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Introdução à Parasitologia
Definição
Parasitismo é uma relação ecológica caracterizada ela
ia Vetores
São organismos que transmitem um parasita entre
instalação de uma espécie de parasitos no corpo de hospedeiros
hospedeiros, retirando substâncias que sirvam para - Biológicos: além de transmitir o parasita, este
sua nutrição e causando conseqüências variáveis, ainda se desenvolve no vetor
como a morte do hospedeiro. - Mecânico: transmitem o parasita mas não há
desenvolvimento do parasita dentro dele
Classificação de doença
- Infecção: é causada por endoparasitas. Pode ocorrer Tipos de Ciclo
sem a manifestação da doença - Monoxeno ou direto: apenas 1 hospedeiro é
- Infestação: é causada por ectoparasitas infectado ou infestado pelo parasito
- Heteroxeno ou indireto: mais de 1 hospedeiro é
Classificação do parasito infectado pelo parasito
1) Quanto ao tipo
- Obrigatório: precisa de um hospedeiro para Estágio X Estádio
completar seu ciclo, sobreviver e se reproduzir - Estágio: corresponde às fases de desenvolvimento
- Facultativo: pode completar seu ciclo sem um do parasito (ovo, larva, ninfa, pupa, adulto)
hospedeiro - Estádio: corresponde às fases de
- Acidental: entra em contato com o hospedeiro desenvolvimento do parasito em um mesmo
mas não evolui nele estágio (L1, L2, etc)
2) Quanto ao tempo no hospedeiro
- Temporário: passa um tempo no hospedeiro e
um tempo no ambiente
- Permanente: passa praticamente toda sua vida
no hospedeiro e, uma vez no ambiente, morre
- Periódico: só está no hospedeiro no momento da
alimentação
3) Quanto à sua metamorfose
- Homometábulo: realiza metamorfose completa,
permitindo maior densidade populacional em uma
mesma área visto que não há competição por
recursos
- Hemimetabulo: realizam metamorfose sem
grandes diferenciações, de modo que haja
competição entre as diferentes fases
Classificação do hospedeiro
- Definitivo: é aquele em que parasita realiza sua
reprodução sexuada. Pode ou não ser vertebrado
- Intermediário: é aquele em que o parasita realiza sua
reprodução assexuada ou tem desenvolvimento larval
- Paratênico ou de transporte: é aquele que facilita o
contato do parasita com o hospedeiro. Não há
reprodução do parasita nesse hospedeiro
Parasitolog
CARRAPATOS MONOXENOS – Família Ixodidae
- São divididos em capítulo ou gnatossoma (cabeça)
e idiossoma (corpo), sendo ♂ < ♀ ia 2) Dermacentor nitens
- Comum em cavalos
- Possuem a base do gnatossoma quadrandular
- Possuem rostro e palpos curtos
- Possuem peritrema em formato de
telefone(bolinha embaixo da última pata)
- Apresentam 7 festões (desenhos na bundinha)
- Possuem escudo não ornamentado
CICLO BIOLÓGICO
1) Amblyomma sculptum
- Possuem rostro e palpos longos
ia
2) Rhipicephalus sanguineus sensu lato
- Possuem a base do gnatossoma hexagonal
- Possuem escudo ornamentado - Possuem peritrema alongado e em formato de
- Apresentam festões (desenhos na bundinha) vírgula (embaixo da última pata)
- Apresentam festões (desenhos na bundinha)
- ♂ possuem 1 par de placas adanais
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
1) Argas miniatus
- Possuem gnatossoma localizado ventralmente
ia
- Não possuem escudo
- Possuem peritrema(localizado entre o 3º e 4º par de
patas
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
Ciclo: monoxeno (1 hospedeiro)
Estágios: ovo, larva, protoninfa, deutoninfa,
adulto (macho, fêmea)
3) Família Dermodecidae
- Possuem corpo alongado, em forma de charuto
- Apresentam patas curtas e localizadas anteriormente
Parasitolog
SIPHONAPTERA (Pulgas) E PHTIRAPTERA (Piolhos)
PIOLHOS
1) Subordem Mallophaga
ia PULGAS
1) Ctenocephalides (Família Pulicidae)
- Possuem a cabeça mais larga que o torax - Apresentam pelos grossos na gena (cabeça) ou no
- São mastigadores (se alimentam de descamações de pronoto (1º segmento do tórax) que se denominam
pele) stenídeos
- Amblyceras: possuem a antena alojada no sulco
antenal
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
FAMÍLIA TABANIDAE
- Possuem olhos grandes
ia 2) Haematobia irritans
- Possuem aparelho bucal do tipo picador-sugador
- Possuem antenas divididas em 3 segmentos, sendo o - Possuem palpos com 2/3 do tamanho da
último anelado probóscide (boca)
- Possuem aparelho bucal picador/sugador
pronunciado
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
Vida parasitária: após a cópula, as fêmeas se Vida livre: ao longo de 30 dias, as larvas L1 eclodem
dos ovos (presentes nas fezes), mudam para L2 e
alimentam de sangue
L3, até que posteriormente virem pupas, de onde
eclodem os adultos que voam até o animal, dando
Vida livre: as fêmeas, aos se alimentar, ovipõem em
continuidade ao ciclo
solo úmido (pântano) ou plantas aquáticas. Dos ovos,
eclodem as larvas (podem ter até 9 estádios), que 3) Stomoxys calcitrans
posteriormente farão muda para pupa e desta, - Possuem abdome com manchas escuras
eclodirão os adultos - Possuem aparelho bucal picdor-sucador
- Possuem palpos curtos
- Possuem aristas unipectinadas
FAMÍLIA MUSCIDAE
1) Musca domestica
- Possuem o corpo dividido em cabeça, tórax e
abdome
- Possuem 4 listras negras no tórax
CICLO BIOLÓGICO
- Possuem abdome com reflexos amarelos
- Possuem arista bipectinada
- Possuem aparelho bucal lambedor
FAMÍLIA SYRPHIDAE
- Possuem o corpo verde metálico
- Possuem asas manchadas
FAMÍLIA CALLIPHORIDAE
1) Cochliomyia hominivorax 3) Chrysomia sp
- Adultos possuem coloração azul metálica - Adultos possuem coloração verde ou azul
- Possuem aparelho bucal do tio lambedor metálico
- Possuem mesonoto com 3 faixas negras longitudinais - Possuem mesonoto sem faixas negras
- Possuem basicosta (barriga de lado) negra longitudinais
- As larvas possuem tronco traqueal pigmentado - Possuem mesonoto e abdome com faixas negras
transversais
- Possuem aparelho bucal do tipo lambedor
- Possuem palpos curtos
FAMÍLIA GASTEROPHILIDAE
CICLO BIOLÓGICO
2) Subfamília Culicinae
- Larvas possuem sifão respiratório e se posicionam
obliquamente em relação à superfície da água
- Asas com escamas, mas sem manchas
- Adultos repousam com o corpo paralelamente à
superfície
- Machos possuem os palpos cilíndricos e maiores que
a probóscida
- Fêmeas com palpos curtos e bem menores que a Estágios: ovo, larva (L1, L2, L3, L4), pupa,
adulto (macho e fêmea)
probóscida
As fêmeas se alimentam de sangue para maturar
seus ovos após a cópula. Quando maduros, os ovos
são depositados no criadouro, de onde eclodirá a
larva L1, que vai fazer muda para L2, L3 e L4. A
larva L4 muda para pupa, que não se alimenta
mais, mas ainda forma o alado. Da pupa, emergem
os adultos, sendo o macho não hematófago.
