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Parasitismo:

Uma relação biológica em que uma espécie, o parasita, se beneficia de outra, o hospedeiro....

1. Ectoparasita: Fora do hospedeiro

2. Endoparasita: Dentro do hospedeiro

3. Órgão de eleição: Onde vive o parasito adulto

4. Hospedeiro definitivo: Abriga o parasito adulto

5. Hospedeiro intermediário: Abriga o parasito imaturo

6. Hospedeiro paratermico: Reside temporariamente

7. Forma infectante: Estágio que infecta (L1, L2…). Geralmente fase larval

8. Portador: Não tem sintomas, mas ‘’transmite’’

9. Parasito obrigatório: Não vive fora do hospedeiro

10. Parasito facultativo: Pode viver fora do hospedeiro

11. Parasito acidental: Parasita outro hospedeiro

12. Hemoparasito: vive no sangue

13. Dimorfismo sexual: Uma espécie feminina e outra masculina

14. Vetor: Transmite o parasito entre hospedeiros

15. Vetor biológico: Parasita se multiplica

16. Vetor mecânico: Parasita que não se multiplica

17. Reservatório: Onde o parasita se mantém

18. Foresia: Relação ecológica em que uma espécie de invertebrado, denominada forética, é
transportada por outra, fixando-se à sua superfície, para um ambiente mais favorável à colonização
e/ou desenvolvimento.
o Insetos:
- Pulga
- Piolho
- Mosca
- Mosquito

o Ácaros:
-Carrapato
-Sarna
Os artrópodes possuem patas articuladas, simetria bilateral, corpo segmentado, exoesqueleto de quitina,
cabeça, tórax e abdômen. São considerados ectoparasitas.

o Infecção:
- Presença de um agente infeccioso num organismo.

o Infestação:
- Estado de um determinado ser ao ser invadido ou dominado por parasitas. Alojamento,
desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo de um animal.

Ciclo evolutivo dos insetos


o Ciclo hemimetábolico:
- É a metamorfose incompleta, há pequenas diferenças do animal jovem para o adulto.
Ex: Gafanhoto.
-Em sua fase ninfa (Jovem): Pode ser reconhecido por ser menor e não ter assas.
-Em sua fase adulta apresenta assas e um tamanho maior.

o Ciclo holometábolo:
- É a metamorfose completa, o inseto para atingir o estado adulto passa por uma série de
alterações durante o processo da metamorfose.
Ex: Borboleta.
- Larva → Pupa → Casulo → adulta

Ciclo de vida
A. Direto (Parasitas que utilizam apenas um hospedeiro para realizar seu ciclo evolutivo)
B. Indireto (Parasitas que só completam o seu ciclo evolutivo passando por mais hospedeiro
definitivo e intermediário)
Relação parasita hospedeiro
A. Continua: Por toda a vida do parasito
B. Intermitente: Em algumas fases evolutivas do hospedeiro
Classe insecta
 Cabeça, tórax e abdômen
 Adulto (1 ou 2 pares de asas)
 Respiração traqueal
 Orifício genital na extremidade posterior do abdômen
 1 par de antenas
 Patas articuladas
 Simetria bilateral
 Exoesqueleto de quitina
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Phthiraptera
Família Pediculidae

Gênero: ?
Os piolhos são parasitos de aves e mamíferos.
Os ovos também são chamados de lêndeas e são presos por uma substancia cimentante aos pelos,
cabelos e penas.
São ectoparasitos obrigatórios permanentes, causando prurido ao hospedeiro.
Classificam-se em:
A. (Piolhos mastigadores ou Malófagos), possuem a cabeça mais larga que o tórax

B. (Piolhos sugadores ou hematófagos), possuem a cabeça mais estreita que o tórax

Ordem Phthiraptera
A ordem Phthiraptera é formada por insetos conhecidos como piolhos, os quais são ectoparasitos
obrigatórios de aves e mamíferos. Os piolhos são pequenos, com corpo achatado dorsoventralmente e
sem asas. A maioria das espécies de piolho é cega, mas algumas delas apresentam olhos simples
sensíveis à luz. Eles são insetos altamente específicos às espécies hospedeiras e muitas espécies de
piolho apresentam preferência por regiões anatômicas específicas do corpo do hospedeiro.

