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X Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG

& VIII Salão de Extensão

http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao
ISSN 2318-8014

ATIVIDADE ACARICIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DO


ECTOPARASITA Dermanyssus gallinae : UMA REVISÃO DE LITERATURA
Iriane Viganó Menegola, Liziane Bertotti Crippaa*, Gabriele Casagrandea, Diane Alves de Limaa

a) Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS.

Informações de Submissão Resumo


*Orientador (autor correspondente): Métodos de controle alternativo, como os óleos essenciais
Liziane Bertotti Crippa: Rua Os Dezoito do produzidos a partir de origem vegetal estão se mostrando cada
Forte, 2366. Caxias do Sul – RS. vez mais promissores no controle de ácaros pragas, sendo uma
CEP: 95020-472. forma sustentável e menos prejudicais a animais e seres
E-mail: menegoliri@gmail.com humanos, uma alternativa a substituir os acaricidas sintéticos.
Dessa forma nesse trabalho será investigado o potencial de ação
e a atividade acaricida de óleos essenciais no controle de ácaros
Palavras-chave:
praga, mas especificamente do ácaro Dermanyssus gallinae,
(Dermanyssus gallinae.ácaro vermelho.óleos espécie hospedeira principalmente de galinhas de postura.
essenciais. controle alternativo). Através de uma revisão de literatura qualitativa foram
apresentados estudos confirmando o potencial de ação e a
toxicidade de uma variedade de óleos essenciais no controle do
ácaro vermelho.

1 INTRODUÇÃO
Ectoparasitas são importantes pragas associadas a avicultura de postura, sendo responsáveis
por causar danos severos na saúde e no bem-estar animal e por consequência perdas econômicas ao
produtor (SPARAGANO et al 2009). Um dos ectoparasitas mais comuns encontrado em galinhas
poedeiras pertence à classe Arachnida, o ácaro Dermanyssus gallinae, espécie hematófaga capaz de
causar anemia em aves (TAYLOR, 2017) e de difícil controle pelo fato de visitar seu hospedeiro
somente para alimentação, ficando escondido em frestas e fendas no outro restante do tempo
(MONTEIRO, 2017). Ainda, possui ciclo biológico relativamente curto na presença de fonte de
alimentação, porem em ambientes longe de hospedeiros podem viver muito tempo sem alimento,
causado reinfestação quando entrarem em contato com hospedeiros novamente (TUCCI, PRADO e
ARAÚJO, 2008; SPARAGANO et al, 2014)
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Das diversas estratégias utilizados para o controle do ácaro Dermanyssus gallinae os mais
utilizados ainda são os acaricidas sintéticos, embora sejam relativamente eficazes, as altas dosagens
utilizadas e o descontrole na aplicação vem causando resistências dos ácaros (HARRINGTON et al,
2011). Além disso, os produtos sintéticos deixam resíduos em alimentos e no meio ambiente,
impactando na vida de animais e plantas (MARANGI et al, 2012). Diante disso, estratégias
alternativas como os óleos essenciais vem ganhando espaço a fim de reduzir os prejuízos causados
pelos ácaros na avicultura, além de serem sustentáveis com o meio ambiente, pessoas e animais
(GEORGE, 2015; DECRU et al, 2020). Nesse contexto pesquisas voltadas a descobertas de espécies
vegetais que possuem atividade acaricida viram fundamentais e integram um primeiro passo para
obtenção de produtos derivados de plantas, para poderem ser utilizadas no controle do ácaro
Dermanyssus gallinae em aviários de postura (SPARAGANO et al, 2014; DECRU et al, 2020). Essa
revisão apresenta uma pesquisa qualitativa, demostrando os resultados encontrados em diversos
estudos dos efeitos dos óleos essenciais extraídos de uma variedade de plantas como forma de
controle alternativo do ácaro Dermanyssus gallinae.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Biologia e importância de Dermanyssus gallinae


Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) conhecido popularmente por piolho-de-galinha ou
ácaro vermelho é um ectoparasita pertencente a família Dermanyssidae (TAYLOR, 2017; DI
PALMA et al 2012). Embora na nomenclatura popular seja chamado de piolho esta espécie, na
verdade é um ácaro hematófago obrigatório de aves domésticas e silvestres. Ocasionalmente, ele
acomete outras espécies, incluído mamíferos, caso o hospedeiro não esteja disponível (TAYLOR,
2017).
Esta espécie possui ampla distribuição mundial, e nos últimos anos tem-se tornando um dos
mais importantes (ácaros) praga da avicultura de postura comercial, em qualquer sistema de criação
(gaiolas, galpões, criação ao ar livre e orgânica) afetando tanto diretamente como indiretamente o
hospedeiro parasitado. (SPARAGANO et al, 2020; DI PALMA & MUL, 2019; SPARAGANO et al
2009). Pesquisam demostram que a prevalência Dermanyssus gallinae em galinhas poedeiras é
bastante elevada, taxas acima de 80% são comuns em muitos países (MUL et al, 2017; PEREIRA,
2011).

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As infestações de Dermanyssus gallinae podem causar danos tanto na saúde como no bem-
estar dos seus hospedeiros. Além de lesões cutâneas, provenientes da picada dos ácaros, elas
desenvolvem alterações comportamentais, como o coçar a cabeça e o picacismo, fatores associados
ao estresse causado pela mordedura do ácaro (KILPINEN et al, 2005; SPARAGANO, 2014). Ainda,
outro sinal clínico bem comum relacionado presença do ácaro no hospedeiro está a perca de peso e
posteriormente a anemia e enfraquecimento das aves, podendo torná-las menos resistentes a infecções
e podendo levar a taxas de mortalidade quando em grandes infestações (TOMLEY &
SPARAGANO,2018; PETERSEN et al, 2021). Outro fator que a aumenta importância deste parasita
esta em possivelmente atuar como vetor de agentes patógenos, podendo portar e transmitir doenças
zoonóticas tantos virais, como bacterianas (SCHIAVONE et al, 2022).
Todas essas alterações no estado fisiólogo das aves de postura causam problemas ao nível
produtivo e econômico para o setor avícola, como diminuição na produção, no tamanho e na
qualidade dos ovos, além do aumento da conversão alimentar das aves (SLEECKX et al, 2019;
TOMLEY & SPARAGANO,2018).

2.2 Ciclo de vida e morfologia de Dermanyssus gallinae


O ciclo biológico de Dermanyssus gallinae ocorre em maior parte fora do hospedeiro, sendo
seu habitat preferido fendas, frestas, poeira, detritos acumulados, estruturas metálicas das gaiolas,
comedouros e bebedouros em galpões, ou em ninhos no caso de aves silvestres. O ácaro recorre ao
hospedeiro somente para se alimentar, em períodos noturnos (TUCCI e GUIMARÃES, 1998;
MONTEIRO,2017). Possui ciclo de vida com 5 fases, sendo estas, ovo, larva, protoninfa, deutoninfa
e adulto, igualmente para macho ou fêmea (BOWMAN, 2014). As fêmeas iniciam a oviposição após
alimentarem-se do hospedeiro e isso ocorre em torno de 12 a 24 horas após a refeição sanguínea
(período de pré-oviposição). As fêmeas fazem varias posturas suscetíveis, de 3 a 7 ovos, sendo que
cada postura procede uma alimentação de sangue (MONTEIRO, 2017; BOWMAN, 2014). A eclosão
das larvas ocorre em torno de 48 a 72 horas e apresentam coloração clara, quase transparente
(BISHOPP & WOOD, 1917). As larvas após eclodirem não se alimentam e sofrem uma muda em 24
a 48 horas, passando a protoninfas. As ninfas de primeiro estágio ou protoninfas realizam muda
novamente após a primeira refeição sanguínea, passando para o segundo estágio de ninfa, denominada
de deutoninfa, Isso ocorre 24 a 48 horas após as ninfas de primeiro estágio se alimentarem. No
segundo estágio de ninfas vai ocorrer uma nova refeição, e após 48 a 72 horas ocorre a muda para a
fase adulta, macho e fêmea (MONTEIRO, 2017; BOWMAN,2014).

