O documento resume o capítulo 1 sobre a biologia e importância do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. O carrapato causa grandes prejuízos econômicos à bovinocultura brasileira e transmite doenças como a tristeza parasitária bovina. Sua introdução no Brasil ocorreu no século XVII e as condições climáticas permitiram sua adaptação em todas as regiões. Seu ciclo de vida inclui fases parasitária e não parasitária e é influenciado pela temperatura.
O documento resume o capítulo 1 sobre a biologia e importância do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. O carrapato causa grandes prejuízos econômicos à bovinocultura brasileira e transmite doenças como a tristeza parasitária bovina. Sua introdução no Brasil ocorreu no século XVII e as condições climáticas permitiram sua adaptação em todas as regiões. Seu ciclo de vida inclui fases parasitária e não parasitária e é influenciado pela temperatura.
O documento resume o capítulo 1 sobre a biologia e importância do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. O carrapato causa grandes prejuízos econômicos à bovinocultura brasileira e transmite doenças como a tristeza parasitária bovina. Sua introdução no Brasil ocorreu no século XVII e as condições climáticas permitiram sua adaptação em todas as regiões. Seu ciclo de vida inclui fases parasitária e não parasitária e é influenciado pela temperatura.
Os carrapatos são artrópodes ectoparasitas, vivem na superfície do corpo de um
hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o homem) são hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Atualmente mais de 920 espécies são descritas no mundo,as mesmas são divididas em três famílias, das quais duas são as mais importantes e abundantes, sendo elas Ixodidae, Argasidae e Nuttalliellidae. No Brasil se encontra 73 espécies pertencentes a duas famílias, sendo 47 espécies da família Ixodidae, e 26 espécies da família Argasidae. Os Ixodídeos estão divididos em cinco gêneros, já os Argasidae estão divididos em quatro gêneros. Vale ressaltar que entre os cinco gêneros de ixodídeos encontrados no país, os carrapatos do gênero Amblyomma e Rhipicephalus despertam um maior interesse para os cientistas, pela importância para a saúde pública, principalmente pelo notável impacto econômico. A presença do carrapato na bovinocultura, seja de corte ou de leite acarreta sérios problemas, o carrapato Rhipicephalus (B.) microplus (carrapato-do-boi) é responsável por causar mais de três bilhões de dólares de perdas anuais na cadeia produtiva de bovinos no Brasil, o mesmo também é transmissor dos agentes etiológicos da “tristeza parasitária bovina”, doença causada por bactérias do gênero Anaplasma e protozoários do gênero Babesia e que provoca debilidade nos animais podendo levar a óbito. Além da capacidade de transmitir agentes patogênicos a mesma espécie em grande infestações, causam lesões na pele do animal dando deixas para bactérias oportunistas causar infecções, essas lesões também provocam depreciação do valor do couro dos animais. Outro fator de agravante na produção bovina além dos citados acima é o aparecimento de população de carrapatos resistentes aos carrapaticidas, resistência desencadeada principalmente pelo uso incorreto ou desordenado dos acaricidas. No leite é possível identificar resíduo de produtos químicos utilizados no combate ao carrapato, proporcionando ainda mais prejuízos ao produtor, ainda há a contaminação ambiental em função do mau uso dos produtos químicos empregados no combate dos carrapatos e no descarte incorreto do leite contaminado. Rhipicephalus (B.) microplus tem uma provável origem na Índia e na Ilha de Java, na Ásia. A introdução desta espécie de carrapato no Brasil provavelmente se deu por conta das expedições que transportavam animais domésticos parasitados, isso ocorreu no início do século XVII e devido às condições climáticas favoráveis do Brasil, este carrapato adaptou-se em todas as regiões do país. Essa espécie necessita de um único hospedeiro para completar seu ciclo de vida, o ciclo de vida do R. (B.) microplus pode ser dividido em duas etapas, a fase parasitária e a fase não parasitária com relação à fase parasitária, o período de parasitismo, que compreende desde a fixação da larva até o desprendimento da teleógina, dura em média 21 dias, a fase não parasitária inicia-se no momento em que a teleógina se desprende do animal e cai ao solo, entre 3 a 5 dias após o desprendimento da teleógina, em condições climáticas adequadas, ocorre o período de pré-postura posteriormente a esse período tem início a ovipostura e logo depois a fêmea morre, finalizando assim seu ciclo de vida. Estudos mostram que, na primavera e verão, o tempo desde o desprendimento da teleógina até o aparecimento de suas larvas na pastagem é menor do que durante as estações de outono e inverno, de modo a tornar a fase não parasitária mais longa nas estações com temperaturas médias menores. Vale lembrar que a fase parasitária não sofre tanto com as condições climáticas por estar fixo ao hospedeiro que mantém uma temperatura corporal constante, diferentemente da fase de vida livre, em que o carrapato está exposto a temperatura e condições do ambiente. Para conduzir de forma mais segura o controle dos carrapatos e consequentemente obter sucesso no combate a este ectoparasito é de suma importância o conhecimento a respeito da biologia, tal como comportamento das teleóginas, das larvas bem como a dinâmica populacional desse carrapato no ambiente da pastagem, com essas informações o produtor pode usar algumas ferramentas e técnicas de manejo eficaz.