Parasitolog
NEMATODAS: Famílias Strongylidae e Cyathostomidae
FAMÍLIA STRONGYLIDAE
- Gênero Strongylus
ia 2) Strongylus vulgaris
- Possuem dentes arredondados (1 par)
- Ovo de forma oval e de parede fina - Possuem esôfago musculoso
- Larva com extremidades afiladas
- Possuem esôfago claviforme
- Machos possuem bolsa copuladora e 2 espículos
delgados e simples
CICLO BIOLÓGICO
1) Strongylus edentatus
- Possuem cápsula bucal em formato de taça
- São desprovidos de dentes
- Possuem cutícula
FAMÍLIA CYATHOSTOMIDAE
1) Subfamília Cyathostominae
- Ovo de forma elíptica e com parede fina (não
larvado)
- Adultos possuem cápsula bucal com formato
retangular ou cilíndrica
- Machos possuem bolsa copulatória desenvolvida
CICLO BIOLÓGICO:
- Igual ao dos Strongylus
Parasitolog
NEMATODAS: Superfamílias Trichostrongylidae e Metastrongyloidea
FAMÍLIA TRICHOSTRONGYLOIDEA
- Gênero Dictyocaulus
ia Vida livre: A larva L1 sai nas fezes, muda para L2 no
ambiente e de L2 muda para L3 (possui tripla
- Possuem cápsula bucal de tamanho reduzido camada cuticular), que será ingerida pelo animal no
- Boca circundada por 4 lábios capim. Essa fase pode estar associada ao fungo
- Machos são menores que fêmeas Phibolus, que quando se multiplica e despersa seus
- Machos possuem bolsa copulatória não lobada e com esporos germinativos, dispersa as larvas L3
espículos curtos, grossos e de tamanhos iguais
- Fêmeas possuem abertura vulvar na porção medial e
cauda reta
2) Dictyocaulus filaria
- Machos possuem espículos curtos e grossos, em
forma de bota
- Fêmeas possuem cauda reta e afilada
1) Dictyocaulus viviparus
- Fêmeas possuem a extremidade posterior cônica CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO - Semelhante ao do D. viviparus (PPP = 4-5sem)
3) Dictyocaulus arnfield
CICLO BIOLÓGICO
- Semelhante ao do D. viviparus, mas os adultos
ficam nos bronquíolos e os ovos são deglutidos
FAMÍLIA METASTRONGYLOIDEA
Estágios: ovo, larva (L1, L2, L3, L4, L5), adulto - Gênero Metastrongylus
(macho e fêmea)
PPP: 88 a 170d 1) Metastrongylus pudendotectus, Metastrongylus
apro e Metastrongylus salmi
Vida Parasitária: A larva L3 é ingerida pelo animal, - Possuem 2 lábios trilobados
percorre o trato gastrointestinal e, no abomaso, tem - Machos possuem bolsa copulatória grande e com
suas cutículas degradadas pelo suco gástrico. No a porção mediar reduzida
intestino, a larva L3 penetra a parede intestinal e - Machos possuem espículos longos, delgados e
percorre o caminho em direção aos linfonodos, onde terminados em gancho
fará a muda de L3 para L4. Via sistema linfático ou - Fêmeas possuem extremidade cônica e processo
circulatório, a larva L4 migra até o coração e chega aos digitiforme
pulmões pelos microcapilares que irrigam os alvéolos.
Dos alvéolos, as larvas L4 migram para os bronquíolos,
onde farão a muda para L5. Essa larva L5 migra para os
brônquios, onde se instala e faz o processo de
maturação, dando origem aos indivíduos adultos. Os
adultos fazem a cópula e as fêmeas liberam os ovos
contendo a larva L1. Esses ovos sobem a árvore
brônquica e chegam até a traquéia, onde a larva L1
eclode. A larva L1 então sai pela boca ou pelo nariz e o
animal a deglute, ao lamber a expectoração. Essas
larvas L1 percorrerão todo o trato gastrointestinal e
serão eliminadas com as fezes.
CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
GÊNERO TRICHOSTRONGYLUS
1) Trichostrongylus axei
- Se localizam no abomaso
- São vermes pequenos e delgados
- Machos apresentam gubernáculo, bolsa copulatória e
um par de espículos com diferença acentuada no
tamanho.
