Artrópodes Causadores de

Doenças

Ana Maria do N. Cardoso 1

 Filo Artropoda
• “Pés articulados”.
• Maior filo do reino animal;
• Simetria bilateral;
• Exoesqueleto formado por quitina:
• Proteção, sustentação e evitar perda de
água.

Secretada peça epiderme

Inicialmente flexível e depois esclerotizada (quitina)
Cutícula Pode permanecer flexível em algumas articulações
A presença de quitina rígida – crescimento

2
 Classificação
Filo Arthropoda

Classe Insecta (Hexapoda ou Ectognata) Arachnida

Ordem Diptera Pthiraptera Siphonaptera Ixodida = Acari

Moscas Subordem Pulgas Carrapato

Anoplura Ácaro
Piolhos
4
 Classe Insecta
• Cabeça, tórax e abdome;

• Três pares de patas;

• Cabeça unida ao tórax;

• Um par de antenas;

• Com ou sem asas.

5
6
 Ordem Díptera
• Uma das mais numerosas;
• Moscas, mosquitos e afins.

• Um par de asas funcionais;

• um par de asas vestigiais (Balancins ou alteres);
• Cabeça subesférica;
• Dois olhos compostos e três ocelos

7
 Ciclo biológico
• Holometabólicos;

8
 Classificação
Subordens: (MacAlpine, 1989)

Nematocerca

• Antenas longas, com mais de seis segmentos.

Brachycera

• Antenas curtas, três segmentos.

9
 Miíases
• Infestações por larvas de moscas.

Homem e
Órgãos e
outros
tecidos
vertebrados

Larvas se nutrem e se
desenvolvem  Parasitos

10
 Origem e Evolução

Raíz Saprofágica
• Matéria orgânica  Tecidos de animais

Raíz Sanguinífera
• Larvas saprofágicas  Predadoras facultativas de outras
larvas;
• Perfurar pele de aves e mamíferos p/ sugar sangue
•  Parasitas obrigatórias.

11
 Miíases
• Classificação (biologia das moscas)

12
 Miíases acidentais
• Pseudomiíases:
• Ovos ou larvas ingeridos acidentalmente;
• Distúrbios intestinais;
• Maior ou menor gravidade;

• Psychodida sp.
• Eristalis tenax.
• Musca domestica.

13
 Miíases

• Classificação clínica:

Cutâneas ;
Subcutâneas;
Cavitárias;

14
 Família Calliphoridae
• Cochliomyia hominivorax
• (mosca varejeira)

• Robusta, mede cerca de 8mm de

comprimento
• Verde com reflexos azuis-
metálicos
• Tórax: três faixas longitudinais
bem distintas
• Olhos avermelhados.

• Larvas: 15 mm de comprimento
• Larvas biontófagas;
• Podem invadir orifícios naturais. • Mais importante causadora de
miíase primária;

15
 Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas;
• Ferimento aumenta de tamanho;

• Decomposição de material no ferimento.

•Atraem outras moscas  Miíases secundárias;

16
 Controle

• Fator limitante na criação de

ovinos;

• Criação em laboratório de machos

estéreis;

• Fêmeas copulam somente uma vez

na vida;

• Erradicada da Florida.

17
 Família Calliphoridae

Cochliomyia macellaria
• Semelhante a espécie anterior
• Entretanto existe algumas
diferenças
• Adultos: esclerito basicosta cor
clara
• Pouco frequente
• Oviposição: é feita somente em
feridas ou cadáveres

18
 Lucilia
• Tamanho médio;

• L. cuprina: verde-acobreado;
• Terrenos baldios
• Ampla distribuição
• L. eximia: verde metálico e azul-metálico.
• Endofílicas

• L. sericata: verde metálico intenso.

• Cosmopolitas.

• Lucilia: Miiase facultativa

19
 Chrysomya

• Cerdas mesonotais pouco

desenvolvidas;

• Duas faixas tranversais escuras no

mesonoto;

• Três no dorso do abdome.

