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Depósitos não
Borrifáveis
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Área de circulação
Historicamente no Brasil as
organizações não governamentais Ações efetivas para o controle
desempenharam papel de fundamental populacional de cães e gatos - o registro
importância na mudança do paradigma e identificação, controle da reprodução,
do controle populacional de cães e educação e legislações pertinentes,
gatos, promovendo a discussão do recolhimento seletivo e ações específicas
controle ético onde os animais de para animais comunitários - foram
estimação são inseridos no conceito de recomendadas pela primeira vez por
“coletividade” para o desenvolvimento órgão estadual público no Brasil em
das ações de promoção da saúde 2005, bem como o manejo etológico em
(GARCIA, 2007a; GARCIA, 2007b). todas as ações.
A importância dos animais de Analisando parte da cadeia do
estimação na vida do ser humano se controle populacional de cães e gatos
retrata desde 10 mil anos atrás. O Canis são detectados alguns pontos críticos
familiaris é a espécie que mais preenche definidos como “pontos de
as necessidades dos seres humano, estrangulamento” para o bem-estar
antes mesmo dos animais de produção. humano, animal ou da comunidade, isto
A população felina vem crescendo é, áreas onde o desenvolvimento das
gradativamente nos centros urbanos e ações podem gerar mal estar para os
encontrando seu lugar na família. Esses seres humanos (funcionários ou
animais de estimação estão assumindo comunidade) e/ou para os animais e que
importância cada vez maior, inclusive permitem uma discussão ética
para a manutenção da saúde mental de 1. A forma de recolhimento dos
nossa sociedade, ajudando a manter o animais: Envolve o processo desde a
equilíbrio emocional (ELUL; tomada de decisão da retirada do
MARCHIAFAVA, 1964). animal até o transporte do mesmo.
Neste sentido, os aspectos Podemos dividir esse ponto de
etnoveterinários tem grande importância, estrangulamento (PE) em 5 fases e a
especialmente quando nos referimos aos sequência das ações depende de cada
imaginários, representações e funções caso, sendo a Fase 1 (contato com a
que os animais de companhia comunidade) de fundamental
representam em nossas comunidades importância que possa, sempre que
urbanas lationamericanas possível, acontecer em primeiro lugar:
(MALDONADO, 2005). A. Fase 1: contato com a
A discussão ética no controle das comunidade ou representação local:
populações de cães e gatos acontece A análise ou interação com
num período transacional na saúde todos os envolvidos é de fundamental
pública veterinária, focando esses importância para a tomada de decisão.
animais não apenas como potenciais Coletar informações sobre
zoonóticos, mas sim, como integrantes A situação e o contexto que o
das famílias e comunidades, e com valor animal sem controle está inserido nessa
intrínseco agregado. Os cães e gatos são comunidade. Como ação de saúde
agentes que interferem na promoção da pública e promoção da saúde, fazer a
saúde, positiva ou negativamente, comunidade participar da tomada de
dependendo da guarda responsável e decisão.
das políticas públicas implantadas, seja
para a estabilização dessas populações B. Fase 2: análise da situação
e prevenção das zoonoses e demais do animal;
agravos que esses animais possam C. Fase 3: análise do
produzir ao individuo e coletividade, seja ambiente;
para o bem-estar dos próprios animais
(GARCIA, 2006).
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é transmitida por um arranhão e provoca pública serve como atrativo para insetos
febre, mal-estar, e crescimento de e as construções (casas, prédios) tem
gânglios que ficam dolorosos e podem se telhados que funcionam como excelentes
romper. Esta é uma patologia crônica que refúgios para procriação.
dura de dois a seis meses. Não há Outro grupo de morcegos que
tratamento específico. As complicações explora as áreas urbanizadas são
são raras. Não há medidas preventivas, a aqueles que se alimentam de partes de
não ser, evitar o contato com o animal. plantas (pólen, néctar e frutos) comuns
na arborização urbana, tais como a
Pássaros figueira, o jambolão, a goiabeira, a
nespereira, entre outras.