- Não possuem dilatação na cutícula na região anterior
- HD: bovinos, ovinos, caprinos, equinos e suínos Estágios: ovo, larva (L1, L2, L3, L4, L5),
- São hematófagos adulto (macho e fêmea)
Ciclo direto
PPP: 17 a 35 dias
CICLO BIOLÓGICO
1) Trichuris vulpis
- HD: cão e gato
- Animais jovens são mais susceptíveis
CICLO BIOLÓGICO
1) Capillaria anulata
- HD: perus, frangos, patos, aves silvestres
- HI / HP: minhocas
- Tem predileção pela região do inglúvio (papo)
- Animais jovens são mais susceptíveis
CICLO BIOLÓGICO
2) Strongyloides westeri
HD: equinos
4) Strongyloides stercoralis
HD: homem, cão, gato
- A principal via de infecção é a transmamária (migra - Patogenia: a penetração pela pele pode gerar
até o tecido adiposo ficando em estado de latência, irritação, prurido, inflamação local (dermatite) e
até reativar na prenhez), mas em S. stercoralis se vê secundária (casco de pequenos ruminantes). A
casos de autoinfecção interna (L1 eclode dos ovos e se passagem no pulmão pode causar bronquite e
desenvolve na mucosa intestinal do intestino, hemorragia como consequência do rompimento de
migrando até o pulmão e dando continuidade ao ciclo) capilares. No intestino pode causar erosão das
e externa (L1 eclode dentro do hospedeiro, muda para vilosidades, enterite, diarréia (aumento do
L2 e L3, até ser liberada com as fezes, ficando na peristaltismo), desidratação, má absorção
região perianal, até penetrar a pele e migrar, através alimentar e diminuição do desenvolvimento. Em
da circulação, até o pulmão, dando continuidade ao humanos pode causar larva migrans cutânea (bicho
ciclo). geográfico)
CICLO BIOLÓGICO HETEROGÔNICO - Epidemiologia: afeta principalmente animais
jovens e/ou imunodeprimidos.
- Diagnóstico: exame coproparasitológico pela
técnica de flutuação (S. westeri, S. ransomi, S.
papillosus) ou decantação (S. stercoralis)
CICLOS JUNTOS
Parasitolog
NEMATODAS: Gêneros Dirofilaria, Dipetalonema, Mansonella e Onchocerca
FAMÍLIA DIOCTOPHYMATIDAE
1) Dioctophyma renale
ia - Diagnóstico: exame parasitológico da urina,
necrópsia
- É o maior nematódeo parasita de animais domésticos - Importância: causam destruição do rim (afetam
- ♀:60cm e ♂:35cm só um) e geralmente não é feito tratamento
- Possuem coloração vermelho púrpura em função da medicamentoso, apenas cirúrgico
sua alimentação - Controle: eliminar peixe cru da alimentação,
- Sua identificação se dá pelo seu tamanho e monitorar animais silvestres, já que são
localização (rim) reservatório.
- Ovos possuem formato elíptico, com casca espessa e
rugosa e com opérculos bipolares. São encontrados na FAMÍLIA STEPHANURIDAE
urina 1) Stephanurus dentatus
- São vermes grandes e robustos
- ♀:3 - 4,5 cm e ♂:2 -3 cm
- Apresentam cutícula transparente
- O tamanho e a localização (rins) são diagnósticos
- HD: canídeos, esporadicamente gatos, suínos, - Se localizam nos rins e na gordura Peri-reneal
bovinos e o homem - Eliminam seus ovos na urina
- HI: anelídeos aquáticos - HD: suínos, javalis e raramente bovinos
- HP: peixes e anfíbios - HI: minhoca
- Se localizam no parênquima renal e na cavidade
abdominal CICLO BIOLÓGICO
- A forma infectante é a larva L3 presente em um HI ou
HP
CICLO BIOLÓGICO
FAMÍLIA ONCHOCERCÍDAE
1) Dirofilaria immitis
- Os adultos são denominados filarias e são
encontrados enovelados no coração
Estágios: larva (L1, L2, L3, L4, L5), adulto
- Filárias ♀:25 - 30 cm e ♂:15 cm
(macho e fêmea)
- As microfilárias são encontradas na circulação
medindo 300μm. Possuem sua extremidade anterior
Vida parasitária: o HD está com o lado direito do
afilada e a posterior romba (curva)
coração parasitado pelas filarias que acasalam,
- Não botam ovos, sendo vivíparas.
eliminando no sangue as microfilárias. As
microfilárias migram pela circulação e são ingeridas
por mosquitos da família Culicidae que se
alimentam de sangue com larvas L1. Na
musculatura dos mosquitos as larvas L1 mudam
para L2 e depois para L3. Então, saem da
musculatura e migram para as peças bucais do
- Em alguns testes de diagnóstico como o da fosfatase mosquito, saindo ativamente da probóscida do
alcalina (FAC) elas são coradas no poro anal e no poro mosquito para a circulação do hospedeiro quando
excretor o culicíneo for fazer hematofagia. No hospedeiro
elas migram no subcutâneo e ganham a circulação,
sendo levadas até os pulmões, onde se
desenvolvem até L5, migrando do pulmão até o
coração.
