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revisão

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE


PEDIATRIA
TEMAS MAIS PREVALENTES

੦ parasitoses
੦ doenças exantemáticas
੦ diarreia e desidratação
੦ pneumonia
੦ meningites
੦ síndromes glomerulares
PARASITOSES
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
PARASITOSES
O QUE CAI?
੦ caso clínico – diagnóstico – tratamento
੦ toxocaríase
੦ ascaridíase (obstrução intestinal por áscaris)
੦ enterobíase
੦ ancilostomíase
੦ escabiose
੦ tratamento com antiparasitário (Trichuris trichiura ,
Entamoeba e Strongyloides stercoralis)
PARASITOSES
PROTOZOÁRIOS
੦ Entamoeba histolytica, Giardia lamblia (Giardia
intestinalis), Cryptosporidium parvum, Cystoisospora
belli, Balantidium coli, Microsporidia , Blastocystis
hominis, Sarcocystis sp., Dientamoeba fragilis,
Cyclospora cayetanensis
PARASITOSES
HELMINTOS
੦ nematelmintos: Ascaris lumbricoides, Enterobius
vermicularis, Trichuris trichiura, Necator americanus,
Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis,
Toxocara spp.
• Geo-helmintos
੦ platelmintos: Taenia solium (hospedeiro intermediário é o
porco), Taenia saginata (hospedeiro intermediário é o boi),
Hymenolepis nana (hospedeiro intermediário são
artrópodes), Diphyllobothrium latum
(hospedeiros intermediários são os peixes), e os
trematódeos, como Schistosoma mansoni (hospedeiro
intermediário é o caramujo).
• Bio-helmintos
PARASITOSES
QUADRO CLÍNICO
੦ diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal inespecífica,
distensão abdominal, má absorção, desnutrição, “hábito de
comer terra”.
੦ hemograma: eosinofilia sugere helmintíase (muito elevada
sugere toxocaríase)
੦ síndrome de Loeffler – pneumonite eosinofílica
• Necator americanus, Ancylostoma duodenale,
Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides e Toxocara
spp..
੦ eliminação ou visualização dos vermes com suas
características
TRATAMENTO

੦ OMS: terapia empírica periódica a cada 4, 6 ou 12


meses em países em desenvolvimento, dependendo
da região e epidemiologia local.
• albendazol em dose única ou por 5 dias
DROGAS

੦ mebendazol: baixo custo, polivalência na maioria das


helmintíases, porém, sem ação na estrongiloidíase
• 12/12h por 3 dias, na maioria das parasitoses.
Repetir em 21 a 30 dias (tempo de maturação da
maioria dos helmintos)
੦ tiabendazol: tratamento clássico de estrongiloidíase;
muito neurotóxico
੦ pamoato de pirvínio → específico para enterobíase;
em dose única, com repetição em 14 dias
੦ levamizol → ascaridicida específico, em dose única
DROGAS

੦ albendazol dose única: Ascaris lumbricoides,


Enterobius vermicularis, ancilostomídeos
੦ Albendazol 3 dias: Taenia sp., Trichuris trichiura ,
Strongyloides stercoralis
੦ Albendazol 5 dias: Giardia lamblia
੦ doses:
• entre 1 e 2 anos → 200 mg
• acima de 2 anos → 400 mg de 1 a 5 dias
DROGAS

੦ praziquantel → para teníases, em dose única.


੦ oxamniquina→ para esquistossomose, em dose
única.
੦ para protozoários (Giardia intestinalis ou Entamoeba
histolytica )
• metronidazol, 3 a 4 vezes/dia por 7 a 10 dias
• secnidazol e tinidazol em dose única
੦ ivermectina: ectoparasitas (escabiose, pediculose),
ascaridíase, enterobíase e tricuríase
੦ nitazoxanida → o mais polivalente, porém, com
eficácia variável.
• 7,5 mg/kg/dose, a cada 12 horas, por 3 dias
INEP | 2011

Garota, com 13 anos de idade, moradora de rua, procura


atendimento na rede básica de saúde, relatando falta de
apetite, perversão do hábito alimentar, com relato de ingestão
frequente de terra, epigastralgia, além de prurido anal e
vaginal. Ao exame físico apresenta-se emagrecida e
hipocorada. O exame parasitológico de fezes para pesquisa de
ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários pelos
métodos de Faust, Lutz e Baerman Moraes, revela: “presença
de ovos de Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e
Ancylostoma duodenale. Presença de cistos de Entamoeba
coli. Presença de larvas de Strongyloides stercoralis”.
Assinale a alternativa que contem a prescrição que visa o
tratamento das enteroparasitoses apresentadas pela paciente.
INEP | 2011

Assinale a alternativa que contem a prescrição que visa


o tratamento das enteroparasitoses apresentadas pela
paciente.

a. albendazol em dose única e praziquantel em dose


única.
b. levamizol em dose única e ivermectina em dose única.
c. metronidazol por sete dias e tiabendazol por dois dias.
d. albendazol por quatro dias e tinidazol em dose única.
e. albendazol em dose única e tiabendazol por dois dias.
INEP | 2011

Assinale a alternativa que contem a prescrição que visa


o tratamento das enteroparasitoses apresentadas pela
paciente.

a. albendazol em dose única e praziquantel em dose


única.
b. levamizol em dose única e ivermectina em dose única.
c. metronidazol por sete dias e tiabendazol por dois dias.
d. albendazol por quatro dias e tinidazol em dose única.
e. albendazol em dose única e tiabendazol por dois dias.
ASCARIDÍASE

੦ segunda infecção mais comum do planeta, só perde


para a cárie
੦ transmissão: Fecal-oral (ingesta do ovo)
੦ vermes adultos se localizam no duodeno, jejuno e
íleo
੦ competem com o hospedeiro por alimentos -
emagrecimento
੦ aspecto clínico mais importante: semioclusão ou
oclusão intestinal
੦ diagnóstico:
• Lutz, Hoffman-Pons e Janer
• Kato-Katz
RADIOGRAFIA

੦ formações esféricas, com


densidade de líquido, que se
projetam em meio ao conteúdo
gasoso de cólon e reto
("imagem em miolo de pão")
੦ distensão difusa de alças
intestinais

Fonte: 10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v4n4p102-107
ASCARIDÍASE

੦ suboclusão:
• internação hospitalar
• jejum, sonda nasogástrica e óleo mineral
• aguardar o desenovelamento com expulsão dos
helmintos
੦ falha do tratamento clínico ou sintomas de
sofrimento de alças → tratamento cirúrgico
੦ quando houver a eliminação do Ascaris sp., iniciar
um ascaridicida, como albendazol
INEP | 2022

Uma escolar com 8 anos de idade, acompanhada da mãe,


chega à emergência com dor abdominal intensa, iniciada há
2 dias, com piora progressiva. A paciente apresenta vômitos
biliosos, que não melhoram com a medicação, e distensão
abdominal. A mãe relata que, há 1 semana, a filha eliminou
verme e está em tratamento de anemia. O exame físico
mostrou massa cilíndrica na região periumbilical e ausculta
débil da peristalse. O resultado da radiografia do abdome
apresentou níveis hidroaéreos no intestino delgado e sombra
radiolúcida com forma e aparência de "feixe de charuto".
Diante desses dados, considerando a principal hipótese
diagnóstica para o caso, a conduta imediata, além da
hidratação da criança, é
INEP | 2022

Diante desses dados, considerando a principal hipótese


diagnóstica para o caso, a conduta imediata, além da
hidratação da criança, é

a. realizar descompressão gástrica com sonda


nasogástrica e administrar óleo mineral.
b. realizar enema com solução salina hipertónica e
administrar ivermectina.
c. instalar sonda nasogástrica aberta, para drenagem, e
administrar piperazina.
d. suspender a ingestão oral e indicar o tratamento
cirúrgico.
INEP | 2022

