ENTOMOLOGIA VETERINÁRIA

Prof. Esp. Mateus de Andrade da Silva

 Entomologia Veterinária
Estudo dos Insetos de importância veterinária

Filo Arthropoda
Classe Insecta Classe Arachnida

Moscas, mosquitos, piolhos e pulgas. Carrapatos e ácaros produtores de sarna.

Gênero Rhipicephalus
 RHIPICEPHALUS SANGUINEUS

• Parasita de cães, gatos e carnívoros

silvestres

• Apresenta ciclo trioxeno

• Gnatossoma curto

• Macho com festões e placas

adanais
• 3 a 4,5 mm
 CARACTERÍSTICAS
• Hipostômio e quelíceras curtos
• Base do gnatossoma hexagonal
• Escudo sem ornamentação
• Estigma em forma de vírgula
 95 % dos 6 a 30 dias
parasitos estão
no ambiente!!!
Eclosão em
• Realizam hematofagia 20 a 60 dias

• Babesia e Erlichia.
• No ambiente é visto nas
frestas e buracos das 2 a 7 dias
instalações.
• Espécie de grande importância
veterinária
• Irritação e desconforto nos
animais, com perdas de 5 a 10 dias
sangue;
PATOGENIA

• Veiculadores de Babesia canis,

Hepatozoon canis e Ehrlichia
canis

• Anemia em infestações graves

• Irritação

• Podem veicular bactérias

 CONTROLE
• Fármacos sistêmicos, tipo spot on
• Banhos carrapaticidas (cuidado com intoxicações)
• Limpeza, higiene e isolamento dos animais
infectados

• As larvas não alimentadas podem sobreviver até 8

meses e meio
• As ninfas sobrevivem 6 meses
• Os adultos sobrevivem até 19 meses.
 RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
• Parasita de Bovídeos, pequenos
ruminantes e
equídeos

• Primeiro par de coxas bífido

• Gnatossoma curto

• Macho sem festões

• Peritrema circular

• 2 a 3 mm, até 12 mm quando

ingurgitados
• Gnatossoma curto e hexagonal

• 2 pares de placas adanais com

prolongamento caudal

• Hipostômio mais curto que os

palpos
• Ciclo monoxeno

• Ciclo de 21 dias

• Importante parasito
Patogenia

• Realiza hematofagia – anemia

• Irritação local

• Depreciação do couro

• Inoculação de toxinas

• Veiculação de Babesia e
Anaplasma – tristeza parasitária
 CONTROLE
• Rotação de pastagens
• Banhos de imersão ou aspersão
Amblyomma
Amblyomma

• Várias espécies presentes na

Amazônia

• Principal espécie conhecida

Amblyomma cajannense –
Carrapato-estrela

• Escudo ornamentado

• Generalista – muitos animais

domésticos e silvestres
Identificação

• Gnatossoma mais longo que

largo
• Escudo ornamentado
• Presença de festões
• Presença de olhos
• Machos com estigma em forma
de vírgula ou triângulo
Ciclo trioxeno

Fêmea pode
botar até 8.000
ovos/postura
Patogenia

• Realiza hematofagia – anemia

• Irritação local

• Depreciação do couro

• Inoculação de toxinas

• Veiculação de Borrelia (Doença de

Lyme) e Rickettsia rickettsii (Febre
maculosa)
Controle

• Rotação de pastagens

• Banhos de imersão ou aspersão

Dermacentor
 DERMACENTOR NITENS

• Gnatossoma com palpos curtos

• Coxas das patas IV maiores
• Escudos sem ornamentação
• Estigmas circulares
• Parasitam equídeos

• Macho com 7 festões

• Não possuem placas adanais

• Fêmea pode depositar até 3.000

ovos
Ciclo de vida

• Monoxeno
Patogenia

• Pode causar lesões no pavilhão

auricular dos equinos
• Predispõe a infecções
secundárias

• Transmissão de Babesia caballi

Controle

• Banhos carrapaticidas
Família Argasidae

• Carrapatos moles

• Não possuem escudo dorsal

• Gnatossoma ventral nos adultos

• Geralmente acometem aves

silvestres e domésticas
•Estigmas entre o terceiro e
quarto pares de coxas

•Gêneros de importância:
•Argas
•Otobius
Argas miniatus

Carrapato de Galinha Argas miniatus

• É a espécie brasileira de carrapato de

aves.
• Ovo, larva, ninfas (vários estágios) e
adultos.
• Infestações pesadas podem matar as
aves por exanguinação.
• Podem atacar o homem e sua picada
causa intensa dor.
• 700 ovos por fêmea;
• Sobem no hospedeiro durante a noite
Patogenia

• Anemia

• Irritação

• Podem transmitir Borrelia

• Controle: uso de acaricidas no

animal e no ambiente
• Difícil controle (podem sobreviver
por longos períodos no ambiente)
Subordem Oribatida
Ácaros Produtores de Sarna
• Ácaros parasitas

