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Características Gerais de Arthropoda

Características gerais
Arthropoda
 Arthro= articulações; podo= pés
 Apresentam exoesqueleto de quitina
 Exoesqueleto composto por escleritos
 Realizam mudas ou ecdises
 Celomados: apresentam hemocele
Características gerais
Arthropoda
 Sistema digestivo: Completo
– Peças bucais
– Intestino anterior: cavidade bucal, faringe,
esôfago e pró-ventrículo.
• Esôfago pode ser dividido em papo e moela
– Intestino médio e posterior
Características gerais
Arthropoda
 Sistema excretor:Túbulos de Malpighi
 Sistema circulatório: aberto
– Hemocele com hemolinfa banha os
diversos órgãos
 Sistema respiratório: traqueal
– Aberturas no tegumento: peritrema ou
espiráculo respiratório
 Sistema nervoso: ganglionar ventral
Características gerais
Arthropoda

http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/insetos.htm
Características gerais
Arthropoda
 Reprodução
– Dióicos
– Com dimorfismo sexual
Classe Insecta
Características morfológicas
 Corpo dividido em
cabeça, tórax e abdomen
 Três pares de patas
(hexápodes)
 Até dois pares de asas
(tetrápteros)
 Duas antenas sensoriais
(díceros)
 Podem apresentar dois
olhos compostos e vários
ocelos
Classe Insecta
Características morfológicas

 Peças bucais adaptadas à alimentação

Aparelho bucal mastigador Aparelho bucal picador-sugador

Fonte: Urqhuart et al., 1998.


Classe Insecta
Características morfológicas

 Ciclo biológico

Holometábolo Hemimetábolo
(metamorfose completa) (metamorfose incompleta)
Fonte: Urqhuart et al., 1998.
Insetos: importância
zootécnica
Insetos parasitas de animais de produção

Insetos vetores de agentes etiológicos causadores


de doenças em animais de produção
PARA SER O VETOR DE UM
AGENTE, UM INSETO DEVE
• Portar o agente infeccioso ou parasitário
• No caso de transmissão pela picada, deve
picar todos os hospedeiros sensíveis (em
alguns casos homem e animais)
• permitir multiplicação do agente (quando
vetor biológico)
• devem cobrir a região geográfica do parasita
Reino Animalia
Phylum Arthropoda
Classe Insecta
 Ordem Diptera
– Subordem Cyclorrapha
– Subordem Nematocera
– Subordem Brachycera
 Ordem Siphonaptera
 Ordem Anoplura
 Ordem Mallophaga
 Ordem Hemiptera
Classe Insecta
Ordem Diptera

 Apresentam um par de asas membranosas


desenvolvidas e um par de balancins ou
halteres
 Metamorfose completa (holometábola)
 Importância zootécnica:
– Ectoparasitas. Ex: Culex spp.
– Parasitas de tecidos. Ex: Cochliomyia
hominivorax
– Vetores de uma série de agentes
Classe Insecta
Ordem Diptera

 Sistemática:
 Dividida em três
subordens
– Cyclorrhapha ou
Muscomorpha:
moscas
– Nematocera: mosquitos
– Brachycera:
tabanídeos ou mutucas

Fonte: Urqhuart et al., 1998.


CLASSE INSECTA – ORDEM
DIPTERA –SUBORDEM
CYCLORRHAPHA

moscas
Características gerais
 Antenas com três artículos e arista dorsal na
base do terceiro artículo
 Adulto emerge do pupário através de uma
fenda circular
 Pupa coarctada (imóvel), surgindo dentro da
última pele larval que se quitiniza e forma o
pupário
 Último segmento larval com ânus e duas
placas estigmáticas
 Larva acéfala, ápoda, vermiforme
(“maggots”)
http://www.uaex.edu/Other_Areas/publications/HTML/FSA-7031.asp
Moscas adultas

 Sinantrópicas:
– Vetores mecânicos e biológicos de diversos
agentes etiológicos
– Algumas espécies podem depositar larvas
causadoras de miíases
 Parasitas:
– Hematófagas
– Podem também ser vetores mecânicos ou
biológicos de agentes transmissíveis pela picada
Família Muscidae:
Musca domestica
 distribuição geográfica: cosmopolita, no
peridomicílio
 Adultos: alimentam-se de substâncias
orgânicas líquidas e sólidas, inclusive
secreções de animais, e têm atração
especial por feridas
 Podem voar até 10 km/dia
 Larvas: necrófagas (podem ser
causadoras de miíases terciárias)
Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira
Adultos copulam uma
única vez, cerca de 36 h
após eclosão do pupário