Diante desses dados, considerando a principal hipótese


diagnóstica para o caso, a conduta imediata, além da
hidratação da criança, é

a. realizar descompressão gástrica com sonda


nasogástrica e administrar óleo mineral.
b. realizar enema com solução salina hipertónica e
administrar ivermectina.
c. instalar sonda nasogástrica aberta, para drenagem, e
administrar piperazina.
d. suspender a ingestão oral e indicar o tratamento
cirúrgico.
TOXOCARÍASE

੦ nematódeos que infectam animais (o ciclo não se


completa em humanos)
੦ febre, anorexia, hepatoesplenomegalia, dor
abdominal, exantema, pneumonite, tosse, distúrbio
visual
੦ eosinofilia significativa
੦ diagnóstico: sorologia
੦ Tratamento: albendazol, metronidazol ou tiabendazol
ESCABIOSE

੦ lesões papulovesiculares
eritematosas e pruriginosas
(principalmente à noite)
੦ familiares também contaminados
੦ lactente: lesão nas axilas, palmas e
plantas, face e o couro cabeludo;
pústulas por infecção secundária
੦ escolar e adolescente: espaços
interdigitais, axilas, punhos,
regiões glútea e genital; Os tuneis
são raros na criança
TRATAMENTO
TÓPICO:​
੦ permetrina loção a 5% no corpo e couro cabeludo a
noite, retirar pela manhã. Dias 0, 7 e 14
੦ enxofre 5 a 10% em creme ou loção para <2 meses:
Aplicar por 3 noites seguidas, retirar pela manhã.
Repetir em 7 dias
੦ oral​:
੦ ivermectina oral para >15kg: 0,2mg/kg em
dose única, dias 0 e 7
INEP | 2015
Uma menina de 4 anos é levada à consulta por sua mãe,
juntamente com bilhete da diretora da creche onde passa
o dia. O bilhete informa que a criança está coçando
muito o corpo, provocando lesões, fato que tem sido
recorrente. A mãe insistiu que trata com pomadas e que
evita o banho para não ferir mais. As lesões são pequenas
pápulas e vesículas, com algumas crostas muito
pruriginosas. Elas se localizam principalmente no
abdome, nas nádegas, no tronco e nas mãos. A mãe tem
sua pele examinada e também apresenta lesões idênticas
às da menina, no abdome e nas axilas. Diante deste
quadro, assinale a opção que apresenta, respectivamente,
a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta
adequada ao caso:
INEP | 2015

a. estrófulo; prescrever anti-histamínico e afastar a criança


da creche por 7 dias, além de tratar a mãe e comunicar à
creche o diagnóstico
b. escabiose; prescrever anti-histamínico e antiparasitário
específicos para criança e afastá-la da creche por 3 dias, além
de tratar a mãe e comunicar à creche o diagnóstico
c. estrófulo; prescrever antibiótico tópico para a mãe e a
criança, além de recomendar que evitem o contato com
insetos, e dizer que a criança poderá frequentar
normalmente a creche
d. escabiose; prescrever anti-histamínicos para a criança e a
mãe, além de reforçar a necessidade de higiene corporal
para a criança, a qual poderá frequentar a creche sem
problemas desde então
INEP | 2015

a. estrófulo; prescrever anti-histamínico e afastar a criança


da creche por 7 dias, além de tratar a mãe e comunicar à
creche o diagnóstico
b. escabiose; prescrever anti-histamínico e antiparasitário
específicos para criança e afastá-la da creche por 3 dias, além
de tratar a mãe e comunicar à creche o diagnóstico
c. estrófulo; prescrever antibiótico tópico para a mãe e a
criança, além de recomendar que evitem o contato com
insetos, e dizer que a criança poderá frequentar
normalmente a creche
d. escabiose; prescrever anti-histamínicos para a criança e a
mãe, além de reforçar a necessidade de higiene corporal
para a criança, a qual poderá frequentar a creche sem
problemas desde então
SINAL - PARASITOSE

੦ prurido anal e vaginal, principalmente noturno:


੦ enterobíase
੦ anemia, hipoproteinemia, cansaço e dermatite
pregressa:
੦ ancilostomíase
੦ anemia e prolapso retal com vermes cilíndricos
brancos:
੦ tricuríase
੦ obstrução intestinal:
੦ ascaridíase
੦ febre, anorexia, hepatoesplenomegalia, tosse:
੦ toxocaríase
INEP | 2016

Um menino com 7 anos de idade é trazido por sua mãe


à Unidade Básica de Saúde, apresentando dor
abdominal em cólica e diarreia intermitente há 2 meses.
A mãe relata que o filho está apático, pálido, sem
vontade de brincar e que apresenta, ainda, episódios de
tosse e sibilância, sem antecedentes de atopia. Informa,
ainda, que foi realizado um hemograma na semana
anterior, cujo resultado demonstra hemoglobina =
8g/dL (valor de referência: 10,5 a 14,0g/dL).
Nesse caso, a conduta adequada é:
INEP | 2016

Nesse caso, a conduta adequada é:

a. solicitar teste da fita adesiva, para pesquisar


Enterobius vernicularis
b. solicitar aspirado duodenal para pesquisa de
protozoários
c. solicitar exame parasitológico de fezes, para detecção
de helmintos
d. solicitar exame de fezes por centrifugação, para
detecção de trofozoítos
INEP | 2016

Nesse caso, a conduta adequada é:

a. solicitar teste da fita adesiva, para pesquisar


Enterobius vernicularis
b. solicitar aspirado duodenal para pesquisa de
protozoários
c. solicitar exame parasitológico de fezes, para detecção
de helmintos
d. solicitar exame de fezes por centrifugação, para
detecção de trofozoítos
DOENÇA EXANTEMÁTICA
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
O QUE CAI?

੦ caso clínico para fazer diagnóstico e dar o


tratamento (varicela, sarampo, eritema infeccioso,
exantema súbito, escarlatina, mononucleose)
੦ profilaxia de contatos (varicela, sarampo)
੦ KAWASAKI – diagnóstico, tratamento, complicações
INEP | 2015

Uma menina de 4 anos é trazida à Unidade Básica de Saúde,


pois apresentou há dez dias manchas eritematopapulares
coalescentes em face e palidez perioral, associadas a episódios
de febre de 37,9°C. O quadro evoluiu nos cinco dias seguintes
com manchas eritematopapulares em braços, tronco e
nádegas, que esvaneceram com aparência reticulada. Oito dias
depois, após exposição solar, as manchas retornaram na face e
no tronco. O estado geral é bom, sem outras alterações no
exame físico. A hipótese diagnóstica é de:

a. sarampo
b. escarlatina
c. exantema súbito
d. eritema infeccioso
INEP | 2015

Uma menina de 4 anos é trazida à Unidade Básica de Saúde,


pois apresentou há dez dias manchas eritematopapulares
coalescentes em face e palidez perioral, associadas a episódios
de febre de 37,9°C. O quadro evoluiu nos cinco dias seguintes
com manchas eritematopapulares em braços, tronco e
nádegas, que esvaneceram com aparência reticulada. Oito dias
depois, após exposição solar, as manchas retornaram na face e
no tronco. O estado geral é bom, sem outras alterações no
exame físico. A hipótese diagnóstica é de:

a. sarampo
b. escarlatina
c. exantema súbito
d. eritema infeccioso
ERITEMA INFECCIOSO

੦ parvovírus B19
੦ lesões começa na face - “face esbofeteada”
Fonte: https://www.uptodate.com>
ERITEMA INFECCIOSO

੦ parvovírus B19
੦ lesões começa na face - “face esbofeteada”
੦ 1 a 4 dias depois → acomete os membros superiores
e inferiores, tronco. Aspecto tipicamente rendilhado
੦ exantema pode exacerbar ou reaparecer → sol, após
exercício e alterações de temperatura
Fonte: https://healthdocbox.com/Pediatrics/86265081-In-pediatric-medicine.html e
https://www.uptodate.com
EXANTEMA SÚBITO (ROSÉOLA):