20
 Família Sarcophagidae
• Adultos: 6 a 10 mm de comprimento;
• Cor acinzentada
• As larvas de último ínstar : 18 mm
• Branco-amarelada;
• Fêmeas larvíporas;
• Matéria em decomposição
• Feridas necrosadas
 Tratamento
• Limpar a ferida;

• Anestesiar localmente a área;

• Com o auxílio de uma pinça retirar larva por larva;

• Tratar a ferida com antibióticos de largo espectro.

22
 Família Oestridae
• Subfamília Cuterebrinae;
• Dermatobia hominis (mosca-berneira)
• Mais importante

• Robusta;
• 12 mm de comprimento
• Aparelho bucal atrofiado
• (não se alimentam)

• Cabeça: parte superior e olhos marrons;

• Fronte bem proeminente : Aspecto triangulado
23
 Família Oestridae
Dermatobia hominis

• Larva:
• Espiráculos respiratórios;
• Ganchos orais;
• Fileiras de espinhos curvos por
todo o corpo.
Larvas: 2,5 x 0,5 cm.
• Larvas penetram na pele: dor e
prurido;
• Reação inflamatória;
• Infecções secundárias;
• Cada lesão: Uma larva
• Miíases furunculares 24
Patogenia

25
 1

Inseto forético

2
1. Moscas adultas: depositam ovos sobre a cutícula
de insetos hematófagos;

2. Durante a alimentação sanguínea, as larvas das

moscas invadem os tecidos do vertebrado.
(6 dias após)
26
3. Larvas alimentam-se de tecidos ou 3
líquidos corpóreos de vertebrados vivos
(biontófagas);

4. Após abandono do hospedeiro (40 dias)

Pupa no solo

Emergência: 4-11 semanas

Vive poucos dias;
Realiza cópula e postura (5-12 dias)
4

27
 Tratamento

1. Matar a larva
por asfixia
(esparadrapo)

2. Ferver o fumo em
água filtrada;
Após esfriar, colocar
algumas gotas na
superfície da berne
28
 Moscas e entomologia forense

• Estudo de insetos em casos

que envolvem crimes,
suicídios ou morte acidental;
• Determinar o intervalo pós-
morte ;
• Drogas

• Familia Calliphoridae e
Sarcophagidae
29
 Terapia larval
• Médicos—cirurgiões militares ;
• Relação dos que estavam infestados por larva e os que não
estavam;
• Remoção mecânica da bactéria- exsudato seroso;
• Proliferação rápida de tecido de granulação;
• Advento de antibióticos- bactérias resistentes;

30
31
 Ordem Siphonaptera

• Sipho=tubo; aptera= sem asas

• Nome popular: pulgas e bicho-do-pé;
• 1 a 3 mm;
• Corpo achatado lateralmente;

• Ectoparasitas de aves e mamíferos ;

• Entre os primatas, apenas o homem é hospedeiro
habitual.
• Roedores: Mais importantes hospedeiros
32
 Importância
• Diversos nichos na interação entre os organismos:

• Como parasitos:
• Espoliadores sanguíneos;
• Irritação – lesão cutânea

• Transmissores ou vetores :
• Doenças bacterianas
• Yersina pestis, rickettisia.

• Hospedeiros intermediário:
• Hymenolepis nana, H. diminuta, Dipylidium
caninum, etc.
33
34
 Morfologia
• Insetos pequenos-castanho escuro-corpo achatado;
• Ápteras;
• Último par de pernas saltatórias
• Dimorfismo sexual
• Cerdas (taxonômica)
• Proventrículo - impede a regurgitação

35
36
 Biologia

• Adultas hematófagas; larvas de vida livre.

