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Filo Arthropoda; Classe Arachnida; Subclasse Acari - DEMODEX

- SARCOPTES
Subordem Sarcoptiforme; Subordem Trombidiforme
- NOTOEDRIS
SARNAS - KNEMIDOKOPTES
Subordem Mesostigmata
NÃO -ESCAVADORES
ÁCAROS DAS AVES - Psoroptes
- Chorioptes
Subordens: (conforme estigmas respiratórios) - Otodectes
•Sarcoptiformes (astigmata): a = ausência - Dermanyssus**
• Trombidiformes (prostigmata): pros = perto - Ornithonyssus**
gnatossoma
• Mesostigmata (gamesídeos): mesos = meio ÁCAROS ESCAVADORES
• Ixodida (metastigmata): meta = após
FAMÍLIA DEMODICIDAE
Ácaros – classificação taxonômica
SUBORDEM TROMBIDIFORME
• Subordem Astigmata (Sarcoptiformes)
Demodex sp.
• respiração pela cutícula
→ sarna profunda, demodécica ou demodicose
• famílias:
→ localização: folículos pilosos e glândulas
•Sarcoptidae
sebáceas
•Psoroptidae
→ normalmente comensais da maioria das
espécies de mamíferos
• Subordem Prostigmata (Trombidiformes)
→ corpo afilado e alongado, com cerca de até 0,2
• Estigmas que se abrem no gnatossoma
mm de comprimento
• Famílias:
→patas dilatadas anteriormente
•Demodicidae
• outras 7 famílias
• GÊNERO: Demodex
• ESPÉCIES
Ácaros – introdução - • D. canis - cães
• Cerca de 35.000 espécies de ácaros descritas • D. folliculorum e D. brevis – quase
(parasitos e não parasitos) todas as pessoas
• A maioria mede de 0,25 a 0,75 mm. • D. phylloides - suínos
• Podem habitar diversos locais: órgãos internos, • D. bovis - bovinos
base de penas, folículos pilosos, pele, etc. • D. equi - eqüinos
• Maioria = ectoparasita, particularmente de aves
e mamíferos. CICLO BIOLÓGICO:
• Alguns raros = endoparasitas (trato respiratório, • cópula ocorre na superfície da pele
ouvido, sacos aéreos ou tecido linfático) • fêmeas fecundadas penetram na base do folículo
• Ácaros ectoparasitas = alimentam-se de sangue, piloso e iniciam a postura de ovos
linfa, restos de derme, penas ou secreções
sebáceas que ingerem ao perfurar a pele

Causam grande irritação devido à dor e prurido
produzidos pela picada e migração;