੦ herpes vírus 6 e 7
੦ principalmente em menores de 2 anos
੦ febre elevada e contínua (convulsão febril)
੦ febre desaparece e surge o exantema maculopapular
no tronco com disseminação para a periferia
ESCARLATINA

੦ toxinas eritrogênicas do S. pyogenes do grupo A


੦ + comum a partir dos 3 anos
੦ odinofagia, anorexia e má aceitação alimentar;
febre alta, vômitos e cefaleia; dor abdominal;
adenomegalia cervical e submandibular
LÍNGUA “EM FRAMBOESA”​

੦ a camada esbranquiçada se desprende após o 3º ou


4º dia de doença, surgindo hipertrofia e hiperemia
das papilas linguais. Assemelha-se ao aspecto da
framboesa, daí o nome
EXANTEMA ESCARLATINIFORME​

੦ o exantema surge de 12 a 24 horas após o início do


quadro e se caracteriza pelo seu aspecto típico
(micropapular), confluente e que confere à pele
textura áspera; inicia-se no pescoço e nas pregas
cutâneas e se estende ao restante do corpo em cerca
de 24 horas; poupa regiões palmares e plantares
A palidez perioral contrasta com
Sinal de Filatov
bochechas vermelhas e testa hiperemiada
Há petéquias e linhas hiperpigmentadas na
Sinal de Pastia superfície flexora dos braços e nas raízes das
coxas​
Após cerca de 5 a 7 dias, inicia-se a descamação,
Descamação​ que pode durar até 3 a 8 semanas, do tipo
laminar nas extremidades​
ESCARLATINA

੦ complicação: GNDA, febre reumática


੦ tratamento:
੦ penicilina benzatina 600.000UI para crianças
com peso <25kg e 1.200.000UI àquelas acima disso
੦ amoxicilina 50mg/kg/dia
MONONUCLEOSE
੦ vírus Epstein-Barr
੦ febre
prolongada, adenomegalia, hepatoesplenomegalia,
faringoamigdalite,
exantema maculopapular ou papulovesicular
੦ exantema característico quando se
administra penicilina (amoxicilina)
INEP | 2014

Um lactente com 9 meses de vida vem à consulta na Unidade


Básica de Saúde (UBS) com febre há 6 dias, acompanhada de
tosse, secreção seromucosa nasal, hiperemia e secreção
conjuntival intensa. Procurou a UBS no início dos sintomas,
sendo diagnosticado um quadro gripal. A mãe retorna para
reavaliação, pois a febre não cessou e os sintomas pioraram
com o surgimento de manchas avermelhadas no rosto, que
progrediram para o tronco há 1 dia. Ao exame físico: bom
estado geral, ativo, afebril, com FC = 120bpm, FR = 40irpm,
auscultas pulmonar e cardíaca sem alterações. Boa perfusão
periférica. Otoscopia normal. Oroscopia com mucosa
hiperemiada e pequenas manchas brancas com halo
eritematoso próximo aos pré-molares. Pele: exantema
maculopapular em tronco e face. O diagnóstico desse
lactente é:
INEP | 2014

O diagnóstico desse lactente é:

a. rubéola
b. sarampo
c. exantema súbito
d. eritema infeccioso
INEP | 2014

O diagnóstico desse lactente é:

a. rubéola
b. sarampo
c. exantema súbito
d. eritema infeccioso
SARAMPO

੦ paramixovírus
੦ pródromo respiratório com tosse, coriza, febre alta,
conjuntivite não purulenta e fotofobia.
੦ 2 dias antes de aparecer o exantema → Manchas de
Koplik
SARAMPO

੦ exantema maculopapular eritematoso, morbiliforme


que conflui e descama
੦ inicia-se atrás da orelha e se espalha para pescoço,
face e tronco, e atinge a extremidade dos membros
por volta do 3º dia
SARAMPO
DIAGNÓSTICO
੦ anticorpos IgM específicos
੦ isolamento do vírus ou detecção de RNA viral por
PCR em amostras de urina e secreção
de oro/nasofaringe
SARAMPO
TRATAMENTO
੦ vitamina A
੦ ↓ morbidade e mortalidade
੦ 2 doses, imediatamente ao diagnóstico e repetida no
dia seguinte
੦ 50.000UI por via oral, para lactentes <6 meses de
idade
੦ 100.000UI por via oral, para lactentes de 6 a 11 meses
de idade
੦ 200.000UI por via oral, para crianças de 12 meses de
idade ou mais
SARAMPO
COMPLICAÇÕES
੦ otite média, laringite, traqueobronquite, sinusite,
pneumonia, ceratoconjuntivite, miocardite, diarreia
com perda de proteína
੦ encefalite aguda: lesões cerebrais graves e
definitivas
੦ panencefalite esclerosante subaguda (PESA) –
doença degenerativa do sistema nervoso central,
ocorre 7 a 10 anos após a infecção pelo vírus do
sarampo
CUIDADOS COM CONTACTANTES
DE SARAMPO​
੦ indivíduos imunocompetentes >6 meses, não
vacinados, ou que só receberam 1 dose, exceto
gestantes​:
੦ tríplice viral nas primeiras 72 horas após contato
੦ indivíduos imunocomprometidos graves,
grávidas sem vacinação, bebes <6 meses​:
੦ imunoglobulina (IG) por via intramuscular (IGIM) ou
endovenosa (IGEV), nos primeiros 6 dias após o
contato
INEP | 2020

Uma lactente com 10 meses de idade é levada à


Unidade Básica de Saúde pela mãe, a qual demonstra
preocupação pelo contato da filha com um tio que, no
dia anterior, chegou de viagem do exterior com
sintomas respiratórios e manchas no corpo. Ele
procurou atendimento no pronto-socorro e foi
diagnosticado como caso suspeito de sarampo.
A conduta médica indicada para a lactente é administrar
a vacina
INEP | 2020

a. tetraviral em até 48 horas após o contato com o caso


suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da segunda dose
aos 12 meses.
b. tetraviral em até 72 horas após o contato com caso
suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da vacinação
habitual aos 12 meses.
c. tríplice viral em até 48 horas após o contato com o
caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da
segunda dose aos 12 meses.
d. tríplice viral em até 72 horas após o contato com o
caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da
vacinação habitual aos 12 meses.
INEP | 2020

a. tetraviral em até 48 horas após o contato com o caso


suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da segunda dose
aos 12 meses.
b. tetraviral em até 72 horas após o contato com caso
suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da vacinação
habitual aos 12 meses.
c. tríplice viral em até 48 horas após o contato com o
caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da
segunda dose aos 12 meses.
d. tríplice viral em até 72 horas após o contato com o
caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da
vacinação habitual aos 12 meses.
VARICELA

੦ vírus varicela-zoster
੦ lesões

੦ complicações:
• infecções bacterianas
secundárias: piodermites, erisipela e celulite
• pneumonia​
• encefalite: lesão cerebelar que se manifesta
com ataxia aguda
CUIDADO COM CONTACTANTES

੦ VZIG: administrar preferencialmente nas primeiras


96h após o contato. No entanto, pode ser aplicada
em até 10 dias após

Grupo com recomendação para uso de VZIG após exposição ao VVZ


Crianças imunossuprimidas suscetíveis.
Gestantes suscetíveis.
Recém-nascido cuja mãe apresentou varicela cinco dias ou menos antes
do parto, ou até 48 h depois do parto.
Prematuros ≥ 28 semanas de gestação, hospitalizados, cuja mãe não
tenha história de varicela ou é soronegativa.
Prematuros < 28 semanas de gestação, ou peso ao Nascimento ≤ 1.000g,
independente do estado imunitário materno.
CUIDADO COM CONTACTANTES