Ciclo biológico
 Em torno de 2 a 6 semanas
 Transmissão por contato direto
 Ovos (1 semana) → N1→N2→N3→Adulto
Morfologia Geral

Pela taxonomia temos 3 diferentes sub-ordens:


1. Anoplura (Piolhos sugador)
2. Ischnocera (Piolho mordedor)
3. Amblycera (Piolho mordedor)

Sub-ordem
Anoplura –Sugador
Composta de piolhos sugadores que parasitam mamíferos. As espécies dessa subordem
apresentam cabeça menor do que o tórax e possuem antenas com cinco segmentos. Os piolhos
dessa subordem apresentam pernas fortes contendo garras nos tarsos. As combinações das garras
com os processos tibiais formam pinças, as quais possibilitam o inseto ficar firmemente agarrado
ao pelo. Além de causar prurido intenso e desconforto, os piolhos que parasitam o homem podem
veicular o tifo exantemático (Rickettsia prowazeki), a febre das trincheiras (Bartonella quintana) e a
febre recorrente (Borrelia recurrentis).

 Gênero Pedículos
Pedículos humanus humanos (Corpo)
Pedículos humanos capitis (Cabeça)
 Gênero Haematopinus
Haematopinus Sp
Hospedeiros: Ruminantes, suínos e equinos
Piolho do nariz curto
Amarelo ou castanho acizentado com uma listra de cada lado
 Gênero Linognathus
L. pedalis→ Cão de pelo longo
L. vituli → Bovino de leite; L. setosus → Ovinos (1 par de patas
menor, 5 segmentos nas antenas e ovos escuros)
Ischonocera- Mordedor
A subordem Ischnocera é composta de piolhos mastigadores que em sua
maioria parasitam aves, mas que também inclui espécies parasitas de
mamíferos. As espécies dessa subordem possuem antenas aparentes (sem
fossetas antenais). Essas antenas são filiformes e apresentam três
segmentos (nos piolhos parasitas de mamíferos) ou cinco segmentos (nos
piolhos parasitas de aves). Os piolhos dessa subordem não possuem
palpos maxilares.

 Gênero Felicola
Felicola subrostratos → acomete gatos domésticos de pelo longo
 Cabeça triangular projetada para frente

 Gênero Trichodectes
Trichodectes canis → acomete cães
 Espécie muito ativa
 Parasita cabeça, pescoço e cauda
 Fica preso a base do pelo
 Cabeça escura, corpo curto
 Possui 1 só garra nas patas
 Dimorfismo sexual pelas antenas: Macho
(Tem primeiro segmento aumentado)

Amblycera- Mordedor

A subordem Amblycera é composta de piolhos mastigadores que parasitam tanto aves quanto
mamíferos. As espécies dessa subordem possuem antenas escondidas. Isso se deve ao fato das
antenas estarem localizadas em cavid ades na lateral da cabeça (fossetas antenais). Essas
antenas são compostas por quatro segmentos. Os piolhos dessa subordem apresentam palpos
maxilares.

 Gênero Menopon
Menopon gallinae
 Gênero Menacanthus
Menacanthus Sp
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Siphonaptera
Família Psychodidae
Gênero?
As pulgas são ectoparasitas holometabólicos, ou seja, passam por uma metamorfose completa, possuem
o corpo achatado lateralmente, tem aproximadamente 3mm, não possuem olhos compostos, o terceiro par
de pernas são adaptados ao salto, antenas curtas e cabeça imóvel.
Possuem ctenideos; Pulga adulta possui aparelho bucal picador sugador
Não possuem assas, porém pulam mais de 100x seu tamanho, ou seja, 30 centímetros. São hematófagos

Macho vs Fêmea
O macho possui uma estrutura do
aparelho reprodutor, e a fêmea é
ligeiramente maior que o macho