A doença mais conhecida Os problemas mais comumente
transmitida pelos pássaros é a psitacose. relatados pela presença dos morcegos
Causada por uma bactéria ela é podem ser subdivididos pelo hábito
transmitida pela inalação das bactérias alimentar dos morcegos: morcegos
presentes nas fezes dos pássaros, frugívoros e morcegos insetívoros.
principalmente papagaios. Os sintomas
são semelhantes aos de uma gripe. O • Morcegos frugívoros –
tratamento se faz a base de antibióticos. realizam voos rasantes quando buscam
alimento junto a árvores, assustando
Cuidados com mordidas pessoas desatentas que, por sua vez,
acreditam que estes animais estejam
Comuns nas casas onde estão realizam algum tipo de “ataque”. Isto não
presentes cães e gatos, as mordidas é verdadeiro, pois os morcegos
merecem uma atenção especial. Além da costumam realizar manobras em pleno
raiva, elas podem causar tétano e voo para capturar os frutos e flores mais
infecções da pele. Caso ocorram, a atrativos da planta. Outro problema é a
lavagem do ferimento deve ser imediata “sujeira” ocasionada por estes animais
e a consulta médica é imprescindível. Ele que, durante o voo defecam e quando
orientará o tratamento e avaliará a próximos a construções e veículos
necessidade da vacinação. estacionados acabam por sujá-los desta
maneira.
Controle de morcegos em áreas • Morcegos insetívoros – diante
urbanas do medo, fantasias e mitos, muitas
pessoas relatam que os ruídos (barulho)
Os morcegos são animais produzidos pelos animais causam
silvestres que se adaptaram muito bem desconforto. Outra reclamação é
as áreas urbanas, devido à grande oferta referente ao forte e desagradável odor
de abrigos e alimentos. No Rio Grande que se estabelece, principalmente em
do Sul já foram detectadas telhados com grandes colônias, devido
aproximadamente 40 espécies de ao acúmulo de fezes e também ao cheiro
morcegos, os quais se alimentam de característico produzido por glândulas
diferentes recursos: frutos, pólen, néctar, especiais localizadas na região do
folhas, peixes, pequenos vertebrados pescoço. Entretanto, acredito que o que
(anfíbios, répteis, aves, roedores), mais causa pânico na população é o
insetos e, sangue. adentramento ocasional em residências.
A maior parte das espécies que Isto ocorre porque muitas vezes o animal
vivem ou utilizam recursos do se perde em sua trajetória até o abrigo e
ecossistema urbano possuem hábitos acaba por adentrar a residência
alimentares insetívoros, formando inadvertidamente.
colônias que podem chegar a centenas
e/ou milhares de animais. A iluminação
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Um programa de controle de
roedores deve ter como base o
diagnóstico do município quanto à
prevalência das espécies existentes, grau
de incidência de doenças por eles
transmitidas, assim como as condições
socioeconômicas e sanitárias da cidade
em questão. O planejamento também
deve incluir o levantamento e a aquisição
de material necessário, seleção e
O MANEJO INTEGRADO PRESSUPÕE
contratação de recursos humanos.
5 FASES DISTINTAS:
Maiores detalhes sobre esse
levantamento podem ser encontrados no
Inspeção:
Manual de controle de Roedores
O primeiro grande passo, antes de
Observar o local em busca de
iniciar o programa de controle, será
indícios que denunciem a presença de
divulgar em todos os meios de
ratos, buscando sempre estabelecer uma
comunicação da cidade o programa que
relação entre os sinais encontrados e
será realizado. É necessário repassar
possíveis rotas usadas pelos ratos, locais
telefones para dúvidas e reclamações,
que sirvam de abrigo e possíveis fontes
lembrando sempre que o sucesso das
de alimentos.
atividades dependerá da participação da
população.
Identificação:
Em todas as etapas do programa
A identificação da(s) espécie(s)
será importante o trabalho de educação
infestante(s) na área alvo é importante
em saúde junto à comunidade, voltados à
para se obter informações sobre sua
eficácia das ações de controle a serem
biologia, hábitos e habilidades. Tais
realizadas.
conhecimentos são indispensáveis
facilitando o planejamento das ações de
METODOLOGIA
combate.