4) Onchocerca volvulus
- Filarias ficam no tecido conjuntivo da pele, enquanto
que microfilárias ou ficam no tecido conjuntivo da pele
ou na conjuntiva do olho
- HD: homem
- HI: Simulium sp
5) Wuchereria bancrofti
- Filarias ficam nos gânglios e tecidos linfáticos,
enquanto que microfilárias ficam no sangue circulante
apresentando periodicidade
- HD: homem
- HI: Culex quinquefasciatus
6) Mansonella ozzardi
- Filarias ficam na cavidade abdominal, serosa do
mesentério e tecidos adiposos das visceras, enquanto
que microfilárias ficam no sangue circulante
- HD: homem
- HI: Simulium sp e Culicoides
Parasitologi
NEMATODAS: Gêneros Habronema, Spirocerca, Physaloptera,
Tetrameres a
e Dyspharynx
2) Physaloptera praeputialis
CICLO BIOLÓGICO - São helmintos grandes (4 a 6cm)
- Os adultos são “semelhantes” aos Ascaris
- Sua identificação se dá pelo seu tamanho e
localização
- São diferenciados de Ascaris pela sua
extremidade exterior com prepúcio (expansão
cuticular
- Possuem ovos alongados com casca espessa
4) Tetrameres
- HD: aves domésticas
- HI: crustáceos, baratas, gafanhotos e besouros
- A fêmea possui o formato de disco e os machos são
alongados
5) Dispharynx spiralis
- Não são muito estudados
- HD: araras
- HI: Porcellio (tatuzinho de jardim)
- Possuem ovos com casca espessa
Parasitolog
NEMATODAS: Família Ascaridae
FAMÍLIA ASCARIDIDAE
- Possuem tamanho médio a grande (são os maiores
ia transplacentária ou por hospedeiro paratênico, de
modo que, quando no seu local de interesse
parasitos encontrados em cães, suínos e equinos) (intestino, ou filhote) se desenvolve até adulto, até
- São opacos brancos que os machos fecundem as fêmeas e os ovos
- Possuem 3 lábios: 1 dorsal e 2 na face látero ventral, sejam liberados nas fezes. Na via transmamária, as
sendo cada um deles com um par de papilas (são larvas L3 são passadas para os filhotes e apenas no
mecano e quimioreceptoras). Não possuem cápsula intestino deles é que se desenvolvem até adulto.
bucal
1) Ascaris suum
- HD: suínos
- HP: anelídeo
- ♀:40cm e ♂:15-25cm
- São dióicos (macho ≠ fêmea), sendo a fêmea > macho - Ovos amarelados com camada externa irregular
- Machos não possuem bolsa copulatória, possuem a com projeções mamilonares
extremidade posterior curvada (facilita sua adesão à
fêmea), possuem espículos iguas, subiguais ou
desiguais
- Fêmeas possuem abertura anal e abertura cloacal,
além da vulva localizada na porção medial CICLO BIOLÓGICO
3)Toxascaris leonina
- HD: canídeos e felídeos domésticos e silvestres
- Importância: gera um estresse fisiológico, que - HP: pequenos mamíferos, camundongos
interfere na liberação do hormônio do crescimento - Posssuem boca trilabiada sem interlábios
(GH), resultando numa redução no ganho de peso. - Possuem asas cervicais na região anterior. São
- Diagnóstico: técnica de flutuação para ver ovos nas estreitas e alongadas
fezes e necrópsia - Machos possuem espículos subiguais
- Fêmeas possuem vulva no terço anterior
2) Parascaris equorum
- HD: equinos e asininos CICLO BIOLÓGICO
- Possuem a boca trilabiada com interlábios
- ♀:20-50cm e ♂:15-28cm
- São o maior nematóide de equinos
CICLO BIOLÓGICO
Vida parasitária: o HD ingere o ovo contendo a larva L3 Vida Livre: no ambiente, as larvas se desenvolvem
(presente na água, alimentos, pêlo ou glândula até L3 no ovo, o qual pode ser ingerido por um HP
mamária). O ovo passa pelo TGI, que irá degradar a ou pelo HD
casca, liberando a L3 no intestino.
- Importância: a infecção fica restrita ao intestino, - Patogenia: nos filhotes as larvas podem causar
causando desconforto abdominal, cólica e diarréia pneumonia. Nos adultos podem causar oclusão
- Diagnóstico: técnica de flutuação parcial ou completa do intestino, raramente
perfuração e peritonite e comumente obstrução do
4) Toxocara canis ducto biliar.
- HD: cães - Sinais clínicos: aumento de volume abdominal,
- HP: aves, roedores cólica, prostração, granhidos, dor abdominal
- Possui asa cervical longa e estreita - Tratamento: vermifugação (adultos podem sair
- Possui 3 lábios nas fezes)
- Os machos possuem processo digitiforme (é a ≠ de T. Infecção zoonótica: a criança entra em contato
leonina), espículos subiguais e delgados com ovos aderidos ao pelo do cão ou presentes no
- ♀:9-18cm e ♂:4-10cm solo e leva a mão à boca, ingerindo ovos com L3. A
larva L3 então migra para os tecidos ou olhos,
causando desconforto e possível cegueira. Gera
Larva migrans visceral.
5)Toxocara cati
- HD: felinos
- HP: roedores
- Boca trilabiada e sem interlábios
- Possuem asa cervical curta e mais larga
- ♀:8-12cm e ♂:3-7cm
- Ovo semalhante ao de T. canis
CICLO BIOLÓGICO
Infecção por ingestão do ovo larvado: o animal
CICLO BIOLÓGICO
ingere o ovo no ambiente, o qual passa pelo TGI, de
modo que a L3 ecloda no intestino, faça a migração
hepato-pulmonar-traqueal e retorne ao intestino onde
muda para L4. Então, a larva L4 muda para L5 e adulto,
até que macho e fêmea copulem, liberando ovos nas
fezes. Patogenia: ocorre em cães entre 3 e 6 meses
Infecção em animais adultos: o animal ingere o ovo
no ambiente, o qual passa pelo TGI, de modo que a L3
ecloda no intestino, faça a migração hepato-pulmonar.
Dos alvéolos as larvas L3 retornam para o coração e
pela circulação migram para os tecidos, onde ficam Estágios: ovo, larva (L1, L2, L3, L4, L5),
encistadas na forma de larva hipobiótica, sem evoluir. adulto (macho e fêmea)
Infecção via transplacentária: durante o terço final PPP: 8 semanas
da gestação, as larvas L3 hipobióticas encistadas nos
tecidos das fêmeas se reativam e migram via placenta Vida Livre: no ambiente o ovo embrionado se
até chegarem no pulmão do feto, onde dão início ao desenvolve até a larva L3, que não eclode no
ciclo. ambiente. Então, o HD ou um HP ingere o ovo.
Infecção via transmamária: durante o terço final da
gestação, a fêmea ingere ovos com a larva L3 ou um Vida parasitária: o HD ingere ovos contendo a larva
HP que ingeriu ovos contendo a larva L3 hipobiótica. L3 no ambiente ou encistados em HP. O ovo
Então, a larva L3 percorre o TGI e, quando chega ao percorre o TGI, de modo que a larva L3 ecloda no
intestino, ao invés de fazer a migração hepato- intestino, faça muda para L4, L5 e adulto, até que
pulmonar-traqueal, migra até a glândula mamária, macho e fêmea copulem, liberando seus ovos nas
onde fica em estado de latência, até o momento em fezes.
que o filhote vai ser amamentado.