Ácaros causadores de sarnas


classificados conforme a profundidade do local
de parasitismo; MECANISMO DE INFECÇÃO
ESCAVADORES • contato direto e prolongado (lactação)
• A transmissão mais importante é da fêmea para • ventosas ambulacrárias
os filhotes - patas 1,2
• Não sobrevive no ambiente importante!
HOSPEDEIROS: mamíferos
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS • variedades mais adaptadas a determinadas
• Pouco/nenhum prurido ou doença clínica espécies;
• rara em felinos, equinos e ovinos - Sarcoptes scabiei var. hominis – homem
Demodicose em cães - Sarcoptes scabiei var. suis – suínos
• Sinais clínicos aparecem em animais com - Sarcoptes scabiei var. bovis – bovinos
deficiência imune (transitória ou não) - Sarcoptes scabiei var. ovis – ovinos
• Demodicose generalizada – relacionada a Subespécies= bastante adaptadas aos respectivos
fatores de deficiência imunológica controlados hospedeiros
geneticamente • Quando ocorrem infestações cruzadas os
parasitas não conseguem se estabelecer no
Demodex – diagnóstico hospedeiro para o qual não estão adaptados
• Exame microscópico a fresco do pus das lesões dermatite transitória
entre lâmina e lamínula PARASITO ZOONÓTICO
• Raspado de pele (profundo) CICLO BIOLÓGICO
• fêmea fertilizada deposita os ovos nas galerias,
TRATAMENTO/CONTROLE a cada 3-5 dias
• acaricidas tópicos: realizar depilação • total de ovos/fêmea: 25 a 60
• tratamento sistêmico • ovos eclodem de 3 a 5 dias
• tratar o fator desencadeante: • larvas hexápodas (6 patas) se arrastam sobre a
• suplementação nutricional, higiene das superfície cutânea, escavando áreas superficiais
instalações, utilização de produtos de da pele;
higiene próprios para animais • Fêmea põe até 60 ovos em galerias escavadas
• tratar a infecção bacteriana secundária • bolsas de muda: túneis onde ocorrem as mudas
• não reproduzir cães cronicamente afetados para ninfa e adulto
• fêmeas podem iniciar nova galeria ou escavar a
FAMÍLIA SARCOPTIDAE partir das “bolsas de muda”
SUBORDEM SARCOPTIFORME • ciclo completo: 17 a 21 dias
Sarcoptes sp
• Corpo de aspecto globoso MECANISMO DE INFECÇÃO
• Pernas curtas e grossas (8 penas, quatro para • contato
cima, quadro para baixo) • larvas e adultos na superfície da pele
• Tarsos com ventosas ambulacrárias em pedicelo
longo e simples Distribuição: mundial
• Cavam túneis na pele (ácaros escavadores) * Localização dos ácaros: Tecido cutâneo e
• Principais gêneros: Sarcoptes, Notoedres e galerias intra-epidérmicas
Knemidokoptes * Nutrição: Linfa e fluido celular dos
hospedeiros Células do estrato córneo
Sarcoptes scabiei
(escaliose) PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
• 0,4 mm de diâmetro • lesões se iniciam em áreas com poucos pelos
• Cerdas longas: • inicialmente observa-se eritema cutâneo e
- Macho: no 3º par patas (veja slide formação de pápulas
anterior) • exsudação resulta na formação de crostas
- Fêmea: no 3º e 4º par de patas (veja 2 • alopecia
slides anteriores)
• inicialmente localizada, mas se dissemina se • face dorsal com reduzidos espinhos
não for tratada • ânus dorsal
• INTENSO PRURIDO • estriações concêntricas no idiossoma
- resulta em traumatismo do animal e
facilita contaminação bacteriana HOSPEDEIROS: gatos
- irritação do animal - perda de peso • Notoedris cuniculi - coelho
- hipersensibilidade cutânea a alérgenos dos
ácaros pode exacerbar o prurido em CICLO BIOLÓGICO
animais sensíveis • semelhante ao Sarcoptes; exceto que as fêmeas
- diagnóstico diferencial de dermatites são encontradas em aglomerações (“ninhos”)
não-pruriginosa
•SUÍNOS PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
- foco primário: olhos, orelhas e focinho; • lesões escamosas, secas, com crostas nas bordas
jarrete e axilas das orelhas e face
- disseminação: dorso, flanco, abdômen • pode se difundir para membros e cauda
- há animais que abrigam parasitos e são • prurido intenso: arranhaduras
assintomáticos, disseminando-a no lote • altamente contagiosa
- principais mecanismos de transmissão:
• matrizes: leitões (aleitamento) Knemidokoptes sp. (Cnemidocoptes sp.)
• cachaço: marrãs (cobertura) • Ácaros escavadores de aves
• Ciclo biológico semelhante ao do Sarcoptes
