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PARASITOSES INTESTINAIS

Lohayni Ferreira Valli

Aula do Flávio

PROTOZOÁRIOS -
O Não caurom sindrome

Lore

AMEBÍASE
 Agente e ológico: Entamoeba histoly ca – única que coloniza o homem e que é doença,
única que é preciso tratar);
 Não patogênicas: entamoeba coli, Endolimax nana, E. hartmanni, Iodamoeba butchili e
Dientamoeba fragilis – não precisa tratar;
 Eventualmente a ngem a corrente circulatória, disseminando-se a distancia (abcessos
amebianos em gado (principalmente), pulmão ou cérebro;
 Transmissão: ingesta de água e alimentos contaminados por fezes;
 Estágios evolu vos:
 Cisto (forma infectante);
 Trofozoíta (podem viver como comensais (que não causam doença) ou que invadem
parede do cólon – colite amebiana);
 Ciclo: o cisto (forma infectante) é eliminado nas fezes > sofre transformações > oocisto > é
ingerido > é degradado por enzimas > liberação de trofozoíto (forma que causa a doença) >
cisto maduro > ingestão;
 Portadores assintomá cos são grandes disseminadores, eliminando cistos infectantes;

QUADRO CLÍNICO:

 Incubação 2-6 semanas;


 Formas intes nais:
 Assintomá cos: maioria;
 Colite não-disentérica: alternância entre sintomas e períodos silenciosos, diarreica
ou não;
 Forma aguda ou disenteria amebiana: diarreia mucossanguinolenta, náuseas,
vômitos, cefaleia, febre, cólicas e tenesmo. Sem eosinofilia ao hemograma;
 Ameboma: raro – granuloma intes nal > semioclusão do cólon;
 Forma extraintes nal:
 Pode-se disseminar pela corrente sanguínea pelo sistema porta;
 Abcessos hepá cos – clínica aguda – dor HD, febre, leucocitose e aumento de
o

enzimas hepá cas = sinal de torres homem;

DIAGNÓSTICO

 Clínico – pesquisa de trofozoítos ou cistos nas fezes (método faust);


 Laboratorial – sorologia e pesquisa de an genos fecais de ameba por ELISA;
 PCR – padrão ouro para diferenciação de outras amebas;
 Forte suspeita clinica que apresentam exames de fezes nega vos > colonoscopia com
escovado e/ou biópsia da mucosa;
 Abcesso amebiano: USG ou TC + sorologia;

TRATAMENTO
cobre on 2 protozoario

 Secnidazol 30mg/kg – dose única;
 Teclozan 100mg 3x/dia por 5 dias (intraluminais);
 Profilaxia: educação sanitária;

GIARDÍASE
 Agente e ológico: giárdia lamblia – habita o intes no delgado;
 Incubação: 4 semanas;
 Transmissão: ingesta de água e alimentos contaminados; anal oral;
 Ciclo: ingesta do cisto (infectante) > após eclosão intes nal do cisto os trofozoítas
(infectante) liberados se mul plicam > se transformam em cistos quando a ngem delgado
com diferentes concentrações de sair e pH;
 Cisto: infectante;
 Trofozoíta: não infectante;

QUADRO CLÍNICO

 Maioria assintomá co;


 Enterite aguda ou crônica redicivante – diarreia que não melhora;

 Diarreia com aspecto gorduroso, dor abdominal (cólica), flatulência, distensão abdominal,
fadiga, anorexia e perda de peso;
 Atapeamento duodenal: lesão da borda de escova do intes no > interfere na absorção dos
alimentos > diarreia com gordura > perda de peso > anemia ferropriva/desnutrição;

DIAGNÓSTICO

 EPF 3 amostras;
 Aspirado duodenal (trofozoítos);

TRATAMENTO

 Secnidazol 30mg/kg dose única – cobre amebíase e giardíase;


 Albendazol + secnidazol – bom para fazer tratamento empírico / sem EPF em áreas
endêmicas de 6/6 meses, pois os dois juntos pegam quase tudo;