- Na via transmamária não há migração do parasita
- Não há via transplacentária
- Importância: podem causar aumento de volume
abdominal, gerando desenvolvimento lento seja
pela diarréia ou pela competição pela absorção de
nutrientes entre os enterócitos e os parasitas. O
animal pode apresentar pelagem feia
- Não há muitos registros em humanos
COMPARAÇÃO ENTRE TOXOCARAS CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
Vida parasitária: os bezerros se infectam pela ingestão
de ovos larvados no ambiente ou pela via
transmamária, de modo que os ovos percorram o TGI
chegando até o intestino, onde ocorre a muda para L4,
L5 e adulto. Então machos e fêmeas fazem a cópula
com a postura de ovos realizada junto às fezes. Nos
animais adultos as larvas podem ser encontradas em
estado de quiescência na musculatura.
7) Ascaridia galli
- HD: aves domésticas (galinha, peru, pato, faisão...)
- HP: anelídeos
- São trilabiados com a cavidade bucal pequena
- ♀:6-12cm e ♂:1-2cm
- Machos possuem ventosa pré-cloacal e papilas pré,
pós e cloacal
Parasitolog
TREMATODAS: Gêneros Schistosoma, Paramphistomum
FAMÍLIA PARAMPHISTOMATIDAE
1) Gênero Paramphistomum spp.
ia - Diagnóstico: exame clínico, exame de fezes,
necrópsia
- HD: bovinos, ovinos, caprinos - Tratamento: tratar com antiparasitário
- HI: caramujos aquáticos dos gêneros Planorbis e - Controle: impedir o acesso dos animais às fontes
Bulinus naturais de água e aplicar molusquicidas, bem
- Adultos parasitam o rúmen e o retículo, enquanto como remover os HI manualmente
que os estágios imaturos parasitam o duodeno.
- Possuem corpo piriforme, com ventosa oral e ventral Paramphistomum cervi
(acetábulo) Balanorchis spp
O ovo possui casca delgada 3 opérculo em uma das - HD: bovinos (rúmen) B. anastrophus
extremidades - Possuem boca com projeções papiliformes
- Possuem ventosa oral com divertículos
- Testículos lado a lado
Stichorchis spp
- HD: suínos e animais silvestres (estômago)
- Possuem ventoda oral com 1 aneis musculares
concêntricos
CICLO BIOLÓGICO - Possuem ventosa genital
Cotylophora spp
- HD: ruminantes (rúmen e retículo)
- Possuem ventosa genital
CICLO BIOLÓGICO
- Tratamento: antiparasitários
achatamento dorso-ventral.
- Não são segmentados
- Podem ter o tegumento liso ou recoberto de
espinhos (auxiliam na fixação)
- Possuem tubo digestivo incompleto (boca + esôfago + - As rédias são o estádio que sucede o esporocisto,
bifurcação gerando 2 cecos), de modo que os resíduos apresentando formato alongado, e algumas
do processo alimentar sejam regurgitados pela boca características do indivíduo adulto como boca na
- Possuem um par de ventosas (oral e região anterior, faringe, esôfago e ceco. No interior
ventral/acetábulo) apresentam células germinativas (darão origem a
Estágios: ovo, miracídio, esporocisto, rédia, outras rédias – multiplicação - ou novas cercárias -
cercaria, metacercária, adulto reprodução). As cercárias são liberadas pelo poro
- Dentro do ovo está o embrião e as células vitelinas de nascimento, localizado próximo à boca.
(fazem a nutrição do embrião), que são recobertos por
uma cápsula protetora delgada. Possuem um opérculo
e podem ter espinho.
FAMÍLIA TAENIDAE
COMPLEXO TENÍASE CISTICERCOSE OBS: se o homem ingere ovo de T. saginata nada
- Teníase (solitária): é a infecção intestinal benigna em acontece, mas se ingerir ovos de T. solium na água
humanos causada por adultos do gênero Taenia e alimentos contaminados com fezes ele
- Cisticercose: é a doença provocada pela presença da desenvolve papel de HI e HA, desenvolvendo o
larva de T. solium (C. cellulosar) ou T. saginata (C. cisticerco e apresentando cisticercose. Como o
bovis) nos tecidos dos HI (suíno e bovino, parasita tem tropismo pelo cérebro, é normal virar
respectivamente) e ocasionalmente no homem, como neurocisticercose
HÁ (T. solium)
- Vias de infecção: a cisticercose em humanos pode
ser adquirida pela ingestão acidental de ovos
viáveis de T. solium, seja por autoinfecção externa
(o homem ingeriu ovos oriundos da sua própria
- No HD ocorre a fase sexuada, albergando as formas
adultas do parasita infecção ao não lavar corretamente as mãos que
- No HI só alberga as formas larvais ou juvenis, sem estavam com fezes), autoinfecção interna (o
reprodução homem pode, por retroperistaltismo, ingerir ovos
que foram parar no estômago e deles eclodiram as
CICLO BIOLÓGICO larvas) e hetero-infecção (o homem ingere os ovos
em alimentos e água contaminados com fezes de
animais contendo T. solium)
- Diagnóstico:
HOMEM: exame de fezes para pesquisa de
proglotes e ovos, exame visual para perceber a
presença de proglotes nas fezes, cama e roupas
íntimas (conseguem sair pelo anus), detectar o
cisticerco por exames de imagem (tomografia)ou
sorológicos
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: inspecionar e
verificar a presença de cisticercos na carcaça
Parasitolog
CESTODA: Família Anoplocephalidae e Dilepididae
FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE
GÊNERO ANOPLOCEPHALA
ia - Patogenia: causam infecções pouco sintomáticas,
com ulceração de mucosa em casos mais graves de
alta parasitemia, intussuscepção (torção da alça
1) Anoplocephala perfoliata intestinal), obstrução e perfuração.