• Face dorsal sem espinhos
• ventosas ambulacrárias
• BOVINOS • machos: todas as patas
- “sarna do pescoço e da cauda” • fêmeas: não há
- lesões discretas: pele escamosa e pêlos
quebradiços
- lesões avançadas: crostas e perda de pêlos
- prurido intenso: perda na produção de ESPÉCIES:
leite e baixo ganho de peso • K. mutans - “perna escamosa” das aves
- depreciação do couro domésticas
• K. gallinae - “sarna deplumante” das aves
DIAGNÓSTICO domésticas
• clínico: presença e localização de lesões; • K. pilae - “face escamosa” das aves ornamentais
• PRURIDO - diagnóstico diferencial de
dermatites não pruriginosas; PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
• condição altamente contagiosa, • K. mutans
especialmente em cães; - acomete a pele sob as escamas das patas,
• raspado cutâneo: sempre borda mais recente da fazendo com que se soltem e se elevem,
lesão; conferindo um aspecto áspero
- pode ocorrer claudicação e deformidade
Tratamento das patas
• banhos sarnicidas ou tratamento sistêmico - Hospedeiros: galinhas, pombos, angolas
• isolamento dos animais doentes perus, faisõe
• tratamento de suporte: antibioticoterapia e •Knemidokoptes gallinae
corticoterapia nos casos de hipersensibilidade - escavação na base das penas
- extremamente dolorosa: arrancamento das
Notoedris cati penas
• 0,4 mm de diâmetro •Knemidokoptes pilae
- infecção pode permanecer latente até ser • animais se arranham, resultando no
desencadeada por estresse desprendimento da lã e desigualdade do velo
- áreas pobremente emplumadas: bico, • emagrecimento
cabeça, pescoço, parte interna das asas
- geralmente inicia com uma escamosidade • BOVINOS: abdome e parte superior da cauda
no bico • EQUINOS: orelhas: síndrome do balanço da
- acometimento das patas: pode ocasionar cabeça • COELHOS: orelha
perda dos dedos
FAMÍLIA PSOROPTIDAE
ÁCAROS NÃO ESCAVADORES SUBORDEM SARCOPTIFORME
Chorioptes sp.
• 0,75 mm de diâmetro
Família Psoroptidae
• peças bucais arredondadas
• Corpo arredondado, mais longo do que largo
• Ventosas ambulacrárias em pedicelo curto e
• Pernas longas e mais finas
simples • patas 1,2, 3 e 4 (machos)
• Nos machos o terceiro par de pernas é bem mais
• patas 1, 2 e 4 (fêmeas)
longo do que o quarto par
• HOSPEDEIROS: bovinos, ovinos e eqüinos
• Não cavam túneis na pele = base do pelo
• Principais gêneros: Psoroptes, Chorioptes e
BIOLOGIA
Otodectes
ácaros se nutrem apenas na superfície cutânea
• ciclo evolutivo semelhante ao de Psoroptes
• Peças bucais = perfurantes e mastigadoras →
exsudação de linfa → lesões sérias na pele
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
• Bovinos: pescoço, parte superior da cauda,
Psoroptes - espécie
úbere e membros
• Psoroptes ovis: ovinos e bovinos
• Ovinos: membros
• Psoroptes equi: equinos
• Equinos: pernas abaixo do joelho e jarrete
• Psoroptes cuniculi: coelhos e equinos
Sarna importante dos ovinos = perda de lã
Otodectes cynotis
• HOSPEDEIROS: cães, gatos e outros
CICLO EVOLUTIVO
mamíferos
• fêmea põe cerca de 90 ovos durante sua vida de
• Acúmulo de conteúdo cinza no canal auricular =
4 a 6 semanas
cães
• ciclo completo de ovo a ovo demora cerca de 10
• Exsudato ceroso castanho = gatos
dias
• Prurido intenso = arranhões e lesões
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
auto-inflingidas com formação de hematoma,
• ácaro possui peças bucais perfurantes e
infecções secundárias (otites)
mastigadoras: grave lesão da pele
• A infestação geralmente é bilateral
• primeira fase da inflamação: exsudato seroso e
• Quando penetra no ouvido interno o animal
com pequenas vesículas
pode apresentar surdez
• centro seco e coberto por uma crosta amarelada,
• nutre-se superficialmente, na orelha externa do
enquanto as bordas se mantém úmidas
hospedeiro
• prurido intenso
• ciclo evolutivo semelhante ao do Psoroptes, mas
leva 3 semanas
Psoroptes ovis
DIAGNÓSTICO
• ácaros latentes no verão = virilha, axila, fossa
• sinais clínicos
infra-orbitária e orelhas
• inspeção: presença de depósitos ceruminosos e
• espalha-se rapidamente em períodos frios
escuros no canal auditivo
• acomete áreas com lã
• observação dos ácaros: otoscópio; lupa

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