Os roedores ao longo dos anos
Medidas preventivas e
criaram uma incrível habilidade de resistir
corretivas (anti-ratização):
e se adaptar a diferentes condições de
meio sendo sua população determinada
É o conjunto de medidas
pelas condições do ambiente onde
preventivas e corretivas adotadas no
vivem. O combate se baseia cada vez
meio ambiente que visam impedir e/ou
mais no conhecimento de sua biologia,
dificultar a implantação e expansão de
de seus hábitos comportamentais, suas
novas colônias de roedores.
habilidades e capacidades físicas. Apoia-
Algumas dessas medidas são
se, também, no exame e conhecimento
corretivas do meio ambiente e visam a
do meio ambiente onde os roedores a
retirada de certas condições que estão
serem combatidos estão localizados.
facilitando a infestação dos roedores. Por
Desta forma é improvável
exemplo:
pensarmos em controle de roedores sem
Correto acondicionamento do lixo
pensar em um “manejo integrado”
(dentro de sacos plásticos e em lixeiras
conforme ilustra o gráfico abaixo, que
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com tampas). Nunca jogar lixo a céu sinais clássicos de presença de roedores:
aberto ou em terrenos baldios; materiais roídos, trilhas, manchas de
gorduras, fezes, etc.
Canalização de córregos a céu
aberto EFEITO BUMERANGUE
O manuseio inadequado de
Importância ecológica materiais de construção e entulho
aumenta as chances de um acidente. No
Do ponto de vista biológico, os ambiente domiciliar, os cuidados devem
escorpiões representam um grupo ser redobrados quanto ao uso de roupas
importante e eficiente sendo e calçados. O controle destes animais
considerados os principais predadores de passa a ser fundamental, e sua eficácia
insetos e outros pequenos animais, às depende de uma ação multidisciplinar
vezes nocivos ao homem. envolvendo os órgãos públicos, a
comunidade e o manejo ambiental para
Inimigos tornar desfavoráveis as condições de
instalação, permanência e proliferação
Na natureza, são conhecidos dos escorpiões.
vários predadores dos escorpiões: No Brasil, são conhecidas cerca
lacraias, louva-deus, macacos, aranhas, de 100 espécies, das quais, apenas três
sapos, lagartos, seriemas, corujas, são consideradas perigosas. São elas :
gaviões, quatis, macacos, galinhas, Tityus serrulatus Lutz & Mello,
camundongos, algumas formigas e os 1922 : de 5 a 7 cm de comprimento;
próprios escorpiões. Mas, alterações no colorido geral amarelado; pernas e papos
meio ambiente provocadas pelo homem sem manchas; cefalotórax e abdômen
como, desmatamentos, utilização escuros; presença de serrilha na face
indiscriminada de agrotóxicos e dorsal do 3 o e 4 o segmentos da cauda;
crescimento urbano desordenado, presença de espinho subaculear no
parecem ser as principais causas de telson.
extermínio dos escorpiões. Distribuição: Bahia, Ceará, Distrito
Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas
ESPÉCIES PERIGOSAS Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo,
O problema quanto ao Sergipe, Rio Grande do Sul (relato de um
envenenamento humano causado por acidente) e Paraná.
escorpiões é conhecido desde a Tityus bahiensis Perty, 1833: de 5
antiguidade. As espécies perigosas a 7 cm de comprimento; colorido geral
podem ser encontradas nos desertos ou marrom avermelhado; cefalotórax e
em regiões semi-áridas. No continente abdômen mais escuros e sem manchas;
americano ocorrem no Sudeste dos pernas com pequenas manchas escuras;
Estados Unidos, México, América do Sul presença de manchas mais escuras na
e Ilhas do Caribe. Há espécies que tíbia e fêmur dos palpos; presença de
habitam as regiões Norte e Sul da África, espinho subaculear no telson.