- São as tênias de eqüídeo
- Se localiza no íleo terminal e no ceco
- Medem 4 a 8cm com 1,2cm de largura
- As proglotes são bem mais largas do que compridas
- Possuem órgãos genitais únicos
2) Anoplocephla magna
- Também é considerada tênia dos equinos
- Se localizam no intestino delgado dos animais e
- Possuem escolex arredondado com 4 ventosas, sem raramente no estômago. (é a ≠ da A. perfoliata)
rostelo e sem ganchos. Apresenta 4 apêndices - Tem morfologia e ciclo semelhante de A.
digitiformes, sendo 2 na face ventral e 2 na face dorsal perfoliata
- Possuem ovos de morfologia irregular, com projeções - Não possuem projeções digitiformes no escólex
do embrióforo - Podem ter até 80cm de comprimento
- Possuem larva cisticercóide, com esclólex evaginado
em um pequeno cisto sólido.
- HD: equinos
- HI: ácaro oribatídeo (não causam sarna nem nada,
vivem na pastagem)
CICLO BIOLÓGICO
GÊNERO PARANOPLOCEPHALA
3) Paranoplocephala mamillana
- Também são conhecidos como tênias dos equinos
Estágios: ovo, proglote jovem, madura e - Se localizam no intestino delgado dos animais e
grávida raramente no estômago. (é a ≠ da A. perfoliata)
- Podem atingir 1 a 5cm de ocmprimento
Fase parasitária: o HD ingere o ácaro com a larva - Possuem escolex grande sem rostelo e ganchos e
cisticercóide (fase infectante), que se desenvolve no sem projeção digitiforme
intestino até chegar à fase adulta. Os adultos - As proglotes tem formato de encaixe irregular em
permanecem no ceco do hospedeiro e as proglotes forma de fenda (é a ≠ da A. magna)
grávidas se desprendem, indo para o ambiente com as - Possuem 4 ventosas em forma de fenda
fezes. Demora 1 a 2 meses - São pouco patogênicos e menos comuns
- O ciclo é igual de A. perfoliata
Fase de vida livre: no ambiente as proglotes grávidas
liberam os ovos que são ingeridos por ácaros
oribatídeos, onde se desenvolvem e se incistam nos
tecidos na forma de larva cisticercóide. Demora de 2 a
4 meses
GÊNERO MONIEZIA CICLO BIOLÓGICO
4) Moniezia benedeni
- HD: bovinos
- Se localizam no intestino delgado
- Podem ter 2m ou mais de comprimento
- São mais largas do que compridas
- Possuem genitália dupla e 2 poros genitais
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
- Fase parasitária: no molusco, os ovos eclodem, - Fase parasitária: no HI, os ovos eclodem,
liberando a forma larval, a qual se encista na liberando a forma larval, a qual se encista na
musculatura. O HD se infecta ao ingerir o HI, de modo musculatura. O HD se infecta ao ingerir o HI, de
que o parasita passa pelo TGI chegando ao duodeno, modo que o parasita passa pelo TGI chegando ao
onde se fixa e desenvolve até adulto produzindo a duodeno, onde se fixa e desenvolve até adulto
proglote grávida e a liberando junto às fezes. produzindo a proglote grávida e a liberando junto
às fezes.
- Fase de vida livre: no ambiente, a proglote grávida se
degenera, liberando os ovos, que serão ingeridos pelo - Fase de vida livre: no ambiente, a proglote
molusco grávida se degenera, liberando os ovos, que serão
ingeridos pelo artrópode
- Importância: por terem acúleos no rostro e nas
ventosas, penetram e se fixam profundamente,
lesionando a mucosa e submucosa intestinal dos HD.
Pode estar associado a baixo desempenho no
crescimento e produção de ovos
2) Raillietina spp
- Possuem estróbilo com vários segmentos
- Possuem genitália única e posicionada ou regular, ou
irregular, ou alternada
- Possuem rostelo retrátil com poucos acúleos
- Os ovos estão presentes nas proglotes grávidas
dentro de cápsulas ovígeras
- Possuem larva cisticercóide
- HD: equinos
- É conhecida como febre biliar, piroplasmose eqüina
ou nutaliose
- Se multiplica nos eritrócitos (B. caballli) ou nas células
brancas (T. equi) - As principais espécies de Babesia são: B. canis
gibsoni (Ásia), B. canis canis (Europa), B. canis rossi
em cães e B. felis em gato (África), B. canis vogeli
(América)
- No Brasil já foram encontradas B. canis vogeli, B.
canis gibsoni (PR e RS), B. canis Rossi (GO e DF)
- Se apresentam na forma de um grande par de
- A B. caballi tem merozoítos grandes que ocupam
merozoítos nos capilares (B. canis vogeli) ou
toda a hemácea e a T. equi forma um conjunto de 4
pequnenos merozoítos (B. gibsoni ou B. rossi)
estruturas denominado cruz de Malta
- Importância: queda no rendimento, claudicação e
limitação da comercialização (animal de competição),
poucos prejuízos exceto infecção intra-uterina (animal
de trabalho/lazer)
- Transmissão pro cão: picada do carrapato,
transplacentária, transfusão sanguínea ou brigas
prolongadas
- Transmissão pro carrapato: transestadial (se ele
adquirir em larva, ele permanece infectado em
ninfa e é nessa forma que ele transmite),
transovariana
CICLO BIOLÓGICO
OBS: em verde áreas livres ou controladas para - Semelhante ao de bovinos na transmissão
babesiose eqüina e em vermelho áreas endêmicas transestadial
- Na transmissão transovariana, a fêmea adquire os
OBS: para ser comercializado e exportado ovos também igual ao de bovinos
internacionalmente, o animal precisa ter passaporte,
estar livre de sinais clínicos no dia do embarque, ter
sorologia negativa pra ambos os parasitas 30d antes
do embarque e estar livres de carrapato 30d antes do
embarque
- Transmissão
CICLO BIOLÓGICO
B. caballi: o esporozoíto entra na hemácea e gera
merozoitos
T. equi: o esporozoíto entra nos linfócitos, se
transforma em macro e microesquizontes e depois vão
pros eritrócitos, onde se convertem em merozoítos
Parasitolog
PROTOZOÁRIOS: Gênero Eimeria
1) Eimeria spp
- Hospedeiros mais susceptíveis: aves criadas em
ia Esporozoíto: possuem complexo apical, ou
seja, conseguem penetrar uma célula
contato com o solo e ruminantes hospedeira e dar continuidade no seu ciclo de
- Coccidiose é o termo genérico que caracteriza as vida
infecções causadas por protozoários da classe Macrogametas (♀) e Microgametas (♂):
Coccidia, como por exemplo: Cryptosporidium, possuem diferentes tamanhos, sendo as formas
Isospora, Sarcocystis, Toxoplasma e Eimeria masculinas menores, móveis e capazes de se
reproduzir.
