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Protozoário

 Giardia lamblia

Profa. Ma. Midiã Dias de Jesus Seno


Filo Sarcomastigophora
(flagelos e/ou pseudópodes)

Subfilo Mastigophora Contem um ou mais flagelos;

Gênero Giardia:

 Parasitos do intestino delgado de mamíferos, avés, répteis e anfíbios;

Kunstler (1882)

Criador do gênero Giardia

Anton van Leeuwenhoek (1681)


Espécies de Giardia:

 Giardia duodenalis Infectam mamíferos, aves, répteis e humanos.

 Giardia muris Infectam roedores, aves e répteis.

 Giardia agilis Infecta anfíbios.

 Giardia psittaci e Giardia ardeae Infectam periquitos e garças azuis.

 Giardia microti Infectam roedores


Giardia duodenalis - lamblia - intestinalis

Morfologia:
 Apresenta duas formas evolutivas: Cisto e Trofozoíto.
Ciclo Biológico: Monoxeno

1) Ingestão do Cisto 10 a 25 é suficiente para causar uma infecção;

2) Início do desencistamento (ácido clorídrico) no estômago e término no duodeno e jejuno;

3) Multiplicação dos trofozoítos divisão binária;

4) Encistamento pH intestinal, sais biliares e destacamento do trofozoíto da mucosa intestinal;

5) Cistos nas fezes.

Sobrevivência do cisto até 2


meses fora do hospedeiro.
Sintomatologia:
Depende do parasita (número de cistos ingeridos) e do hospedeiro (resposta imune, estado
nutricional, pH do ácido clorídrico).

 Fase aguda:
 Diarreia aquosa;

 Dores abdominais.

30% a 50%. A maioria das infecções são


assintomáticas
 Fase crônica:
 Esteatorreia (gordura nas fezes);

 Perda de peso;

 Problemas de má absorção
(lipídios, nutrientes, vitaminas...)
Diagnóstico:

 Clínico (10 -12 anos):


 Diarreia, náuseas, vômitos, perda de peso e dor abdominal.

Confirmação

 Laboratorial:

 Parasitológico (Exames de Fezes);


Identificação de cistos ou trofozoíto nas fezes.

Técnica de Hoffman
Epidemiologia:

 Encontrada no mundo todo, principalmente entre crianças de 8 meses a 10-


12 anos.

 Alta prevalência em regiões tropicais e subtropicais e entre pessoas de baixo nível


econômico;

 Brasil Prevalência de 4% a 30%

 Encontrada principalmente em ambientes coletivos:

 Enfermarias;
• Contato pessoa-pessoa;
 Creches;
• Higiene difícil de ser controlada.
 Internatos.
Transmissão:
Ingestão de cistos maduros

 Fecal-oral;

 Ingestão de água sem tratamento;

 Alimentos contaminados;

 Veiculados por moscas e baratas;

 Pessoa-pessoa.
Prevenção:

 Higienização pessoal adequada;

 Tratamento de água e esgoto;

 Higienização Alimentar.

 Eliminação de vetores mecânicos (baratas,


moscas, ratos...).
CASO CLÍNICO

Paciente: R.S.C., mestiça, 1 ano de idade, apresentando um quadro clínico de desnutrição, diarréia
com esteatorréia, dor abdominal, anorexia, perda de peso.

Histórico: Mãe leva a criança para a consulta com um pediatra em um Posto de Saúde do
P.S.F. Relatou morar em uma casa de taipa, com 3 cômodos, na periferia de Sobral/CE, com 10 ocupantes, casa
sem banheiro, piso de terra, sem tratamento dos dejetos, alimentos expostos, o lixo é jogado a céu aberto, sem
esgoto. A água para consumo era obtida de um poço próximo de sua casa.

Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário mínimo, alimentação deficiente.


Baseado nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre o assunto responda.

1) Explique por que é alta a incidência de infecção por Giardia lamblia em crianças de até 3 anos?

2) Qual a relação entre a presença de moscas e baratas na transmissão da giardíase ?

3) Como a carência nutricional poderá influenciar na prevalência da giardíase ?

4) Qual a influência da água e alimentos crus na transmissão da giardíase ?

5)Relacione os principais meios profiláticos para a giardíase.

6)Paciente adulto, assintomático, com exame positivo para Giardíase, deverá


ser tratado? Justifique sua resposta.

07) Quais os principais métodos de diagnósticos?

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