੦ vacina: para pessoas sem história bem definida da


doença e/ou de vacinação anterior durante surtos em
hospitais, creches, escolas
੦ idade ≥ 9 meses; não gestantes; imunocompetentes;
• deve ser aplicada em até 5 dias do contato
VARICELA
TRATAMENTO
੦ pacientes com imunodepressão ou que apresentem
risco de doença grave com acometimento visceral e
crianças com mais de 12 anos de idade*
੦ aciclovir
INEP | 2011

Menina com cinco anos de idade, acometida de leucemia


linfoide aguda (LLA), internada em enfermaria pediátrica,
está sendo submetida à quimioterapia para tratamento da
leucemia. Em outra ala da enfermaria, uma criança
apresentou febre e desenvolveu lesões eritematobolhosas
sugestivas de varicela. Nesse contexto, a conduta ideal a ser
tomada em relação a criança com leucemia é

a. administrar vacina contra varicela.


b. aplicar imunoglobulina específica anti-varicela.
c. administrar aciclovir por 10 dias.
d. administrar a vacina contra varicela e o aciclovir por 10 dias.
e. administrar a vacina contra varicela e imunoglobulina
específica.
INEP | 2011

Menina com cinco anos de idade, acometida de leucemia


linfoide aguda (LLA), internada em enfermaria pediátrica,
está sendo submetida à quimioterapia para tratamento da
leucemia. Em outra ala da enfermaria, uma criança
apresentou febre e desenvolveu lesões eritematobolhosas
sugestivas de varicela. Nesse contexto, a conduta ideal a ser
tomada em relação a criança com leucemia é

a. administrar vacina contra varicela.


b. aplicar imunoglobulina específica anti-varicela.
c. administrar aciclovir por 10 dias.
d. administrar a vacina contra varicela e o aciclovir por 10 dias.
e. administrar a vacina contra varicela e imunoglobulina
específica.
DOENÇA DE KAWASAKI

੦ critério obrigatório:
• febre por mais de 5 dias
੦ + 4 dos seguintes:
੦ alterações de cavidade oral – ressecamento, fissuras e
hiperemia de lábios e/ou da orofaringe, “língua em
framboesa”
੦ hiperemia conjuntival bilateral não purulenta
੦ linfonodomegalia cervical unilateral de pelo menos 1,5 cm
de diâmetro
੦ alterações nas extremidades - hiperemia palmar e/ou
plantar, edema de dorso de mãos e pés
੦ exantema polimórfico – exceto vesículas, predominando
em tronco e períneo
DOENÇA DE KAWASAKI

੦ 85% dos casos ocorrem em crianças menores de 5


anos
੦ pico entre 9-12 meses
੦ predomínio em meninos
੦ complicação: aneurisma de coronária
੦ exame obrigatório: ecocardiograma
DOENÇA DE KAWASAKI

੦ tratamento:
੦ imunoglobulina humana IV em dose única de 2 g/kg,
até o 10º dia de febre
੦ ácido acetilsalicílico (AAS) deve ser iniciado em doses
altas logo no início do tratamento
੦ o AAS deve ser reduzido para a dose antiagregante
plaquetária após 48h do término da febre e deve ser
mantido durante 6-8 semanas
੦ se houver anormalidades coronarianas, o paciente vai
usar o AAS indefinidamente
KAWASAKI
SEGUIMENTO
੦ o ecocardiograma com Doppler deve ser realizado:
੦ no momento da suspeita diagnóstica
੦ após 1-2 semanas
੦ 6-8 semanas de evolução
INEP | 2020

Um pré-escolar com 4 anos de idade foi diagnosticado


com COVID-19 há 30 dias, sem complicações na época.
Há 5 dias, tem tido febre diária, 38 a 40 °C, persistente.
No segundo dia de febre, apresentou língua em
framboesa, linfadenite cervical unilateral (3 cm), tendo
recebido, na ocasião, dose única de penicilina
benzatina. Hoje, quinto dia, é atendido no pronto-
socorro com persistência da febre. Ao exame físico,
encontra-se clinicamente hidratado, com hiperemia
conjuntival bilateral não purulenta, exantema
escarlatiniforme, edema em mãos e pés.
Em face desse quadro clínico, o exame complementar e
o tratamento indicados são, respectivamente,
INEP | 2020

Em face desse quadro clínico, o exame complementar e


o tratamento indicados são, respectivamente,

a. sorologia para Epstein-Baar; corticoterapia via oral.


b. ecocardiograma; aplicação de gamaglobulina via
endovenosa.
c. IgG e IgM para sarampo; reposição de vitamina A via
endovenosa.
d. reação em cadeia da polimerase para espiroquetas;
doxiciclina via oral.
INEP | 2020

Em face desse quadro clínico, o exame complementar e


o tratamento indicados são, respectivamente,

a. sorologia para Epstein-Baar; corticoterapia via oral.


b. ecocardiograma; aplicação de gamaglobulina via
endovenosa.
c. IgG e IgM para sarampo; reposição de vitamina A via
endovenosa.
d. reação em cadeia da polimerase para espiroquetas;
doxiciclina via oral.
SIM-p

੦ crianças e adolescentes de 0 a 19 anos com febre ≥ 3 dias.


੦ e 2 dos seguintes:
• exantema ou conjuntivite não purulenta bilateral ou
sinais de inflamação mucocutânea (orais, mãos ou pés)
• hipotensão ou choque
• características de disfunção miocárdica, pericardite,
valvulite ou anormalidades coronárias (incluindo
achados do ecocardiograma ou elevações de
troponina/pró-BNP)
• evidência de coagulopatia (TP, TTPA, D-dímero elevado)
• problemas gastrintestinais agudos (diarreia, vômito ou
dor abdominal)
SIM-p

E
੦ marcadores elevados de inflamação, como
velocidade de hemossedimentação (VHS), PCR ou
procalcitonina
E
੦ nenhuma outra causa de inflamação microbiana,
incluindo sepse bacteriana, síndromes de choque
estafilocócica ou estreptocócica
E
੦ evidência de Covid-19 (RT-PCR, teste antigênico ou
sorologia positiva) ou provável contato com
pacientes com Covid-19
SIM-p

੦ elevação de enzimas cardíacas (troponina, BNP)


੦ insuficiência ventricular esquerda
੦ tratamento: antibioticoterapia empírica,
imunoglobulina EV, suporte
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
O QUE CAI?

੦ caso clínico com sinais de desidratação (grave ou


não) para você dar o diagnóstico do tipo de
desidratação e conduta
੦ planos B e C
COMO DIFERENCIAR DESIDRATAÇÃO DE
DESIDRATAÇÃO GRAVE?
੦ 3 sinais clínicos fundamentais:
੦ nível de consciência:
੦ letárgico, sonolento OU irritado, choroso
੦ sede
੦ bebe mal, não quer beber OU bebe água com avidez
੦ turgor da pele
੦ desce lentamente OU desce muito lentamente
TRATAMENTO

੦ criança está acordada, sem sinais de gravidade e


consegue beber líquidos?
੦ plano B
੦ criança letárgica, com sinais de gravidade e não
consegue ou pode ingerir líquidos?
੦ plano C
INEP | 2013
Um lactente com 6 meses de vida é trazido à Unidade
Básica de Saúde pela mãe porque há 1 dia apresentava
diarreia com 6 a 7 evacuações, com fezes líquidas,
acompanhada de redução da diurese e inapetência;
mantendo, porém, a ingestão de líquidos satisfatória.
Não apresenta febre ou vômitos e sintomas respiratórios.
Ao exame físico, o médico observa que a criança
apresenta-se irritada, chorando sem lágrimas, com olhos
fundos e saliva espessa. A pesquisa de turgor da pele
mostra prega cutânea desaparecendo lentamente.
Observa-se, também, aumento da frequência cardíaca
com pulso débil. Com base nos dados observados e no
grau de desidratação estimado, a conduta terapêutica
adequada nessa situação é realizar:
INEP | 2013