 Gênero Ctenocephalides
C.canis (Possui a cabeça mais arredondada, primeiro ctenideo genal curto)
C.felis (Possui a cabeça mais pontiaguda, primeiro ctenideo
genal são de tamanhos semelhantes)

Patogenicidade (Conforme a quantidade de pulgas que


estão presentes no animal)
Gera grande irritação na pele, podendo dar alergia e dermatite alérgica a picada de pulga (DAPP), pode
dar anemia (Diminuição da volemia sanguínea), transmissão de doenças.
Ciclo biológico
As pulgas adultas que estão no animal começam a acasalar e botam ovos todos os dias (No pelo acaba
caindo no ambiente), após eclodirem esses ovos temos as larvas, que passam por três fases: L1, L2 e L3.
Quando chegam em um determinado tamanho se transformam em pupa, ou casulo, passando por um
processo de metamorfose dando origem a um adulto.
Só sai da pupa quando ocorre um estimulo, como temperatura e vibração. Podendo ficar nesse estágio até
1 ano.
São ectodérmicos, por isso a temperatura influencia sua aparição.
As larvas ficam no ambiente se alimentando de material orgânico, em frestas de parque, piso de madeira,
rodapés.
+-25 dias (Com as condições ideais)
5% das pulgas estão em fase adulta nos animais, 95% está no ambiente.
Controle
 Tratar o animal
 Tratar o ambiente (Solução hipertônica no ambiente)
 Remover frestas
 Limpeza
 Inseticidas (Remédios)
 Evitar contato com outros animais

 Gênero Tunga

Tunga penetras
Menor das pulgas, medindo cerca de 1mm, vivem em solos arenosos,
quentes e secos, possuem mandíbulas longas, largas e serrilhadas
Principais hospedeiros: homem, porco, cão e gato.
Provocam uma infestação chamada de tungiase, popularmente
conhecida como bicho-de-pé, penetrando na sola plantar, nos espaços
interdigitais e dedos.
Ciclo biológico
As fêmeas só se introduzem na pele após de serem fecundadas, deixam apenas a região posterior do
abdômen em contato com o meio externo, onde se encontra a abertura do ovopositor (órgão situado na
extremidade do abdómen das fêmeas dos insetos, pelo qual é feita a deposição dos ovos), após a fêmea
sugar sangue do hospedeiro inicia-se o desenvolvimento dos ovos, são expelidos ao meio externo,
tornando-se larva e pupa, que se transformam em pulgas adultas.
Controle
 Retirada mecânica
 Pulverização de inseticidas

 Gênero Pulex

Pulex irritans
O hospedeiro tem preferencias por humanos mas podem afetar outras
espécies como canídeos, felinos, aves e roedores. Habitam em lugares em
que as condições sanitárias são precárias. Não apresentam ctenídeos geral e
pronotal, possuem a cabeça arredondada. Geram reação dérmica relacionada
a picada. Podem transmitir tifo, porém são consideradas ocorrências raras.
 Família Muscidae
Miíase: Infestação dos vertebrados
por larvas de dípteros, alimentam-
se de tecidos (Vivos ou mortos),
líquidos corpóreos ou alimentos
ingeridos.

 Gênero Cochliomya
Cochliomyia hominivorax
Popularmente conhecida como Mosca varejeira, bicheira, tamanho médio (8mm).
Cor verde metálica em todo o corpo, três faixas longitudinais e olhos vermelhos
Larvas: Ramos traqueais com pigmentação escura
Ciclo de vida: Colocam seus ovos nas feridas, se alimentando por uma semana e migram para outros
tecidos, podendo causar danos extremos, as fêmeas são atraídas pelo odor de uma ferida recente ou em
orifícios naturais, até mesmo pequenos ferimentos como a picada de um carrapato.
Se nutrem vorazmente, depositando de 200 a 400 ovos, as larvas eclodem em menos de 24 horas.
Dessa forma se forma uma bicheira.
Lesões: Ferida aberta, mau cheiro, presença de larvas, olhos, nariz e garganta, dor e prurido.