• Longevidade ;
• Resistência ao jejum
• Refeições - 10 minutos- duas a três vezes ao dia.
• hematofagia  maturação dos ovos

37
 Ciclo Biológico
• Holometábolo
• Fases evolutivas: ovo, larva I, larva II, larva III, pupa e
adulto.
• Ovos: elipsoides, esbranquiçados
• Eclosão 1-3 dias
• Larvas: ápodas e eucéfalas

• Ciclo completo 25-30 dias

38
 Xenopsylla cheopis

• Pulga dos ratos

• Principal transmissora da
peste bubônica e do tifo
murino

 Presença de fileiras
divergentes no occipio;
inserção- V
 Mesopleura- dividida por
uma sutura
39
Morfologia

40
 Pulex irritans
• Principal ectoparasita do Homem
• Casas velhas
• Pulicose
• Única cerda no occípio
• Mesopleura- não é dividida
• Espermateca.

41
42
43
 Polygenis spp.
• Pulgas de roedores silvestres;
• Peste silvestre nas Américas;
• Quase 50% das plugas no Brasil

• Morfologia:
• Três fileiras de cerdas no occipício;
• Duas fileiras de cerdas no abdome;
• Macho: edeago enrolado em várias voltas.

44
 Peste bubônica
• Conhecida como peste negra;

• Yersinia pestis ou Pasteurella pestis (agente da peste);

• Extremamente patogênica para ratos;

• Podem sobreviver de 5 a 16 dias em fezes dessecadas de pulgas

no solo ou ninhos de animais;

• Pulgas infectadas sobrevivem 11 dias;

• Forma pulmonar é a mais grave.

45
Cadeia epidemiológica da peste

46
 Peste bubônica
• Profilaxia:
• Combate aos ratos;
• Saneamento básico e educação sanitária;
• Vacinação em massa em caso de surtos.

• Tratamento:

• Aminoglicosídeos (estreptomicina e gentamicina).

47
 Tifo murino
• Ricketsia typhi ;

• Transmissão por fezes de pulgas e roedores ou quando são

esmagadas entre os dedos;

• Sinais e sintomas: Febre, manchas, dor, confusão mental, erupção

cutânea, calafrio, diarreia, náusea e vômito, tosse.

• Fatores de risco: Viver ou visitar locais onde a doença é endêmica

ou estar em áreas onde há lixo acumulado e falta de higiene.

• Tratamento: Clordox, Doxiciclina, Ciprofloxacina.

48
 Tunga penetrans
• Bicho-de-pé
• Menos pulga conhecida
• (1 mm)

• Fêmea:
• Penetração solo plantar, entre os dedos- “favo de
mel”( lesões numerosas)
• A fêmea elimina cerca de 100 ovos. “balas de
canhão”- morte
• Ovos- condições favoráveis- pupa-adulto. 20/30
dias da ovoposição ao adulto.
• Fêmea-prurido-infecções secundárias-tetáno
49
 Morfologia

• Três segmentos
torácicos mais curtos
que o primeiro
segmento abdominal;

50
51
 Tratamento
• Após a desinfecção local com álcool iodado, com uma
agulha previamente esterilizada, fazer pequenas
dilacerações na pele, circundando a tumoração
• Antimicrobiano sistêmico;
• Ivermictina, tiabendazol, metrifonato (bacteriostático
oxidante)
• Sem eficácia comprovada.

52
Profilaxia Controle

• Andar calçado ao
trabalhar com esterco; •Métodos mecânicos-catação
manual
• Usar luvas;
• Aplicação de malathion e •Métodos químicos-
inseticidas
piretróides (K-othrine)
em chiqueiros;
• Ou pulverizar inseticida
no esterco;
• Vacinação antitetânica.

53
Ctenocephalides canis e C. felis.
• Presença de ctenídeos genal e
pronotal;

• Infestam indistintamente cães e

gatos;
• Ambas as espécies podem picar o
homem;

• Hospedeiras intermediárias de
Dipilydium caninum.