• Alimentam-se de sangue, linfa,

restos de pele ou secreções
sebáceas

• Não possuem estigma

• Causam acaríase - SARNA

• Hipostômio sem dentes

• Respiração cutânea

• Corpo pouco quitinizado

• Ácaros produtores de sarna
• Sarcoptidae
• Psoroptidae
• Cnemidocoptidae
• Demodecidae
SARCOPTIDAE

• Corpo globoso
• Patas curtas e grossas

• Ácaros escavadores

• Principais gêneros:
• Sarcoptes
• Notoedres
Sarcoptes
• Sarcoptes scabiei
• Apresentam variedades para
cada hospedeiro • Produzem a sarna sarcóptica
 Fêmeas: 0,3 a 0,6 mm
Machos: 0,2 a 0,3 mm

• Corpo arredondado, achatado

ventralmente e convexo
dorsalmente
• Pares posteriores de patas não
se projetam para além do corpo
• Não possuem olhos
• Alimentam-se de linfa
Ciclo

• Ciclo de 17 a 21 dias
Patogenia

• Eritema
• Alopecia
• Prurido
• Espessamento da pele
• Presença de crostas
• Em cães, inicia em cabeça,
focinho, ao redor dos olhos e
nas orelhas
Tratamento e controle

• Avermectinas
• Sarolander

• Limpeza do local
• isolamento dos animais
infestados
Notoedres

• Corpo globoso

• 0,1 a 0,25 mm

• Face dorsal com aparência de

escamas

• Sarna comum em gatos, coelhos

e roedores
 Notoedres

• Notoedres cati – gatos

• Notoedres cuniculi – coelhos
• Notoedres muris - roedores
Ciclo de vida

• Semelhante ao gênero Sarcoptes

• Ovo a adulto 6 a 10 dias

Patogenia

• Eritema
• Alopecia
• Prurido
• Espessamento da pele
• Presença de crostas
• Em gatos, inicia em cabeça,
focinho, ao redor dos olhos e
nas orelhas
Tratamento e controle

• Avermectinas
• Sarolander

• Limpeza do local
• isolamento dos animais
infestados
Cnemidocoptidae

• Acomete aves
• Ácaro escavador, com
características semelhantes a
Sarcoptes
• Alimentam-se de linfa
• Ovovivíparas
• Cnemidocoptes mutans – Galinhas
• C. gallinae – galinhas
• C. jamaicensis – canários
• C. pilae - periquitos
• Gnatossoma largo

• Barras longitudinais saindo do

gnatossoma

• Corpo com estrias

• Larvas hexápodas
Ciclo de vida

• São ovovivíparas

• Formam galerias no tecido

queratinizado formado pela
irritação cutânea

• Ciclo de 17 a 21 dias
Patogenia

• Alopecia
• Prurido
• Espessamento da pele
• Presença de crostas
• Em canários e galinhas, ocorre
nas patas; em periquitos na face
Tratamento e controle

• Avermectinas

• Limpeza do local
• isolamento dos animais
infestados
Psoroptidae

• Não são escavadores

• Corpo ovóide

• Machos com ventosas

copuladoras adanais

• Gêneros: Psoroptes, Otodectes e

Chorioptes
Psoroptes

• Fêmeas até 0,75 mm

• Machos 0,55 mm
• Corpo oval e pernas longas
• Psoroptes ovis – Ovinos,
bovinos, caprinos, equinos
• P. cuniculi - Coelhos
• P. natalensis – bovinos,
bubalinos
Ciclo de vida

• São ovíparas

• Formam galerias no tecido

queratinizado formado pela
irritação cutânea

• Ciclo de 10 dias (ovo a adulto )

Patogenia

• Alopecia
• Prurido intenso na base da
cauda, cernelha e pescoço
• Espessamento da pele
• Formação de crostas
Tratamento e controle

• Avermectinas

• isolamento dos animais

infestados
DEMODECIDAE

• Ácaros especializados

• Habitam folículos pilosos e

glândulas sebáceas
Demodex

•0,1 a 0,4 mm de
comprimento

• Patas curtas

• 2 estágios de ninfa

•Apresentam
estigma respiratório
• Demodex canis: cão
• D. phylloides: suíno
• D. bovis: bovinos
• D. caprae: caprinos
• D. cati: felinos
• D. equi: equinos
• D. cuniculi: coelhos
• D. folliculorum: ser humano – localizam-
se nos folículos pilosos do rosto
• D. brevis: ser humano – localizam-se nas
glândulas sebáceas
• Ciclo de 18 a 24 dias
• Vivem como
comensais na pele
• Alimentam-se de
células epiteliais
• Causam a
demodicose ou
sarna negra
Patogenia

• Geralmente filhotes
• Associado à imunossupressão
• Não causa prurido – Infecções
secundárias
• Alopecia, com áreas circunscritas
• Formam-se crostas
• Pode causar:
• Demodicose seca
• Demodicose úmida
Diagnóstico

• Raspado profundo de pele

• Método da fita de acetato
(durex)
Tratamento e controle

• Avermectinas
• Sarnicidas
• Spot-on
• Tratamento da causa de base
(imunossupressão)

• Isolamento dos animais

infestados