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Universidade Federal do Sul da Bahia

Centro de Formação em Ciências da Saúde

ENTOMOLOGIA MÉDICA
CLASSE INSECTA

• Corpo dividido em :
- cabeça
- tórax
- abdome

• 3 pares de patas

• Com ou sem asas

• Centenas de espécies
nocivas ao homem
ENTOMOLOGIA MÉDICA

Estudo dos insetos que causam ou transmitem doenças ao homem

- Infraordem Muscomorpha → Moscas


- Família Culicidae → Mosquitos
- Família Psychodidae → Flebotomíneos
- Ordem Hemiptera → Barbeiros
- Ordem Siphonaptera → Pulgas
- Ordem Pthiraptera → Piolho
- Classe Arachnida → Carrapato e sarna
INFRAORDEM MUSCOMORPHA
• Corpo robusto
• Antena trisegmentada
• Arista
• Olhos grandes e compostos
FAMÍLIA MUSCIDAE
Musca domestica:
- distribuição geográfica mundial
- alto índice de sinantropia e
endofilia
- 6 a 8 mm
- cor acinzentada
- 4 faixas negras longitudinais no
tórax
CICLO BIOLÓGICO
Ciclo holometábolo Oviposição em matéria orgânica fermentável
MUSCA DOMESTICA

Antes de ingerir o alimento, a mosca deposita uma gota de saliva sobre


o mesmo para amolecê-lo.
MUSCA DOMESTICA
IMPORTANTE VEICULADORA DE PATÓGENOS:
→ Regurgitação alimentar

→ Veiculação mecânica de patógenos aderidos às suas


patas e cerdas
MUSCA DOMESTICA
STOMOXYS CALCITRANS
→ “Mosca dos estábulos”
→ Morfologicamente semelhante à Musca domestica mas com
aparelho bucal picador-sugador
→ Hematófaga
→ Raramente invade o domicílio (comumente encontrada em
estábulos)
MIÍASES
→ INFESTAÇÃO DE VERTEBRADOS VIVOS POR LARVAS DE INSETOS QUE SE
ALIMENTAM DE TECIDOS VIVOS OU MORTOS DO HOSPEDEIRO, DE SUAS
SUBSTÂNCIAS CORPORAIS LÍQUIDAS OU DO ALIMENTO POR ELE INGERIDO

→ VULGARMENTE CONHECIDAS COMO “BICHEIRAS”

→ MIÍASE PRIMÁRIA (OBRIGATÓRIA) → LARVAS SE ALIMENTAM DE TECIDO


VIVO

→ MIÍASE SECUNDÁRIA (FACULTATIVA) → LARVAS SE ALIMENTAM DE TECIDO


NECROSADO

→ PSEUDOMIÍASE (ACIDENTAL) → LARVAS INGERIDAS ACIDENTALMENTE QUE


NÃO SE DESENVOLVEM MAS PODEM OCASIONAR DISTÚRBIOS
COCHLIOMYIA HOMINIVORAX
• Vulgarmente conhecida como
“mosca-varejeira”
• Mosca robusta (80 mm) de
comprimento
• Cor verde metálico
• 3 faixas negras no tórax
• Larvas maduras medem 15 mm
• Principal causadora de miíase
primária nas Américas
• Fêmeas ovipõem nas aberturas
naturais do corpo (boca, narinas,
vulva) ou em feridas recentes
• Mulher, 77 anos, com deficiência intelectual, proveniente da zona rural
de Bragança Paulista
• Péssimas condições habitacionais e hábitos precários de higiene
• Dor na região vulvar durante 10 dias
• Relatava febre e sensação de movimentos larvários na pele
50 larvas de Cochliomyia hominivorax
DERMATOBIA HOMINIS
• Vulgarmente conhecida como “mosca-berneira”
• Bem distribuído no Brasil
• Mosca robusta (12 mm)
• Aparelho bucal atrofiado
• Abdome azul metálico
• Patas alaranjadas
DERMATOBIA HOMINIS

• LARVA → BERNE
• ATÉ 2 CM
• PINGO D’ÁGUA
• CORPO COM VÁRIAS FILEIRAS
DE ESPINHOS
• CAUSAM MIÍASE PRIMÁRIA
DERMATOBIA HOMINIS

Foresia
Tratamento

Retirada das larvas com uma pinça

Asfixia (esparadrapo, geleia, parafina, esmalte de unha)