Com base nos dados observados e no grau de


desidratação estimado, a conduta terapêutica adequada
nessa situação é realizar:

a. terapia de reidratação oral na Unidade


b. terapia de reidratação oral no domicílio
c. hidratação intravenosa com fase rápida
d. reidratação intravenosa com fase de reposição
e. reidratação intravenosa com fase de manutenção
INEP | 2013

Com base nos dados observados e no grau de


desidratação estimado, a conduta terapêutica adequada
nessa situação é realizar:

a. terapia de reidratação oral na Unidade


b. terapia de reidratação oral no domicílio
c. hidratação intravenosa com fase rápida
d. reidratação intravenosa com fase de reposição
e. reidratação intravenosa com fase de manutenção
PLANO A

੦ tratamento em casa; aumentar a oferta de líquidos


੦ após cada evacuação diarreica → 50 a 100 mL para
menores de 2 anos, de 100 a 200 mL para crianças de
2 a 10 anos e, acima de 10 anos, o quanto aceitar.
੦ orientar os familiares sobre os sinais de desidratação
e gravidade
੦ não oferecer refrigerantes nem adoçar chás e sucos
੦ Zinco 10 mg (menores de 6 meses) 20 mg (maiores
de 6 meses) por 10-14 dias
੦ não usar probiótico ou loperamida
PLANO B

੦ reposição com 50 a 100 mL/kg de SRO em 4 a 6 h,


com avaliações periódicas na unidade de saúde
੦ vômitos persistentes:
• ondansetrona
• SRO por sonda nasogástrica 20 mL/kg/hora,
durante 4 a 6 h.
੦ não se deve alimentar a criança, exceto se ela estiver
em aleitamento materno
੦ quando estiver hidratada, aceitando a alimentação,
passa-se para o Plano A
PLANO C
INDICAÇÕES
੦ desidratação grave (perda maior que 10% do peso)
੦ vômito intratável
੦ falha na TRO por via oral ou sonda nasogástrica
੦ diarreia profusa
੦ íleo paralítico
੦ irritabilidade, sonolência
੦ ausência de melhora após 24 h da administração da
SRO
PLANO C
FASE RÁPIDA (EXPANSÃO)
੦ < 5 anos
• SF0,9% – 20 mL/kg
• em cardiopatas e RN – 10 mL/kg
• infundir a cada 30 min

੦ > 5 anos
• SF0,9% ou ringer lactato – 30 mL/kg em 30 min +
70 mL/kg em 2 h e 30 min
PLANO C
FASE DE EXPANSÃO AIDPI
੦ < 1 ano
• SF0,9% ou ringer lactato – 30 mL/kg em 60 min +
70 mL/kg em 5h

੦ > 1 anos
• SF0,9% ou ringer lactato – 30 mL/kg em 30 min +
70 mL/kg em 2 h e 30 min
PLANO C
FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO
੦ volume de 24h = regra de Holliday-Segar
• peso até 10 kg – 100 mL/kg
• peso de 10 a 20 kg – 1.000 mL + 50 mL de peso que
exceder 20 kg
• peso > 20 kg – 1.500 mL + 20 mL/kg de peso que
exceder 20 kg
੦ manutenção: soro glicosado a 5% + soro fisiológico a
0,9% na proporção de 4:1 + KCl a 10% (2 mL para
cada 100 mL)
੦ reposição: soro glicosado a 5% + soro fisiológico a
0,9% na proporção de 1:1 – velocidade 50mL/ kg/ dia
INEP | 2017

Um lactente de 8 meses é levado pela mãe à Unidade Básica de


Saúde (UBS), que relata que a criança, anteriormente hígida, vem
apresentando, há 8 dias, evacuações líquidas, sem muco e sem
sangue, com hiperemia perianal e fezes explosivas, chegando a
apresentar cerca de 10 episódios em 24 horas. O lactente não está
aceitando bem a alimentação, nem soro caseiro e apresenta
vômitos. O médico da UBS encaminha o paciente a um pronto-
socorro público para avaliação, dada a não aceitação do soro de
reidratação oral oferecido, com total de 6 episódios de vômitos em
1 hora, mesmo com fracionamento do soro. Ao exame, constatam-
se os seguintes achados: temperatura axilar = 36°C, letargia, olhos
muito encovados, fontanela deprimida, prega cutânea que se
desfaz em mais de 2 segundos e mucosas secas. Em face do
presente caso clínico, o diagnóstico e a conduta adequados, são:
INEP | 2017

Em face do presente caso clínico, o diagnóstico e a conduta


adequados, são:

a. diarreia aguda com desidratação; iniciar hidratação por


gastróclise com soro de reidratação oral, 50mL/kg de peso,
em 2 horas
b. diarreia persistente com desidratação; iniciar antiemético,
antidiarreico e soro de hidratação oral, 50mL/kg de peso, em
2 horas
c. diarreia aguda com desidratação grave; iniciar hidratação
venosa com solução fisiológica 0,9%, 20mL/kg de peso, em
30 minutos
d. diarreia persistente com desidratação grave; iniciar
hidratação venosa com solução glicofisiológica 1:2, 100mL/kg
de peso, em 4 horas
INEP | 2017

Em face do presente caso clínico, o diagnóstico e a conduta


adequados, são:

a. diarreia aguda com desidratação; iniciar hidratação por


gastróclise com soro de reidratação oral, 50mL/kg de peso,
em 2 horas
b. diarreia persistente com desidratação; iniciar antiemético,
antidiarreico e soro de hidratação oral, 50mL/kg de peso, em
2 horas
c. diarreia aguda com desidratação grave; iniciar hidratação
venosa com solução fisiológica 0,9%, 20mL/kg de peso, em
30 minutos
d. diarreia persistente com desidratação grave; iniciar
hidratação venosa com solução glicofisiológica 1:2, 100mL/kg
de peso, em 4 horas
INEP | 2022

Uma criança do sexo masculino com 10 meses de idade,


previamente hígida, comparece à unidade de pronto atendimento
com quadro de diarreia e vômitos há 2 dias, e oligúria há 1 dia,
segundo relato da mãe. Ao exame físico, apresenta frequência
respiratória = 55 incursões respiratórias por minuto, saturometria
de 98%; auscultas cardíaca e respiratória sem alterações; frequência
cardíaca = 140 batimentos por minuto; pressão arterial adequada;
ausência de edema. Os exames laboratoriais mostram: sódio = 128
mEq/L, K = 4,8 mEq/L, bicarbonato = 13 mEq/L, ureia = 62 mg/dl,
creatinina = 1,4 mg/dL, fração de excreção de sódio < 1%.
Diante desse quadro, a conduta imediata mais adequada em
relação ao paciente, após medidas de suporte e acesso venoso, é
solicitar
INEP | 2022

Diante desse quadro, a conduta imediata mais adequada em


relação ao paciente, após medidas de suporte e acesso venoso, é
solicitar

a. expansão volêmica endovenosa com cloreto de sódio


(NaCl) a 0,9%.
b. aplicação endovenosa de bicarbonato de sódio a
8,4%.
c. realização de tratamento de substituição renal.
d. aplicação endovenosa de furosemida.
INEP | 2022

Diante desse quadro, a conduta imediata mais adequada em


relação ao paciente, após medidas de suporte e acesso venoso, é
solicitar

a. expansão volêmica endovenosa com cloreto de sódio


(NaCl) a 0,9%.
b. aplicação endovenosa de bicarbonato de sódio a
8,4%.
c. realização de tratamento de substituição renal.
d. aplicação endovenosa de furosemida.
PNEUMONIAS
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
O QUE CAI?