• Diferenciação das espécies:

Ctenídeo genal das fêmeas.
54
Morfologia

55
56
 Ordem Pthiraptera
• Subordem Anoplura: Piolhos;
• Pequenos: 6mm, ápteros
• Aparelho bucal picador sugador
• (sem mandíbulas)
• Paurometábolos
• Alta especificidade de hospedeiros;
• Não sobrevivem mais de 24 h sem alimento;

• Transmissão:
• Contato físico
• Ovos nas vestes
57
 Piolhos

Pediculidae Pediculus capitis Pediculose

Pediculus humanus

Pthiridae Phthirus pubis Ptiríase

58
59
60
61
 Tratamento
• Pediculose do corpo – mergulhar a roupa no formol
• Piolho da cabeça – tratamento controverso
• Controles naturais. Não existe remédio eficaz para matar
lêndeas (ovos)

62
63
 Classe Arachnida
• Cefalotórax e abdome

• 4 pares de pernas

• Ausência de antenas

• Gnatossoma: queliceras e palpos;

• Carrapatos: Hispóstomo – fixação

• Ordens de importância médica: Scorpiones,

areneida e acari

• Duas famílias importantes: Ixodidae e

argasidade.

64
 Ordem Acari
• Ácaros

• Carrapatos duros e moles;

• Ectoparasitas;

• Possuem grande patogenia;

• Saliva com ação anticoagulante e toxinas;

• Agentes transmissores de doenças

65
 Família Argasidae
• Gênero Ornithodorus

• Popularmente conhecido como Carrapato-do-chão;

• Vivem na terra, chiqueiros e ranchos;

• Picada dolorosa levando a lesões locais.

• Edema, prurido e feridas rebeldes

66
 Família Ixodidae
• Carrapatos duros

• Machos com escudo dorsal rígido;

• Apresentam três estágios de desenvolvimento: larva, ninfas e

adulto ( todos são hematófagos);

• Fêmeas morrem após oviposição

67
 Família Ixodidae
 Fases de Desenvolvimento
• Fase de ovo;

• Fase de larva hexápode: imaturos com três pares de pernas;

• Fase de Ninfa: imaturos com quatro pares de pernas;

• Fase de Adulto: apresentam quatro pares de pernas.

68
 Família Ixodidae
• Rhipicephalus sanguineus - “carrapato vermelho”
• Cão, gato e outros mamíferos;
- Pode ter relação com a transmissão da Leshimania chagasi.

• Amblyomma cajennense – Mais importante

- Pouca especificidade parasitária
- Suas larvas atacam o homem
- Adulto: carrapato estrela
- Fêmea põe de 6 a 8 mil ovos
- Mais importante transmissora da Febre Maculosa (Rickettsia
rickettsi)
69
70
Amblyomma cajennense

71
Ciclo Biológico

72
 Importância
• Transmissão da febre Maculosa (tifo exantemático)

• Rickettsia rickettesi

• Lesões vasculares e hemorrágicas;

• Dores locais, febre, calafrios, falta de apetite, náuseas,

diarreia, vômito, erupções ou manchas no corpo.

• Antibióticos: Doxiclina e eritromicina

73
 Importância

• Transmissão da doença de Lyme

(Eritema crônico migratório);

• Causada pela Bactéria Borrelia

burgdorferi;

• Sinais e sintomas de parecidos com

o da gripe;

• Mancha vermelha circular ao redor

da picada.

74
 Subordem Sarcopiformes
• Cutícula delgada
• Sem estigmas respiratórios
• Quelíceras em forma de tesouras

• Família Sarcoptidae
• Sarcoptes scabei

• Agente causador da sarna ou escabiose

• Patogenia: Perfuração da epiderme, prurido intenso

75
 Morfologia
• Corpo globuloso de tamanho microscópico;

• Pernas curtas e sem garras;

• Cutícula com estrias finas;

• Espinhos curtos e robustos;

• Escamas triangular característica.

76
Patogenia

77
•

Obrigada!

anacardoso565@gmail.com

78