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Raissa Themer Medeiros – Pedagogia – 1° termo

A ciência é tida como uma ferramenta para que o mundo seja mais compreensível
para o homem, o conhecimento científico é algo que não é inquestionável, e por
esse motivo ao longo do tempo ele vai se modificando á medida que o homem vai
conhecendo melhor o mundo.
Apesar de a ciência ter enorme importância no universo, ela possui limites que
detém as barreiras imorais, não é possível usar da ciência para julgar o que é certo
ou errado, e a mesma não faz julgamentos estéticos devido às decisões serem
tomada com base em processos de percepções.
Se a ciência não pode fazer julgamentos sobre o que é certo e o que é errado,
como podemos falar á respeito da Eutanásia? Até que ponto pode-se usar da ciência
como ferramenta para prolongar a vida de alguém que talvez nem volte sequer á
respirar sozinha? E é sobre isso que vou falar nesse artigo de opinião.
Penso que ainda não se tem maturidade suficiente nem sequer para tratar da
morte natural (ao menos, eu ainda não tenho) quem dirá ter uma opinião realmente
formada sobre a Eutanásia, porém há informações suficientes que ajudam á levantar
ideias á respeito desse assunto. Para iniciar é necessário entender que a Eutanasia
se trata de um momento onde o médico da um remédio á uma determinada pessoa
que está em uma condição insuportável de vida, seja ela emocionalmente ou
fisicamente, e essa medicação, nessa determinada dose e combinação é letal, ela
mata esse determinado paciente. Em contra partida se tem a Ortotanásia que é
quando se respeita o tempo da morte, onde é respeitado o curso natural da doença
cuidando de tudo que há em volta para que essa morte aconteça de uma forma
pacífica.
Deve-se-se respeitar tanto quem faz a Eutanásia, quanto quem a busca, até
porque seres humanos possuem o livre arbítrio, porém vejo a morte como um
momento sagrado da vida humana, onde seria um desperdício não a experimentar
do modo que tem que ser. A Eutanásia é algo que pode ser buscado, e assim como
a ciência cometemos muitas falhas, inclusive quando buscamos algo, pensando
então em buscas com falhas, acredito que se é possível evitar que mais uma falha
se apodere da nossa alma não há o porquê de não deixar que a morte natural se
aproprie dos nossos corpos, podendo então passar a possível falha para ela que
nesse caso estaria nos buscando para nos levar com ela.
Apesar de eu ser adepta á morte natural, aprendi que o egoísmo pode fazer com
que nossos olhos se fechem diante de outras situações, assisti dezenas de
documentários á respeito da Eutanásia antes de começar a escrever, e confesso que
a minha religião ainda interfere bastante sobre alguns pensamentos que muitas
vezes tenho que expor, mas analise a seguinte hipótese, uma doença degenerativa
que causa uma dor insuportável a qual não passa nem mesmo com morfina, qual
seria a saída? Fica mais fácil de pensar quando se trata de falar por nós mesmos, se
coloque em uma situação onde você tem dores insuportáveis todos os dias, sem
intervalos, onde nenhum medicamento mais faz com que você se sinta bem, nem
sequer a morfina, qual seria a melhor solução? Conviver com a dor por mais anos e
anos na espera de um milagre, ou então interrompê-la por não ter mais forças para
aguentar? Até porque, o que é a vida ? A vida é viver, é sentir cheiro, sabor, é poder
conversar com os amigos, é poder sorrir, é poder caminhar no parque ouvindo os
sons dos pássaros, e não apenas ter em uma máquina batimentos cardíacos sendo
desenhados enquanto não se vive mais de fato.

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