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ASCARIS

LUMBRICOIDES
PROF. JUAN CARLOS H. MARTELOCIO ALVES
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Ascaris lumbricoides
✓ Na família Ascarididae,
subfamília Ascaridinae;
✓ Encontradas espécies de
grande importância médico-
veterinária representadas
principalmente pelo Ascaris
lumbricoides que parasitam,
respectivamente, o intestino
delgado de humanos e de
suínos;
Ascaris lumbricoides

✓ Possuem ampla distribuição


geográfica e possibilidade
de danos a serem
causados aos hospedeiros;
✓ Conhecidos como lombriga
ou bicha;
✓ Causa a doença
ascaridíase;
✓ Linnaeus, 1758 e A. suum
Goeze, 1882.
Ascaris lumbricoides
✓ O A. lumbricoides é encontrado
em quase todos os países do
mundo e ocorre com frequência
variada em virtude das condições
climáticas, ambientais e,
principalmente, do grau de
desenvolvimento socioeconômico
da população.
✓ Chan e cols., em 1994 estimaram
em 1,5 bilhões o número de
pessoas que albergavam o
parasito no mundo.
MORFOLOGIA
MORFOLOGIA

Fases evolutivas:
vermes macho e
fêmea e o ovo. As
formas adultas são
longas, robustas,
cilíndricas e
apresentam as
extremidades afiladas.
MORFOLOGIA: MACHO

➢ Quando adultos, medem


cerca de 20 a 30 cm de
comprimento e apresentam
cor leitosa.
➢ A boca ou vestíbulo bucal
está localizado na
extremidade anterior, e é
contornado por três fortes
lábios com serrilha de
dentículos e sem
interlábios.
MORFOLOGIA: MACHO

➢ A boca, segue-se o esôfago


musculoso e, logo após,
➢ o intestino retilíneo.
➢ O reto é encontrado próximo a
extremidade posterior.
Apresenta um testículo
filiforme e enovelado, que se
diferencia em canal deferente,
continua pelo canal
ejaculador, abrindo-se na
cloaca, localizada próximo a
extremidade posterior.
MORFOLOGIA: MACHO

➢ Apresentam ainda dois


espículos iguais que
funcionam como
órgãos acessórios da
cópula.
➢ A extremidade
posterior fortemente
encurvada para a face
ventral o diferencia
facilmente da fêmea.
MORFOLOGIA: MACHO

➢ Possui na cauda
papilas pré e
cloacais.
➢ Medem cerca de 30
a 40cm, quando
adultas, sendo mais
robustas que os
exemplares machos
MORFOLOGIA: FÊMEA

➢ A cor, a boca e o aparelho


digestivo são semelhantes aos
do macho;
➢ Apresentam dois ovários
filiformes e enovelados que
continuam como ovidutos,
diferenciando em úteros que vão
se unir em uma única vagina,
que se exterioriza pela vulva,
localizada no terço anterior do
parasito.
➢ A extremidade posterior da
fêmea é retilínea.
MORFOLOGIA: OVOS

➢ Originalmente são brancos


e adquirem cor castanha
devido ao contato com as
fezes.
➢ São grandes, com cerca de
50 µm de diâmetro, ovais e
com cápsula espessa;
➢ Resistência às condições
adversas do ambiente.
MORFOLOGIA: OVOS

➢ Internamente, os ovos dos


ascarídeos apresentam
uma massa de células
germinativas.
➢ Podemos encontrar nas
fezes ovos inférteis.
➢ Algumas vezes, ovos
férteis podem apresentar-
se sem a membrana
mamilonada.
CICLO
BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
✓ É do tipo monoxênico, isto é,
possuem um único
hospedeiro. Cada fêmea
fecundada é capaz de
colocar, por dia, cerca de
200.000 ovos não-
embrionados, que chegam ao
ambiente juntamente com as
fezes.
✓ Os ovos férteis em presença
de temperatura entre 25ºC e
30°C tomam-se embrionados
em 15 dias.
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
✓ Ocorre através da ingestão de água
ou alimentos contaminados com ovos
contendo a L3.
✓ Poeira, aves e insetos (moscas e
baratas) são capazes de veicular
mecanicamente ovos de A.
lumbricoides.
✓ Depósito subungueal com ovos
viáveis, principalmente em crianças.
✓ Os ovos têm grande capacidade de
aderência a superfícies; não sendo
removidos com facilidade por
lavagens.
PROFILAXIA
PROFILAXIA – Recomendações

✓ Repetidos tratamentos em
massa dos habitantes de
áreas endêmicas com
drogas ovicidas;
✓ Tratamento das fezes
humanas que
eventualmente, possam ser
utilizadas como
fertilizantes;
✓ Saneamento básico;
✓ Educação para a saúde.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Pouco sintomática,
sendo a gravidade
da doença
determinada pelo
número de vermes
que infectam cada
pessoa.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de ovos nas fezes. Como
as fêmeas eliminam diariamente
milhares de ovos por dia, basta
utilizar apenas a técnica de
Sedimentação espontânea.
Contudo, é recomendado o método
de Kato modificado por Katz; esta
técnica permite a quantificação dos
ovos e consequentemente estima o
grau de parasitismo dos
portadores, compara dados entre
várias áreas trabalhadas e
demonstra maior rigor no controle
de cura.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Deve-se ressaltar que em


infecções exclusivamente
com vermes fêmeas, todos
os ovos expelidos serão
inférteis, enquanto em
infecções somente com
vermes machos o exame de
fezes será consistentemente
negativo.
TRATAMENTO
TRATAMENTO

A Organização Mundial da
Saúde recomenda quatro
drogas para o tratamento e
controle de helmintos
transmitidos pelo solo:

-Albendazol;
- Mebendazol;
- Levamisol;
- Pamoato de Pirantel.
Referência Bibliográfica

NEVES, D. P.; MELO, A. L. et al. Parasitologia


humana. 11ªed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2016.

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