NEMATELMINTOS

ASCARIDÍASE
 Agente e ológico: áscaris lumbricoides – lombriga;
 É o mais frequente no mundo;
 Intes no delgado;
 Ciclo pulmonar de looss: ovos estão nas fezes que estão no meio ambiente por 10-15 dias >
embrião no ovo > larva no interior do ovo (forma infectante/L3) > ingestão dos ovos com L3
> estomago > eclodem no ID > penetram parede da mucosa > corrente sanguínea e linfá ca
> pulmão (após 5 dias da ingestão) > vãos aos capilares pulmonares para os alvéolos > L$ >
L5 > após10 dias, sobem pela árvores traqueobrônquica pelos movimentos ciliares >
glote/traqueia > pigarro > estomago > produção de novos ovos;

QUADRO CLÍNICO

 Maioria assintomá co;


 Pode cursar com dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia;
 Pode ocorrer quadro de obstrução intes nal, frequentemente na valva ileocecal;
 Obstrução do ducto biliar pode causar pancrea te aguda;
 Síndrome de loeffler: em virtude do ciclo pulmonar da larva (ruptura de capilares
pulmonares e alvéolos), alguns pacientes podem apresentar tosse seca, broncoespasmo e
raio X com infiltrados inters ciais múl plos e migratórios;
 Cursa com importante eosinofilia;

DIAGNÓSTICO

 EPF 3 amostras seriadas;


 Gravidade da doença depende do número de vermes que infectam cada pessoa –
diagnós co di cil;
 Parasito não se mul plica dentro do hospedeiro – exposição con nua é responsável pelo
acumulo de vermes;

TRATAMENTO

 Albendazol 400mg/dia em dose única e em crianças 10mg/kg dose única;


 Suboclusão intes nal:
 Suporte: SNG + jejum + hidratação+ Óleo mineral 40 ml/dia;
 Após eliminação dos vermes: mebendazol 200mg/dia por 3 dias ou albendazol;
 Drogas não seguras nos quadros complicados;
 Citrato de piperazina CI – efeito anfetamínico;

ANCILOSTOMÍASE
 Agente e ológico: ancylostoma duodenale (2 pares de dentes ventrais) e necator
americanos (lâmina cortantes) – rasgam a parede intes nal;
 Doença do ‘’amarelão’’/jeca tatu;
 Transmissão: percutânea (pé) e oral;
 Intes no delgado;
 Ciclo: ovos nas fezes > larvas penetram no pé > passam pela corrente sanguínea e chegam
ao pulmão > a ngem faringe e são engolidas > tornam-se vermes adultos e se acoplam a
parede do delgado > botam ovos > ovos expelidos nas fezes > larvas saem dos ovos; ciclo de
looss/loeffler;

QUADRO CLÍNICO

 Assintomá cos;
 Sintomá cos:
 Manifestações cutâneas: derma te larvária;
-

 Manifestações pulmonares: síndrome de loeffler/looss, pneumonia;


 Manifestações intes nais: inespecíficas;
 Principal manifestação: anemia ferropriva (espoliação sanguínea);

DIAGNÓSTICO

 EPF 3 amostras (Faust);

TRATAMENTO
 Albendazol 400mg DU;
 Profilaxia: higiene, saneamento básico, anda calçado;

ESTRONGILOIDÍASE
 Agente e ológico: strongyloides stercoralis;
 Fatores de risco: aglomerações humanas / condições ambientais precárias;
 Cães e gatos podem ser reservatórios;
 Transmissão: requer solo quente e úmido:
 Auto endoinfecção: Hiperinfecção acomete indivíduos imunodeprimidos – larvas
passam a ser filaróides no interior do próprio hospedeiro, sem passar pela fase
evolu va no meio externo;
 Via percutânea: filaroides (infectantes) penetrem na pele;
-

 Auto exoinfecção: filaroides na região anal ou perineal, onde penetram no


-

organismo;
 Fêmea (intes no delgado), macho (solo) e filaroides (infectante);
 Ciclo: pele em contato com o solo > penetração da larva filaróide (infectante) na pele >
penetra na mucosa intes nal > ciclo de loss > corrente sanguínea > pulmões > traqueia/glote
> deglu ção > intes no > síndrome de loeffler;

