Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

BACHARELADO EM ZOOTECNIA

CLAUDINEA SANTOS DE OLIVEIRA

Parasitologia Animal
Atividade assíncrona

Resumo da atividade assíncrona apresentada


no curso de graduação da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia.
Docente: Luís Eduardo Meira Faria

CRUZ DAS ALMAS - BA


2022
Resumo do capítulo 1: Biologia e importância do carrapato Rhipicephalus (Boophilus)
microplus

Palavras-chaves: Bovinos¹; Carrapato²; Climáticas³;Ectoparasitas4


; Espécie5; Gêneros6; Parasitária7; Produção8; Rhipicephalus9; Temperatura10.

Os carrapatos são artrópodes ectoparasitas, vivem na superfície do corpo de um


hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o homem) são hematófagos, ou seja, se
alimentam do sangue de seus hospedeiros.
Atualmente mais de 920 espécies são descritas no mundo,as mesmas são divididas em três
famílias, das quais duas são as mais importantes e abundantes, sendo elas Ixodidae,
Argasidae e Nuttalliellidae.
No Brasil se encontra 73 espécies pertencentes a duas famílias, sendo 47 espécies da
família Ixodidae, e 26 espécies da família Argasidae. Os Ixodídeos estão divididos em cinco
gêneros, já os Argasidae estão divididos em quatro gêneros. Vale ressaltar que entre os cinco
gêneros de ixodídeos encontrados no país, os carrapatos do gênero Amblyomma e
Rhipicephalus despertam um maior interesse para os cientistas, pela importância para a saúde
pública, principalmente pelo notável impacto econômico.
A presença do carrapato na bovinocultura, seja de corte ou de leite acarreta sérios
problemas, o carrapato Rhipicephalus (B.) microplus (carrapato-do-boi) é responsável por
causar mais de três bilhões de dólares de perdas anuais na cadeia produtiva de bovinos no
Brasil, o mesmo também é transmissor dos agentes etiológicos da “tristeza parasitária
bovina”, doença causada por bactérias do gênero Anaplasma e protozoários do gênero
Babesia e que provoca debilidade nos animais podendo levar a óbito.
Além da capacidade de transmitir agentes patogênicos a mesma espécie em grande
infestações, causam lesões na pele do animal dando deixas para bactérias oportunistas causar
infecções, essas lesões também provocam depreciação do valor do couro dos animais.
Outro fator de agravante na produção bovina além dos citados acima é o aparecimento
de população de carrapatos resistentes aos carrapaticidas, resistência desencadeada
principalmente pelo uso incorreto ou desordenado dos acaricidas. No leite é possível
identificar resíduo de produtos químicos utilizados no combate ao carrapato, proporcionando
ainda mais prejuízos ao produtor, ainda há a contaminação ambiental em função do mau uso
dos produtos químicos empregados no combate dos carrapatos e no descarte incorreto do leite
contaminado.
Rhipicephalus (B.) microplus tem uma provável origem na Índia e na Ilha de Java, na
Ásia. A introdução desta espécie de carrapato no Brasil provavelmente se deu por conta das
expedições que transportavam animais domésticos parasitados, isso ocorreu no início do
século XVII e devido às condições climáticas favoráveis do Brasil, este carrapato adaptou-se
em todas as regiões do país. Essa espécie necessita de um único hospedeiro para completar
seu ciclo de vida, o ciclo de vida do R. (B.) microplus pode ser dividido em duas etapas, a
fase parasitária e a fase não parasitária com relação à fase parasitária, o período de
parasitismo, que compreende desde a fixação da larva até o desprendimento da teleógina,
dura em média 21 dias, a fase não parasitária inicia-se no momento em que a teleógina se
desprende do animal e cai ao solo, entre 3 a 5 dias após o desprendimento da teleógina, em
condições climáticas adequadas, ocorre o período de pré-postura posteriormente a esse
período tem início a ovipostura e logo depois a fêmea morre, finalizando assim seu ciclo de
vida.
Estudos mostram que, na primavera e verão, o tempo desde o desprendimento da
teleógina até o aparecimento de suas larvas na pastagem é menor do que durante as estações
de outono e inverno, de modo a tornar a fase não parasitária mais longa nas estações com
temperaturas médias menores. Vale lembrar que a fase parasitária não sofre tanto com as
condições climáticas por estar fixo ao hospedeiro que mantém uma temperatura corporal
constante, diferentemente da fase de vida livre, em que o carrapato está exposto a temperatura
e condições do ambiente.
Para conduzir de forma mais segura o controle dos carrapatos e consequentemente
obter sucesso no combate a este ectoparasito é de suma importância o conhecimento a
respeito da biologia, tal como comportamento das teleóginas, das larvas bem como a
dinâmica populacional desse carrapato no ambiente da pastagem, com essas informações o
produtor pode usar algumas ferramentas e técnicas de manejo eficaz.

Você também pode gostar