Oriente Médio, Norte do Mediterrâneo, Distribuição: Bahia, Espírito Santo,
Irã, Ásia e Índia Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Das 1600 espécies atualmente Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro,
conhecidas no mundo, apenas 25 podem Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
causar acidentes humanos graves. O Paulo.
crescimento desordenado de importantes Tityus stigmurus Thorell, 1876: de
centros urbanos propicia condições cada 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral
vez mais favoráveis à instalação e amarelado; pernas e palpos sem
proliferação desses animais junto às manchas; presença de um triângulo
regiões habitacionais em ambientes peri escuro na face dorsal anterior do
e intradomiciliares. Encontram cefalotórax; pré-abdômen com uma faixa
esconderijos em terrenos baldios, velhas escura central bem definida e duas
construções, sob o entulho, pilhas de laterais discretas na face dorsal;
madeira, tijolos, caixas de luz etc. presença de serrilha na face dorsal do 3
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ETIMOLOGIA Inimigos
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No Brasil, as espécies de aranhas oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com
que costumam causar acidentes com 1 cm de tamanho de corpo; machos, com
envenenamento humano pertencem aos apenas alguns milímetros de corpo.
gêneros Phoneutria , Loxosceles e Constroem teias tridimensionais em meio
Latrodectus. a plantações, beiras de barrancos, entre
Phoneutria nigriventer (aranha as folhas de arbustos; costumam
armadeira) :Coloração marrom, com construir seus refúgios em batentes de
pares de manchas ao longo da parte portas e beirais das janelas.
dorsal do abdômen; possuem oito olhos
em três filas: 2:4:2; de 4 a 5 cm de corpo, Distribuição: cosmotropical
podendo atingir até 12 cm, incluindo as
pernas. Vivem em bananeiras, sob Latrodectus curacaviensis (viúva-
troncos caídos, bem como, próximo e negra): conhecida como flamenguinha e
dentro das moradias; não fazem teia e aranha barriga vermelha. Possui
assumem posição de defesa quando se abdômen globoso de coloração preta
sentem ameaçadas. com faixas vermelhas e, por vezes,
Phoneutria nigriventer (aranha alaranjada; apresenta no ventre uma
armadeira) : mancha vermelha em forma de
Distribuição: ES, MG, MS, GO, RJ, ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4;
SP, PR, SC, RS. fêmeas com 1 cm de tamanho; machos
Loxosceles spp (aranha marrom) : muito menores com apenas alguns
coloração marrom avermelhado; milímetros de corpo; constroem teias
cefalotórax achatado; seis olhos em três tridimensionais em áreas de plantações,
pares; apresentam até 1 cm de corpo e 3 vegetação rasteira, sauveiros,
a 4cm incluindo as pernas. Costumam cupinzeiros, materiais empilhados,
alojar-se em fendas de barrancos, pilhas objetos descartados, montes de lenha,
de telhas, cavernas, sob cascas de beiras de barrancos e no interior das
árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.
moradias. Distribuição: CE, RN, BA, ES, RJ,
SP, RS.
Distribuição: Lycosa erythrognatha (aranha-de-
grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo e
• Loxosceles amazônica – Norte e tarântula): são frequentemente
Nordeste do Brasil. encontradas em todo o Brasil. Apesar de
• Loxosceles similis – PA, MG, SP, causarem acidentes com frequência, seu
MS. veneno não é considerado perigoso para
o homem. Apresentam coloração
• Loxosceles gaucho – MG, SP, marrom-clara, por vezes acinzentada.
PR, SC. Atingem de 4 a 5 cm de comprimento e
• Loxosceles intermedia – GO, possuem, no dorso do abdômen, um
Sudeste e Sul do Brasil. desenho negro em fora de seta. O ventre
• Loxosceles adelaida – SP, RJ. é negro e as quelíceras são recobertas
• Loxosceles hirsuta – MG, SP, por pelos avermelhados ou alaranjados.
PR, RS. Aranhas caranguejeiras: São
• Loxosceles laeta – PB, MG, SP, frequentemente temidas por causa da
RJ, PR, SC, RS. aparência e tamanho, muitas vezes
• Loxosceles puortoi – TO. chegando a atingir 10 cm de corpo e 30
Latrodectus geometricus (viúva- cm de envergadura, porém, no Brasil não
negra): apresentam abdômen globoso de são conhecidas espécies responsáveis
colorido marrom-acinzentado com um por envenenamento humano. As picadas
desenho em forma de ampulheta na cor costumam provocar apenas dor de
alaranjada na região ventral do abdômen; pequena intensidade e de curta duração.
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