 Gênero Dermatobia
Dermatobia hominis
Popularmente conhecida como mosca berneira, os adultos possuem entre 5 a 17 mm, pernas alaranjadas,
abdômen azul-metálico.
Larva: denominada berne e possui fileiras de espinhos curvos
Associada com áreas rurais
Ciclo de vida: Capturam insetos sugadores de sangue, como mosquito e pernilongo e colocam os ovos
em seus corpos usando uma substancia para aderência, se desenvolvem nesse inseto até que ele se
alimente de um hospedeiro, ao emergirem do ovo penetram na pele do hospedeiro, temos 3 fases larvais:
L1,L1,L3. Após isso caem no chão e se transformam em pupa, após um mês em metamorfose se
transformam em moscas e saem para acasalar e fazer foresia (Associação entre indivíduos de espécies
diferentes, na qual um tranporta o outro sem que se prejudique). Lesões: Furuncular, Dermatobiose, lesão
de prurido e dor, sensação de movimentação de parasita, após a larva sair tende a cura, porém podem
levar a uma infecção secundaria.
É possível idenficar a partir da morfologia dos estigmas respiratórios.
 Gênero Gasterophilus
Gasterophilus sp
Hospedeiro definitivo: Equinos
Local: Larvas no duodeno e estomago, produzem miíase primaria nas regiões pilóricas do estomago e
duodeno de equinos.
Adulto: Lembra Apis melllífera, abelha europeia, pela sua aparência e tamanho, semelhança acentuada
pelo zumbido que produz durante o voo.
Larvas: Grandes, possuem ganchos orais em forma de foice, o corpo é segmentado e coberto de
espinhos.
Espécies mais importantes:
G. nasais (Brasil)
G. Intestinais (México, Venezuela e Brasil)
G. haemorrhoidalis (México e Venezuela)
Ciclo biológico: Em seu ciclo evolutivo as fêmeas fecundadas, com o ovopositor distendido, fazem a
ovipostura na região intermandibular de equinos.

As larvas L1 se arrastam para boca ou são transferidas para a língua durante as lambeduras. A forma L2
das larvas migram para faringe e são deglutidas até chegarem no estômago. No estômago, as larvas se
fixam ao redor do piloro e, às vezes, do duodeno. Nesse local sofrem ecdise para L3 e vivem por períodos
que variam de 10 a 12 meses, quando estão prontas para abandonam espontaneamente o hospedeiro,
sendo eliminadas junto com as fezes do hospedeiro.
No solo mudam para pupa e dois meses depois tornam-se moscas adultas. As formas adultas não se
alimentam e são abundantes durante o verão ao redor dos equinos.
Sendo a gasterofilose uma miíase, e, portanto, uma enfermidade causada por formas larvárias, é
impossível se determinar animais acometidos com exames que buscam ovos nas fezes.
A enfermidade está relacionada com a dificuldade de deglutição pela presença de formas imaturas na
garganta; ulcerações gástricas e intestinais; obstruções gástricas, anemia, pode provocar alterações
digestivas que variam desde apetite caprichoso e inconstante, ocasionando emagrecimento, cólica, palidez
das mucosas, prostração e até perfuração da mucosa do trato digestivo.

 Gênero Oestrus
Oestrus Ovis
Hospedeiros: Ovinos e caprinos
Popularmente conhecida como bicho da cabeça ou rinite parasitaria, possuem olhos pequenos, de 1 a 1,2
cm, corpo acizentado, peças bucais rudimentares, maior atividade é no verão.
Deposito das larvas nas porções externas das narinas, migrando para mucosa da cavidade nasal e seios
frontais.
Ciclo biológico: As fêmeas fecundadas depositam suas larvas ao redor das narinas, as larvas migram
para o interior da cavidade nasal dos ovinos e causam irritação através de seus ganchos orais. As larvas
podem permanecer na cavidade nasal por até dez meses e depois de atingirem o tamanho ideal podem
sair naturalmente do nariz ou serem espirradas caindo no chão e completando o ciclo do parasita.