Cada fêmea
pode realizar
até 4 posturas
de 100 –150
ovos
alimentam-se de substâncias orgânicas
líquidas e sólidas, inclusive secreções de
animais, e têm atração especial por feridas

8 (35ºC) a 49
dias (16ºC)

Necrófagas
(parasitas
eventuais)
Significado patogênico

 Não é parasito obrigatório,


 Hospedeiro intermediário (HI) de
Habronema, Thelazia, Raillietina spp.
e vetor mecânico de diversos
patógenos
Controle
 Erradicação: impossível
– Deve-se reduzir a população a níveis toleráveis

 Uso de inseticidas: resistência e poluição


– Pode ser utilizado de forma reduzida em áreas
delimitadas. EX: cozinhas.
– Pode ser utilizado impregnados em iscas

 Controle biológico
– Aranhas, aves e anfíbios

 Uso de telas: limitado


– Janelas de cozinhas e estábulos
Controle
 Iscas: composição e eficácia variável
– Devem ser associadas a outras medidas
de controle

200 ml de água quente,


50 gramas de açúcar
mascavo,
Fonte: Arquivo pessoal. 1 grama de levedura
Número médio de dipteros presentes em uma área de 100 cm2 dos locais
de descanso por dia após instalação de armadilhas contendo açucar
mascavo e fermento biológico, Setor de Caprinos e Ovinos, Fazenda
Capim Branco, Uberlândia-MG, dezembro de 2011.

5
número de moscas por 10 cm2

0
DIA ZERO DIA 1 DIA 2 DIA 7 DIA 15

ROSALINSKI-MORAES & FANALLI, 2012. dados preliminares.


Controle
 Limitar acúmulo de matéria orgânica:
– Limpeza mecânica diária de pisos,
comedouros e bebedouros
– Remoção diária de resíduos domiciliares
(lixo orgânico)
– Remoção e destino adequado dos dejetos
animais (máximo a cada 5 dias).
Controle: destino adequado dejetos
e outras matérias orgânicas

Fazenda Barreiro, Centralina – MG

http://www.gentequecresce.cnpab.embrapa.br http://plantarecultivar.blogspot.com.br
Família Muscidae
Stomoxys calcitrans
 Conhecida como mosca dos estábulos
ou mosca da vinhaça
 distribuição geográfica: cosmopolita
 No Brasil: mais comum em SP,MG, RJ,
MS, PR (Oliveira, 2009)
 Adultos parasitas
 Hospedeiros: vários animais e o homem
 Larvas necrófagas: substâncias
vegetais em decomposição
Stomoxys calcitrans

http://www.frontline.pt/Insectosvoadores/Pages/Moscas-picadoras.aspx
Stomoxys calcitrans

Palpo

Aparelho bucal
picador-sugador

Fonte: www.diptera.info
Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira
Vivem até um mês; copulam várias
vezes e necessitam de vários repastos
sanguíneos para realizar postura

Cada fêmea
realiza posturas
de 20 a 50 ovos
12 a 60 dias
Parasita obrigatória, temporária
Machos e fêmeas hematófagas

Substâncias vegetais em
decomposição (feno, palha,
cama, silagem, vinhaça)
Biologia

 A temperatura é o principal fator


determinante do tempo do ciclo. Em
regiões temperadas, as moscas
podem sobreviver durante o inverno
como larvas ou pupas, enquanto e
regiões tropicais o ciclo é contínuo
durante o ano todo.
Significado Patogênico
 Machos e fêmeas parasitos obrigatórios
 Alimenta-se 2 vezes ao dia (parasitas
temporários)
 Picada dolorida: ação irritativa
 Animal se auto-inflinge
 Estimativa de perda de até 20% na
produção de leite e carne
 100 milhões de dólares anuais (Grisi et al., 2002)
Significado Patogênico
 Repasto sangüíneo de cerca de 3 minutos:
boa chance de transmissão de
organismos patogênicos