Pode ser necessário debridamento
Antisséptico local

Miíses cavitárias
Algum solvente para imobilizar as larvas, então realiza-se a retirada
(clorofórmio, idiofórmio, éter)
Posteriormente é feita a limpeza da lesão
Antibioticoterapia se necessário p/ infecções secundárias
FAMÍLIA CULICIDAE
CULICÍDEOS

- Família Culicidae → maior número e os mais importantes insetos


hematófagos entre todos os artrópodes

- Vulgarmente conhecidos como mosquitos, pernilongos, muriçocas e


mossorongos

- Fêmeas hematófagas

- Importância como transmissores de patógenos, agentes


espoliadores sanguíneos e perturbadores do sono
MORFOLOGIA
Adultos:
- Corpo delgado
- 3 a 6 mm
- Antenas com 15 a 16 segmentos
- Fêmeas com aparelho bucal sugador
- Pernas longas
- Corpo coberto por escamas
CICLO BIOLÓGICO

Ciclo
holometábolo
PRINCIPAIS ESPÉCIES
Aedes aegypti
Transmissor de febre amarela, dengue, zika e chikungunya
AEDES AEGYPTI
• Espécie considerada cosmopolita
• Fêmeas ovipõem nas bordas de recipientes contendo
água limpa e parada
• Ovos resistentes à dessecação
• Oviposição em saltos
• Hematofagia diurna
• Podem voar até quase 1 km
• Antropofílica
• Preto com faixas brancas
• “Lira” no tórax
Aedes albopictus

• Hábito peridomiciliar e silvestre, antropofílico e zoofílico,


hematofagia diurna, vetor da dengue, bem como de
vários tipos de encefalite equina e Febre Amarela
Haemagogus

• Espécie Importante na
transmissão da Febre amarela
silvestre, vive na copa de
árvores, tendo como criadouro
buracos em troncos de árvores,
pode alimentar de animais
silvestres quanto do homem
Febre amarela

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CULEX QUINQUEFASCIATUS

Vetor de Wuchereria bancrofti (agente etiológico da elefantíase) e


principal perturbador do sono
CULEX QUINQUEFASCIATUS
-Mosquito endófilo e antropofílico
-Cor amarronzada, sem listras brancas
-Hábitos hematofágicos noturnos
-Voracidade e zumbidos
-Criadouro → água parada, poluída e mal cheirosa, rica em matéria
orgânica
-Ovipõe ovos em jangada
CULEX QUINQUEFASCIATUS
ANOPHELES DARLINGI
Principal vetor de malária no Brasil
ANOPHELES DARLINGI

- Encontrado desde o México até a Argentina


- Antropofílico e endofílico
- Hábitos hematofágicos crepusculares
- Fêmeas ovipõem em grandes coleções de água (represas, rios) limpa e
ensolarada
- Asas com manchas
- Pouso perpendicular
à superfície
Anopheles: subgênero Kerteszia

Criadouros: folhas de bromélias. Exemplos de


mosquitos: Ex: Anopheles cruzii e Anopheles bellator
Anopheles albitarsis
• Habito silvestre, amplamente distribuído no Brasil, sua
densidade populacional está influenciada pela de chuva,
zoofílico habito alimentar crepuscular
Ovos Larvas Adultos

Anopheles

Aedes

Culex
FAMÍLIA PSYCHODIDAE
(FLEBOTOMÍNEOS)
FLEBOTOMÍNEOS

Insetos pequenos (1/3 do tamanho de um mosquito)


Corpo densamente coberto por cerdas
Asas lanceoladas sempre eretas
Cabeça formando 90º com o tórax
Cor clara (sand flies)
Fêmeas hematófagas
Transmitem Leishmania
Lutzomyia → Novo Mundo
Lutzomyia longipalpis
Espécie oportunista
Adaptada ao meio urbano
CICLO BIOLÓGICO
Ciclo holometábolo

Criadouros → Solo rico em matéria orgânica em decomposição


HEMATOFAGIA
Telmatofagia
• Químico: Uso de repelentes, inseticidas, larvicida
Inseticidas usados no controle (programa de controle Dengue e Malaria)

Larvas: (temephos baixa toxidade para mamíferos)

Organofosforados (temephos malathion e fenetrohion)

Carbamatos (propoxur)

Piretroides (deltrametrina e permetrina)

Methoprene – hormônio que impede o desenvolvimento da larva

Adultos: ( os mesmos) muda a forma de dispersão

Resistência
• Biológico: Predadores e patógenos

Esporo de
Parathelohania anophelis
no intestino médio.

Fungo aquático
Lagenidium giganteum
que invade larva
de mosquito
• Mecânico • Mecânico - Físico

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