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Na fase adulta, os ácaros apresentam caraterísticas morfológicas pouco distintas entre os


sexos. Podem medir cerca de 0,75 a 1 mm de comprimento, possuem 4 pares de patas alongadas e
quelíceras em formato de estilete. (TAYLOR, 2017; MONTEIRO 2017). Sua coloração é castanha,
vermelho-escuro ou acinzentados, dependendo da quantidade de sangue que tenham ingerido
(BISHOPP & WOOD, 1917).
Na presença de um hospedeiro o ciclo de vida de Dermanyssus gallinae geralmente se
completa em duas semanas, mas sob condições de temperatura e umidade ideal (25 °C a 30 °C e
umidade relativa, >70%) como são encontrados em sistemas de produção avícola, pode ocorrer em 7
dias. No ambiente sem a presença de um hospedeiro esta espécie pode sobreviver muito tempo sem
alimento, de modo a persistir em galpões e aviários após serem desocupados, podendo infestar um
novo lote até 8 messes depois (SPARAGANO et al, 2014; TUCCI, PRADO e ARAÚJO, 2008).

2.3 Principais métodos de controle do Dermanyssus gallinae


Há anos, o controle do ácaro Dermanyssus gallinae é um desafio para os avicultores. Muitas
vezes os métodos de controle precisam ser realizados durantes os ciclos de produção, não podendo
esperar a troca de lote, quando os aviários estão vazios, causando um desafio ainda maior
(SPARAGANO et al, 2014), como os ácaros vivem fora do hospedeiro na maior parte de seu ciclo
biológico, eles se escondem em áreas muitas vezes inacessíveis do aviário (GEORGE et al, 2015).
Outro desafio do controle é o ataque dos ácaros a qualquer pessoa que trabalha nos aviários
comerciais, causando desconforto, estresse e quando em grandes infestações problemas clínicos como
dermatite (CAFIERO et al, 2019).
Em função disso, diversas abordagens são utilizadas para o controle desse ácaro, sendo que
muitas delas ainda estão em processo de exploração e, portanto não são comercializadas. As
estratégias de controle incluem acaricidas sintéticos (PETERSEN et al, 2021), produtos derivados de
plantas, (GAY et al, 2020) controle biológico, com inimigos naturais (ZRIKI et al, 2020) e fungos
entomopatogênicos (OLIVEIRA et al, 2020) e vacinas (PRICE et al, 2019). Ainda outras práticas de
controle físico estão sendo adotadas nos aviários de galinhas de postura como desinfecção geral e
boas práticas de higiene, contato reduzido com aves selvagens, prevenção de estresse e superlotação,
controle de ventilação, temperatura e iluminação, e design inovador do aviário (MUL et al 2017;
MUL et al, 2009).

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2.4 Acaricidas Sintéticos


A estratégia de controle com acaricidas sintéticos é o método mais utilizado e mais
comumente encontrado no combate de Dermanyssus gallinae. Nos dias atuais um número muito
limitado de produtos químicos são utilizados no controle do ácaro, pois vários produtos químicos
antes utilizados foram retirados do mercado em vários países, devido a regulamentações de segurança
para o consumidor e usuários humanos (SPARAGANO et al, 2014; HARRINGTON et al, 2011).
No Rio Grande do Sul, um dos produtos químicos que foi mais utilizados em aviários de
galinhas de postura infestadas por D. gallinae é do composto fipronil, entretanto com a retirada do
mesmo em países, como na Europa (SPARAGANO et al, 2014; MUL et al, 2009; HARRINGTON
et al, 2011), o Estado concedeu uma lei para remoção da utilização do mesmo (PROJETO DE LEI nº
329 /2021) Estudos demonstraram que o uso do fipronil deixa resíduos em ovos e na gordura das
galinhas e estes podem ser prejudiciais à saúde das aves e dos humanos (ARIOLI et al, 2022; EFSA
et al, 2018). Ainda a retirada de certos produtos químicos do mercado são provenientes de crescentes
níveis de resistência de Dermanyssus gallinae contra esses acaricidas (MARANGI et al, 2012;
ABBAS et al, 2014). Atualmente os acaricidas sintéticos em uso mais comuns incluem o spinosad
(Elector®) e o fluralaner (Exzolt®) (SINDRAN, 2022), esse último de comercialização recente sendo
o primeiro acaricida sistêmico contra D. gallinae. Embora demostrem eficácia por hora no controle
do ácaro, ambos possuem elevados custos tornando sua utilização muitas vezes inviáveis
(HARRINGTON et al, 2011; BRAUNEIS et al, 2017; SIGOGNAULT FLOCHLAY et al,2017)