Caem no solo e transformam-se em pupa. O período de pupa se completa em três a oito semanas,
quando emerge a mosca adulta.
Sinais clínicos: Corrimento nasal, espirros, inquietação, dispneia, incoordenação motora, cegueira, morte
 Haematobia irritans
Popularmente conhecida como mosca dos chifres, é um inseto pequeno, medindo aproximadamente de 2
a 4mm, hematofagos e muito dependentes do hospedeiro. Permanecem constantemente sobre os
bovinos, abandonando-os momentaneamente para ovopositar.
Localizada na base dos chufres, dorso, ombro e ventre (Regioes que o animal não alcança, tem
preferencia para animais com pelagem escura, no caso da vaca holandesa ficam nas manchas pretas)
Principais hospedeiros: Bovinos. Ocasionalmente: Equinos, ovinos e até cães.
Os animais, perturbados pelo ataque das moscas, ficam irritados e alimentam-se mal, o que acarreta uma
redução no ganho de peso e produção de leite. Picam os animais cerca de 30 picadas por dia.
Ciclo biológico: fêmeas fazem sua oposição em fezes frescas e retornam ao bovino, os ovos nas fezes
eclodirão em 24 horas, a larva se desenvolve em pupa de acordo com as condições ambientais, da pupa
eclodem a mosca adulta que sobrevive de 3 a 8 semanas, cópulam entre 2 a 3 dias e realizam parasitismo
nos animais, sugando seu sangue.

 Stomoxys calcitrans
Popularmente conhecida como mosca dos estábulos
Aparelho bucal longo, dessa forma a picada é extremamente dolorosa.
Localizada na pele, a localização depende do hospedeiro: Em bovinos, a preferência é pelas pernas, ao
passo que em cães é pelas orelhas.
Parasitam principalmente ruminantes, equinos e cães.

 Musca domestica
4 listras longitudinais escuras
É um inseto com elevada densidade populacional que incidem no meio rural e igualmente nas grandes
cidades. Pode transmitir mais de uma centena de organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários,
helmintos) para o homem e animais domésticos.
Alimentam-se de fezes, escarros, secreções, produtos animais e vegetais em decomposição e açúcar, entre
outros. A mosca não consegue ingerir nada sólido, somente matéria na forma líquida; por isso, lança sua saliva
sobre o alimento para poder digeri-lo e, posteriormente, ingeri-lo.
Ciclo biológico: As fêmeas colocam seus ovos em carcaças de animais, fossas abertas, depósitos de lixo e
outros locais ricos em substâncias orgânicas em decomposição. Após aproximadamente 24 horas, ocorre o
nascimento das larvas. Estas geralmente ficam agrupadas, são vermiformes, esbranquiçadas, movimentam-se
muito, não gostam de luz e alimentam-se ativamente. Após um período de 5 a 8 dias, as larvas abandonam a
matéria orgânica onde estavam instaladas. A camada externa de pele das larvas se endurece, formando uma
casca, dentro da qual começa a haver a metamorfose para mosca adulta, recebendo neste estágio o nome de
pupário. As pupas não se alimentam. As moscas permanecem nesta fase por um período de 4 a 5 dias.
O tempo de vida das moscas varia de espécie para espécie, sendo, em geral, de 25 a 30 dias. Cabe ressaltar
que quanto maior a temperatura e a umidade, mais rápido ocorrerá o ciclo de vida.

 Família Tubanidae (com mais de 4.200 espécies conhecidas no mundo. Na América Central e do Sul
existem mais de 1.800 espécies).
Os tabanídeos, popularmente conhecidos como mutucas, são vetores mecânicos de diversos agentes
patogênicos, como anemia infecciosa equina, tripanossomose, etc.

Aparelho bucal picador sugador. Fêmea com mandíbula.


