score corporal médio.
✓ Cascos e aprumos em perfeito estado.
✓ Tetos: 8 pares de tetos viáveis.

 Preparação das leitoas e manejo pré-
cobertura
✓ As fêmeas selecionadas devem ser trabalhadas no
sentido de indução da maturidade sexual em um
processo denominado preparação e manejo pré-
cobertura.
✓ Porcas selecionadas
- As porcas selecionadas como matrizes devem ser
levadas para a granja a fim de iniciar a vida reprodutiva
no rebanho
▪ Alojamento em baias
O alojamento é feito em baias confortáveis, individuais,

limpas, desinfetadas e que passaram pelo período de
vazio sanitário.
 Dimensões ideais
✓ Abrigar 10 a 15 fêmeas suínas

✓ Deve ter 2m2 disponível por porca
 Cuidados sanitários
- Antes de inserir as porcas na granja
- Animais doentes
 Quarentenário
- Observação, exames, tratamento, vacinação
 Barracão de reposição
- Preparar a fêmea para a reprodução.
 Macho para detecção de cio
✓ Rufião duas vezes ao dia (10 a 15 minutos)

 Flush
✓ Manejo diferenciado administrado entre 14 a 21

dias antes da primeira cobertura;
✓ Objetivo é estimular a liberação de insulina e

ovulação;
✓ Leitegada com maior número de leitões, mais

pesados e de maior porte.
 Estro: diagnóstico e manejo eficiente
✓ Puberdade da fêmea suína
- 135 dias de idade

 Detecção do cio da fêmea
✓ Vermelhidão da vulva
✓ Posicionamento da fêmea em estação quando está

na presença de macho suíno.
✓ Secreção de vulva
✓ Reflexo de tolerância ao homem – RTH
✓ Movimento de orelhas
 Detecção de cio nas fêmeas dentro da gaiola
✓ Auxílio de 2 funcionários
✓ Aprox. 30 segundos em cada fêmea
Fêmea apresentando reflexo de tolerância.

 Detecção de cio nas fêmeas em baias coletivas
Cuidado: monta natural

 Manejo de inseminação e pós-cobertura
▪ Inseminação artificial
▪ Armazenamento de sêmen
▪ Protocolo de inseminação
 Prática: inseminação intracervical
 Manejo do macho suíno reprodutor
✓ Valor genético
✓ Quarentena
 Treinamento do macho
Os machos chegam à granja aos 5 meses de idade.
✓ Dentre os aspectos a serem trabalhados durante

o treinamento estão:
- Subida no manequim.
- Docilidade do macho.
 Rotinas de manejo de machos
- Manter as baias limpas e secas.

- Treinamento para coleta de sêmen: 3x por semana
no manequim.
- Cuidados na alimentação
- Evitar o sobrepeso
- Vacinação
Água: deve ser consumida na vazão de 2L por minuto
em temperatura inferior a 20ºC.
 Rodízio de suínos
O brinco e a tatuagem dos machos auxiliam a montar

o rodízio para coleta de sêmen.
 Coleta do sêmen
 A área de coleta de sêmen é dividida em área de gaiola
e área de manequim.
MANEJO REPRODUTIVO SÚÍNOS
 Fase de pré-coleta
✓ Encaminhe o macho em direção à gaiola para
contenção e limpeza.
✓ Remova os restos de urina do divertículo
prepucial do macho.
MANEJO REPRODUTIVO
 Fase de coleta
❑3 porções
✓ Avaliação
- Concentração
- Qualidade
MANEJO REPRODUTIVO SUÍNO
 Diluição do sêmen
✓ Manter a viabilidade das células espermáticas;
✓ Permitir o metabolismo dos espermatozoides;
✓ Proteção contra choque térmico, manter pH e

inibindo o crescimento bacteriano.
MANEJO REPRODUTIVO SUÍNO
 Armazenamento do sêmen
Durabilidade: 3 dias.
Temperatura: 14ºC a 18ºC.

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✓ Quando se conhece a anatomia funcional e os

O sistema reprodutivo pode ser dividido em:

✓ Para funcionamento eficiente, os testículos devem ser

As estruturas que compõem os túbulos seminíferos são:

✓ Hormônio folículo estimulante-FSH: possui a

✓ Hormônio luteinizante LH: estimula a secreção da

 Maturidade sexual do macho suíno

Fase de transição: 150 dias (5 meses) –

Puberdade: 10 a 12 meses - aumento do volume

Alterações em espermatozoides de suínos jovens: gota

✓ As principais glândulas do sistema

Extremidade apical em forma de espiral.

✓ Corpo e corno uterino.

É o órgão onde o embrião se desenvolve até o nascimento.

Medidas do corno uterino de suínos.

▪ Dessa forma a quantidade de leitões que uma fêmea

✓ Capacidade de ovulação da fêmea.

✓ O oviduto ou tuba uterina

Função exócrina (liberação

Para fazer o diagnóstico do cio de fêmeas suínas e o

Verificação de RTH na presença de macho suíno

As fêmeas suínas aceitam o reflexo de pressão

Animais sujeitos a descarte involuntário devido à:

A seleção de matrizes ocorre durante a fase de maternidade.

✓ Na fase de recria e terminação, quando a matriz

✓ Porcas com GPD menor que 600g não são

Outros critérios para a seleção de matrizes

✓ Score corporal médio.

✓ Cascos e aprumos em perfeito estado.

✓ Tetos: 8 pares de tetos viáveis.

O alojamento é feito em baias confortáveis, individuais,

✓ Abrigar 10 a 15 fêmeas suínas

- Observação, exames, tratamento, vacinação

✓ Rufião duas vezes ao dia (10 a 15 minutos)

✓ Manejo diferenciado administrado entre 14 a 21

✓ Objetivo é estimular a liberação de insulina e

✓ Leitegada com maior número de leitões, mais

- 135 dias de idade

✓ Posicionamento da fêmea em estação quando está

✓ Reflexo de tolerância ao homem – RTH

Fêmea apresentando reflexo de tolerância.

Cuidado: monta natural

 Manejo do macho suíno reprodutor

✓ Dentre os aspectos a serem trabalhados durante

- Manter as baias limpas e secas.

O brinco e a tatuagem dos machos auxiliam a montar

✓ Permitir o metabolismo dos espermatozoides;

✓ Proteção contra choque térmico, manter pH e

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