੦ caso clínico clássico de pneumonia onde você precisa


identificar se há sinais de alarme e dar conduta
correta → tratamento ambulatorial ou hospitalar
PNEUMONIA

੦ taquipneia
• < 2 meses: FR ≥ 60 irpm;
• 2-11 meses: FR ≥ 50 irpm;
• 1-4 anos: FR ≥ 40 irpm.
੦ febre
੦ tosse
੦ ausculta com estertores
AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE
PNEUMONIA GRAVE
੦ dificuldade para respirar com cianose central
੦ saturação de O2 < 90%
੦ desconforto respiratório grave (gemência ou tiragem
subcostal)
੦ sinais gerais de perigo (recusa de líquidos, letargia
ou inconsciência, convulsões)
੦ complicação radiológica (derrame, empiema, etc)
AIDPI

Fonte: AIDPI criança – ministério da saúde, 2017


INEP | 2020

Um pré-escolar com 3 anos de idade é atendido no


pronto-socorro com quadro de tosse produtiva e febre
alta há 4 dias, associado à dificuldade respiratória. No
exame físico, apresenta-se febril, emagrecido,
hipocorado (2+/4+), hidratado, com boa perfusão
periférica, com temperatura axilar de 39 °C, FC = 110
bpm e FR = 55 irpm. O paciente apresenta retração
subcostal e tiragens intercostais, com murmúrio
vesicular diminuído em base de hemitórax esquerdo.
Segundo o Programa de Atenção Integrada das
Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) do Ministério
da Saúde, qual é a classificação do quadro respiratório
da criança?
INEP | 2020

Segundo o Programa de Atenção Integrada das


Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) do Ministério
da Saúde, qual é a classificação do quadro respiratório
da criança?

a. Pneumonia.
b. Pneumonia grave.
c. Não é pneumonia.
d. Pneumonia muito grave.
INEP | 2020

Segundo o Programa de Atenção Integrada das


Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) do Ministério
da Saúde, qual é a classificação do quadro respiratório
da criança?

a. Pneumonia.
b. Pneumonia grave.
c. Não é pneumonia.
d. Pneumonia muito grave.
AGENTES ETIOLÓGICOS

੦ PAC clássica é causada por pneumococo


੦ a PAC por Mycoplasma pneumoniae → evolução
arrastada, com tosse, dor e sibilos; Pode haver
artralgia, cefaleia e lesões de pele
੦ a PAC estafilocócica é indistinguível da PAC
pneumocócica no início da doença. Crianças
desnutridas ou com lesões de pele
੦ a PAC por Chlamydia trachomatis → lactentes de 4-
12 semanas de vida com pródromos de obstrução
nasal e tosse; conjuntivite; evolução arrastada com
tosse coqueluchoide e taquipneia, sem febre
EXAMES

੦ não são necessários para PAC tratada


ambulatorialmente; devem ser reservados para aquelas
com doença mais grave.
੦ hemograma: Chlamydia trachomatis →leucocitose
superior a 10.000 células/mm³ e eosinofilia maior que
300-400 células/mm³ é também comum nessa infecção
੦ provas inflamatórias elevadas
੦ hemocultura para pacientes internados
੦ radiografia de tórax → pacientes com
hipoxemia/hipóxia, esforço respiratório, suspeita de
derrame, e para os que não apresentam boa resposta
ao tratamento
TRATAMENTO AMBULATORIAL

੦ amoxicilina - 50 mg/kg/dia de 8/8 ou 12/12 horas por


7 dias.
• reavaliação após 48 horas ou antes, se houver piora
clínica
੦ suspeita de Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia
pneumoniae:
• macrolídeos
TRATAMENTO HOSPITALAR

੦ menores de 2 meses
੦ presença de tiragem subcostal
੦ convulsões
੦ sonolência excessiva
੦ estridor em repouso
੦ desnutrição grave
੦ ausência de ingestão de líquidos
੦ sinais de hipoxemia
੦ presença de comorbidades (anemia, cardiopatias,
doenças pulmonares crônicas)
੦ problemas sociais
੦ complicações radiológicas (derrame pleural,
pneumatocele, abscesso pulmonar)
TRATAMENTO HOSPITALAR

੦ amoxicilina se houver tolerância oral


੦ penicilina cristalina ou ampicilina
COMPLICAÇÃO
DERRAME PLEURAL
Toracocentese (Gram e cultura)

Purulento pH <7,2 ou Não purulento


Glicose <40
ou
pH >7,2 ou
Drenagem Gram e/ou
Glicose >40
cultura +

Melhora: Observação
manter Nova 24-48h
conduta toracocentese Reavaliação

OU
Piora: Melhora:
discutir ATB e Piora manter
toracoscopia conduta
INEP | 2022

Um menino com 3 anos de idade é atendido na emergência de


hospital público municipal em decorrência de tosse e febre. Sua
mãe relata que o quadro se iniciou há cerca de 5 dias, com coriza
hialina, e que, posteriormente, surgiram tosse, que se tornou
produtiva, e febre de até 38,5 °C. Nega antecedentes patológicos
relevantes. Ao exame, o menino apresenta-se em regular estado
geral, hipocorado 1+/4+, desidratado 1+/4+, anictérico e
acianótico, com frequência cardíaca de 150 batimentos por minuto
e frequência respiratória de 50 incursões respiratórias por minuto.
Há presença de tiragem subcostal. A ausculta respiratória revela
estertores crepitantes em base direita. A ausculta cardíaca e do
abdome, sem anormalidades. A radiografia de tórax revela
condensação em base direita, sem derrame pleural.
Com base nesses dados, assinale a opção que apresenta o
antibiótico de primeira escolha para esse caso.
INEP | 2022

Com base nesses dados, assinale a opção que apresenta


o antibiótico de primeira escolha para esse caso.

a. Penicilina intravenosa.
b. Gentamicina intravenosa.
c. Ceftazidima intravenosa.
d. Vancomicina intravenosa.
INEP | 2022

Com base nesses dados, assinale a opção que apresenta


o antibiótico de primeira escolha para esse caso.

a. Penicilina intravenosa.
b. Gentamicina intravenosa.
c. Ceftazidima intravenosa.
d. Vancomicina intravenosa.
BRONQUIOLITE VERSUS PNEUMONIA

੦ bronquiolite:
• lactentes menores de 2 anos
• início com IVAS que piora progressivamente
• febre apenas no primeiro dia
• ausculta com estertores, sibilos,
roncos de transmissão
੦ pneumonia:
• qualquer idade
• início com taquipneia, tosse e febre
• febre persistente
• ausculta com estertores crepitantes,
ausência de sibilos*
MENINGITES
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
MENINGITE
O QUE CAI?
੦ caso clínico com suspeita de meningite:
੦ lactente: quadro agudo de febre, irritabilidade,
vômitos, letargia, sonolência, manchas no corpo,
abaulamento de fontanela
੦ crianças maiores: quadro agudo de febre, cefaleia,
mal-estar, vômitos, rigidez de nuca, manchas no
corpo (petéquias)
੦ exame físico: Kerning e Brudzinski
੦ análise do LCR para diagnóstico
੦ definir conduta e tratamento
INEP | 2020

Uma mãe leva seu filho de 5 anos de idade para


atendimento, na Unidade Básica de Saúde, relatando
febre persistente há 24 horas, diminuição do apetite,
náuseas e vômitos. A criança amanheceu febril, com
cefaleia e sede. A mãe relata que a criança frequentou
uma festa de aniversário há cerca de 5 dias. Ela tem
vacinação em dia. No exame físico, os resultados de sua
avaliação foram os seguintes: pouco reativa; FC = 130
bpm; FR = 30 irpm; temperatura axilar = 38,8 °C; Sat.
O2 = 96 %; mucosas desidratadas 3+/4+; petéquias
puntiformes em membros inferiores, tórax e abdome.
Ele possui dor à flexão da coluna cervical.
Nesse caso, qual é a conduta médica adequada?
INEP | 2020

a. suspeitar de infecção bacteriana e iniciar antibioticoterapia, dado o


quadro de infecção de foco e de etiologia desconhecidos. Liberar a criança
para casa com hidratação oral, antitérmico, antiemético, antibiótico, com
retorno em 72 horas para reavaliação clínica

b. solicitar hemograma para diferenciar etiologia viral ou bacteriana.