2.5 Produtos derivados de plantas – Óleos essenciais


Produtos derivados de plantas possuem potencial favorável no controle de Dermanyssus
gallinae, sendo um método alternativo com capacidade acaricida, tóxica e repelente no controle
desses ácaros. Os óleos essenciais compostos de metabólicos secundários, sendo compostos voláteis
são obtidos através do processamento vegetal (SPARAGANO et al, 2014; REGNAULT-ROGER et
al, 2012). A atividade acaricida desses óleos se deve principalmente a variabilidade de seus
compostos, e sua químicos complexos (ISMAN 200; ISMAN, 2006). Esses compostos causam um
efeito neurotóxico no sistema nervoso dos ácaros, e inibi hormônios e receptores interrompendo o
ciclo celular (RATTAN, 2010; QUILICOT et al, 2020). Alguns estudos demostram os efeitos
biológicos que os óleos essenciais podem causar nos ácaros, interrupção da alimentação, interferência
na postura dos ovos, inibição da reprodução, são alguns deles (GOMES et al, 2014; QUILICOT et
al, 2020).

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Ainda, os óleos essenciais têm capacidade ampla, pois atuam em sua fase de vapor, assim são
capazes de alcança os ácaros que ficam nos esconderijos durante o dia, já que eles sobem no
hospedeiro somente para se alimenta nos períodos noturnos (ELLSE, 2014). Porem, o fato dele atuar
na fase de vapor e de possuir uma natureza volátil pode ser uma preocupação, visto que seu efeito é
de curta duração. No entanto, essa consistência pode ser alçada, se os compostos bioativos dos óleos
essenciais foram identificados e isolados (SPARAGANO et al., 2014; GEORGE,2015).
Os óleos essenciais ainda estão atribuídos no Manejo Integrado de Pragas (MIP), no qual foca
em tratamentos não químicos através de oito etapas, usando produtos químicos em conjunto com
outros métodos somente em últimos recursos. De forma geral os óleos essenciais tem se mostrando
uma forma promissora quando usados sozinhos ou em conjunto, sendo uma alternativa sustentável
para humanos, animais e meio ambiente ( SPARAGANO et al, 2020; DECRU et al, 2020).

3 METODOLOGIA
O presente estudo consistiu em uma revisão de literatura abordando o tema a acerca do
ectoparasita Dermanyssus gallinae, com foco no seu controle alternativo com a utilização de óleos
essenciais.
Para o levantamento desta esta pesquisa foram utilizadas como bases de dados as plataformas
Google academic, Science direct, PubMed e Taylor & Francis, além do uso de livros e dissertações.
A busca dos artigos teve como base os seguintes descritores: Dermanyssus gallinae, controle
alternativo de ectoparasitas e óleos essenciais no controle de Dermanyssus gallinae, não limitando o
idioma na tentativa de obter uma busca maior. Os critérios de pesquisa foram trabalhos realizados
nos últimos 12 anos.
Na análise realizada foram priorizados os estudos que apresentaram ensaios com testes
demostrando a toxicidade e a ação acaricida de óleos essenciais no controle de ectoparasitas
Dermanyssus gallinae.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


A partir da coleta dos dados, os mesmos foram analisados e sintetizados, e os resultados
demostraram muitos óleos essenciais extraídos de espécies vegetais de diversas partes do mundo com
potencial de ação no controle de Dermanyssus gallinae. As pesquisas descritas a seguir foram
selecionadas visando espécies que possuem uma maior facilidade de serem encontradas e que
apresentaram um bom desempenho no controle de Dermanyssus gallinae.