QUADRO CLÍNICO

 Assintomá co;
 Sintomas:
 Invasão da pele: lesões ur cariformes ou maculopapulares ou por lesão serpiginosa
ou linear pruriginosa migratória (larva currens);
 Migração das larvas através dos pulmões: síndrome de loffler;
 Parasi smo do intes no delgado pelos vermes adultos: diarreia, dor abdominal,
flatulência, com ou sem anorexia, náusea, vômitos, dor epigástrica que pode simular
ulcera pép ca;
 Hiperinfecção: imunocomprome dos –febre, todos sintomas acima + pulmonares +
Eraio x com cavitação – infecções secundárias (meningite, sepse);

DIAGNÓSTICO

 EPF, escarro ou lavado gástrico;

TRATAMENTO

 Albendazol 400mg/dia por 3 dias;


 Cambendazol, obendazol, ivermec na;
 Formas graves ou disseminadas: ivermec na + albendazol 5-7 dias;

TRICURÍASE
 Agente e ológico: trichuris trichiura;
 Infecções pesadas = inflamação intes nal;
 Verme localizado principalmente na região sigmoide e reto > produção de grande
quan dade de verme > lesão importante > relaxamento do musculo > prolapso retal;
l

 Ciclo: ovos são liberados nas fezes > depositados no solo > contaminação de alimentos >
ingesta de ovos > os ovos eclodem no ID > liberam larvas > fase adulta > liberação de mais
ovos;
 Prolapso retal;
 Eosinofilia;
&

 Albendazol 10mg/kg VO DU (infecção maciça 5-7 dias);

OXIUROSE OU ENTEROBIASE
 Agente e ológico: enterobius vermiculares;
 Muitos casos são assintomá cos;
 Sintomas relacionados a migração da femea para fora do anus a um prurido anal, insônia e
irritabilidade;
 Ciclo: oral fecal: ovo nas fezes > ingesta do ovo contaminado > eclode no intes no > femeas
gravidas migram para a região perianal para liberar seus ovos;
 Albendazol 400mg DU, repe r 2 semanas depois;

TOXOCARÍASE - O prova
 • Agente e ológico: toxocara canis (mais comum) intes no delgado dos cães e canídeos
silvestres;
 Outros: toxocara ca , a. caninum (cachorro filhote na história), a. sunn;
 Migrações:
 Tecido subcutâneo (larva migrans cutânea – LMC) – prurido crônico, eczema,
vasculites;
↳ Vísceras (larva migrans visceral – LMV);
 Globo ocular (larva migrans ocular – LMO) – deslocamento da re na, opacificação
do humor vítreo (diminuição ou perda da visão);
 Severidade: variável de acordo com localização das larvas, numero de larvas e reação
imunológica do hospedeiro;
 Ciclo: ovos nas fezes contendo L3 (infectantes > cão – gado – coração -pulmão;
 Quadro clássico: leucocitose, hipereosinofilia sanguínea (a que mais causa eosinofilia),

hepatomegalia; síndrome de loss/lofler;

DIAGNÓSTICO

 Biópsia – inconclusivos;
 Leucocitose/eosinofilia;
 Contato com cães/gatos, geofagia;
 ELISA;
 LMO (o almológico);
 Sorologia IgG e IgM;

TRATAMENTO

 Sintomá cos/graves: albendazol 400mg 2x/dia por 5 dias;


 Toxocaríase ocular: prednisona/triancinolona;
 Tratar animais com an -helmín cos;
NEUROTOXOCARÍASE: raros – mielite, encefalite e meningite – diagnós co clinico (IgG,
eosinofilia, imagem) – albendazol e esteroides;

PLATELMINTOS

TENÍASE
 Agente e ológico: Taenia solium (porco) e taenia saginata (boi);
 Transmissão: ingesta de carne de boi ou porco mal cozida, que contém larvas;
 Hospedeiro intermediário: boi/porco – na cis cercose é ao contrário;
 Hospedeiro defini vo: homem;
 Ciclo: homem elimina pelas fezes > boi/porco ingere ovos > larva > penetra na parede
intes nal e migra para musculatura por meio da corrente sanguínea > larva se desenvolve
em cis cerco na musculatura > homem ingere a carne > estomago > cis cerco vira larva;
 Maioria assintomá co;
 Complicações: obstrução do apêndice, colédoco e ducto pancreá co;

