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SYNGAMUS LARINGEUS

ANGIOSTRONGYLUS COSTARICENCIS

LAGOCHILASCARIS MINOR

DIPHYLLOBOTHRIUM LATUM

Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto


PARASITAS EXÓTICOS
(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Família: Syngamidae

• Gênero: Sygamus

• Espécie: Sygamus trachea (Traquéia de aves)


Syngamus laringeus (Laringe e brônquios
de bovinos, caprinos, búfalos e humanos)
• Nome da Doença: singamose
• Histórico:
• O primeiro reconhecimento da espécie foi em 1899
em gado Vietnamita.
• Primeiro caso na espécie humana em 1913 ilhas do
Caribe.
• Pouco mais de 100 casos é encontrado na literatura..
PARASITAS EXÓTICOS

(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Morfologia:
• Verme filamentoso de coloração vermelho vivo

• Cápsula bucal em forma de ventosa contendo de


seis a dez pequenas presas.

• A fêmea grávida apresenta de 5 a 20 mm de


comprimento;

• O macho mede de 2 a 7 mm;

• São parasitas que vivem em constante cópula (Y);

• Ovos são semelhantes ao do Ancilóstomo


(membrana dupla)
PARASITAS EXÓTICOS

(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

Macho e fêmea de Syngamus laringeus em cópula permanente.


PARASITAS EXÓTICOS

(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

Cápsula bucal de Syngamus laringeus


PARASITAS EXÓTICOS

(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto


PARASITAS EXÓTICOS

(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Habitat:
• Brônquios e traquéia dos hospedeiros

Localização do parasita em Infecção maciça de Syngamus


tecido epiglótico na laringe
• Transmissão:
• Ingestão acidental de comida crua, saladas, vegetais,
frutas ou água contaminada com L3.
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(Raillet, 1899) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Ciclo Biológico:
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Patogenia e Sintomatologia:
• Causa tosse seca, crônica acompanhada ou não de disfonia
discreta;
• Pode ser confundida com os sintomas de asma;
• Os pacientes se queixam de garganta arranhada, tosse não
produtiva;

• Diagnóstico:
• Através da presença dos vermes em constante cópula;
• Ou ovos no escarro e secreção de lavagem traqueal;
• Ou ovos nas fezes.
• Tratamento:
• É provável que o tiabendazol ou albendazol tenha boa ação.
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto
(Morena & Céspedes, 1971)

• Família: Angiostrongylidae

• Gênero: Angiostrongylus costaricensis

• Nome da Doença:

• Angiostrongiloidíase

• Angiostrongilose
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Distribuição Geográfica

• Em vários países da América desde o Sul dos Estados


Unidos até o norte da Argentina – Costa Rica é
considerada como problema de saúde pública - 70%
das lesmas infectadas.

• No Brasil – desde 1987 – diagnosticados 47 casos;

• Rio Grande do Sul (37); Santa Catarina (8); São Paulo


(1) e Brasília (1);
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Morfologia:
• Vermes com boca e três pequenos lábios, medindo
32mm.
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Habitat:
• Artéria Mesenterica ileocecal de ratos silvestres

• Lesmas (Veronicellidae) - hospedeiro intermediário

• Homem: mesma dos ratos

• Transmissão:
• Roedores e o homem – lesmas contaminadas com L3

ou vegetação.
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• Ciclo Biológico:
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Ciclo Biológico:

Lesmas (Veronicellidae)
hospedeiro intermediário
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Ciclo Biológico:
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Patogenia e Sintomatologia:

• Mecânico: decorrente da trombose secundaria


originada das lesões endotelias pelos V. A. na luz
dos vasos;

• Inflamatório: decorrente dos ovos, larvas e


antígenos de excreção dos helmintos;

• Quadro hematológico: Leucocitose - eosinofilia;


PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Diagnóstico:

• Roedores: Parasitológico de fezes (Baerman-


morais).

• Homem: Não há eliminação de larvas nas fezes.

• Em suspeita clínica: testes imunológicos (ELISA)


e Aglutinação em partículas de látex.

• Os casos brasileiros foram detectados após


cirurgia.
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Diagnóstico:
• Roedores: Parasitológico de fezes (Baerman-
Morais).
• Homem: Não eliminação de larvas nas fezes.
• Em suspeita clinica: testes imunológicos (ELISA)
e Aglutinação em partículas de látex.
• Os casos brasileiros foram detectados após
cirurgia.