 Principal vetor mecânico da


tripanossomose bovina no Brasil

Sugestão de leitura:
OLIVEIRA et al. Tripanossomose bovina no Brasil.
Revista Acadêmica Ciência Animal, v. 17, p. 1,
2019. https://doi.org/10.7213/1981-
4178.2019.17104
Família Muscidae
Haematobia irritans
 Mosca dos chifres

 Permanecem com a cabeça voltada


para baixo
 Hospedeiros: principalmente bovinos e
bubalinos
 Larvas: coprófagas
Haematobia irritans

Palpo

Aparelho bucal
Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira
picador-sugador
insects.tamu.edu/.../ cd-43-c-txt/cimg240.html
Diferenciando muscídeos mais comuns

http://www.stab.org.br/palestras_de_pragas_2012/03_ivan_nogueira_mosca.pdf
Machos e fêmeas hematófagos,
parasitos permanentes

Ovos
14 dias depositados
(condições em fezes
ideais) a mais frescas
de um mês

Larvas coprófagas
Significado patogênico
 Moscas adultas, machos e fêmeas se
alimentam de sangue:
– repasto cerca de 20-40 vezes ao dia (0,05 a
0,17 mg de sangue)
– parasitos permanentes
– picada dolorosa: ação irritativa

 Animal se auto-inflinge
 Transmissão de vários agentes
etiológicos
 HI do Habronema
Infestações por moscas
hematófagas
 Stomoxys calcitrans (“Mosca dos
estábulos)
– Ectoparasito temporário
– Ciclo evolutivo: 12 a 60 dias
 Haematobia irritans (“Mosca do chifre”)
– Ectoparasito permanente
– Ciclo evolutivo: 14 dias
Infestações por moscas
hematófagas
 PATOGENIA
– Irritação
– Diminuição no apetite
– Lesões de pele
– Emagrecimento
– Anemia
– Perda em até 20% da produção de carne e
leite
– Transmissão de vários agentes etiológicos
(Ex: Trypanosoma; Anaplasma; Habronema...)
EPIDEMIOLOGIA

 FASE PARASITA
– Preferem animais escuros
– Preferem taurinos aos zebuínos
– Localização preferencial
cal.vet.upenn.edu/ paraav/labs/lab9.htm
Bianchin et al. - Pesq. Vet. Bras. v.22 n.3 Rio de Janeiro jul./set. 2002
EPIDEMIOLOGIA
 FASE AMBIENTAL
– Disponibilidade de alimento
– Temperatura e umidade elevadas:
• Maior problema em regiões Equatoriais
e Tropicais, durante a estação quente e
úmida
• Exceção: Haematobia
–Precipitação>100 mm (em poucos
dias) destrói o bolo fecal
Bianchin et al. - Pesq. Vet. Bras. v.22 n.3 Rio de Janeiro jul./set. 2002
CONTROLE
 Controle integrado de parasitos (CIP)
– Uso de diversas medidas de controle, no
hospedeiro e no meio ambiente, de forma
a limitar o ciclo do(s) parasito(s) com o
menor uso de drogas anti-parasitárias.

• EVITAR RESÍDUOS

• POSTERGAR SURGIMENTO DE
RESISTENCIA
CONTROLE
 NO ANIMAL:
 Uso de inseticidas tópicos
– Utilizar o produto na dose correta
– Assegurar a cobertura total do animal com o
produto empregado

 PROBLEMAS:
 Resistência
 Impacto ambiental
CONTROLE
 Recomendações para o uso de
inseticidas no controle de muscídeos:
– Associar ao controle do carrapato
– Tratar individualmente os animais mais
infestados (para Haematobia, cerca de 200
moscas por UA)
VIDOTTO, 2006
CONTROLE INTEGRADO

 No animal:
 Seleção animais resistentes
 Uso de repelente
– DEET (N-dietil-m-toluamida)
– Piretróides
– Organofosforados
– Citronela
CONTROLE INTEGRADO
 CONTROLE NO MEIO AMBIENTE
– Limpeza das instalações:
• matéria orgânica vegetal (Stomoxys);
• Fezes (Haematobia)
– Uso de barreiras físicas
– Controle biológico:
• Onthophagus gazella (“rola-bosta”)
• Bacillus thuringiensis
• anfíbios
CONTROLE INTEGRADO
Onthophagus gazella (“rola-bosta”)
•Inseticidas tópicos (pour-on; brincos; banhos)
– ALTA RESISTENCIA
Repelentes naturais (EX: Citronela) e químicos
Controle biológico: anuns e outros pássaros
Uso animais e raças resistentes.