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Como forma de demostrar alternativas aos acaricidas químicos, Torres-Cabra e Lagos-López


(2019) avaliaram a eficácia do óleo essencial de coentro (Coriandrum sativum L.) comparado a um
acaricida químico sobre Dermanyssus gallinae. A pesquisa envolveu bioensaios de contato com doses
do óleo essencial de 1,2 e 3 mg/cm² em tempos de exposição de 5, 10, 15, 25 e 30 minutos. Como
padrão foi utilizado controle com água e controle químico, o acaricida comercial Neguvón®. Os
resultados demostraram que aos 30 minutos de contato todas as doses de óleo essencial de coentro
apresentaram 100% mortalidade, e a dose de 3 mg/cm² ofereceu a maior mortalidade em qualquer
tempo de exposição. Assim esse estudo demostrou que o óleo essencial de coentro possui atividade
acaricida contra D. gallinae, podendo ser sugerido como uma alternativa a ser utilizada em
substituição aos acaricidas químicos para o controle deste ácaro.

Em um estudo mais atual, com o intuito de demostrar o potencial de ação de óleos essenciais
quando comparado a produtos químicos, Roczeń-Karczmarz et al. (2022) testaram a ação acaricida
de oito óleos essenciais sobre fêmeas adulto de Dermanyssus gallinae. O ensaio envolveu coleta e
extração de botão de cravo (Eugenia caryophyllus), lavanda (Lavandula angustifólia), eucalipto
(Eucalyptus globulus), tomilho (Thymus vulgaris), alecrim (Rosmarinus officinalis), pinus (Pinus
sylvestris), gerânio (Pelargonium graveolens) e citronela Cymbopogon winterianus citronela. Além
disso, foram utilizados controles com água, óleo mineral e controle químico com produto spinosad.
A toxicidade direta dos óleos essenciais foram testadas em quatro (20,50,80 e 100%) concentrações
na dose de 0,28 mg/cm². Como resultados, foi confirmado que os óleos essenciais selecionados para
o estudo são tóxicos para D. gallinae em in vitro, enquanto o óleo mineral não é letal para os ácaros.
Spinosad mostrou alta eficácia contra D. gallinae e sua ação é comparada ao óleo de eucalipto
(Eucalyptus globulus) que demostrou ser o mais toxico (87,6 - 97,6% de mortalidade) em todas as
concentrações. Ainda, alta mortalidade também foram registradas no óleo botão de cravo (Eugenia
caryophyllus) na diluição de 80% (85,1% de mortalidade), lavanda (Lavandula angustifólia) 100%
(94,2% de mortalidade) e tomilho (Thymus vulgaris) em três concentrações (50,80 e 100%) com 83,5
- 93,2% de mortalidade.

O óleo essencial de tomilho (Thymus vulgaris) e lavanda (Lavandula angustifólia) já havia


sido investigado em outro estudo como potencial de ação no controle de Dermanyssus gallinae em
uma pesquisa que envolveu ainda oito óleos essenciais, além dos citados acima, avaliando a
toxicidade dos ácaros em 24, 48 e 72 horas em diferentes concentrações. Dos dez óleos essenciais
testados no controle do ácaro vermelho, os melhores resultados foram observados para lavanda ( 97%

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de mortalidade após 48 e 72 h) e tomilho (84% em 72 h) na dose de 0,12 mg/cm². Ainda o óleo de


tomilho apresentou efeitos tóxicos persistentes significativos 15 e 30 dias após a aplicação em papéis
de filtro com 100% de mortalidade em 72 h (NECHITA et al, 2015). Resultados semelhantes foram
encontrados por Puvača et al, (2018) onde o óleo essencial de lavanda apresentou mortalidade de
96% após 72 h e o de tomilho 82% de mortalidade após 72 h na dose de 0,15mg/cm². Esses estudos
demostram resultados promissores do óleo essencial de tomilho e lavanda quando testados in vitro
para efeitos tóxicos e repelentes contra o ácaro vermelho.