COCCIDIOSE
- Em aves, a coccidiose é o principal problema
sanitário, como dito por Santos e Faria: “Se não fossem TRANSMISSÃO
os anticoccidianos, não existiria a indústria avícula - Para aves: ingestão de oocistos esporulados na
como é conhecida atualmente”. água, alimentos e cama com oocistos esporulados.
- A eimeriose em aves pode ser letal, mas geralmente Vestimentas, equipamentos e insetos podem
causa diarreia, retardo no crescimento e perda de peso também carrear oocistos esporulados. A
- Já em ruminantes, pode acarretar em redução de reutilização de cama contaminada também é um
produção, retardo de crescimento e possível grande agente contaminante se não for feito vazio
mortalidade. A eimeriose deixa o animal mais sanitário
susceptível à helmintoses. Animais jovens e confinados - Para ruminantes: ingestão de oocistos
são mais acometidos. esporulados na água ou alimentos, ingestão da
cama (peq rum) e uso de utensílios (mamadeira e
AGENTE ETIOLÓGICO balde) contaminados. Em pequenos animais, a
- Em aves, as espécies mais patogênicas são E. tenella, fêmea lactante pode levar oocistos esporulados
E.cervulina, E. máxima, E. necatrix e E. brunetti. Em pro filho através do teto, já que eles se aderem à
ruminantes, as mais importantes são E. bovis e E. mesma quando ela se deita no chão.
zuernii, sendo ambas de bovinos. Essas espécies são
espécie-específicas, não acometendo animais de CICLO BIOLÓGICO
outras espécies. - Não importa o que ele ingere, mas sim o que ele
causa por onde passa
FORMAS EVOLUTIVAS
- Podem ter como forma evolutiva os oocistos,
esporozoítos, micro/ macrogametas e formas teciduais
Oocisto: podem ser esporulado/não infectante
ou esporulado/infectante. O oocisto esporulado
tem 4 esporocistos no seu interior e dentro de cada
esporocisto há esporozoítos. Esporulam no
ambiente em temperaturas de 17-30ºC, sendo
inibidos em temperaturas abaixo de 0ºC ou acima
de 55º
-Fase parasitária: o oocisto esporulado é ingerido e
sofre ação do suco gástrico, liberando os
esporozoítos na luz do intestino. Os esporozoítos
penetram nas vilosidades intestinais, de modo que
elas fiquem com formato arredondado e mais
Meronte / Esquizontes: é uma forma tecidual de largas. Por um processo de reprodução assexuada,
Eimeria, sendo encontrada nas células intestinais. os esporozoítos dão origem a milhares de células
Possui céLulas filhas chamadas merozoitos filhas (merozoítos), que são liberadas quando o
esporozoíto se rompe. Então, os merozoítos
penetram nas vilosidade intestinais de modo que
elas fiquem com formato arredondado e mais largas.
Por um processo de reprodução assexuada, os
merozoítos dão origem a milhares de células filhas e o
processo pode se repetir por até mais 1 vez (3ª
geração). Acabado esse processo de geração de células
filhas, as células geradas se diferenciam em
macrogametas e microgametas. Os microgametas
então penetram nas células intestinais, dão origem a
outros microgametas e são liberados quando a célula
intestinal se rompe. Então os microgametas buscam
novas células intestinais que contenham gametas
femininos para se alojarem, fusionando com os
gametas femininos e dando origem ao zigoto, que é
denominado oocisto não esporulado. Esse oocisto não
esporulado rompe a célula intestinal e é eliminado
com as fezes, atingindo o ambiente.
PATOGENIA
- Pode ser classificada em clinicamente sintomática
ou assintomática
FORMA SINTOMÁTICA
- Toda a patogenia de eimeriose está associada às
lesões que o protozoário causa nas células do
epitélio intestinal
FORMA ASSINTOMÁTICA
- Observa-se retardo no crescimento, gerando falta de
uniformidade no rebanho
- Como não se vê os sintomas da doença, o prejuízo é
muito maior porque não se tratou e agora não
compensa mais tratar
CICLO BIOLÓGICO
- Igual ao de eimeria
- Se o camundongo ingere o oocisto esporulado, ele
mantém o esporozoíto no tecido dele, de modo que,
quando o cão ou gato o ingere, ele come o oocisto
também.