•Redução da
matéria orgânica
•Desagregação do
bolo fecal;
•Controle Biológico:
Rola Bosta
CLASSE INSECTA – ORDEM
DIPTERA –SUBORDEM
CYCLORRHAPHA

moscas
Características gerais
 Antenas com três artículos e arista dorsal na
base do terceiro artículo
 Adulto emerge do pupário através de uma
fenda circular
 Pupa coarctada (imóvel), surgindo dentro da
última pele larval que se quitiniza e forma o
pupário
 Último segmento larval com ânus e duas
placas estigmáticas
 Larva acéfala, ápoda, vermiforme
(“maggots”)
http://www.uaex.edu/Other_Areas/publications/HTML/FSA-7031.asp
Moscas adultas

 Sinantrópicas:
– Vetores mecânicos e biológicos de diversos
agentes etiológicos
– Algumas espécies podem depositar larvas
causadoras de miíases
 Parasitas:
– Hematófagas
– Podem também ser vetores mecânicos ou
biológicos de agentes transmissíveis pela picada
Larvas de Cyclorrhapha
 Necrófagas: alimentam-se de matéria orgânica em
decomposição (parasitas eventuais)
Miíases terciárias
 Necrobiontófagas: alimentam-se de tecido necrosado
(parasitas facultativas)
Miíases secundárias
 Biontófagas: alimentam-se de tecido vivo (parasitas
obrigatórias)
Miíases primárias
 MIÍASE: infestação dos tecidos dérmicos por larvas
de muscídeos
Miíases

 MIÍASE: infestação dos tecidos dérmicos por larvas


de muscídeos

 Miíase cavitária: lesão cavitária, habitada por várias


larvas.
– Ex: “bicheira”(Cochliomyia hominivorax)

 Miíase furunculosa: lesão localizada, habitada


geralmente por apenas uma larva
– Ex: “berne” (Dermatobia hominis)
CLASSE INSECTA – ORDEM
DIPTERA –SUBORDEM
CYCLORRHAPHA

Moscas
causadoras de
miíases
Família Calliphoridae
Cochliomyia hominivorax

 BIOLOGIA
 Moscas adultas se alimentam de néctar de
flores, suco de frutas e secreções de
feridas
 Larvas são biontófagas,
 Parasitas obrigatórias de animais de
sangue quente: miíases (“BICHEIRAS”)
primárias
Família Calliphoridae
Cochliomyia hominivorax
Adultos copulam uma
única vez, fazem postura
em tecidos vivos

Até 3.000
ovos/fêmea, mas a
postura é seriada
(350 ovos a cada
21 a 23 d
solo 3-4 d)
(cond. ótimas)
se alimentam de néctar de flores, suco de
frutas e secreções de feridas

Biontófagas
L1 capaz de penetrar em feridas e mucosas
L1 eclode em 12 a 24 h
L3 deixa o indivíduo e vai pupar ao solo, 7 a
9 dias após a infestação
http://www.vet.uga.edu/vpp/gray_book/photos/pages/101.htm
Cochliomyia hominivorax
Identificação
 Placas estigmáticas escuras
Biologia (cont.)

 Adultos podem viver de 60 a 70 dias


 Ciclo é sazonal: maior incidência em
períodos de maior temperatura e
umidade
Significado patogênico
 Larvas causadoras de miíases primárias: são
capazes de penetrar ativamente em feridas, soluções
de continuidade da pele e cavidades naturais por
ação dos ganchos e enzimas proteolíticas
 Miíases cavitárias
 Após 24 horas do início da lesão, a exudação e o
odor da decomposição dos tecidos já é capaz de
atrair outras moscas para o local
 Lesão costuma ser complicada por infecção
bacteriana e miíases secundárias
 Irritação e desconforto causam a debilitação do
animal
 Se não tratada, pode ser fatal
Cochliomyia hominivorax
Epidemiologia
 DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
 Antes do programa de
erradicação com o uso de
machos estéreis promovido
pelo USDA