As larvas são carnívoras (aparelho bucal mastigador), podendo ocorrer canibalismo na falta de alimento.
Atacam animais e humanos. Os adultos são agressivos e infligem picadas dolorosas. Voam bem e fazem
alimentação interrompida por telmofagia (laceram os vasos para ocorrer extravasamento de sangue).

 Tabanus spp.
 Chrysops spp.
 Fidena spp.
 Catachlorops.

 Família Culicidade
São insetos vulgarmente conhecidos como mosquitos e pernilongos.
Os ovos são colocados em coleções de água. Após eclodirem os ovos, as larvas passam por quatro
estádios. Ocorre a pupariação e a emergência dos adultos. Apenas as fêmeas são hematófagas; os
machos se alimentam de néctar e outros açúcares naturais. A fêmea põe de 40 a 100 ovos por vez no
mesmo tipo de criadouro em que ela nasceu, que pode ser natural ou artificial, totalizando de 250 a 400
ovos em seu ciclo biológico. As larvas e as pupas são aquáticas, providas de movimento, com estruturas
relacionadas à respiração.
Essas subfamílias são de grande relevância no Brasil, por incluírem os gêneros responsáveis pela
transmissão de doenças de grande importância, como a dengue e a malária, além de diversas outras
doenças para animais.
No Brasil, são os gêneros Culex, Aedes (Chulíssima) e Anopheles (Anophelinae) os mais comuns da
família Culicidae.
Morfologia: Aparelho bucal picador sugador, corpo revestido por escamas, presença de cerdas nas asas e
nervuras. Antena (Tato e olfato)

 Anopheles sp.
Possui hábito crepuscular e faz oviposição em água limpa e mansa (ovos com flutuadores)

Fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles transmitem o parasita da malária aos humanos quando se
alimentam de sangue. O hábito de se alimentar de sangue à necessidade de produção e desenvolvimento
de ovos para manter o ciclo de vida dos mosquitos.
Quando um mosquito pica uma pessoa com malária injeta saliva anticoagulante e suga as hemácias junto
com os gametocitos (Trofozoito se modificou em gametocitos, forma responsável pela reprodução
sexuada do parasito), no intestino do mosquito os gametocitos ingeridos rompem suas hemácias e iniciam
a fase sexuada do ciclo, dessa forma, se transformam em macro e microgametocitos (macho e fêmea se
fecundam, originando o zigoto e oocineto). O oocineto perfura o intestino do mosquito formando um
oocisto, que é o local de desenvolvimento do parasita (Esporozoito), após a eclosão do oocisto iniciam
uma migração até a glândula salivar, onde irão se alojar.
Após invadir o hepatócito, os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos
Agora esse mosquito é um transmissor da malária.

 Culex sp.
Possui hábito noturno e faz oviposição em água poluída (ovos em jangada). Mosquito tropical urbano.

 Aedes sp.
Possui hábito diurno e faz oviposição em água limpa e parada (ovos
são postos milímetros acima da superfície da agua)
Mosquito urbano encontrado em maior abundancia em cidades, vilas e
povoados. Macho se alimenta de frutas, fêmea se alimenta de sangue
para o amadurecimento de ovos, se estiver infectada os ovos também
estarão infectados.
O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água
São holometabólicos.
Vetor de diversas doenças: Dengue, febre amarela, chikunguya, zika.
Med Vet: Dirofilariose (Doença grave causada pelo verme Dirofilaria immitis), ao picar um animal
contaminado, o mosquito passa a abrigar as larvas do verme do coração, que se desenvolvem dentro de
seu organismo.
Afeta o sistema circulatório do animal infectado. Quando atinge a idade adulta, este parasita se instala no
coração do seu hospedeiro, causando diversas alterações cardíacas que refletem no restante do
organismo, podendo ser fatal.