• Tratamento
• Em roedores: Albendazol e Mebendazol
• Homem: Cirurgia
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto
PARASITAS EXÓTICOS

(Leiper, 1909) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Família: Ascarididae

• Gênero: Lagochilascaris

• Nome da Doença: Lagoquilascaríase

• Distribuição Geográfica:
• Trinidad, Suriname, Venezuela, Colômbia, Costa
Rica, México e Brasil.

• Casuísticas: 92 casos onde aproximadamente 44


são brasileiros: Pará (62%) – Rondônia (12,1%) –
Tocantins (10,1%) – Acre (5,4%) – Mato Grosso
(2,8%) – Goiás (1,4%) .
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto
PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Morfologia

• Vermes Adultos branco ou leitoso com boca

e três pequenos lábios, medindo 6 a 11mm;

duas asas laterais (todo o corpo).

• OVOS: Semelhante aos do Ascaris

(membrana mamilonar para dentro).


PARASITAS EXÓTICOS
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Ovo não embrionado Lagochilascaris minor - eclosão de ovos


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• Transmissão: homem – ingestão dos ovos


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Pouco conhecido – foi


• Ciclo Biológico descrito recentemente por
uma Professora da UFGO
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• Patogenia e Sintomatologia:

• Varia em função da localização aparecem nódulos

e pseudocistos na pele com secreções purulentas

(V. A. larvas ou ovos);

• Febre diária - inapetência perda de peso,

adenopatias e quadro de otites


PARASITAS EXÓTICOS
Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto
PARASITAS EXÓTICOS
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• Diagnóstico
• Feito nos abscessos

• No sistema nervoso (Tomografia)

• Tratamento
• Dietilcarbamazina

• Carbendazol

• Tianbendazol

• Ivermectin (usado na medicina veterinária, e contra


helmintíase)
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(Lineu, 1758) Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Família: Diphyllobothriidae

• Gênero: Diphyllobothrium latum

• Nome da Doença: Difilobotríase, Botriocefalíase

• Distribuição Geográfica:
• Regiões temperadas, nas quais peixes de água doce
(crus ou mal cozidos) fazem parte da alimentação
(região dos Grandes Lagos nos Estados Unidos, Alasca,
Chile, Argentina, África Central e região da Ásia)

• Na Europa, estima-se em 20% a infecção do povo


finlandês.
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• Morfologia
• Verme adulto – mede de 8 a 20m/4.000 proglotes
• Escólex – em forma de amêndoa, duas pseudobotrídias
sulcadas, sem acúleos
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• Morfologia
• Ovo – Mede 75 μm x 45 μm
• Opérculos com saliência polar
• Ovo embrionado possui um coracídio
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• Morfologia
• Proglote grávida – mais largo que alto

• Contém útero em forma de roseta


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• Ciclo Biológico
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• Ciclo Biológico
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• Método de Diagnóstico
• Pesquisa de ovos nas fezes onde é possível
diagnosticar também proglotes e escólex, que
raramente são eliminados intactos de forma natural.
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• Patologia e Sintomas Principais


• Obstrução intestinal (o adulto pode crescer até 20 m)
• Muitas pessoas infectadas apresentam leves
sintomas digestivos (dor abdominal, náuseas e etc.) .
• Perda de peso e fraqueza.
• Anemia macrocítica e hipercrômica
• Eventuais distúrbios do sistema nervoso provocados
pela deficiência de vitamina B12
• O verme consome até 100% da vitamina ingerida na
alimentação (em aproximadamente 100 das pessoas
infectadas);
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Maria do Socorro Rocha Melo Peixoto

• Tratamento
• Niclosamida ou praziquantel

• Importante
• Em geral, apenas um adulto presente.
• Uma variedade de mamíferos ictiófagos pode ser hospedeiro
definitivo, além do homem.
• A larva procercóide pode passar de um peixe menor para um
maior, em condição latente, pela cadeia alimentar.
• O homem pode albergar a larva plerocercóide em tecidos, se a
procercóide, no interior do copépodo for ingerida.
• Deve-se procurar o escólex nas fezes após o tratamento, para
garantir que não haverá formação de novas proglotes.

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