Fonte: OIE
Cochliomyia hominivorax
Epidemiologia
DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
APÓS PROGRAMA
DE ERRADICAÇÃO
(1991)
 México
 Guatemala
 Belize
 Curaçao
 Porto Rico
Fonte: OIE
Cochliomyia macellaria
 Larvas necrobiontófagas: causadoras de
miíases secundárias
 Larvas causadoras de miíases
secundárias não são capazes de invadir o
tecido sadio, mas atuam em tecidos
lesados ou atacados pelas larvas
causadoras das miíases primárias

 PARASITAS FACULTATIVAS
 Larvas com tubos traqueais não pigmentados
Crysomyia bezziana

 Causadora de miíases primárias no


Velho Mundo (“Old World Screw-
Worm”) – parasitas obrigatórias
 Ciclo semelhante ao da
C. hominivorax
 Mosca adulta com 8 a 10 mm e
coloração verde - amarelado
Crysomyia spp.
 C. putoria; C. megacephala; C. chloropyga
e C. albiceps são as espécies assinaladas
no Brasil desde a década de 70
 Causadoras de miíases secundárias
 Além de competir com outras espécies
pelo nicho ecológico, podem ser
consideradas predadoras
 Importância em Medicina Legal:
participam da fauna cadavérica
Crysomyia spp.
 Mosca adulta com 8 a 10 mm e coloração
verde-amarelado

 “larvas cabeludas” – diferenciação das


demais espécies causadoras de miíases
Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira
http://www.deathonline.net/decompositi
on/corpse_fauna/flies/maggots.htm
Lucilia spp.
 Moscas adultas de 7 a 9 mm de comprimento,
com coloração verde metálica

Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira


Lucilia spp.

 Podem ser responsáveis por miíases


terciárias (parasitas ocasionais)
 Como se alimentam exclusivamente
de tecidos necrosados, são
utilizadas de maneira terapêutica
(maggot therapy)
Família Sarcophagidae
Sarcophaga spp.
 Adultos:
  13 a 15 mm de comprimento (fêmeas)
  acinzentados, com três faixas escuras
no tórax e abdômen xadrez
 Larvas:
 espiráculo respiratório localizados no
fundo de uma cavidade arredondada
Fonte: Prof. Marcelo de Campos Pereira
Família Sarcophagidae
Sarcophaga spp.
 BIOLOGIA:
Larvas necrófagas e necrobiontófagas,
parasitas ocasionais

 Ciclo evolutivo:
Fêmeas larvíparas, capazes de pôr 50 larvas
por vez
 Larvas são depositadas em substância de
origem animal em decomposição
(cadáveres e feridas)
Família Sarcophagidae
Sarcophaga spp.
 SIGNIFICADO PATOGÊNICO:

 Parasitas ocasionais, causadoras de


miíases terciárias, raramente
secundárias.
 Importância em Medicina Legal:
participam da fauna cadavérica
Controle das miíases
cavitárias
 Limpeza e proteção das feridas
 Uso de repelentes sobre as feridas

Setor de Caprinos e Ovinos, Fazenda Capim Branco, UFU


Uberlândia-MG, 2011.
Controle das miíases
cavitárias
 Manter os animais limpos; em ovelhas
lanadas: descola das fêmeas, tosquia de
úbere e períneo
 Tratamento dos animais doentes
 Manter a pastagem e as instalações livres de
objetos que possam causar ferimentos nos
animais
 Em zonas livres: inspeção e quarentena dos
animais introduzidos
CLASSE INSECTA
ORDEM DIPTERA

SUB-ORDEM CYCLORRHAPHA
FAMÍLIA OESTRIDAE
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 Larvas biontófagas, que causam miíases
furunculosas (“berne”)
 Presente na América do Sul e Central
 Restrita a locais de climas quentes e úmidos