Filo Arthropoda
Classe Arachnida
Ordem Acari
Sarna é um termo genérico para designar as várias doenças crônicas de pele causadas por ácaros
parasitos e caracterizados por lesões de pele, prurido e perda de pelos.
Astigmata (Sarcoptiformes)
Ácaros pequenos, ausência de estigmas, respiração pela cutícula (Pele)

Prostigmata (Trombidiformes)
Geralmente têm estigmas que se abrem no gnatossoma ou na parte
anterior do idiossoma

 Família Sarcoptidae
Zoonose (Prurido intenso, alopsia, descamação da pele)
Sarcoptes scabei: Possuem pernas curtas e grossas, tem um corpo arredondado e
grandes escamas pontiagudas. Causa muita coceira (Galerias, deposita ovos).
O ciclo de vida inteiro ocorre no hospedeiro. Durando cerca de 21 dias.
Causa escabiose. É altamente contagiosa através do contato físico.
As fêmeas escavam túneis na epiderme, cada túnel possui uma fêmea, ovos e fezes.
Cada uma ovipõe de 1 a 3 ovos por dia em uma vida reprodutiva de 2 meses.
O acasalamento ocorre na superfície da epiderme, o macho morre rapidamente após o acasalamento;
Notoedris cati: Possuem patas curtas e
grossas, corpo globoso, estriações dorsais.
Hospedeiros: Gatos (Porém pode ser
encontrado, ocasionalmente em cães,
coelhos e humanos)
O ciclo de vida inteiro ocorre no hospedeiro
Altamente contagiosa. (Cabeça e orelha)

O método diagnóstico mais frequente


utilizado na clínica dermatológica é o
raspado de pele (profundo), cujos resultados são bem confiáveis mediante a observação do parasita na
lâmina disposta ao microscópio.
Também pode-se realizar exame de fezes, embora não seja frequente na rotina dermatológica, mas em
alguns casos, ao avaliar as fezes, especialmente de felinos, é possível encontrar alguns ácaros que
ocasionalmente tenham sido ingeridos durante a limpeza ou ao se coçar.

 Família Cnemidocopdae
C.mutas
Causam deformação das patas em jovens, dessa forma as aves andam com
dificuldade, prurido é moderado
Cnemidocoptes spp
Hospedeiros: Aves (Psitacídeos). Causam lesões no bico, comissura do bico, bico
retorcido e com crescimento exagerado.
Possuem pernas curtas e grossas, estriações dorsais simples
Não formam galerias

 Família Psoroptidae
Psoroptes spp: Hospedeiros de mamíferos domésticos
Ácaros não escavadores, possuem pernas longas e não grossas, corpo
ovóide. Ciclo: ovos, ninfa 1, ninfa 2 e adultos, dura cerca de 10 dias.
Há possivelmente cinco espécies distintas, as principais:

 P. cuniculi (sarna de orelhas de coelhos)


 P. ovis (sarna do corpo de ovinos e bovinos)
Chorioptes bovis: Infesta uma variedade de mamíferos herbívoros, mas é mais comum em bovinos e
equinos.
Otodectes cynotis: Quarto par de pernas muito curtas, possuem pernas
longas e não grossas e corpo ovóide.
Infestam as orelhas de cães e gatos e são altamente contagiosos.
Afeta animais jovens e aqueles que vivem em canis e abrigos, a
infestação ocorre quando os ácaros encontram regiões favoráveis como
o canal auditivo, se alimentando de cera e secreções, causando
irritação extrema e coceira intensa nas orelhas, acúmulo de cera
escura, inflamação e vermelhidão nas orelhas.
Os animais podem desenvolver crostas ao redor das orelhas.
Chacoalham a cabeça de forma insistente.

 Família Demodicidae
Demodex spp: Esse acaro possui um corpo muito alongado com aspecto de jacaré, ausência de espinhos,
infestam os poros da pele de mamíferos, abrigam-se no folículo piloso, vivem como comensais com a cabeça
voltada para dentro no interior dos folículos pilosos e glândulas sebáceas.
Normalmente essa sarna acomete filhotes: o ácaro muitas vezes passa da mãe para o filho, e na fase
idosa, quando aparecem as doenças senis, que fazem com que o animal tenha uma queda em sua
imunidade.
Não é uma zoonose.

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