Descartar meningite por Haemophilus do grupo B, pois a vacinação está
atualizada. Liberar a criança para casa com hidratação oral, sintomáticos e
retorno em 24 horas com resultado de exame

c. acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com


encaminhamento à emergência, instituir hidratação venosa e isolamento,
pois trata-se de um caso suspeito de COVID-19 com provável infecção
bacteriana secundária. Notificar o caso e isolar contactantes

d. acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com


encaminhamento à emergência, com hidratação venosa, isolamento,
antibioticoterapia e sintomáticos por tratar-se de caso suspeito de
meningite meningocócica. Notificar o caso e instituir tratamento
profilático aos comunicantes
INEP | 2020

a. suspeitar de infecção bacteriana e iniciar antibioticoterapia, dado o


quadro de infecção de foco e de etiologia desconhecidos. Liberar a criança
para casa com hidratação oral, antitérmico, antiemético, antibiótico, com
retorno em 72 horas para reavaliação clínica

b. solicitar hemograma para diferenciar etiologia viral ou bacteriana.


Descartar meningite por Haemophilus do grupo B, pois a vacinação está
atualizada. Liberar a criança para casa com hidratação oral, sintomáticos e
retorno em 24 horas com resultado de exame

c. acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com


encaminhamento à emergência, instituir hidratação venosa e isolamento,
pois trata-se de um caso suspeito de COVID-19 com provável infecção
bacteriana secundária. Notificar o caso e isolar contactantes

d. acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com


encaminhamento à emergência, com hidratação venosa, isolamento,
antibioticoterapia e sintomáticos por tratar-se de caso suspeito de
meningite meningocócica. Notificar o caso e instituir tratamento
profilático aos comunicantes
MENINGITES

LCR BACTERIANAS VIRAIS TUBERCULOSA


Levemente
Leucócitos/mm³ > 1.000 < 1.000 aumentadas
20-500
Predomínio de
Predomínio de Predomínio de
neutrófilos
linfócitos linfócitos
polimorfonucleares
Normal ou
Diminuída
Glicose levemente Diminuída
< 30 mg/100 mL
diminuída
Normais ou
Aumentadas Bastantes elevadas
Proteínas levemente
> 100-500 > 100mg/100mL
aumentadas
Ziehl-Neelsen
Bacterioscopia Positiva em mais de
Negativa positiva em 30%
direta 85% dos casos
dos casos
Isolamento de
Cultura Positiva Negativa
bacilo de Koch
INEP | 2013

Um lactente com 9 meses de vida é admitido no


pronto-socorro com história de irritabilidade, febre e
choro persistente. Ao exame físico, apresenta-se pálido,
com discreta hiperemia de orofaringe, discreta limitação
à flexão do pescoço e fontanela abaulada. O
hemograma realizado no atendimento mostra discreta
leucocitose (11.000 leucócitos/mm³), sem desvio à
esquerda. Punção lombar mostrou liquor hipertenso e
turvo, com 1.250 células, com 95% de neutrófilos;
glicorraquia = 15mg/dL, dosagem de proteínas no
liquor = 345mg/dL, presença de Diplococos Gram
negativos.
Qual é a hipótese diagnóstica mais provável?
INEP | 2013

Qual é a hipótese diagnóstica mais provável?

a. meningite viral
b. meningite bacteriana pneumocócica
c. meningite bacteriana meningocócica
d. meningite por Mycobacterium tuberculosis
e. meningite sem agente etiológico determinado
INEP | 2013

Qual é a hipótese diagnóstica mais provável?

a. meningite viral
b. meningite bacteriana pneumocócica
c. meningite bacteriana meningocócica
d. meningite por Mycobacterium tuberculosis
e. meningite sem agente etiológico determinado
TRATAMENTO

੦ dexametasona 0,15 mg/kg, por via IV, de 6/6 horas por 2


dias, para crianças com idade superior a 6 semanas
੦ antimicrobiano empírico:
• 0 ≤ 60 dias: ampicilina + cefotaxima
• maiores de 2 meses: ceftriaxona (100 mg/kg, dividida
de 12 em 12 horas) + vancomicina (60 mg/kg dividida
de 6 em 6 horas)
• tempo depende do agente (Meningococo – 5 a 7 dias)
੦ o LCR de controle só deve ser realizado se o paciente não
apresentar resposta adequada após 48 horas de
antibioticoterapia apropriada
੦ isolamento respiratório para gotículas nas 1ª 24 horas
QUIMIOPROFILAXIA

੦ Meningococo:
੦ rifampicina 10 mg/kg (máximo de 600 mg), de 12/12
horas, por 2 dias
੦ Hib:
੦ todos os contatos domiciliares íntimos, de qualquer
idade, que tenham pelo menos um contato menor
que 4 anos não vacinado ou parcialmente vacinado
੦ rifampicina 20 mg/kg (máximo de 600 mg), 1 vez ao
dia, por 4 dias
SÍNDROMES GLOMERULARES
PREVALÊNCIA

2011 2016
2012 2017
2013 2020
2014 2021
2015 2022
O QUE CAI?

੦ síndrome nefrótica
੦ GNDA-PE (síndrome nefrítica)
੦ casos clínicos com características de cada síndrome
para fazer diagnóstico, solicitar exames e iniciar
tratamento
SÍNDROME NEFRÓTICA

੦ proteinúria maciça (proteinúria de 24 horas ≥ 50


mg/kg/dia ou ≥ 40 mg/m2/h) – urina espumosa
੦ hipoalbuminemia (≤ 2,5 g/dL)
੦ edema insidioso que pode levar à anasarca (mmii,
bolsa escrotal)
੦ hiperlipidemia
੦ PRESSÃO ARTERIAL É GERALMENTE NORMAL, SEM
HEMATÚRIA
SÍNDROME NEFRÓTICA

੦ idiopática
੦ LHM
੦ exacerbada por processos infecciosos, estresse (pode
estar na história)
੦ GRANDE MAIORIA RESPONDE A CORTICOIDE
੦ dieta hipossódica nos grandes edemas
੦ evitar uso de diuréticos
INEP | 2013

Um menino de 8 anos é trazido ao ambulatório de Pediatria com


queixa de oligúria e urina espumosa, bem como quadro de edema,
iniciado há 7 dias. A mãe nega outras alterações ou patologias
prévias. Ao exame físico: PA = 99x56mmHg, edema palpebral
e de membros inferiores, sem ascite. Exame de urina: densidade
urinária = 1.015, hemácias = 2/campo, leucócitos = 3/campo,
proteinuria +++/++++. Considerando a principal hipótese
diagnóstica, é indicado para tratamento da doença de base:
a. diurético
b. antibiótico
c. anti-hipertensivo
d. corticosteroide
e. anti-inflamatório não hormonal
INEP | 2013

Um menino de 8 anos é trazido ao ambulatório de Pediatria com


queixa de oligúria e urina espumosa, bem como quadro de edema,
iniciado há 7 dias. A mãe nega outras alterações ou patologias
prévias. Ao exame físico: PA = 99x56 mmHg, edema palpebral
e de membros inferiores, sem ascite. Exame de urina: densidade
urinária = 1.015, hemácias = 2/campo, leucócitos = 3/campo,
proteinúria +++/++++. Considerando a principal hipótese
diagnóstica, é indicado para tratamento da doença de base:
a. diurético
b. antibiótico
c. anti-hipertensivo
d. corticosteroide
e. anti-inflamatório não hormonal
GNDA-PE

੦ história pregressa de lesão de pele ou


faringoamigdalite
੦ lesão renal ocorre por ativação do complemento (C3)
੦ edema inicialmente periorbitário que se espalha
੦ hematúria
੦ hipertensão arterial
੦ oligúria
COMPLICAÇÕES