 Adultos:
 14 a 17 mm de comprimento
 cabeça e patas alaranjadas; abdômen azulado
metálico
 peças bucais vestigiais: não se alimentam
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 Larvas:
 em forma de gota
 presença de espinhos voltados para trás
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 BIOLOGIA:
 Hospedeiros: parasitas obrigatórios de
animais de sangue quente, especialmente
bovinos, caninos e homem
 Nutrição: a mosca adulta não se alimenta, e
pode viver de 8 a 12 dias. As larvas se
alimentam de tecido subcutâneo
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 Adultos copulam várias vezes, até 24 h após
eclosão
 Dois dias depois da cópula, as fêmeas
começam a armazenar os ovos em seu
abdômen
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 FORESIA
 Para realizar a postura, a fêmea de Dermatobia
procura outro díptero, preferencialmente hematófago,
e deposita um número variável de ovos no abdômen
do vetor (forético)
 Em 5 a 12 dias as L1 já estão formadas, mas só
abandonam o corpo do vetor quando este pousa
sobre algum animal de sangue quente
 L1 penetra ativamente na pele do hospedeiro e muda
para L2 em 8 dias. Dentro de mais 15 dias, muda
para L3
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 Foresia
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 O período larval varia de 35 a 41 dias
 Quando L3 está madura, abandona
espontaneamente o corpo do hospedeiro
para pupar no solo
 Após 8 a 9 dias a mosca adulta emerge do
pupário
 O ciclo se completa em 120 a 122 dias, em
condições ideais
Miíases furunculosas:
Dermatobia hominis (berne)
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 SIGNIFICADO PATOGÊNICO:
 Parasitos obrigatórios, responsáveis por
miíases cutâneas furunculosas
 Formação de nódulos avermelhados com
orifício central, pelo qual podem ser observadas
as placas estigmáticas
 Os movimentos das larvas causam dor e
prurido, com inquietação e prejuízo ao estado
geral do animal parasitado
 Podem ocorrer infecções bacterianas
secundárias, ocasionando a formação de pus e
abcessos
Família Oestridae
Espécie Dermatobia hominis
 CONTROLE:
 difícil, baseado em:
– controle dos foréticos
– Uso de Inseticidas preventivamente nos animais,
durante os picos de ocorrência ou associado ao
controle do carrapato
– Tratamento isolado dos animais mais acometidos
BIBLIOGRAFIA
 FORTES, E. 3. Ed. Parasitologia Veterinária. Icone Editora, 1998.

 OLIVEIRA-SEQUEIRA, T.C.G.; AMARANTE, A.F.T. Parasitologia Animal -


Animais de Produção. São Paulo: EPUB, 2002. 149 p e CD ROM.

 SERRA-FREIRE, Nicolau Maués; MELLO, Rubens Pinto de. . Entomologia &


acarologia na medicina veterinária. Rio de Janeiro: L.F Livros, 2006. 199 p

 MARCONDES, Carlos Brisola. Entomologia médica e veterinária. São Paulo


Atheneu, 2001. 432 p. ISBN 85-7379-319-8

 http://www.icb.usp.br/~marcelcp/

 http://www.worldwidewounds.com/2002/august/Thornton/Larval-Therapy-Acute-
Burn.html
Bibliografia
 MARCONDES, Carlos Brisola. Entomologia médica e veterinária. 2ª Ed.
São Paulo: Atheneu, 2011. 544 p.
 OLIVEIRA-SEQUEIRA, T.C.G.; AMARANTE, A.F.T. Parasitologia Animal
- Animais de Produção. São Paulo: EPUB, 2002. 149 p e CD ROM.
 TAYLOR, M.A.; COOP, R.L.; WALL, R.L. Parasitologia Veterinária
Taylor/Urquhart. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 768 p.
 FORTES, E. Parasitologia veterinária. 4. ed. rev., ampl. e atual. São
Paulo: Ícone, 2004. 607 p. 2004. REY, Luis. Parasitologia. 3. ed. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2001.
 REY, Luis. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan, 2001. ISBN: 9788527714068
 REY, Luis. As Bases da Parasitologia Médica. 3. ed. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan, 2009. 424 p.ISBN: 9788527715805
 SERRA-FREIRE, Nicolau Maués; MELLO, Rubens Pinto de. Entomologia
& acarologia na medicina veterinária. Rio de Janeiro: L.F Livros, 2006.
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JENNINGS, F.W. Parasitologia Veterinária. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan, 1998.

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