1) Isospora suis
- Comum em animais até 3 semanas de vida
- Acarreta uma perda de até 500g até a fase de
desmame, resultando em cerc de 3-5kg de peso por
animal no abate, resultando em desuniformidade de
rebanho
Parasitolog
PROTOZOÁRIOS: Gêneros Sarcocystis e Cryptosporidium
GÊNERO SARCOCYSTIS
- Vem do grego em que “sarxs” significa carne/músculo
ia CICLO BIOLÓGICO
GÊNERO CRYPTOSPORIDIUM
- Vem do grefo “kryptos”, que é escondido e “spora”,
que é semente.=, devido ao seu pequeno tamanho - Igual ao de Eimeria
TRATAMENTO
- Não tem tratamento eficaz
- Possuem morfologia e biologia semelhante a Eimeria - O melhor remédio é a hidratação (em gado de
com exceção do oocisto, que já sai esporulado e sem leite vai bem, no de corte não)
esporocisto - Na fazenda de corte tem que trabalhar com o
operacional pra reduzir a incidência
- Halofuginona reduz sinal clínico, mas não
quantidade de oocistos
CRYPTOSPORIDIUM EM AVES
- Pode acometer a traquéia e a bursa de Fabricius,
que é um órgão linfóide presente em filhotes e
justaposta ao reto
Parasitolog
Gêneros Toxoplasma e Neospora
GÊNERO TOXOPLASMA
ia Formas evolutivas: esporozoíto (dentro dos
- HD: Felídeos (tem ciclo enteroepitelial) oocistos), taquizoíto e bradizoíto
- HI: Humanos (mulher), mamíferos e aves
(extraepitelial)
- É uma zoonose oportunista, uma vez que um
bradizoíto pode retroconverter em taquizoíto quando
houver queda no teor de óxido nítrico, IFN, TNF, cel T,
IL12 e choque térmico, ou seja, quando o sistema
imunológico ta fraco, ele vira taquizoíto e se dissemina
e quando ta forte ele encista e se camufla. Nesse
processo ele aumenta o número de cistos teciduais,
pra que ele esteja presente em mais locais do corpo do
HI, aumentando seu nº e consequentemente sua
disseminação.
OOCISTOS
- Apenas os HD produzem oocistos, permitindo a
produção, desenvolvimento e liberação dos mesmos
das fezes
- Pode ser não esporulado / não infectante ou
esporulado / infectate
- Cada oocisto possui 2 esporocistos, onde estão
localizados os esporozoítos
- É a forma evolutiva de maior resistência ambiental
1) Trypanosoma vivax
- São popularmente conhecidos como secadera
- Antes era concentrado no PA, MT e MS, mas Fase parasitária: o parasita é transmitido
atualmente já ta em vários estados mecanicamente para o hospedeiro e, no organismo
- Gera queda na produção de carne e leite, na fase dele, a forma tripomastigota começa a se
aguda mata muito os animais e depois gera problemas multiplicar por fissão binária no plasma sanguíneo.
reprodutivos (aborto e infertilidade)
- Tem apenas uma forma evolutiva, que é a forma -Forma aguda: ocorre na primo-infecção, quando o
tripomastigota agente entra no rebanho, sendo caracterizada por
- É um parasita extracelular, vivendo no plasma mortalidade elevada nos primeiros 2 meses ou
sanguíneo queda ABRUPTA na produção de leite (quase
- Caminha em direção ao flagelo, sendo ele a região 100%), hipertermia, letargia, sinais neurológicos e
anterior lacrimejamento. O animal chega a ficar magro, mas
esse não é o sinal mais gritante
CICLO BIOLÓGICO
GÊNERO HISTOMONAS
1) Histomonas meleagridis
- É um organismo pleomórfico, assumindo
diferentes formas (flagelada, de
transição/amebóide, tissular)
- Quando no lúmen cecla apresentam apenas um
flagelo, enquanto que na mucosa cecal e no fígado
não possuem flagelo
Vida parasitária: a patogenia se desenvolve de uma
forma vegetativa ou na forma de trofozoíto na mucosa
genital. Então, o protozoário começa a se multiplicar
por divisão binária simples no útero e é transmitido
através do coito
CICLO BIOLÓGICO
Vida parasitária: o cão se infecta ao ingerir o carrapato Vida parasitária: o carrapato ingere o sangue dos
contendo oocistos. Então, há a liberação dos animais contendo corpúsculo de inclusão nas
esporozoítos no intestino do cão, os quais vão se hemáceas. No intestino do carrapato, a bactéria se
aderir e penetrar na parede intestinal, ganhando a multiplica, migra pra glândula salivar e rompe as
circulação porta. Com isso, os esporozoítos chegam ao células da região. O carrapato então a inocula com
fígado, pulmão e baço, onde faz sua reprodução por a saliva durante a hematofagia no animal. Quando
esquizogonia, produzindo merozoítos, os quais a transmissão é feita por dípteros hematófagos, o
penetram nos leucócitos. Dentro dos leucócitos, os artrópode ingere o sangue com as hemáceas
merozoítos se transformam em gametócitos, sendo infectadas e, quando vai pra outro animal, inocula
ingeridos pelo HD, enquanto ele faz hematofagia. Já na essas hemáceas parasitárias, pois está com o
hemocele do carrapato, há a fusão de gametas, dando aparelho bucal sujo.
origem aos oocistos esporulados.
2) Anaplasma centrale - Patologia: febre, letargia, anorexia, lesão alveolar,
- HD: bovinos vasculite, hemorragias, resposta inflamatória
- Formam corpúsculo de inclusão dentro das hemáceas hiperativa, claudicação, diarreia, convulsões
(intraeritrocitário), o qual se localiza mais
centralmente na célula - Formam corpúsculo de inclusão no citoplasma de
granulócitos (monócitos e macrófagos)
3) Anaplasma platys - Vetor: Rhipicephalus sanguineus
- HD: cães
- Causa trombocitopenia infecciosa clínica canina
- Se localizam no interior de plaquetas
- Vetor: Rhipicephalus microplus
- É comum ter co-infecção por E. canis
4) Anaplasma phagocytophilum
- Parasitam leucócitos polimorfonucleares - Casos graves evoluem para pancitopenia (baixa
- HD: cães tudo no sangue), mas os sinais clínicos variam
- No Brasil só foi descrito em animais selvagens, não entre os animais, principalmente pela presença de
em cães infecções mistas
- É uma zoonose e causa anaplasmose granulocítica - No Brasil não teve nenhum caso descrito em
humana humanos no Brasil, então aqui não é considerada
- Vetor: Rhipicephalus sanguineus zoonose, mas na Venezuela já teve
- É uma infecção concomitante com Babesia sp e
Hepatozoon sp
- Roedores, animais domésticos e silvestres são
reservatórios
2) Ehrlichia chaffensis
- Acomete humanos, vindo de animais silvestres
- Não acontece no Brasil