੦ congestão cardiocirculatória/ hipervolemia


੦ insuficiência cardíaca com ou sem edema agudo de
pulmão
੦ crise hipertensiva (encefalopatia hipertensiva)
੦ lesão renal aguda
INEP | 2017

Um menino de 7 anos é levado à Emergência Pediátrica


devido a quadro de crise convulsiva generalizada. A mãe
refere que a urina da criança está escura há 24 horas e nega
febre. Ao exame físico, o paciente encontra-se sonolento, em
período pós-ictal, corado, hidratado, com PA = 190x120
mmHg e FC = 120 bpm, RCR 2T, BNF, sem sopros. Apresenta
discreto edema periorbitário bilateral e abdome sem
alterações; ausculta respiratória sem alterações, pupilas
isocóricas e fotorreagentes, sem déficits focais; ausência de
rigidez de nuca, pele dos membros inferiores com lesões
cicatriciais de impetigo. Foi iniciado diurético de alça e
mantida restrição hídrica para o paciente. Nesta situação, o
exame mais importante para o seguimento, em longo prazo,
da criança, é:
INEP | 2017

Nesta situação, o exame mais importante para o


seguimento, em longo prazo, da criança, é:

a. dosagem de complemento sérico


b. ultrassonografia de vias urinárias
c. sedimentoscopia urinária
d. biópsia renal por agulha
INEP | 2017

Nesta situação, o exame mais importante para o


seguimento, em longo prazo, da criança, é:

a. dosagem de complemento sérico


b. ultrassonografia de vias urinárias
c. sedimentoscopia urinária
d. biópsia renal por agulha
TRATAMENTO

੦ restrição hídrica inicial preconizada é de 20


mL/kg/dia ou 300 – 400 mL/m2/dia
੦ dieta assódica (< 2 g de NaCl/m2/dia)
• manter restrições enquanto ocorrer oligúria,
edema e hipertensão arterial
੦ HAS → diurético de alça (furosemida) +/- tiazídico
(hidroclorotiazida) e/ou um bloqueador dos canais
de cálcio (anlodipino) costuma ser eficaz
੦ antibiótico para erradicar a cepa nefritogênica
੦ prognóstico costuma ser bom
EXAMES

੦ proteinúria → síndrome nefrótica


੦ hematúria → GNDA-PE
੦ função renal → pode estar alterada nas 2 síndromes
੦ complemento (C3) → reduzido na GNDA-PE
੦ ASLO → presente na GNDA-PE após
2 semanas da amigdalite
੦ anti-DNase B → melhor acurácia
੦ colesterol, triglicérides elevados → síndrome nefrótica
੦ albumina baixa → síndrome nefrótica
INEP | 2020

Uma criança em idade escolar com 8 anos de idade é


atendida no ambulatório de Pediatria com edema,
diminuição da diurese, urina escura, às vezes, rosa,
desânimo e inapetência há uma semana. A mãe nega a
presença de febre, vômitos, diarreia, disúria ou polaciúria
em sua filha. A criança estava previamente hígida, mas,
há 3 semanas, apresentou lesões nas pernas, inicialmente
pruriginosas, que evoluíram para a crostas e cicatrizaram
espontaneamente. O exame físico revelou os seguintes
resultados: peso = 30 kg (ganho de 3,5 kg em 1 mês);
estatura = 1,26 m; FR = 35 irpm; FC = 110 bpm;
temperatura axilar = 36,2 ºC; PA = 125 x 80 mmHg
(confirmada em 2 momentos da consulta).
INEP | 2020

A criança está em regular estado geral, acianótica,


anictérica, com mucosas úmidas e hipocoradas (1+/4+), pele
com turgor e elasticidade preservados, enchimento capilar
de 2 segundos, pulsos periféricos bem palpáveis e
simétricos, presença de edema (2+/4+) e lesões cicatriciais
em membros inferiores. Sua ausculta cardíaca está normal.
A ausculta respiratória apresenta estertores crepitantes em
bases pulmonares. Abdome globoso, discretamente
distendido, com edema leve na parede abdominal, indolor à
palpação, fígado palpável a 4 cm do rebordo costal direito.
O quadro a seguir apresenta os percentis de pressão arterial
sistêmica para meninas por idade e os percentis de
estatura.
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Idade: 8 anos
Estatura: 126cm
PA: 125X80 mmHg
Hipertensão estágio 2
INEP | 2020

Com base no caso e no quadro apresentados, responda


às questões a seguir.

a. qual é a principal hipótese diagnóstica?


b. cite três exames complementares recomendados e os
respectivos resultados que confirmam essa hipótese
diagnóstica
c. cite cinco condutas médicas iniciais recomendadas
para esse caso
d. na evolução desse caso, cite quatro situações, entre
achados clínicos e resultados de exames
complementares, que indicam a necessidade de estudo
anatomopatológico do órgão afetado
INEP | 2020

a. qual é a principal hipótese diagnóstica?

Síndrome Nefrítica ou Glomerulonefrite Aguda Pós-


Estreptocócica (GNPE) ou Glomerulonefrite Difusa
Aguda (GNDA)
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b. cite três exames complementares recomendados e os


respectivos resultados que confirmam essa hipótese
diagnóstica

1. Exame de Urina tipo 1


Resultados esperados: hematúria, acompanhada ou não
de proteinúria (menor que 50 mg/Kg/dia), cilindros
hemáticos, hialinos, granulosos ou leucocitários.
2. Dosagem Sérica de Complemento ou Complemento
Sérico C3 e C4 ou C3 e C4.
Resultados esperados: níveis baixos
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b. cite três exames complementares recomendados e os


respectivos resultados que confirmam essa hipótese
diagnóstica

3. Dosagem Sérica de Ureia e Creatinina ou Função


renal
Resultados esperados: níveis normais ou elevados
(graus discreto ou moderado)
4. Dosagem Sérica de Eletrólitos ou Dosagem Sérica
de Sódio e Potássio ou Ionograma
Resultados esperados: níveis normais ou níveis
alterados de sódio (baixo/hiponatremia) e potássio
(alto/hiperpotassemia ou hipercalemia)
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b. cite três exames complementares recomendados e os


respectivos resultados que confirmam essa hipótese
diagnóstica

5. Título de Antiestreptolisina O (ASLO ou ASO)


Resultado esperado: elevado
6. Exame radiológico de tórax
Resultados esperados: Área cardíaca normal ou
aumentada; Edema ou congestão pulmonar ou inversão
de fluxo com ou sem derrame pleural
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c. cite cinco condutas médicas iniciais recomendadas


para esse caso
1. Internação hospitalar;
2. Peso diário; Balanço hídrico;
3. Restrição hídrica (300 a 400 mL/m2 ou 20 mL/Kg);
4. Diminuição da ingesta de sal (restrição de sódio,
ingerir menos que 2 g de sódio/m2 SC/dia) ;
5. Tratamento da infecção estreptocócica com Penicilina
Benzatina (1.200.000 UI via intramuscular);
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c. cite cinco condutas médicas iniciais recomendadas


para esse caso
6. Uso de diuréticos de alça via intravenosa,
preferencialmente, furosemida;
7. Uso de hipotensores, como nifedipina, hidralazina ou
anlodipina, caso níveis pressóricos não melhorem com
o diurético de alça
INEP | 2020

d. na evolução desse caso, cite quatro situações, entre


achados clínicos e resultados de exames
complementares, que indicam a necessidade de estudo
anatomopatológico do órgão afetado
Hematúria macroscópica com duração superior a 4
semanas;
Hipertensão arterial prolongada por mais de 4 semanas;
Complemento sérico persistentemente baixo por mais
de 8 semanas;
Associação com síndrome nefrótica (ou proteinúria
maior que 50 mg/Kg/dia) de duração maior que 4
semanas

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