George et al (2010) selecionaram 50 óleos essenciais de diversas plantas e de diferentes países


que já tivessem sido descritos na literatura como eficazes no controle de ácaros e realizaram testes
demostrando a eficácia dos mesmo no controle de Dermanyssus gallinae. Os experimentos foram
conduzidos com testes de toxicidade por contato, em doses de 0,21 mg/cm² e avaliados 24 horas após
as aplicações. Os resultados mostraram que 24 óleos essenciais apresentaram mortalidade maior que
75%, sendo dentro desses, 10 com mortalidade de 100%, o botão de cravo (Eugenia caryphyllata L.),
lavanda (Lavandula officinalis Chaix), tomilho (Thymus vulgaris L), capim-limão (Cymbopogon
citratus Stapf), pinus (Pinus sylvestris L.), cedro (Juniperus oxycedrus L.), alho (Allium sativum L),
manuka (Leptospermum scoparium Forst.), poejo (Mentha pulegium L.) e árvore do chá ( Melaleuca
alternifolia Cheel). Ainda neste mesmo estudo, foi evidenciado que os óleos essenciais de manuka,
cedro, poejo, tomilho, alho, casca de canela e botão de cravo são estáveis em diferentes temperaturas
encontradas em aviários comerciais.

O uso de substância voláteis extraídas de varias espécies vegetais e provenientes de diferentes


de diversos lugares do mundo também foi investigado por Lee et al. (2019), onde testaram a eficácia
de 30 óleos essenciais através de contato direto e atividade fumegante em fêmeas de Dermanyssus
gallinae. Como resultados eles destacaram dois óleos essenciais que obtiveram maior toxicidade
contra D. gallinae, o óleo essencial de casca de canela (Cinnamomum zeylanicum Breyn.) e de botão
de cravo (Eugenia caryphyllata L.). Ambos apresentaram 100% de atividade acaricida, sugerindo
serem fortes agentes de controle contra D. gallinae. Geoger et al. (2010) já havia demostrando em
outro estudo a eficácia dos óleos essenciais de casca de canela (Cinnamomum zeylanicum Breyn.) e
botão de cravo (Eugenia caryphyllata L.) quando testados em diferentes estágios de desenvolvimento
de Dermanyssus gallinae. Utilizando esses óleos essenciais e outros selecionados foi concluído que
os mesmos podem ser usados como larvicidas, ninficidas e ovicidas no controle de D. gallinae.

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Pares e seus colaboradores (2021) estudaram a ação do óleo essencial de três espécie da
família Annonacea, Duguetia lanceolata, Xylopia emarginata e Xylopia sericea, utilizando parte de
cascas, caules e frutos para obtenção dos extratos vegetais. Através de ensaios de fumigação e
aplicação tópica foi avaliado a atividade acaricida sobre fêmeas de Dermanyssus gallinae coletadas
em um aviário de postura comercial, localizado na região Oeste do estado do Paraná, Brasil. Como
resultados demostrou-se que todas as espécies vegetais testadas apresentaram atividade acaricida em
ensaio tópico, com destaque no óleo essencial de Xylopia emarginata, onde apresentou resultados
mais expressivos que as demais espécies presentes no estudo.

Em um estudo menos amplo envolvendo somente uma espécie de planta foi realizado no
Paraná, Santana et al. (2018) investigaram a atividade repelente e acaricida do óleo essencial de
Myrcia oblongata DC em testes de fumigação em quatro concentrações diluídas (10%, 5%, 2,5% e
1,25%) e testes de repelência em três concentrações diluídas (10%, 5% e 1%) sobre fêmeas de
Dermanyssus gallinae. O teste de fumigação de M. oblongata sobre D. gallinae demonstrou que
concentrações do óleo essencial entre 1,25% e 10% promoveram baixa mortalidade, já o teste de
repelência revelou potencial de repelência quando aplicado em concentrações de 10%.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o ácaro Dermanyssus gallinae, alternativas de controle é um processo contínuo, que vai
ganhando impulso pela decorrente necessidade de tratar o problema que ele acomete em granjas de
galinhas poedeiras. Ao que tudo indica o método de controle alternativo com óleos essenciais é uma
possibilidade eficaz no tratamento do ácaro vermelho tanto sozinho e ainda mais quando usados em
conjunto como estratégia no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Diante da escassez de estudos
demostrando o potencial de ação óleos essenciais no controle de D. gallinae nas condições de
temperatura e umidade encontradas no estado do Rio Grande do Sul - Brasil, mais estudos devem ser
realizados trazendo uma melhor clareza da eficácia e do potencial de ação dos óleos essenciais, sendo
este trabalho um primeiro passo importante para estabelecer quais produtos derivados de plantas
possam ser usados no controle de D. gallinae.

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