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1. Introdução
Os agentes biológicos estão presentes em tudo o que nos rodeia, seja em casa, na rua, e até no
trabalho, são microrganismos capazes de originar qualquer tipo de doença, infeção, alergia ou
toxicidade no corpo humano.
Os agentes biológicos com efeitos nocivos para a saúde, podem formar-se por diversos processos,
nomeadamente nos processos industriais em que existe maior risco de exposição dos trabalhadores
a agentes biológicos perigosos.
Para prevenir estas ameaças é necessário a aplicação da legislação comunitária e nacional e organizar
as atividades de segurança e saúde no trabalho nos setores profissionais de risco.
Os agentes biológicos reconhecidos infeciosos para o ser humano são parte integrante do anexo à
Portaria nº 1039/98 de 15 de Dezembro.
São organismos simples que conseguem sobreviver e multiplicar-se sem ser necessário um
hospedeiro para completar o seu desenvolvimento, desde que o meio ambiente lhes seja favorável.
Um aspeto muito importante das bactérias é a capacidade que algumas têm para produzir esporos,
que mais não são do que formas resistentes que lhes permitem sobreviver, por vezes durante muitos
anos a situações adversas tais como: temperaturas extremas, falta de água ou nutrientes, etc.
Uma vez em ambiente favorável, o esporo dá origem a uma bactéria com toda a sua capacidade
infeciosa ativa.
Exemplos de Bactérias Profissionais expostos Forma de contágio
Antrax Veterinários, carniceiros, Contacto directo com
pastores. animais infectados ou os
(Bacilus antracis) seus produtos. Ingestão ou
inalação de esporos.
Brucela Veterinários, tratadores de Manipulação de animais ou
animais, pastores, pessoal produtos contaminados;
de laboratório, tosquias e cardação da lã;
trabalhadores dos manipulação ou ingestão
matadouros. de alimentos
contaminados.
2.2. Vírus
São as formas de vida mais simples, constituídas unicamente por material genético que precisam
sempre de um hospedeiro (ser vivo que é infetado) para se poderem reproduzir.
O mecanismo de infeção mais comum é a introdução do seu material genético nas células do
hospedeiro, onde se replicam à custa da célula até à sua destruição, passando então a infetar outras
células.
A lista anexa à Portaria nº 1036/98 inclui no grupo dos vírus os agentes relacionados com as
encefalopatias espongiformes transmissíveis.
2.3. Parasitas
Os parasitas podem ser unicelulares ou pluricelulares e são habitualmente distribuídos por três
grupos:
Helmintas
2.4. Fungos
Tratam-se de formas complexas de vida cujo habitat natural é o solo. Apresentam uma estrutura
vegetativa chamada micélio, podendo apresentar hifas e reproduzem-se a partir de esporos. Neste
grupo incluem-se também as leveduras que apresentam pequenas formas individuais ovóides.
• Produção
• Transporte
• Receção, repouso e dependura
• Insensibilização
• Sangria
• Escaldão
• Depena
• Corte e separação da cabeça
• Corte das patas
• Evisceração
• Lavagem final
Sendo que é na Depena, na Desmancha (Corte e separação da cabeça e corte das patas) e na
Evisceração onde os trabalhadores se encontram mais expostos a agentes biológicos suscetíveis de
pôr em causa a saúde e segurança dos respetivos colaboradores.
Os agentes biológicos associados aos matadouros são as bactérias, vírus, fungos ou outro agente de
doença transmissível onde os mais comuns são:
Cada uma das bactérias identificadas como mais recorrentes nas atividades em que há contacto com
animais ou produtos de origem animal tem as suas consequências para a saúde dos trabalhadores
dos respetivos setores de atividade.
A bactéria Escherichia coli, mais conhecida pela abreviatura E. coli, é uma bactéria bacilar gram-
negativa-negativa que se encontra normalmente no trato gastrointestinal inferior dos organismos de
sangue quente (endotérmicos). A maioria das estirpes de E. coli são inofensivas, mas alguns sorotipos
podem causar graves intoxicações alimentares nos seres humanos, e são ocasionalmente
responsáveis pela recolha de produtos alimentícios devido à sua contaminação. As estirpes
inofensivas constituem parte da flora intestinal humana normal, e podem ser benéficas para os seus
hospedeiros ao produzirem vitamina K2, e impedirem que ali se estabeleçam bactérias patogénicas.
A listeria causa uma infeção chamada listeriose, que tem alto índice de mortalidade. A listéria (Listeria
monocytogenes) é uma bactéria móvel, resistente ao congelamento e outras condições adversas,
sobrevive por longos períodos em indústrias processadoras de alimentos e áreas manipuladoras de
alimentos e está amplamente distribuída na natureza. A maior incidência de listéria está associada
aos surtos de doenças transmitidas por alimentos.
A Listeria monocytogenes sobrevive no homem, que pode ser contaminado através do solo, estrume,
carrapatos, geladeiras, vegetação, frutas, legumes, água (rios, lagos, mar, etc), mamíferos, aves
domésticas e silvestres, peixes, crustáceos, moluscos, rãs, esgotos tratados ou não e fábricas
processadoras de carnes, leites e derivados.
Nos adultos e nos recém-nascidos, as manifestações clínicas de listeriose descritas com maior
frequência são septicémia e/ou infeções meníngeas. Nas grávidas, a infeção ocorre geralmente no
terceiro trimestre de gestação e os sintomas confundem-se com os de uma síndroma gripal. Estas
infeções resultam frequentemente em aborto ou parto prematuro.
A infeção por Campylobacter é uma das causas principais de diarreia aguda no mundo inteiro e é a
causa bacteriana mais comumente relatada da gastroenterite aguda nos países desenvolvidos.
Também é uma das causas principais da diarreia do viajante.
São considerados grupos de risco as crianças com idade inferior a 5 anos e os jovens entre 15 e 29
anos são os grupos mais atingidos.
5. Prevenção
O conhecimento atual do microrganismo indica que o controlo da contaminação deve ter como
principal objetivo a minimização da sua presença durante a criação e o abate de animais. A prevenção
das infeções com E. coli passa ainda pelo cumprimento rigoroso das temperaturas ao longo da cadeia
de frio, e por evitar o consumo de carnes mal cozinhadas, de leite não pasteurizado e de água não
tratada.
A implementação de sistemas de auto-controlo, como por exemplo o HACCP (Hazard Analysis and
Critical Control Points), ao longo de toda a cadeia é considerada como uma estratégia importante de
prevenção.
É ainda importante referir, que vários surtos causados por E. coli têm sido associados a visitas de
crianças a quintas de criação de animais.
Vários produtos podem ser considerados como potenciais causadores de surtos de listeriose. No
entanto, a maioria dos surtos documentados resultaram de uma falha em algum sistema de controlo.
Mais uma vez se salienta que a implementação de sistemas de autocontrolo, como por exemplo o
HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points), ao longo de toda a cadeia se assume como uma
estratégia importante de prevenção.
6. Considerações finais
Temos de ter ainda em atenção que não são apenas os trabalhadores de determinados setores que
se encontram expostos a estes riscos mas todos nós no dia a dia devemos adotar medidas de
prevenção e práticas saudáveis.
7. Bibliografia
origem animal
Relativa à proteção dos trabalhadores contra riscos ligados à exposição a agentes biológicos durante o trabalho
8. Webgrafia
• Wikipedia
• bestpractise.bmj.com
• asae.gov.pt