DIAGNÓSTICO

 Clinico e epidemiológico;
 EPF (graham);

TRATAMENTO

 1ª escolha: praziquantel;
 Albendazol 400mg/dia por 5 dias;

CISTICERCOSE
 Agente e ológico: taenia solium e taenia saginata;
 Transmissão:
 Heteroinfecção: ingesta de ovos de outro individuo;
 Autoinfecção externa: proglotes > ovos > boca > cis cerco;
 Autoinfecção interna: proglotes > movimentos an peristál cos > estomago > ovos >
cis cerco;
 Ciclo: ovos são eliminados pelas fezes humanas > contaminação do solo, agua e alimentos >
ingestão de ovos que eclodem a nível estomacal alcançando a circulação, disseminando-se
e alojando-se em outros órgãos, principalmente SNC, por seu tropismo a ele >
neurocis cercose;
 Os ovos da T. saginata não são infectantes para o homem;
 Hospedeiro intermediário: homem;

QUADRO CLÍNICO

 Convulsões, demência, ataques epilép cos, distúrbios visuais, alucinações, distúrbios do


comportamento, cafeleia e náuseas, cansaço, dispneia, dor e câimbras;

DIAGNÓSTICO

 Clinica;
 Coleta de LCR (aumento de eosinófilos no líquor);
 ELISA;
 Exames neurológicos como TC e RNM;
 Diagnós co diferencial: distúrbios psiquiátricos e neurológicos (epilepsia);

TRATAMENTO

 Neurocis cercose:
 1º opção: praziquantel 50-100mg/kg/dia 8/8h por 21 dias + dexametasona +
an convulsivante SN;
 Albendazol 15mg/kg/dia vo 12/12h por 8 a 30 dias, dose máximo 800mg/dia;

·
HYMENOLEPIS NANA
 Menor e mais comum cestódeo humano;
 Transmissão: ingesta de ovos, ingestão e insetos com larva, autoinfecção interna;
 Ciclo monoxemico: não precisa de hospedeiro intermediário;
 Ciclo heteroxenico: precisa de um hospedeiro intermediário;
 Ciclo: eliminação de ovos nas fezes > contaminação de alimentos e mãos > ingesta de ovos;
 Heteroxenico: ovos eliminados nas fezes > ingeridos por insetos > cotaminal comida
> ingestão pelo homem;

QUADRO CLÍNICO

 Poucas manifestações;
 Insônia, agitação, diarreia;

DIAGNÓSTICO

 Clinica + EPF 3 amostras;

TRATAMENTO

 Praziquantel – 1º opção;
 Albendazol 3-5 doses;
 Profilaxia;

ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA
 Agente e ológico: schitosoma – vive na corrente sanguínea do hospedeiro defini vo;
 ‘’xistose’’, ‘’doença dos caramujos’’, ‘’barriga da água’’;
 Homem é o principal reservatório e é o hospedeiro defini vo;
 Hospedeiros intermediários são caramujos de água doce – Biomphalaria;
 Ciclo: ovos nas fezes do homem > na água liberam larvas que infectam o caramujo > após 4-
6 semanas abandonam caramujos na forma cercaria nas águas naturais > contato com água
contaminada > penetração pela mucosa > esquistossomo na corrente sanguínea >
gado/parede intes nal > macho e femea colocam ovos > são expulsos nas fezes ou urina;
 No homem a penetração é através da pele e da mucosa;
 Transmissão: após 5 semanas da infecção o homem exccreta ovos nas fezes permanecendo
por muitos anos. Os caramujos liberam cercarias até 3 meses;
QUADRO CLINICO

 Assintomá co;
 Febre de Katayama (síndrome febril eosinofilica);
 Fase aguda: febre, dor abdominal, vomitos, derma te cercariana;
 Complicação: Fase crônica: 6 meses após infecção – hepatoesplenomegalia e alteração
intes nal (varizes esofágicas, ascite, megalias);

DIAGNÓSTICO

 EPF, biópsia retal/hepá ca, ELISA;

TRATAMENTO

 Praziquantel DU (1º opção) ou oxamniquine DU;

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